Ras R’mal, Djerba, Tunísia

A Ilha dos Flamingos de que os Piratas se Apoderaram


Os Flamingos da Quase-Ilha
Estranho Areal
Flamingos Juvenis
Banhistas do Dia
Águas Rasas
Acrobacias a Cavalo
Banho Islâmico
O Ancoradouro
Uma das Caleches
De Regresso
O Condutor de Charrete
Passageiros Escuteiros
Passageiros Escuteiros II
Piratas Acrobatas
Um Pontão de Muitos
Pesca de Baixo-Mar
De volta a Houmt Souk
Até há algum tempo, Ras R’mal era um grande banco de areia, habitat de uma miríade de aves. A popularidade internacional de Djerba transformou-a no covil de uma operação turística inusitada.

Pouco depois de o condutor surgir, percebemos que, mesmo ao volante de um bom jipe, vem aflito com a missão que lhe calhara.

Em conversa com um outro, no dia anterior, tínhamos ficado com a ideia de que, mesmo se estava ali à vista, os motoristas de táxi e afins, consideravam a península ora arenosa, ora lamacenta de Ras R’Mal um domínio exógeno temível.

Mahmoud conta para cima de 60 anos. Há décadas que não se aventurava para aqueles lados, se é que alguma vez o tinha feito. Quando passa do asfalto para a terra batida e húmida da via com início no istmo, põe-se nervoso e ao telefone.

Adiante, espera-o um jovem motociclista a caminho da pesca. Aliviado por o encontrar, Mahmoud digna-se, por fim, a explicar-nos o que se passava. “Os caminhos aqui podem ser traiçoeiros. Ele conhece-os. Eu não. Vamos atrás dele.”

O Trajecto para o “Desconhecido” de Ras R’Mal

Dito e feito. Progredimos para norte. Aos esses e, depressa nos desesperamos, num modo de câmara-lenta imposto pelo motor fraco e velho do motociclo do pescador.

Tentamos abstrair-nos da lentidão ridícula da viagem. Momentos depois, confirmamos que, em pleno Verão, a estrada não se embrenhava sequer em zonas ensopadas. E, se isso acontecesse, as poças rasas pouco ou nada afectariam a potência 4×4 do jipe.

Queixamo-nos a Mahmoud daquele ritmo. Convencemo-lo de que estamos habituados a percursos todo-o-terreno e que, se confiasse em nós, o manteríamos a salvo de chatices. Mahmoud anui.

Agradece ao guia-pescador. Despede-se.

Dai para a frente, de acordo com as constantes dicas de “por aqui” e “por ali” que lhe transmitimos, aproximamo-nos do meio e do ponto mais estreito da língua exígua de terra.

O casario de Houmt Souk, a capital da ilha de Djerba, mantém-se a sul da lagoa de água rasa, conhecida por Bhar Mayet.

Ao longe, na direcção do Mar Mediterrâneo aberto, vislumbramos o que aparentam ser grandes barcos de madeira.

Os Flamingos e os Barcos de Piratas

Ainda nos esforçamos por o confirmar quando, noutra direcção, à beira da lagoa, um bando de aves hirtas nos capta a atenção.

Aproximamo-las com a teleobjectiva.

Logo, fazermos acercar os barcos. A vista amplificada de ambos, confirma-nos que estamos no lugar certo. E com sorte.

Dos dois termos, a popularização de ilha dos Flamingos, pecava pela incorreção do uso de “ilha”. Mesmo na mais cheia das marés, aquela farpa de terra mantinha-se ligada a Djerba, em concreto, à zona ocupada pela aldeia de Mizraya.

Trata-se, assim, de uma quase-ilha, se tal classificação fizer sentido.

O nome acertava, todavia, na presença das criaturas pernaltas.

Tínhamo-las, às centenas, pela frente. Apesar de uma nossa, gradual, mas ambiciosa incursão, pouco dispostas a debandarem.

Fotografamos os flamingos.

Ao fazê-lo, constatamos que são brancos e cinzentos, com partes das asas e as pontas dos bicos, negras.

