PN Henri Pittier, Venezuela

PN Henri Pittier: entre o Mar das Caraíbas e a Cordilheira da Costa


Árvore Massiva
Guia de natureza e clientes junto a uma das árvores enormes do PN Henri Pittier.
Rumo a Uricao
Barqueiro junto à proa de um barco acabado de zarpar de Puerto Colômbia, rumo a Uricao.
Coqueiro Busca o Mar
Um longo coqueiro quase a mergulhar no Mar das Caraíbas.
A grande Playa Grande
A montanha luxuriante da Cordillera de la Costa, uma floresta de coqueiros e o areal dourado da Playa Grande de Puerto Colombia.
Baía da Playa Grande
Banhistas partilham o longo areal da Playa Grande de Puerto Colombia.
Vale até ao Mar
Vista de um dos vales porque se estende o PN Henri Pittier.
Caribe Rosado
Ocaso rosa o Mar das Caraíbas ao largo de Puerto Colômbia.
Túnel de Bambu
Grande túnel de bambus sobre o rio Choroni, no PN Henri Pittier.
Trio na sombra
Três amigos percorrem uma rua da povoação colonial de Choroni.
Crista da Onda
Surfista surfa uma onda recém-formada ao largo de Puerto Colombia.
Caribe pedregoso
Litoral pedregoso da praia de Valle Seco, a leste de Puerto Colombia.
Uma Rede, muito descanso
Descanso garantido por dois coqueiros providenciais da praia de Uricao.
Irmãs Quedas d’água
Duas quedas d'água fluem pela floresta tropical e luxuriante do PN Henri Pittier.
Valle nada Seco
Banhistas partilham o Mar das Caraíbas suave que banha a praia de Valle Seco.
Em 1917, o botânico Henri Pittier afeiçoou-se à selva das montanhas marítimas da Venezuela. Os visitantes do parque nacional que este suíço ali criou são, hoje, mais do que alguma vez desejou

Uma viagem de autocarro leva-nos da atarefada Caracas ao principal interface rodoviário para o destino final.

Maracay tem pouco que descobrir. Mesmo com algum tempo antes da próxima ligação, pouco depois de o deixarmos, regressamos ao terminal em busca de um qualquer poiso refrescante.

Encontramo-lo na pequena casa de sumos do senhor Manuel que, saudoso das origens madeirenses, exibe no seu negócio vários pósteres da Pérola do Atlântico.

Bebemos misturas destemidas de frutos tropicais. Conversa puxa conversa, aprofundamos a origem do proprietário:

“pois eu venho de Porto Moniz, na ponta da costa norte da Madeira, não sei se conhecem? Se virmos bem as coisas, os cenários por lá, nem são assim tão diferentes de onde vocês vão agora. É o mesmo tipo de montanha íngreme coberta de vegetação e o mar logo ali por baixo. Quer dizer… para os lados de Puerto Colombia, as praias são praias a sério. Grandes areais, coqueiros, mar cristalino. É um pouco diferente. Vão adorar. Não tarda estão lá dentro de água.”

De Um Lado ao Outro da Cordilheira da Costa

Despedimo-nos. Metemo-nos no autocarro seguinte que nos havia de conduzir às povoações históricas no interior do Parque Henri Pittier.

Desde uma visita anterior à Guatemala que não víamos, nas Américas, um autocarro tão colorido e folclórico como aquele, pintado por fora em vários tons de azul e amarelo e decorado, no interior, com artigos decorativos, bibelôs e um sortido colorido de penduricalhos de pára-brisas.

Aproxima-se um fim-de-semana. O veículo enche-se de famílias veraneantes oriundas de Caracas de Maracay, até da Ilha Margarita.

Assim que a lotação se esgota, o motorista parte montanha a cima, com uma condução feroz que, apesar de entrarmos num santuário da natureza, contempla buzinadelas ensurdecedoras a cada curva do estreito percurso.

PN Henri Pittier, Venezuela

Vista de um dos vales da Cordilheira da Costa porque se estende o PN Henri Pittier.

Não foi, por certo, o que cientista suíço Henri Pittier imaginou, em 1916, para a selva por que se apaixonou.Já nos seus anos de vida – principalmente a partir dos anos 30 do século XX – se sentia incomodado pelo crescente desrespeito humano pelo lugar.

