La Digue, Seicheles

Monumental Granito Tropical


Brigada incrédula
Visitantes de La Digue dentro de água a capturarem o incrível cenário dos rochedos de Anse Source d'Argent.
Sombra de azul
Mulher fotografa as águas turquesa da costa norte da ilha.
Grande Anse
Onda rola na areia coralífera da costa leste de La Digue, a mais batida pelo oceano Índico.
Bye !!
Thomas e Yencel regressam a La Passe depois de capturarem polvos e chocos nas águas baixas de Anse Gaulettes.
Verde cyano
Enseada tropical em frente ao vilarejo de Patatran.
Repouso tropical
Amigas descontraem à beira-mar de Anse Source d'Argent.
Pesca fácil
Thomas e Yencel exibem as suas capturas do dia.
Coração de pedra
Rochedos isolados na selva encharcada do nordeste de La Digue.
Num equilíbrio geológico
Calhaus de granito destacam-se da praia idílica de Petite Anse.
Doce vislumbre
Cores deslumbrantes de outra das enseadas da costa oriental de La Digue.
Welcome to Grande Anse
Proprietário de um bar à entrada da Grande Anse de La Digue, prepara-se para grelhar peixe.
Attention
Grande cartaz esclarece os visitantes de La Union sobre os cuidados a terem com as tartarugas locais.
Sumos da Tropicalidade
Vendedora de sumos a postos na banca por norma gerida pelo seu irmão.
De Partida
Traineira prestes a zarpar do porto de La Digue.
Vida Subaquática
Peixes cercam os banhistas que removem a areia junto aos seus territórios.
Lares. De férias
Casas na encosta florestada em redor na doca em que atracam os ferries.
Bozoo
Guia num carrinho de golfe, a saudar conhecidos.
Flor & Pedra
Trepadeira ajusta-se ao granito predominante em La Digue e nas Seychelles em geral.
Coração de Granito
Grande bloco de granito no interior de La Digue.
Marina
Veleiros preenchem a marina de La Digue, junto à doca dos ferries.
Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.

Até há algum tempo, não era autorizada a propriedade de carros na pequena ilha.

Hoje, ainda são raros.

Daniel, aguardava-nos num mas de golfe, o tipo de veículo mais popular de La Digue, lado a lado com a bicicleta. Dá-nos as boas vindas à saída da doca em que atraca o ferry vindo de Praslin e convida-nos a subir a bordo.

Connosco instalados, inaugura a curta viagem de travessia da costa oeste à oriental. Avançamos por um caminho de blocos de cimento que a vegetação envolve e torna sombria.

Daniel conhece todos os não forasteiros com que se cruza, também eles ao volante de golf carts, de bicicletas ou a pé e cumprimenta-os de forma alternada. Saúda alguns com um simples “Allo”, a outros dá um “bozoo”, o crioulo local para “bonjour”.

La Digue, Seychelles, Estradinha

Guia num carrinho de golfe, a saudar conhecidos.

Outros ainda, vê-os com tanta regularidade que lhe dedica apenas um esboço de aceno. Cinco minutos volvidos, chegamos à entrada viçosa da Grande Anse.

Vencida uma persistente hesitação, combinamos a hora em que nos apanharia de volta e metemo-nos no trilho curto que, entre coqueiros, conduzia ao areal.

As Praias Selvagens do Leste de La Digue

Uma placa assinala o seu término e o início do verdadeiro litoral. O aviso que difunde alarma o mais que pode, a branco e vermelho e em cinco dialectos distintos, a começar pelo seichelense: “Atansyon: Kouran tré danzere”.

Ainda assim, o que mais nos capta a atenção é a beleza da enorme praia que se estende tanto para norte como para sul, o areal alvo, o mar cristalino banhado em gradientes de azul que se encaixa na perfeição da baía.

La Digue, Seychelles, Praia junto a Patatran

Banhista deixa o mar turquesa ao largo de Patatran.

E as pequenas penínsulas cobertas penhascos que lhe encerram a longitude, desde o mar já sem pé até à orla verdejante da selva equatorial, a que os nativos chamam de “pointes”.

Fazia uma semana que estávamos nas Seychelles.

Depois das ilhas irmãs Mahé e de Praslin, aquele tipo de formações rochosas não eram propriamente novidade. Tinham, no entanto, uma harmonia de formas e linhas inédita que, condomínio com alguns coqueiros intrépidos e com vegetação arbustiva, tornavam singulares.

La Digue, Seychelles, seta indicação Petite Anse

Indicação do trilho para a Petite Anse.