Vasculhavam as águas salgadas e salobras, em busca dos crustáceos que os alimentam e rosam.

Integravam uma comunidade de várias outras aves, de garças, de cegonhas, de colhereiros.

A sua presença, parte de um ecossistema bem mais complexo, granjeou, em 2007, à península de Ras R’mal o estatuto de zona húmida Ramsar. Supostamente protegida.

A Zona Húmida (Pouco) Protegida de Ras R’mal

Na realidade, vulnerável.

Estamos nesse entretém ornitológico quando, da direcção dos barcos, surge uma fila serpenteante de humanos. O seu caminhar errante trá-los no nosso caminho.

E no das aves.

Decorridos alguns minutos, em vez de dois, somos já uns vinte a observá-las. O grupo demora o seu tempo. Quando o guia dita o regresso, seguimo-los.

Apontados aos barcos ancorados, e à área mais desafogada da península.

Do Pantanal dos Flamingos à Ilha dos Piratas

No encalço da comitiva, chegamos ao pé de uma primeira nau, ancorada contra um pontão, também ele de madeira.

Ao longo da margem sul da península, sucediam-se outras mais, muito parecidas ou quase iguais, todas com escadas de corda a penderem dos mastros, todas com os mastros a almejarem o céu azulão sobre o Golfo de Gabès.

Uns poucos passageiros refrescam-se, com a água translúcida pelos joelhos.

Muitos mais, estão para dentro da península, ora a almoçarem na sombra de estruturas por ali montadas, ora em modo balnear e distraídos com as oportunidades de compras e atracções oferecidas na praia sem fim.

Noutros tempos, a península ou quase-ilha de Ras R’mal, manteve-se entregue à sua fauna e flora, apenas perturbada, a espaços, por uns poucos pescadores ou recolectores de tâmaras.

Assim foi até que Djerba se afirmou como um dos destinos populares do sul do Mediterrâneo, servida por dezenas de voos com origem em distintos pontos da Europa.

Nesse processo, à medida que os resorts se multiplicavam sobre a costa norte da ilha, tornou-se imperativo encontrar pontos de litoral com visual e atmosfera de praia, alternativos às praias dos resorts, demasiado próximas de onde os hóspedes se alojavam.

Alternativas a outras do interior da ilha, caso de Erriadh e do seu bairro de Djerbahood.

A Praia e o Imaginário Apiratado que Atrai Milhares de Visitantes

Ras R’mal estava ali ao lado. Djerba dotou-se dos barcos que asseguravam a travessia a partir de Houmt Souk. E de tripulações feitas piratas, encarregues de servir e de animar os passageiros.

Era suposto termos desembarcado em Ras R’mal, a bordo de uma delas. Propensos a improvisos, demos connosco em terra, a fazermos a viagem sobre rodas.

Por fim, recuperamos o lugar no seio da comitiva da nau “Elissa”.

Almoçamos. Após o que cruzamos o mar de dunas e areia lisa que separa o sul do norte da península.

A pé, por entre as dunas e uma frota deambulante de caleches tradicionais.

Caminhamos rumo a uma linha de chapéus de sol cobertos de uma espécie de serapilheira, cada qual com o seu par de espreguiçadeiras plásticas.

Cada um desses chapéus abriga a sua família de visitantes e banhistas.

Parte deles, são turistas europeus habituados à exposição de biquínis e fatos de banho reduzidos.

Uns poucos, são tunisinos ou provenientes de países vizinhos e do Médio Oriente.

Os princípios da fé muçulmana obrigam as suas mulheres a banharem-se enfiadas em trajes completos.

Observamos um grupo de amigas, a deleitarem-se com a massagem do mar, uma delas, entusiasmada a dobrar, com um longo hijab encharcado a pender para trás da nuca.

Os homens, esses, banham-se com relativo à vontade, uns poucos de t-shirt vestida.

