Chiang Khong - Luang Prabang, Laos

Barco Lento, Rio Mekong Abaixo


Num equilíbrio fluvial
Dois tripulantes encontram-se numa beira estreita dum barco do Mekong.
De partida
Barco carregado de mochileiros e nativos da região zarpa de Huay Xai rio abaixo, em direcção a Luang Prabang.
Nevoeiro em Pakbeng
Rio Mekong envolto em neblina, como visto do cimo de Pakbeng a povoação em que os passageiros a caminho de Luang Prabang passam uma noite.
Passageira encalorada
Criança lao apanha vento para se refrescar a bordo de um dos barcos que descem o Mekong.
O hábito faz o monge
Monges budistas preparam-se para entrar num taxi depois de deixarem o barco e o rio Mekong.
Sede súbita
Passageiro lao tira água do Mekong para dar ao galo que segue a seu lado.
Estendal budista
Trajes de monges budistas secam num mosteiro de Luang Prabang.
Buda deitado
Uma de várias estátuas douradas de Buda em Luang Prabang.
Passagem sagrada
Jovens aprendizes religiosos atravessam o templo Wat Xieng Thong.
Umas acrobacias fluviais
Adolescente dá um salto mortal para a água lamacenta do rio Mekong, de uma margem no sopé de Luang Prabang.
Arte Governamental
Um cartaz propagandista do governo do Laos combina valores tradicionais do país com uma desejada modernidade.
Artesanato Lao
Esteiras e bolas de ka taw - um desporto popular na Ásia - expostas numa loja do centro de Luang Prabang.
Dia de Trabalho
Mulheres organizam cargas de vegetais secos numa doca fluvial de Luang Prabang
Moda de Huay Xai
Uma criança bem agasalhada segura rebuçados recém-oferecidos por viajantes ocidentais a caminho de Luang Prabang
Um desembarque estreito
Tripulante de uma embarcação garrida prepara-se para regressar a terra, em Huay Xai.
Um ancoradouro rochoso
Mais embarcações ancoradas na doca natural de Pakbeng, mais ou menos a meio caminho entre Huay Xai e Luang Prabang
Somchai Fruit
Trabalhadores carregam embarcações de caixas de fruta levadas até Huay Xai por camiões mais acima na margem elevada
Um ancoradouro rochoso II
Embarcações ancoradas na doca natural de Pakbeng, mais ou menos a meio caminho entre Huay Xai e Luang Prabang
A caminho
Barco típico do Mekong percorre o rio junto a uma das suas margens elevadas
A beleza do Laos e o custo mais baixo são boa razões para navegar entre Chiang Khong e Luang Prabang. Mas esta longa descida do rio Mekong pode ser tão desgastante quanto pitoresca.

A fronteira é tripla e impõe-nos processos aduaneiros multiplicados.

Mesmo assim, despachamo-nos do lado tailandês mais cedo do que esperávamos. Ao atravessarmos para a margem do Laos, retrocedemos uns quilómetros no rio.

Em Huay Xai, espera-nos uma multidão ansiosa de agentes e vendedores oportunistas. Ignoramos a pressão o mais que podemos.

Conseguimos, assim, ser dos primeiros a chegar às instalações locais das autoridades e a obter os carimbos no passaporte. À saída, os agentes voltam à carga.

Chiang Khong a Luang prabang, Laos, Pelo Mekong Abaixo

Tripulante de uma embarcação garrida prepara-se para regressar a terra, em Huay Xai.

Sabem de cor e salteado a que vêm os turistas semi-acidentais. Só duas razões poderiam trazer europeus, americanos e australianos a estes confins duvidosos do Sudeste Asiático.

O Triângulo Dourado estende-se pelas montanhas em redor e é uma das regiões produtoras de ópio e heroína mais activas do mundo. Colocando de parte que algum dos adolescentes viesse fechar negócios ilícitos e arriscados, só uma hipótese fazia sentido: a de que Luang Prabang se tinha tornado numa escala incontornável.

Chiang Khong a Luang prabang, Laos, Pelo Mekong Abaixo

Barco típico do Mekong percorre o rio junto a uma das suas margens elevadas

A viagem fluvial, com uma duração de quase dois dias e um pouco cansativa, não se revelava sequer a única hipótese. Partem regularmente aviões de Chiang Mai, no norte da Tailândia, para Luang Prabang.

Mesmo assim, a diferença de preços e o encanto épico de descer o Mekong por vales profundos e aldeias tribais foram razões suficientes para todos termos optado pelo barco lento. A viagem reservava, no entanto, os seus próprios contratempos.

“Esse é perigoso. Vão bem mais rápido e seguros nas nossas lanchas, garanto-vos!” afiança o representante de uma pequena empresa familiar de speedboats com visuais de motonáutica, enquanto todos os outros fazem promessas semelhantes.