A Grande Anse foi só a primeira das praias desertas, selvagens e sedutoras que exploramos naquela manhã de sol radioso. A norte desta, escondia-se a Petite Anse.

Para lá desta menor, ficava a Anse Coco.

Pointe após Pointe, as Anses Perfeitas de La Digue

Findos os areais de cada uma, o acesso à próxima seguia trilhos que se metiam por pequenos pantanais e trepavam ao cimo de novas “pointes” tanto pela floresta tropical como por entre os rochedos afiados que dela se destacam.

Fosse em que trecho fosse, a humidade mantinha-se opressiva e, por mais água que bebêssemos, destilava-nos aos poucos.

Tão desenfreada crescia a selva que nem sempre a conquista do cimo destas “pointes” nos garantia vistas desafogadas das baías abaixo. Por mais que uma vez, para as conseguirmos tivemos que concretizar acrobacias sobre os rochedos afiados, por vezes, em equilibrios realmente precários.

Quando, por fim, atingíamos pontos livres de rochas ou de copas de coqueiros, os panoramas das “anses” arredondadas, com as suas colónias de calhaus graníticos, o mar azulão e a selva verde- garrido deixavam-nos boquiabertos.

La Digue, Seychelles, Costa leste

Cores deslumbrantes de outra das enseadas da costa oriental de La Digue.

Descemos ao areal da Anse Cocos encharcados em suor.

Uma placa similar à da Grande Anse sinalizava mais correntes marinhas traiçoeiras mas, cozinhados como estávamos pela clorofila quente daquelas latitudes, não tínhamos como resistir.

Escolhemos um recanto sem aparentes abnormalidades no vaivém do mar e banhámo-nos como aquela pequena ilha das Seychelles merecia: em absoluto êxtase.

Apressado pelo atraso vergonhoso que já tínhamos face ao combinado com Daniel, completamos o regresso à Grande Anse num quinto do tempo.

Regresso Atrasado ao Povoado de La Digue

Quando lá chegamos, já tinha voltado à povoação de La Digue.

Recuperamos energias num bar crioulo de praia em convívio com os donos e com uma estrangeira cinquentona amalucada que nos parecia ali regressar após alguns anos e que, para espanto do trio, os tratava como se fossem íntimos.

La Digue, Seychelles, Bar em Grande Anse

Proprietário de um bar à entrada da Grande Anse de La Digue, prepara-se para grelhar peixe.

Daniel aparece com um ar tranquilo mas conformado. Mais uma vez à sua boleia retornamos ao centrinho quase urbano da ilha. Já em La Passe, mudamos do carrinho de golfe para duas bicicletas sem mudanças, tão perras quanto seria possível, eventualmente as piores da ilha.

Mesmo em modo de queixume, pedalamos costa norte acima.

Ciclistas, La Digue, Seychelles

Moradores partilham bicicletas na povoação da pequena La Digue.

Logo na primeira rampa, constatamos porque vários outros ciclistas-turistas conduziam as suas bicicletas apeados.

É a pé que chegamos à beira do cemitério local, um conglomerado de campas e cruzes brancas coloridas por flores que se sucediam sobre a relva até ao domínio mais elevado da floresta.

Anse Severe e a Costa Urbanizada de La Digue

Os primeiros colonos franceses de La Digue desembarcaram na ilha acompanhados de escravos africanos, a partir de 1769.

Muitos regressaram a França mas os nomes de vários outros podem ser encontrados nas lápides mais antigas que tínhamos por diante, como nos apelidos dos actuais habitantes, descendentes dos colonos que ficaram, dos escravos entretanto libertados e de emigrantes asiáticos que a estes se juntaram.

Descemos do cemitério de novo para a beira-mar da Anse Severe.

Detemo-nos a examinar aquela praia semi-escondida à sombra de um exército poderoso de árvores takamaka com ramos que invadiam o areal.

Por baixo de uma destas árvores, encontramos uma vendedora de sumos instalada atrás de uma banca coberta de frutas tropicais coloridas que havia decorado com flores de hibisco cor-de-rosa.

Um Convívio Refrescante com Dona Alda dos Sumos

Perguntamos quanto custava cada sumo. Alda, a senhora, responde-nos dez euros como se não fosse nada. Explicamos-lhe que não podemos gastar vinte euros assim do nada em dois sumos.

A senhora reconhece que o preço é exagerado e recorre a uma panóplia de explicações: “sabem é que a banca não é minha, é do meu filho e foi o preço que ele e a mulher decidiram.

La Digue, Seychelles, Vendedora de Sumos

Vendedora de sumos a postos na banca por norma gerida pelo seu irmão.