Passeios de Camelos e Acrobacias sobre Cavalos

Indiferente ao recreio marinho, um pelotão de animadores e negociantes sugere os seus produtos e serviços. Expõem colares, pulseiras e chapéus típicos, pequenas peças da olaria de Djerba e itens necessários à praia, em vez de artesanais.

Proprietários de dromedários, por norma, nativos amazigh, conduzem-nos, para cá e para lá, a venderem passeios sobre as bossas solitárias dos camelídeos.

Um duo de jovens djerbianos trota sobre cavalos. Quando nos veem de máquinas e objectivas fotográficas pesadas, prendam-nos com uma exibição de acrobacias a galope que nos deslumbra.

Tão sincronizadas como na viagem para a ilha, as embarcações zarpam de regresso, a formarem uma fila náutica conveniente.

Também o “Elissa” parte do molhe que o abrigava, rumo à extremidade da ponta nordeste da península e, por forma a evitar baixios, num contorno pré-definido por boias que reorienta as naus de volta a Houmt Souk.

Ainda no início da rota, passamos por pescadores que se impõem a um desses baixios, as suas canas espetadas na areia e na direcção de Djerba.

A bordo, para gáudio dos passageiros, a tripulação de falsos piratas retoma a exibição que, como a vinda, havíamos perdido, feita de malabarismos de cordas e mastros, animada com os êxitos reggaeton do momento.

Por baixo dos seus saltos, voos e cambalhotas, um agrupamento tunisino de escuteiros entusiasma-se e exibe o seu próprio espectáculo.

Fazem do convés pista de dança.

À falta de raparigas, roçam as pernas e os traseiros uns nos outros, esforçados em emularem a fórmula de perreo que Porto Rico há muito impinge ao mundo.

O “Elissa” atraca. Lado a lado com oito ou nove outros barcos de piratas.

Os piratas assistem o desembarque dos passageiros. Com o dia ganho, ambos se refugiam nos pontos de partida. Os veraneantes nos resorts djerbianos das suas férias.

Os piratas, nos lares djerbianos que os veraneantes os ajudam a sustentar.

 

COMO IR:

Para mais informações e reservas consulte a sua agência de viagens e solicite o produto Egotravel.

Djerba, Tunísia

A Ilha Tunisina da Convivência

Há muito que a maior ilha do Norte de África acolhe gentes que não lhe resistiram. Ao longo dos tempos, Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos, Árabes chamaram-lhe casa. Hoje, comunidades muçulmanas, cristãs e judaicas prolongam uma partilha incomum de Djerba com os seus nativos Berberes.
Erriadh, Djerba, Tunísia

Uma Aldeia Feita Galeria de Arte Fugaz

Em 2014, uma povoação djerbiana milenar acolheu 250 pinturas murais realizadas por 150 artistas de 34 países. As paredes de cal, o sol intenso e os ventos carregados de areia do Saara erodem as obras de arte. A metamorfose de Erriadh em Djerbahood renova-se e continua a deslumbrar.
Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Matmata, Tataouine:  Tunísia

A Base Terrestre da Guerra das Estrelas

Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  
Chebika, Tamerza, Mides, Tunísia

Onde o Saara Germina da Cordilheira do Atlas

Chegados ao limiar noroeste de Chott el Jérid, o grande lago de sal revela-nos o término nordeste da cordilheira do Atlas. As suas encostas e desfiladeiros ocultam quedas d’água, torrentes sinuosas de palmeiras, aldeias abandonadas e outras inesperadas miragens.
Edfu a Kom Ombo, Egipto

Nilo Acima, pelo Alto Egipto Ptolomaico

Cumprida a embaixada incontornável a Luxor, à velha Tebas e ao Vale dos Reis, prosseguimos contra a corrente do Nilo. Em Edfu e Kom Ombo, rendemo-nos à magnificência histórica legada pelos sucessivos monarcas Ptolomeu.
Deserto Branco, Egipto

