Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos


Dança dos cabelos
Mulheres de Huang Luo exibem os longos cabelos num espectáculo que exibem na sua aldeia.
A aldeia vizinha
A aldeia de Pingan, uma das mais fotogénicas dos terraços de arroz de Longsheng.
Matriarca
Uma das mulheres de Huang Luo, com o longo cabelo enrolado em jeito de turbante.
Arroz em fartura
Secção dos vastos terraços de arroz de Longsheng, na província chinesa de Guangxi.
China, China, China
Bandeira chinesa esvoaça acima do telhado de um mirante sobre Longsheng.
Sino-Tempero
Malagueta cortada em pedaços muito pequenos, para depois ser usada nos pratos tradicionais da região.
Em pleno show
Outro momento do espectáculo das mulheres com longos cabelos de Huang Luo.
Trio cabelão
Trio de mulheres em trajes tradicionais e com os seus longos cabelos arranjados sobre a cabeça.
Bébé mas pouco Chorão
Criança em plena choradeira à janela de uma casa tradicional de madeira de Ping' an.
Terracinhos
Recanto dos vastos terraços de arroz de Longsheng, na província de Guang xi.
Coreografia
Mulheres cantam a partir de janelas elevadas na sala em que exibem o seu espectáculo.
Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.

Passamos quase cinco horas no pequeno autocarro em que nos tínhamos metido na estação de Yangshuo. Apesar de aquele ser um dos pontos de passagem incontornáveis do circuito chinês de mochileiros, só dois outros estrangeiros seguiam a bordo, rumo a Longsheng, a Huang Luo e ao cabelos mais longos do mundo.

Em boa parte do tempo, dormitaram nos lugares de trás só por eles ocupados.

Nós, acompanhámos os trejeitos do percurso: as escarpas de calcário durante algum tempo após a partida. Os arredores do típico caos urbano de Guilin, cidade do centro-sul, pequena, à escala chinesa, com os seus quase 5 milhões de habitantes.

Uma auto-estrada que dela nos afasta em direcção às montanhas e, logo, uma via secundária bem mais sinuosa que trepa para norte de uma primeira vertente e a percorre para leste.

A Chegada Inusitada a Longsheng

Mais de trezentos quilómetros depois, o motorista faz-nos sinal a nós e à outra dupla de forasteiros. Em redor, só víamos mais e mais vertentes, convertidas em terraços de arroz verdejantes. Nem uma única povoação digna de registo. O motorista esboçou um apontar para fora do autocarro e para baixo.

Ficámos sem perceber se se limitava a correr connosco para despachar o frete ou se nos indicava algum lugarejo escondido na cota da encosta inferior ao asfalto. Fosse como fosse, descemos. Atravessámos a via e espreitámos.

A aldeia de Pingan em Longsheng, China

A aldeia de Pingan, uma das mais fotogénicas dos terraços de arroz de Longsheng.

À esquerda, disperso numa zona afundada da vertente, entre terraços e cedros, dispunha-se um casario tradicional de telhados pardos, entre o cinzento e o castanho, as estruturas abaixo, com dois ou três andares e varandas, tudo erguido em madeira escura e bambu. Lanternas chinesas emprestam-lhes algum vermelho festivo e auguram aos moradores vidas felizes e negócios prósperos.

Ping’ an, uma aldeia com mais de seiscentos anos, situa-se em plena crista principal dos terraços de arroz de Longsheng, nome que se deve traduzir como “da Coluna Vertebral do Dragão.” Está, portanto, não só nas imediações da estrada de acesso como sobre as costas do grande sáurio.

Terraços de Arroz de Longsheng, Guangxi, China

Secção dos vastos terraços de arroz de Longsheng, na província chinesa de Guangxi.

E, tal como aconteceu nas principais cidades turísticas ocidentais, os moradores de várias povoações de Longsheng mas sobretudo de Ping’ an apressaram-se a adaptar os seus domicílios ou a construir adicionais para lucrar com os visitantes. Abundam agora, em Ping’ an, as pequenas pousadas e quartos para alugar, a maior parte, listados nos intermediários online do costume.

A Vista Socalcada da Coluna Vertebral do Dragão

Não nos dirigimos logo para lá. Uma bandeira chinesa, tão escarlate e auspiciosa como as lanternas, esvoaça sobre um velho telhado terroso.