A Luta Pelo Ecossistema da Cordilheira da Costa de Henri Pittier

Henri Pittier decidiu ficar e lutar pela causa. Fez de uma velha habitação de uma fazenda de café a sua moradia.

Após grande resistência aos infractores e persistência diplomática, obteve do presidente da altura, General Eleazar López Contreras, a criação oficial do primeiro parque nacional da Venezuela, então chamado Rancho Grande.

Hoje, o Parque Nacional Henri Pittier ocupa uma vasta área do estado de Áragua e do litoral venezuelano, ao longo das montanhas abruptas da Cordillera de la Costa.

Esta cordilheira foi levantada por movimentos tectónicos intensos.

Destacam-se do fundo do mar aos 1800 metros de altitude do Pico Paraíso e aos 1900 do Guacamaya. Nestas alturas, malgrado a latitude quase equatorial, a temperatura baixa aos 6º e caem algumas das chuvas mais diluvianas do país.

Quedas d'agua, PN Henri Pittier, Venezuela

Duas quedas d’água fluem pela floresta tropical e luxuriante do PN Henri Pittier.

Como na maior parte da Cordillera, a precipitação e a névoa residente mantêm a flora nativa luxuriante e diversificada, dominada, por árvores majestosas, com copas frondosas que roubam ao solo a luz solar.

A fauna não fica atrás.

O parque tem, em El Portachuelo, o principal desfiladeiro de passagem de cerca de 520 espécies de aves migratórias e muitos mais insectos (entre os quais dezenas de tipos de mariposas) na rota de voo que os leva da América do Norte para a do Sul

É algo que atrai, todos os anos, às estações biológicas locais, milhares de ornitólogos ávidos por estudarem os pássaros mais raros ou simplesmente mais belos, como o formigueiro ou o japu-preto.

Choroni, Puerto Colômbia: Entre a Cordilheira e o Mar das Caraíbas

Choroní e Puerto Colombia surgem abrigadas no sopé marinho da cordilheira. São as povoações mais importantes do parque. Deixamos o autocarro na última delas e lá procuramos hospedagem.

Trio, Rua de Choroni, Venezuela

Três amigos percorrem uma rua da povoação colonial de Choroni.

De origem colonial, meio perdidos no tempo, separam os dois pueblos meros 25 minutos a pé, sempre a subir ou 15 a descer. A distância continua a desempenhar um papel crucial nas suas distintas identidades.

Choroni preserva intacto o casario colonial castelhano térreo e colorido, construído, em 1616, logo após a sua fundação pelos ocupantes espanhóis.

Os colonos apressaram-se a dominar os índios homónimos locais e fizeram expandir a povoação serra abaixo. Mais tarde, dotaram-na de escravos trazidos de África.

Virgílio Espinal, em Modo de Discípulo de Pittier

Não nos atrevemos a considerar Virgílio Espinal um discípulo de Pittier, longe disso.

E, no entanto, o guia apresenta-se como um sério adepto da natureza da região e confessa que se sentia à vontade no meio daquela selva íngreme. Contratamos os seus serviços sem hesitar. Seguimo-lo horas a fio.

Quilómetro atrás de quilómetro, sempre de catana na mão, este aragueño quarentão abre-nos caminho pela vegetação densa com incrível fluidez.

Virgílio já tinha vivido e trabalhado no Brasil. Faz questão de connosco praticar o seu português hispânico-abrasucado: “Rapazes, estas raízes podem chegar aos dez metros e só à superfície.

Arvore gigante, PN Henri Pittier, Venezuela

Guia de natureza e clientes junto a uma das árvores enormes do PN Henri Pittier.

Percebem porque as árvores de cá passam facilmente os 50, 60 metros de altura, mesmo a crescerem sobre uma superfície inclinada? Está húmido não está? Vá, não se queixem.

No fim levo-vos a comer as melhores empanadas aqui da zona.

Entretanto, regressamos às terras baixas e rumo à fiesta que se disseminava como um vírus entre os nativos, os caraqueños e alguns expatriados de Puerto Colombia.

O Litoral Rumbero de Puerto Colombia

Música latina para rumbar e cerveza são tudo o que qualquer venezuelano anseia depois de um dia de cartas ou à conversa na acolhedora Playa Grande.