O Atalho Egípcio para Marte

Numa altura em que a conquista do vizinho do sistema solar se tornou uma obsessão, uma secção do leste do Deserto do Sahara abriga um vasto cenário afim. Em vez dos 150 a 300 dias que se calculam necessários para atingir Marte, descolamos do Cairo e, em pouco mais de três horas, damos os primeiros passos no Oásis de Bahariya. Em redor, quase tudo nos faz sentir sobre o ansiado Planeta Vermelho.
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Assuão, Egipto

Onde O Nilo Acolhe a África Negra

1200km para montante do seu delta, o Nilo deixa de ser navegável. A última das grandes cidades egípcias marca a fusão entre o território árabe e o núbio. Desde que nasce no lago Vitória, o rio dá vida a inúmeros povos africanos de tez escura.
Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus

Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Arquitectura & Design
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Aventura
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Cena natalícia, Shillong, Meghalaya, Índia
Cerimónias e Festividades
Shillong, India

Selfiestão de Natal num Baluarte Cristão da Índia

Chega Dezembro. Com uma população em larga medida cristã, o estado de Meghalaya sincroniza a sua Natividade com a do Ocidente e destoa do sobrelotado subcontinente hindu e muçulmano. Shillong, a capital, resplandece de fé, felicidade, jingle bells e iluminações garridas. Para deslumbre dos veraneantes indianos de outras partes e credos.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Cidades
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Cultura
Cemitérios

A Última Morada

Dos sepulcros grandiosos de Novodevichy, em Moscovo, às ossadas maias encaixotadas de Pomuch, na província mexicana de Campeche, cada povo ostenta a sua forma de vida. Até na morte.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Eternal Spring Shrine
Em Viagem

Garganta de Taroko, Taiwan

Nas Profundezas de Taiwan

Em 1956, taiwaneses cépticos duvidavam que os 20km iniciais da Central Cross-Island Hwy fossem possíveis. O desfiladeiro de mármore que a desafiou é, hoje, o cenário natural mais notável da Formosa.

Efate, Vanuatu, transbordo para o "Congoola/Lady of the Seas"
Étnico
Efate, Vanuatu

A Ilha que Sobreviveu a “Survivor”

Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Bark Europa, Canal Beagle, Evolucao, Darwin, Ushuaia na Terra do fogo
História
Canal Beagle, Argentina

Darwin e o Canal Beagle: no Rumo da Evolução

Em 1833, Charles Darwin navegou a bordo do "Beagle" pelos canais da Terra do Fogo. A sua passagem por estes confins meridionais moldou a teoria revolucionária que formulou da Terra e das suas espécies
Roça Bombaim, Roça Monte Café, ilha São Tomé, bandeira
Ilhas
Centro de São Tomé, São Tomé e Príncipe

De Roça em Roça, Rumo ao Coração Tropical de São Tomé

No caminho entre Trindade e Santa Clara confrontamo-nos com o passado colonial terrífico de Batepá. À passagem pelas roças Bombaim e Monte Café, a história da ilha parece ter-se diluído no tempo e na atmosfera clorofilina da selva santomense.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Inverno Branco
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Pitões das Júnias, Montalegre, Portugal
Natureza
Montalegre, Portugal

Pelo Alto do Barroso, Cimo de Trás-os-Montes

Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Iguana em Tulum, Quintana Roo, México
Parques Naturais
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Banhistas em pleno Fim do Mundo-Cenote de Cuzamá, Mérida, México
Património Mundial UNESCO
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Banhista, The Baths, Devil's Bay (The Baths) National Park, Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas
Praias
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os “Caribanhos” Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Mosteiro de Tawang, Arunachal Pradesh, Índia
Religião
Tawang, Índia

O Vale Místico da Profunda Discórdia

No limiar norte da província indiana de Arunachal Pradesh, Tawang abriga cenários dramáticos de montanha, aldeias de etnia Mompa e mosteiros budistas majestosos. Mesmo se desde 1962 os rivais chineses não o trespassam, Pequim olha para este domínio como parte do seu Tibete. De acordo, há muito que a religiosidade e o espiritualismo ali comungam com um forte militarismo.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Sociedade
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Vida Selvagem
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.