Bandeira chinesa em Longsheng, China

Bandeira chinesa esvoaça acima do telhado de um mirante sobre Longsheng.

Intrigados quanto ao que ali haveria, leves por termos trazido de Yangshuo apenas o essencial para um ou dois dias, metemo-nos por um trilho íngreme que não tarda a alargar.

Passados dez minutos, o trilho desvenda-nos um terraço. E o terraço, uma incrível panorâmica sobre a vastidão verde-amarelada e listada a toda a volta.

Apenas Ping’ an, Huang Luo e um ou outro lugarejo quebravam a homogeneidade deste sinuoso padrão agrícola. Como só o turismo havia corrompido o modo de vida ancestral dos chineses de etnias e culturas Dong, Zhuang, Yao e Miao destas paragens. E estes são só os grupos primordiais.

Em termos oficiais, as autoridades identificam treze grupos indígenas distintos na região. Um em particular, interessava-nos bem mais que os outros.

Se é verdade que os forasteiros começaram a, ali, afluir pela beleza dos terraços de arroz e pelo prazer das longas caminhadas, a determinada altura, uma excentricidade cultural das mulheres Yao, em particular, passou a atrair tantos ou mais visitantes.

Mulheres de Huang Luo, China

Trio de mulheres em trajes tradicionais e com os seus longos cabelos arranjados sobre a cabeça

De acordo com várias fontes da imprensa chinesa, mesmo que os terraços de arroz de Longsheng contem com pouco mais de meio milénio, a tribo Yao terá em redor de dois mil anos.

Ora, algures neste tempo, as mulheres Yao consolidaram uma crença comunal de que o cabelo era a sua posse mais sagrada e valorizada, uma espécie de amuleto de queratina que supostamente lhes garante longevidade, riqueza e boa sorte.

Os Cabelos Sagrados das Mulheres Yao

De acordo com a mesma crença, o cabelo de uma mulher Yao é cortado duas vezes na sua vida: aos cem dias, e aos dezoito anos, na última das ocasiões, como ritual de maturidade. O cabelo cortado é enrolado e mantido a preceito. Mais tarde, é oferecido ao futuro marido como presente.

Após o casamento e o parto, este cabelo é usado em jeito de extensão enrolada do actual. Marca o estatuto e a diferenciação entre uma mulher casada e uma solteira.

Até há algum tempo, com excepção para o marido e os filhos, ninguém podia ver o cabelo solto de uma mulher. Dizem-nos, na aldeia, que se um homem visse o cabelo de uma mulher solteira, teria que passar três anos na família dessa mulher enquanto genro. No mínimo algo inconveniente, essa regra foi abandonada no final dos anos 80. Não terá sido a única tradição sacrificada.

A tribo Yao já era então formada por em redor de seiscentas pessoas agrupadas pelas quase oitenta famílias de hoje. Em Longsheng, formam apenas um pequeno clã dos 2.6 milhões de Yao disseminados por várias províncias chinesas.

Outros descendentes de Yao existem também no Laos, na Tailândia, Vietname e, em pequenos números, pós-emigrados para o Canada, França e os E.U.A.

Os Yao da região de Longsheng tornaram-se, ali mesmo, sedentários e rurais. Durante largo tempo, foram considerados pobres para os padrões destas partes relativamente férteis da China.

Os Maiores Cabelos do Mundo

Quando os turistas chegaram para contemplar a beleza dos terraços de arroz, descobriram que as mulheres Yao tinham, aconchegados sobre a cabeça, cabelos muito maiores que as das restantes tribos, os maiores cabelos do mundo.

Esticadas, a maior parte das cabeleiras da tribo mede entre os 170 e os 200 cm. Ora, isto faz com que, no geral, Huang Luo seja a aldeia com os cabelos mais longos à face da Terra.

Mulheres num espectáculo de Huang Luo, Guangxi, China

Outro momento do espectáculo das mulheres com longos cabelos de Huang Luo.https://en.wikipedia.org/wiki/Xie_Qiuping

Em termos individuais, o mais comprido alguma vez registado entre os Yao mediu pouco mais de dois metros, mesmo assim, incomparável com o record pessoal de outra chinesa. Em 2004, Xie Qiuping, tinha um cabelo com 5.6 metros.