Ao contrário do que a maior parte das pessoas pensam, a fruta aqui em La Digue, é cara, vem de Mahé já a preços bem altos.” Entretanto apresentámo-nos mutuamente. Alda comenta o que mais nos intrigava: “não é assim tão fácil nós plantarmos fruta por cá.

Os terrenos são muito caros por todas as Seychelles. Cada um de nós tem espaços mínimos em redor das casas. O que conseguimos plantar é para a família consumir.” Ficamos meia-hora à fala com a senhora que nos desabafa metade dos problemas da sua vida.

Sensibilizada pela companhia, oferece-nos os sumos que bebemos, entregues a mais conversa. Findas as bebidas, retomamos as bicicletas e a estradinha sinuosa de cimento.

Pedalamos esforçados mas re-hidratados quando atingimos o meandro apertado do extremo norte da ilha e passamos da Anse Severe para a Anse Patates.

A La Digue Sedutora de Patatran para Sudeste

Por altura do vilarejo de Patatran, o litoral de La Digue, ali bem mais suave do que o virado ao grande Índico da costa leste, volta a aprimorar-se.

Veste-se de uma fabulosa paleta de azuis e cianos marinhos prolongada céu acima. Novelos brancos verticais atravessam o firmamento e acima e ocultam o horizonte longínquo.

No plano abaixo do varandim de que apreciávamos este fabuloso panorama tropical único, se bem que comparável ao “The Baths” da ilha caribenha de Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas.

Um branco reflector emanava da areia que as vagas de enfeite não conseguiam molhar.

Coqueiros sedentos de frescura inclinam-se sobre o mar e deixam as suas silhuetas no areal, mais uma vez delimitado por “pointes” elegantes de granito.

Enquanto contornamos a costa do norte para oeste, o litoral de La Digue pouco deriva deste cenário imaculado.

La Digue, Seychelles, Silhueta em Ciano

Mulher fotografa as águas turquesa da costa norte da ilha.

A Pescaria Tresloucada de Thomas e Yencel

Já a pedalar na Anse Gaulettes, detemo-nos a espreitar a actividade de dois nativos que vasculhavam o mar, com a água pelos joelhos. Gesticulamos-lhes a nossa curiosidade. Respondem-nos para esperarmos um pouco. Passam apenas um minuto deitados na água.

Quando se levantam, exibem-nos o resultado da sua demanda: um polvo e um choco acabados de capturar.

Satisfeitos com o prémio quase instantâneo, caminham para fora de água. Mesmo antes de saírem, um deles ainda nos consegue surpreender: “Esperem lá! Pensavam que já tinha acabado.

La Digue, Seychelles, Pesca

Thomas e Yencel exibem as suas capturas do dia.

Ainda há mais.” Mergulha as mãos na água e retira-as já a segurar uma pequena tartaruga. “Se querem fotografar, sejam rápidos!

Elas entram em stresse se as segurarmos fora de água muito tempo.

OK, vou larga-la!” avisa-nos Thomas com a anuência de Yencel a partilharem risadas fáceis e solarengas enquanto se debatiam com as tentativas de mordedura da tartaruga e com as vagas que, mesmo comedidas, os desequilibravam.

La Digue, Seychelles, Tartaruga

Tartaruga apressada em regressar ao oceano Índico que banha La Digue e as Seychelles.

Deixamo-los a arrumarem os moluscos e seguimos a pedalar à frente. Pouco nos adiantamos quando deixamos cair uma garrafa de água e temos que encostar à berma.

Enquanto nos recompomos, o duo passa por nós com grande espalhafato. Thomas segue sobre uma bicicleta cor-de-rosa de criança que parece ter saído de uma qualquer promoção da Barbie.

Os dois acenam-nos “adeuses”, com enormes sorrisos e “byes” estridentes abaixo de uma nuvem com visual de mascote e extraviada a baixa altura. Thomas gritou-a a exibir os seus grandes dentes, perfeitos, ainda mais brancos pelo contraste com a pele negra.

La Digue, Seychelles, Ciclistas

Thomas e Yencel regressam a La Passe depois de capturarem polvos e chocos nas águas baixas de Anse Gaulettes.

De tão cómica e surreal, a cena lembra-nos parte de um daqueles históricos anúncios de TV do rum Malibu rodados nas Caraíbas.

La Digue e as suas Tartarugas Hiperbólicas e Quase Jurássicas

Continuamos costa leste abaixo até atingirmos à “pointe” da Anse Caiman que nos separava da Anse Cocos em que havíamos terminado a caminhada matinal.