Playa Grande, Puerto Colombia, PN Henri Pittier, Venezuela

A montanha luxuriante da Cordillera de la Costa, uma floresta de coqueiros e o areal dourado da Playa Grande de Puerto Colombia.

Os forasteiros, esses, ajustam-se à onda e exploram a sua faceta caribenho-reggae desconhecida. Passados alguns dias, muitos já se comportam como qualquer indígena e dançam ao longo do malecon ao ritmo dos tambores e das maracas.

Antes de nos juntarmos à celebração. Ainda temos tempo de subir à colina do Mirador del Cristo de Choroni.

Dali, admiramos o Mar do Caribe entrecortado pelos promontórios mais avançados da cordilheira, onde em tempos se abrigavam os piratas.

Admiramos o céu acima a rosar-se e arroxear-se, percorrido por fragatas velozes e bandos alinhados de pelicanos.

Surfista, Mar das caraibas, Venezuela

Surfista surfa uma onda recém-formada ao largo de Puerto Colombia.

Na descida, uma vendedora tropicaliente de bebidas sugere uma recompensa merecida pelo esforço da subida, nos modos ternurentos próprios das mulheres venezuelanas: “si mi amor? Te sirvo un refresco?”

Na manhã seguinte, as primeiras horas pertencem aos pais e às crianças que, carregados de geleiras, rumam aos areais brancos do parque até então, entregues à floresta de coqueiros.

Os mais preguiçosos ficam-se pela tal Playa Grande.

Outros clãs de exploradores veraneantes encontram ponto de partida no molhe situado ao lado do malecon, de onde saem em permanência peñeros em direcção a Chuao, Valle Seco e a Uricao, pequenas povoações e praias acessíveis apenas por mar. Juntamo-nos a estes últimos.

Rede em Palmeiras, Praia de Uricao-Mar das caraibas, Venezuela

Descanso garantido por dois coqueiros providenciais da praia de Uricao.

Chuao, Valle Seco, Uricao: Enseadas de Sonho na Base da Cordilheira

Doca, lota e molhe partilham a enseada que se prova-se demasiado apertada e proporciona um embarque caótico.

Ali, enquanto os pescadores descarregam e negoceiam os peixes recém-capturados, os pelicanos oportunistas tentam apreendê-los.

Numa área de negócio distinta, os donos das embarcações apregoam os seus destinos aos gritos, regateiam preços e apressam grupos de passageiros impingidos uns aos outros para optimizar o fluxo das saídas e os lucros.

Barco, Puerto Colombia, Mar das Caraibas, Venezuela

Barqueiro junto à proa de um barco acabado de zarpar de Puerto Colômbia, rumo a Uricao.

Apesar de costeiros, os percursos feitos pelos peñeros são batidos por grandes ondas e férteis em emoções.

Para compensar, Valle Seco e Uricao prendam-nos com retiros balneares exóticos e relaxantes, perdidos entre cactos e pouco ou nada povoados.

Seixos da Praia Valle Seco, Mar das Caraibas, Venezuela

Litoral pedregoso da praia de Valle Seco, a leste de Puerto Colombia.

Em Chuao, voltamos a retroceder no tempo. Caminhamos entre as plantações de cacau históricas para ali trazidas pelos colonos hispânicos.

No regresso, confraternizamos com os descendentes dos seus escravos enquanto estes peneiram a última das colheitas no pátio da igreja que a aldeia usa como eira.

Santa Marta e PN Tayrona, Colômbia

O Paraíso de que Partiu Simón Bolívar

Às portas do PN Tayrona, Santa Marta é a cidade hispânica habitada em contínuo mais antiga da Colômbia.  Nela, Simón Bolívar, começou a tornar-se a única figura do continente quase tão reverenciada como Jesus Cristo e a Virgem Maria.

Gran Sabana, Venezuela

Um Verdadeiro Parque Jurássico

Apenas a solitária estrada EN-10 se aventura pelo extremo sul selvagem da Venezuela. A partir dela, desvendamos cenários de outro mundo, como o da savana repleta de dinossauros da saga de Spielberg.

Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Cahuita, Costa Rica

Uma Costa Rica de Rastas

Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Mérida, Venezuela

Mérida a Los Nevados: nos Confins Andinos da Venezuela

Nos anos 40 e 50, a Venezuela atraiu 400 mil portugueses mas só metade ficou em Caracas. Em Mérida, encontramos lugares mais semelhantes às origens e a geladaria excêntrica dum portista imigrado.
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Ilha Margarita ao PN Mochima, Venezuela

Ilha Margarita ao Parque Nacional Mochima: um Caribe bem Caribenho

A exploração do litoral venezuelano justifica uma festa náutica de arromba. Mas, estas paragens também nos revelam a vida em florestas de cactos e águas tão verdes como a selva tropical de Mochima.
Corn Islands-Ilhas do Milho, Nicarágua

Puro Caribe

Cenários tropicais perfeitos e a vida genuína dos habitantes são os únicos luxos disponíveis nas também chamadas Corn Islands ou Ilhas do Milho, um arquipélago perdido nos confins centro-americanos do Mar das Caraíbas.
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo

Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Safari
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Arquitectura & Design
Fortalezas

O Mundo à Defesa – Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Dia da Austrália, Perth, bandeira australiana
Cerimónias e Festividades
Perth, Austrália

Dia da Austrália: em Honra da Fundação, de Luto Pela Invasão

26/1 é uma data controversa na Austrália. Enquanto os colonos britânicos o celebram com churrascos e muita cerveja, os aborígenes celebram o facto de não terem sido completamente dizimados.
Casamentos em Jaffa, Israel,
Cidades
Jaffa, Israel

Onde Assenta a Telavive Sempre em Festa

Telavive é famosa pela noite mais intensa do Médio Oriente. Mas, se os seus jovens se divertem até à exaustão nas discotecas à beira Mediterrâneo, é cada vez mais na vizinha Old Jaffa que dão o nó.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Buda Vairocana, templo Todai ji, Nara, Japão
Cultura
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Em Viagem
Moçamedes ao PN Iona, Namibe, Angola

Entrada em Grande na Angola das Dunas

Ainda com Moçâmedes como ponto de partida, viajamos em busca das areias do Namibe e do Parque Nacional Iona. A meteorologia do cacimbo impede a continuação entre o Atlântico e as dunas para o sul deslumbrante da Baía dos Tigres. Será só uma questão de tempo.
Tulum, Ruínas Maias da Riviera Maia, México
Étnico
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Maori haka, Waitangi Treaty Grounds, Nova Zelândia
História
Bay of Islands, Nova Zelândia

O Âmago Civilizacional da Nova Zelândia

Waitangi é o lugar chave da Independência e da já longa coexistência dos nativos maori com os colonos britânicos. Na Bay of Islands em redor, celebra-se a beleza idílico-marinha dos antípodas neozelandeses mas também a complexa e fascinante nação kiwi.
Ilha do Mel, Paraná, Brasil, praia
Ilhas
Ilha do Mel, Paraná, Brasil

O Paraná Adocicado da Ilha do Mel

Situada à entrada da vasta Baía de Paranaguá, a ilha do Mel é louvada pela sua reserva natural e pelas melhores praias do estado brasileiro do Paraná. Numa delas, uma fortaleza mandada erguer por D. José I resiste ao tempo e às marés.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Barrancas del Cobre, Chihuahua, mulher Rarámuri
Natureza
Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Terraços de Sistelo, Serra do Soajo, Arcos de Valdevez, Minho, Portugal
Parques Naturais
Sistelo, Peneda-Gerês, Portugal

Do “Pequeno Tibete Português” às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
Composição sobre Nine Arches Bridge, Ella, Sri Lanka
Património Mundial UNESCO
PN Yala-Ella-Kandy, Sri Lanka

Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
La Digue, Seychelles, Anse d'Argent
Praias
La Digue, Seicheles

Monumental Granito Tropical

Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.
Arménia Berço Cristianismo, Monte Aratat
Religião
Arménia

O Berço do Cristianismo Oficial

Apenas 268 anos após a morte de Jesus, uma nação ter-se-á tornado a primeira a acolher a fé cristã por decreto real. Essa nação preserva, ainda hoje, a sua própria Igreja Apostólica e alguns dos templos cristãos mais antigos do Mundo. Em viagem pelo Cáucaso, visitamo-los nos passos de Gregório o Iluminador, o patriarca que inspira a vida espiritual da Arménia.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Cabine Saphire, Purikura, Tóquio, Japão
Sociedade
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Cabo da Cruz, colónia focas, cape cross focas, Namíbia
Vida Selvagem
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.