As mulheres Yao começaram a pedir dinheiro para que os turistas as fotografassem. Primeiro, só pelas fotos. Mais tarde, passaram a vender-lhes artesanato, postais e outras mercadorias.

Com o decorrer dos anos e o influxo de forasteiros, de secretos, os seus cabelos tornaram-se um espectáculo. Mesmo conscientes da sua pesada carga comercial aproveitámos e assistimos.

Um Concorrido Espectáculo Capilar

Durante a exibição, as mulheres trajadas de negro e vermelho, fazem rodopiar os cabelos. Deixam-nos cair e penteiam-nos.

Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China

Mulheres de Huang Luo exibem os longos cabelos num espectáculo que exibem na sua aldeia.

Juntam-nos e formam coreografias com movimentos graciosos em que manipulam ainda as cabeleiras umas das outras. Por fim, enrolam-nas no turbante capilar com que, por hábito, as vemos no dia-a-dia.

Mas também participam homens na exibição. De início, apenas locais, logo, são convidados turistas. A ambos, as mulheres aplicam um outro dos seus ritos Yao peculiares.

Durante uma determinada dança, para provarem a sua simplicidade e interesse pelo outro beliscam-lhes os rabos. Nem todos os estrangeiros estariam avisados. Nenhum reclamou.

Após o espectáculo, apesar de os visitantes não falarem dialectos chineses e as nativas pouco ou nada saberem de inglês ou outras línguas, há um momento de convívio.

Com os ingressos já pagos, os espectadores têm direito a fotografias gratuitas mas só com os cabelos das senhoras presos.

Em troca, logo após, as mulheres Yao impingem-lhes trajes bordados tradicionais, malas, mochilas, cobertores e tantas outras das suas mercancias.

Um outro tema fascina sobretudo as visitantes estrangeiras de Huang Luo: o que fazem as mulheres Yao para que os seus cabelos tão longos se mantenham saudáveis e lustrosos e, sem espécimes brancos até tão avançada idade, nalguns casos, até aos 80 anos ?

O segredo está no cenário extraordinário em redor, está no que há milénios as alimenta e que há milénios aproveitam para nutrir o cabelo: o arroz.

Nem champôs nem amaciadores. Arroz apenas

Desde há uma eternidade que a água fermentada após a lavagem do arroz foi usada no Oriente tanto pelas mulheres do campo como por imperatrizes para conseguirem cabelos exemplares. Com tanto arroz em redor, para as mulheres Yao, manter essa crença e costume não foi um capricho, foi praticamente uma falta de alternativas.

Matriarca de Huang Luo, Guangxi, China

Uma das mulheres de Huang Luo, com o longo cabelo enrolado em jeito de turbante.

Isoladas das cidades pelas montanhas e vales e pela mera distância, a penetração de champôs e até de sabões modernos terá sido um fenómeno bem tardio do século XX. Em simultâneo, se água de arroz lhes garantia cabelos imaculados com o vigor adicional de uma tradição, porquê deixar de usar o arroz?

Nos dias que correm, as mulheres juntam-se no rio que atravessa aldeia e, com frequência, lavam os cabelos de forma comunal. Misturam arroz glutinoso com a água e enxaguam suavemente as cabeleiras até as sentirem bem gelatinosas. De tempos a tempos, complementam esta lavagem com “tratamentos” especiais com água de arroz fermentada.

Um estudo realizado nos 80, no Japão – onde o cabelo das mulheres será semelhante – chegou à conclusão que “a água de arroz diminui a fricção na superfície capilar e melhora a elasticidade”.

Até os Especialistas em Cabelo Louvam Huang Luo

Margaret Trey, uma especialista em saúde, beleza e bem-estar do jornal “The Epoch Times” sublinha que “ligeiramente amarga, a água de arroz é rica em antioxidantes, minerais, vitamina E e uma outra substância que só a fermentação do arroz produz.

Esta combinação faz mais do que trazer brilho aos cabelos. Torna-os mais suaves, fortes e, no geral, saudáveis.

Acredite ou não, Huang Luo aparece desde há algum tempo em várias páginas e blogs especializados em conselhos de beleza com imagens da aldeia, das mulheres e, claro está, dos seus cabelos prodigiosos.

Se melhor informadas sobre o mundo da publicidade, os cabelos das mulheres Yao poderiam render-lhes bem mais que as entradas dos turistas nos espectáculos diários, as vendas do seu artesanato e os postais.