Aí, voltamos uma vez mais ao ponto de partida de La Passe, comprarmos víveres numa mercearia quase a fechar e apontamos à fazenda e fábrica de copra agora histórica de Union.

La Digue, Seychelles, cuidados com as tartarugas

Grande cartaz esclarece os visitantes de La Union sobre os cuidados a terem com as tartarugas locais.

Em tempos, esta propriedade concentrava a principal produção de La Digue, os cocos.

Hoje, é um parque temático informal.

Abriga o maior e um dos mais antigos rochedos de granito da ilha, com 700 milhões de anos, quarenta metros de altura e diz-se que uma área de 4000 m2 e, na sua base, uma colónia malcheirosa, e barulhenta de tartarugas gigantes de Aldabra.

La Digue, Seychelles, Granito e Coqueiros

Grande bloco de granito no interior de La Digue.

Também libidinosas, devemos dizê-lo.

La Digue, Seychelles, Tartarugas em cópula

Velhas tartarugas de La Digue apanhada em plena actividade sexual.

Anse Source d’Argent: a La Digue Monumental

Espreitamo-las e também ao velho cemitério local.

Prosseguimos fazenda fora e chegamos à mais notória das praias de La Digue: Anse Source d’Argent. Damos entrada no seu ainda mais excêntrico reduto de granito pelo meio de alguns dos rochedos que tanto a caracterizam.

Já do lado de lá, encontramos a maré vazia como seria perfeito que estivesse. Entramos mar adentro com cuidado, entre corais e bancos de algas submersos.

E quando nos afastamos o suficiente da beira-mar, percebemos a sumptuosidade do cenário à frente.

Vemo-lo composto por sucessivos rochedos estriados e listados, alguns empoleirados em cima de outros, os mais baixos coroados por copas de coqueiros e cercados da floresta viçosa e pujante.

La Digue, Seychelles, Anse d'Argent

Visitantes de La Digue dentro de água a capturarem o incrível cenário dos rochedos de Anse Source d’Argent.

Durante todo o tempo que admiramos e fotografamos a paisagem, uma família de peixes-morcegos-redondos nada-nos em redor das pernas, a verificarem o que poderiam aproveitar da turbulência que provocávamos no leito do mar.

La Digue, Seychelles, Anse d'Argent peixes

Peixes cercam os banhistas que removem a areia junto aos seus territórios.

O ocaso anunciava-se e o ferry para Praslin zarpava daí a uma hora.

Sem estadia marcada em La Digue, corremos para o areal, apanhámos as bicicletas ainda presas a coqueiros e pedalámos à velocidade que aquelas pasteleiras permitiam em direcção à doca de La Passe.

Apanhamos o ferry sem sobressaltos e ainda com luz suficiente para um último olhar sobre algumas das incríveis obras de arte graníticas de La Digue.

Praslin, Seychelles

 

O Éden dos Enigmáticos Cocos-do-Mar

Durante séculos, os marinheiros árabes e europeus acreditaram que a maior semente do mundo, que encontravam nos litorais do Índico com forma de quadris voluptuosos de mulher, provinha de uma árvore mítica no fundo dos oceanos.  A ilha sensual que sempre os gerou deixou-nos extasiados.
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os "Caribanhos" Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Malé, Maldivas

As Maldivas a Sério

Contemplada do ar, Malé, a capital das Maldivas, pouco mais parece que uma amostra de ilha atafulhada. Quem a visita, não encontra coqueiros deitados, praias de sonho, SPAs ou piscinas infinitas. Deslumbra-se com o dia-a-dia maldivano  genuíno que as brochuras turísticas omitem.
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
Maurícias

Uma Míni Índia nos Fundos do Índico

No século XIX, franceses e britânicos disputaram um arquipélago a leste de Madagáscar antes descoberto pelos portugueses. Os britânicos triunfaram, re-colonizaram as ilhas com cortadores de cana-de-açúcar do subcontinente e ambos admitiram a língua, lei e modos francófonos precedentes. Desta mixagem, surgiu a exótica Maurícia.
PN Tortuguero, Costa Rica

A Costa Rica e Alagada de Tortuguero

O Mar das Caraíbas e as bacias de diversos rios banham o nordeste da nação tica, uma das zonas mais chuvosas e rica em fauna e flora da América Central. Assim baptizado por as tartarugas verdes nidificarem nos seus areais negros, Tortuguero estende-se, daí para o interior, por 312 km2 de deslumbrante selva aquática.
PN Tortuguero, Costa Rica