Os viajantes bem que folheiam os seus Lonely Planets, Rough Guides e Routards repletos de conselhos, post its e rabiscos. Mas não vêm preparados nem para a situação real nem para decidir sob ameaça de tantos lobbies.

Pelo Mekong e pelo Laos Abaixo

Como se não bastasse, atrapalham-nos questões só aparentemente menores. “Almofadas, almofadas” apregoam mulheres protegidas do sol tropical. A sugestão gera nova vaga de indecisão. Ter ou não comprado aqueles apetrechos Made in China virá a ter enorme significado.

Embarcamos nessa mesma manhã numa espécie de paralelepípedo verde-amarelo flutuante. Como um jogo das cadeiras internacional, os passageiros disputam os lugares de forma aguerrida.

Os que despertam tarde demais para o passatempo, começam de imediato a destilar junto da fornalha alimentada pelo velho motor de dois tempos e a endoidecer com o seu tuk-tuk-tuk ensurdecedor.

Ao longo de dois dias, o percurso sinuoso faz-se a uma velocidade ridícula, com repetidas paragens para recolher camponeses surgidos do nada.

Os novos passageiros trazem para bordo inevitáveis cargas rurais: grandes molhos de vegetais, sacos e sacas sabe-se se lá do quê, galinhas, coelhos e até cabras.

Chiang Khong a Luang prabang, Laos, Pelo Mekong Abaixo

Passageiro lao tira água do Mekong para dar ao galo que segue a seu lado.

Os forasteiros examinam os recém-chegados de alto a baixo. Salvo uma ou outra vítima de excessivo incómodo, mostram-se animados com o seu embarque. Todos viajam em modo de descoberta.

E qualquer novidade combate a monotonia crescente da navegação num Mekong já diminuído que a estação seca continuava a encolher.

Chiang Khong a Luang prabang, Laos, Pelo Mekong Abaixo

Monges budistas preparam-se para entrar num taxi depois de deixarem o barco e o rio Mekong.

A Escala Providencial de Pakbeng

A noite insinua-se. Torna-se cada vez mais complicado ao homem do leme e aos seus auxiliares identificar as rochas e baixios.

Sem aviso, vislumbramos uma povoação de palafitas no topo de uma encosta pedregosa. Pouco depois, a embarcação em que seguimos junta-se a uma longa sequência de réplicas já ancoradas no sopé fluvial da aldeia.

Tínhamos chegado a Pakbeng. Dizia-se a bordo que era aquele o meio da viagem.

Chiang Khong a Luang prabang, Laos, Pelo Mekong Abaixo

Mais embarcações ancoradas na doca natural de Pakbeng, mais ou menos a meio caminho entre Huay Xai e Luang Prabang

A maior parte dos estrangeiros já só pensava na recompensa de uma refeição quente e de um sono revigorante. Tal como no embarque inicial, também ali tiveram que aturar a disputa dos proprietários das pequenas pousadas locais pelo lucro das suas estadas.

A noite passou em três tempos, encurtada por uma partida madrugadora que o nevoeiro cerrado acabou por adiar. Atrasados, ainda meio ensonados, voltamos aos mesmos assentos do dia anterior, prontos para mais um dia no Mekong.

Oito horas e muitas ultrapassagens de speedboats depois, todos estamos novamente ansiosos por voltar a terra.

Chiang Khong a Luang prabang, Laos, Pelo Mekong Abaixo

Barco carregado de mochileiros e nativos da região zarpa de Huay Xai rio abaixo, em direcção a Luang Prabang.

Por Fim, o Desembarque em Luang Prabang

A aproximação da cidade nas margens elevadas do Mekong surge como uma miragem. Com apenas 16.000 habitantes, Luang Prabang é, em detrimento da capital Vientiane, o destino obrigatório do Laos.

O cenário montanhoso em redor, os cerca de trinta e dois templos budistas que, apesar das várias guerras que assolaram o país, se mantêm de pé e a omnipresente arquitectura colonial francesa conferiram-lhe, em 1995, o estatuto de Património Mundial da UNESCO.

Chiang Khong a Luang prabang, Laos, Pelo Mekong Abaixo

Jovens aprendizes religiosos atravessam o templo Wat Xieng Thong.

Justificam a presença e trabalho permanente de arquitectos franceses, japoneses e lao.

Muito pouco mudou por estes lados desde o período da colónia mais vasta a que os franceses sabiam estar, no mapa, entre a Índia e a China e assim baptizaram de Indochina.

Isolada do frenesim capitalista das suas vizinhas do sudeste asiático, Luang Prabang respira ar puro.

Irradia calma e espiritualidade, agitada apenas pelos visitantes que, consoante a época mais ou menos chuvosa do ano, chegam uns atrás dos outros.