A questão está em que as grandes marcas de beleza querem continuar a vender os seus champôs, amaciadores e silicones, não arriscar que as mulheres ocidentais os comecem a substituir por uma qualquer água de arroz de fazer em casa.

Dali, China

A China Surrealista de Dali

Encaixada num cenário lacustre mágico, a antiga capital do povo Bai manteve-se, até há algum tempo, um refúgio da comunidade mochileira de viajantes. As mudanças sociais e económicas da China fomentaram a invasão de chineses à descoberta do recanto sudoeste da nação.
Bingling Si, China

O Desfiladeiro dos Mil Budas

Durante mais de um milénio e, pelo menos sete dinastias, devotos chineses exaltaram a sua crença religiosa com o legado de esculturas num estreito remoto do rio Amarelo. Quem desembarca no Desfiladeiro dos Mil Budas, pode não achar todas as esculturas mas encontra um santuário budista deslumbrante.
Dunhuang, China

Um Oásis na China das Areias

A milhares de quilómetros para oeste de Pequim, a Grande Muralha tem o seu extremo ocidental e a China é outra. Um inesperado salpicado de verde vegetal quebra a vastidão árida em redor. Anuncia Dunhuang, antigo entreposto crucial da Rota da Seda, hoje, uma cidade intrigante na base das maiores dunas da Ásia.
Lijiang, China

Uma Cidade Cinzenta mas Pouco

Visto ao longe, o seu casario vasto é lúgubre mas as calçadas e canais seculares de Lijiang revelam-se mais folclóricos que nunca. Em tempos, esta cidade resplandeceu como a capital grandiosa do povo Naxi. Hoje, tomam-na de assalto enchentes de visitantes chineses que disputam o quase parque temático em que se tornou.
Lijiang e Yangshuo, China

Uma China Impressionante

Um dos mais conceituados realizadores asiáticos, Zhang Yimou dedicou-se às grandes produções ao ar livre e foi o co-autor das cerimónias mediáticas dos J.O. de Pequim. Mas Yimou também é responsável por “Impressions”, uma série de encenações não menos polémicas com palco em lugares emblemáticos.
Lhasa, Tibete

A Sino-Demolição do Tecto do Mundo

Qualquer debate sobre soberania é acessório e uma perda de tempo. Quem quiser deslumbrar-se com a pureza, a afabilidade e o exotismo da cultura tibetana deve visitar o território o quanto antes. A ganância civilizacional Han que move a China não tardará a soterrar o milenar Tibete.
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
Viti Levu, Fiji

Canibalismo e Cabelo, Velhos Passatempos de Viti Levu, ilhas Fiji

Durante 2500 anos, a antropofagia fez parte do quotidiano de Fiji. Nos séculos mais recentes, a prática foi adornada por um fascinante culto capilar. Por sorte, só subsistem vestígios da última moda.
Huang Shan, China

Huang Shan: as Montanhas Amarelas dos Picos Flutuantes

Os picos graníticos das montanhas amarelas e flutuantes de Huang Shan, de que brotam pinheiros acrobatas, surgem em ilustrações artísticas da China sem conta. O cenário real, além de remoto, permanece mais de 200 dias escondido acima das nuvens.
Pequim, China

O Coração do Grande Dragão

É o centro histórico incoerente da ideologia maoista-comunista e quase todos os chineses aspiram a visitá-la mas a Praça Tianamen será sempre recordada como um epitáfio macabro das aspirações da nação
Badaling, China

A Invasão Chinesa da Muralha da China

Com a chegada dos dias quentes, hordas de visitantes Han apoderam-se da Muralha da China, a maior estrutura criada pelo homem. Recuam à era das dinastias imperiais e celebram o protagonismo recém-conquistado pela nação.
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Guilin, China

O Portal Para o Reino Chinês de Pedra

A imensidão de colinas de calcário afiadas em redor é de tal forma majestosa que as autoridades de Pequim a imprimem no verso das notas de 20 yuans. Quem a explora, passa quase sempre por Guilin. E mesmo se esta cidade da província de Guangxi destoa da natureza exuberante em redor, também lhe achámos os seus encantos.
Lhasa a Gyantse, Tibete