Tortuguero: da Selva Inundada ao Mar das Caraíbas

Após dois dias de impasse devido a chuva torrencial, saímos à descoberta do Parque Nacional Tortuguero. Canal após canal, deslumbramo-nos com a riqueza natural e exuberância deste ecossistema flúviomarinho da Costa Rica.
Mahé, Seychelles

A Ilha Grande das Pequenas Seychelles

Mahé é maior das ilhas do país mais diminuto de África. Alberga a capital da nação e quase todos os seichelenses. Mas não só. Na sua relativa pequenez, oculta um mundo tropical deslumbrante, feito de selva montanhosa que se funde com o Índico em enseadas de todos os tons de mar.
Victoria, Mahé, Seychelles

De "Estabelecimento" Francófono à Capital Crioula das Seychelles

Os franceses povoaram o seu “L’Établissement” com colonos europeus, africanos e indianos. Dois séculos depois, os rivais britânicos tomaram-lhes o arquipélago e rebaptizaram a cidade em honra da sua rainha Victoria. Quando a visitamos, a capital das Seychelles mantém-se tão multiétnica como diminuta.
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Lençóis da Bahia, Diamantes Eternos, Brasil
Arquitectura & Design
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Kente Festival Agotime, Gana, ouro
Cerimónias e Festividades
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
patpong, bar go go, banguecoque, mil e uma noites, tailandia
Cidades
Banguecoque, Tailândia

Mil e Uma Noites Perdidas

Em 1984, Murray Head cantou a magia e bipolaridade nocturna da capital tailandesa em "One Night in Bangkok". Vários anos, golpes de estado, e manifestações depois, Banguecoque continua sem sono.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Páscoa em Helsínquia, Finlândia, iKids em Seurassari
Cultura
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Em Viagem
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Casinhas miniatura, Chã das Caldeiras, Vulcão Fogo, Cabo Verde
Étnico
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã “Francês” à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Sydney, cidade criminosos exemplar da Austrália, Harbour Bridge
História
Sydney, Austrália

De Desterro de Criminosos a Cidade Exemplar

A primeira das colónias australianas foi erguida por reclusos desterrados. Hoje, os aussies de Sydney gabam-se de antigos condenados da sua árvore genealógica e orgulham-se da prosperidade cosmopolita da megalópole que habitam.
Barcos fundo de vidro, Kabira Bay, Ishigaki
Ilhas
Ishigaki, Japão

Inusitados Trópicos Nipónicos

Ishigaki é uma das últimas ilhas da alpondra que se estende entre Honshu e Taiwan. Ishigakijima abriga algumas das mais incríveis praias e paisagens litorais destas partes do oceano Pacífico. Os cada vez mais japoneses que as visitam desfrutam-nas de uma forma pouco ou nada balnear.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Literatura
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Spitzkoppe, Namíbia, espelho de água
Natureza
Spitzkoppe, Damaraland, Namíbia

A Montanha Afiada da Namíbia

Com 1728 metros, o “Matterhorn Namibiano” ergue-se abaixo das dez maiores elevações da Namíbia. Nenhuma delas se compara com a escultura granítica, dramática e emblemática de Spitzkoppe.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Rancho Salto Yanigua, República Dominicana, pedras de mineração
Parques Naturais
Montãna Redonda e Rancho Salto Yanigua, República Dominicana

Da Montaña Redonda ao Rancho Salto Yanigua

À descoberta do noroeste dominicano, ascendemos à Montaña Redonda de Miches, recém-transformada num insólito apogeu de evasão. Desse cimo, apontamos à Bahia de Samaná e a Los Haitises, com passagem pelo pitoresco rancho Salto Yanigua.
Glamour vs Fé
Património Mundial UNESCO
Goa, Índia

O Último Estertor da Portugalidade Goesa

A proeminente cidade de Goa já justificava o título de “Roma do Oriente” quando, a meio do século XVI, epidemias de malária e de cólera a votaram ao abandono. A Nova Goa (Pangim) por que foi trocada chegou a sede administrativa da Índia Portuguesa mas viu-se anexada pela União Indiana do pós-independência. Em ambas, o tempo e a negligência são maleitas que agora fazem definhar o legado colonial luso.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Lançamento de rede, ilha de Ouvéa-Ilhas Lealdade, Nova Caledónia
Praias
Ouvéa, Nova Caledónia

Entre a Lealdade e a Liberdade

A Nova Caledónia sempre questionou a integração na longínqua França. Na ilha de Ouvéa, arquipélago das Lealdade, encontramos uma história de resistência mas também nativos que preferem a cidadania e os privilégios francófonos.
igreja, nossa senhora, virgem, guadalupe, mexico
Religião
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval
Sociedade
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Vida Selvagem
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.