O Legado Francófono de Luang Prabang

Disposto ao longo de uma península na confluência dos rios Mekong e Nam Khan, o coração histórico e cultural da cidade ostenta, ainda hoje, o requinte das casas Lao de madeira e bambu e dos edifícios coloniais franceses de tijolo e estuque.

Na rua principal, a Thanon Sisavangvong, quase todos os rés-do-chão deram lugar a cafés, restaurantes, bares e outros pequenos negócios, decorados com bom-gosto e, aqui e ali, influências francófonas anacrónicas, caso do Principezinho envergonhado com que nos deparamos numa creperia pitoresca.

Para lá da introdução da electricidade e do número crescente de carros e outros veículos, a hora de ponta continua a verificar-se quando os alunos deixam as escolas e as ruas se enchem de miúdos de uniforme branco e azul, a pé e de bicicleta.

Nas restantes horas do dia, é o tom alaranjado do vestuário dos monges que mais sobressai e materializa a mais forte imagem de marca do budismo.

Chiang Khong a Luang prabang, Laos, Pelo Mekong Abaixo

Trajes de monges budistas secam num mosteiro de Luang Prabang.

Onde quer que andemos passamos por templos e santuários, alguns verdadeiros complexos que agrupam edifícios elegantes e grandiosos adornados por materiais nobres.

Habitam-nos, em comunidade, centenas de aprendizes religiosos que recebem os ensinamentos sagrados e se sujeitam à obrigação partilhada das tarefas terrenas: cuidar dos templos e jardins circundantes, lavar roupa e loiça, preparar as cerimónias.

Voltamos a encontrar os mesmos passageiros do barco do Mekong no Talat Dala, o mercado da cidade para onde confluem, todos os dias, dezenas de mulheres hmong, mien e tai, vendedoras hábeis das mantas, tapetes e outros artefactos distintivos das suas tribos.

Dia de Trabalho

Mulheres organizam cargas de vegetais secos numa doca fluvial de Luang Prabang

Da Avenida Thanon Sisavangvong à Beira Tropical do Mekong

Chega a hora de almoço e o calor castiga como nunca. Juntamo-nos aos visitantes dos quatro cantos do mundo que trocam peripécias das suas últimas viagens na avenida Thanon Sisavangvong e partilhamos dois pratos tradicionais acompanhados da emblemática Beer Lao.

Uma hora mais tarde, alguns metros abaixo, regressamos à sombra preciosa dos coqueiros da rua marginal.

Dali, contemplamos as brincadeiras dos miúdos lao sobre velhas câmaras de ar infladas e os barcos coloridos que atracam e zarpam. Até que o fluxo indolente do rio nos inquieta e nos metemos de novo a caminho.

Chiang Khong a Luang prabang, Laos, Pelo Mekong Abaixo

Adolescente dá um salto mortal para a água lamacenta do rio Mekong, de uma margem no sopé de Luang Prabang.

Avançamos na direcção contrária e deparamo-nos com a colina de Phu Si, também, ela repleta de templos. Centenas de degraus acima, surge o Wat Tham Phu Si.

Este, é, de todos, o local mais panorâmico de Luang Prabang e aqui se reúnem, todas as tardes, inúmeros adoradores do pôr-do-sol.

Enquanto recuperam da subida, os primeiros a chegar dão a volta ao templo, e apreciam a paisagem circundante. Em seguida, tomam o seu lugar numa mini-bancada e dividem-se entre contemplar o astro e comentarem o cansaço dos próximos a vencer a longa escadaria para o monte.

O pôr-do-sol revela-se impressionante e suscita uma salva de palmas colectiva. Aos poucos, aqueles felizardos de férias ou em ano sabático retornam à animação das ruas centrais que já esperam para lhes servir o jantar.

Mais uma vez à mesa, ouvimos de outros mochileiros observações bem dispostas sobre o cansaço acumulado e expressões de admiração pela beleza mística do Laos.

Chiang Khong a Luang prabang, Laos, Pelo Mekong Abaixo

Um cartaz propagandista do governo do Laos combina valores tradicionais do país com uma desejada modernidade.