Gyantse, pelas Alturas do Tibete

O objectivo final é o Everest Base Camp tibetano. Neste primeiro trajecto, a partir de Lhasa, passamos pelo lago sagrado de Yamdrok (4.441m) e pelo glaciar do desfiladeiro de Karo (5.020 m). Em Gyantse, rendemo-nos ao esplendor budista-tibetano da velha cidadela.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Cerimónias e Festividades
Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
Manequins e pedestres reflectidos
Cidades
Saint John's, Antigua

A Cidade Caribenha de São João

Situada numa enseada oposta àquela em que o Almirante Nelson fundou as suas estratégicas Nelson Dockyards, Saint John tornou-se a maior povoação de Antígua e um porto de cruzeiros concorrido. Os visitantes que a exploram além do artificial Heritage Quay, descobrem uma das capitais mais genuínas das Caraíbas.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Big Freedia e bouncer, Fried Chicken Festival, New Orleans
Cultura
New Orleans, Luisiana, Estados Unidos

Big Freedia: em Modo Bounce

New Orleans é o berço do jazz e o jazz soa e ressoa nas suas ruas. Como seria de esperar, numa cidade tão criativa, lá emergem novos estilos e actos irreverentes. De visita à Big Easy, aventuramo-nos à descoberta do Bounce hip hop.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Bark Europa, Canal Beagle, Evolucao, Darwin, Ushuaia na Terra do fogo
Em Viagem
Canal Beagle, Argentina

Darwin e o Canal Beagle: no Rumo da Evolução

Em 1833, Charles Darwin navegou a bordo do "Beagle" pelos canais da Terra do Fogo. A sua passagem por estes confins meridionais moldou a teoria revolucionária que formulou da Terra e das suas espécies
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Étnico
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Santa Marta, Tayrona, Simón Bolivar, Ecohabs do Parque Nacional Tayrona
História
Santa Marta e PN Tayrona, Colômbia

O Paraíso de que Partiu Simón Bolívar

Às portas do PN Tayrona, Santa Marta é a cidade hispânica habitada em contínuo mais antiga da Colômbia.  Nela, Simón Bolívar, começou a tornar-se a única figura do continente quase tão reverenciada como Jesus Cristo e a Virgem Maria.
Mdina, Malta, Cidade Silenciosa, arquitectura
Ilhas
Mdina, Malta

A Cidade Silenciosa e Notável de Malta

Mdina foi capital de Malta até 1530. Mesmo depois de os Cavaleiros Hospitalários a terem despromovido, foi atacada e fortificou-se a condizer. Hoje, é a costeira e sobranceira Valletta que conduz os destinos da ilha. A Mdina coube a tranquilidade da sua monumentalidade.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Inverno Branco
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Ilhéu do Farol, Porto Santo, Ilhéu de Cima, Porto Santo, de Frente para a Ponta do Passo.
Natureza
Ilhéu de Cima, Porto Santo, Portugal

A Primeira Luz de Quem Navega de Cima

Integra o grupo dos seis ilhéus em redor da Ilha de Porto Santo mas está longe de ser apenas mais um. Mesmo sendo o ponto limiar oriental do arquipélago da Madeira, é o ilhéu mais próximo dos portosantenses. À noite, também faz do fanal que confirma às embarcações vindas da Europa o bom rumo.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Guias penetram na Cidade de Pedra, Pirenópolis
Parques Naturais
Cidade de Pedra, Goiás, Brasil

Uma Cidade de Pedra. Preciosa.

Uma vastidão lítica desponta do cerrado em redor de Pirenópolis e do âmago do estado brasileiro de Goiás. Com quase 600 hectares e ainda mais milhões de anos, aglomera inúmeras formações ruiniformes caprichosas e labirínticas. Quem a visita, perde-se por lá de deslumbre.
vale profundo, socalcos arroz, batad, filipinas
Património Mundial UNESCO
Batad, Filipinas

Os Socalcos que Sustentam as Filipinas

Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Montezuma e Malpaís, melhores praias da Costa Rica, Catarata
Praias
Montezuma, Costa Rica

De Volta aos Braços Tropicais de Montezuma

Passaram 18 anos desde que nos deslumbrámos com este que é um dos litorais abençoados da Costa Rica. Há apenas dois meses, reencontrámo-lo. Tão aconchegante como o  tínhamos conhecido.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Religião
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Parada e Pompa
Sociedade
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Vida Selvagem
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.