Uma australiana, em particular, mostra grande dificuldade em conformar-se: ”pois, têm razão. Mas como é possível um país destes ter estado tanto tempo de costas viradas para o mundo? “

Assuão, Egipto

Onde O Nilo Acolhe a África Negra

1200km para montante do seu delta, o Nilo deixa de ser navegável. A última das grandes cidades egípcias marca a fusão entre o território árabe e o núbio. Desde que nasce no lago Vitória, o rio dá vida a inúmeros povos africanos de tez escura.
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum "Barco do Amor". Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Chiang Mai, Tailândia

300 Wats de Energia Espiritual e Cultural

Os tailandeses chamam a cada templo budista wat e a sua capital do norte tem-nos em óbvia abundância. Entregue a sucessivos eventos realizados entre santuários, Chiang Mai nunca se chega a desligar.
Hanói, Vietname

Sob a Ordem do Caos

Hanói ignora há muito os escassos semáforos, outros sinais de trânsito e os sinaleiros decorativos. Vive num ritmo próprio e numa ordem do caos inatingível pelo Ocidente.
Canal Beagle, Argentina

Darwin e o Canal Beagle: no Rumo da Evolução

Em 1833, Charles Darwin navegou a bordo do "Beagle" pelos canais da Terra do Fogo. A sua passagem por estes confins meridionais moldou a teoria revolucionária que formulou da Terra e das suas espécies
Puerto Natales-Puerto Montt, Chile

Cruzeiro num Cargueiro

Após longa pedinchice de mochileiros, a companhia chilena NAVIMAG decidiu admiti-los a bordo. Desde então, muitos viajantes exploraram os canais da Patagónia, lado a lado com contentores e gado.
Ponte u-BeinMyanmar

O Crepúsculo da Ponte da Vida

Com 1.2 km, a ponte de madeira mais antiga e mais longa do mundo permite aos birmaneses de Amarapura viver o lago Taungthaman. Mas 160 anos após a sua construção, U Bein está no seu crepúsculo.
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Banguecoque, Tailândia

Mil e Uma Noites Perdidas

Em 1984, Murray Head cantou a magia e bipolaridade nocturna da capital tailandesa em "One Night in Bangkok". Vários anos, golpes de estado, e manifestações depois, Banguecoque continua sem sono.
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
planicie sagrada, Bagan, Myanmar
Arquitectura & Design
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Teatro de Manaus
Cidades
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Kigurumi Satoko, Templo Hachiman, Ogimashi, Japão
Cultura
Ogimashi, Japão

Um Japão Histórico-Virtual

Higurashi no Naku Koro ni” foi uma série de animação nipónica e jogo de computador com enorme sucesso. Em Ogimashi, aldeia de Shirakawa-Go, convivemos com um grupo de kigurumis das suas personagens.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Twelve Apostles, Great Ocean Road, Victoria, Austrália
Em Viagem
Great Ocean Road, Austrália

Oceano Fora, pelo Grande Sul Australiano

Uma das evasões preferidas dos habitantes do estado australiano de Victoria, a via B100 desvenda um litoral sublime que o oceano moldou. Bastaram-nos uns quilómetros para percebermos porque foi baptizada de The Great Ocean Road.
Tabatô, Guiné Bissau, tabanca músicos mandingas. Baidi
Étnico
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Cilaos, ilha da Reunião, Casario Piton des Neiges
História
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Windward Side, Saba, Caraíbas Holandesas, Holanda
Ilhas
Saba, Holanda

A Misteriosa Rainha Holandesa de Saba

Com meros 13km2, Saba passa despercebida até aos mais viajados. Aos poucos, acima e abaixo das suas incontáveis encostas, desvendamos esta Pequena Antilha luxuriante, confim tropical, tecto montanhoso e vulcânico da mais rasa nação europeia.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Literatura
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Cena de rua, Guadalupe, Caribe, Efeito Borboleta, Antilhas Francesas
Natureza
Guadalupe, Antilhas Francesas

Guadalupe: Um Caribe Delicioso, em Contra-Efeito Borboleta

Guadalupe tem a forma de uma mariposa. Basta uma volta por esta Antilha para perceber porque a população se rege pelo mote Pas Ni Problem e levanta o mínimo de ondas, apesar das muitas contrariedades.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Os vulcões Semeru (ao longe) e Bromo em Java, Indonésia
Parques Naturais
PN Bromo Tengger Semeru, Indonésia

O Mar Vulcânico de Java

A gigantesca caldeira de Tengger eleva-se a 2000m no âmago de uma vastidão arenosa do leste de Java. Dela se projectam o monte supremo desta ilha indonésia, o Semeru, e vários outros vulcões. Da fertilidade e clemência deste cenário tão sublime quanto dantesco prospera uma das poucas comunidades hindus que resistiram ao predomínio muçulmano em redor.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Património Mundial UNESCO
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Personagens
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Pescador manobra barco junto à Praia de Bonete, Ilhabela, Brasil
Praias
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Rocha Dourada de Kyaikhtiyo, Budismo, Myanmar, Birmania
Religião
Monte Kyaiktiyo, Myanmar

A Rocha Dourada e em Equilíbrio de Buda

Andamos à descoberta de Rangum quando nos inteiramos do fenómeno da Rocha Dourada. Deslumbrados pelo seu equilíbrio dourado e sagrado, juntamo-nos à peregrinação já secular dos birmaneses ao Monte Kyaiktyo.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sociedade
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Vida Selvagem
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.