Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes


O fiorde porto de Flam
Navio cruzeiro ancorado em Flam.
Fotografia em Tandem
Entusiasmo fotográfico com a bandeira norueguesa a ondular em fundo.
Um Ferry Futurista
Ferry no Aurlandfjord, um dos inúmeros fjordes que sulcam a Noruega.
Sem Perder Rasto
Passageira resiste a um momento de meteorologia agreste, a bordo do M:S Viking Tor.
No Sopé do Fiorde
Povoação à beira do Sognefjord.
Passageiros-ferry M:S Viking Tor-Aurlandfjord-Noruega
Povoação-Sognefjord-Noruega
Balestrand
A zona portuária de Balestrand, à entrada do Sognefjord.
Recortes do Sognefjord
Braço do Sognefjord sob nuvens pesadas.
A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.

A composição do Flamsbana termina a lenta desaceleração e imobiliza-se.

Entusiasmados pela beleza e imponência dos cenários que ficaram para trás, os passageiros desembarcam ansiosos por ver o que Flam lhes reservava.

Posicionado junto a uma carruagem, composto debaixo do seu chapéu de oficial, de camisa branca e gravata azul, Malvin Midje, um funcionário da empresa estatal norueguesa de caminhos de ferro, dá-lhes as boas-vindas e supervisiona o fluxo da gente em direcção à saída da gare e às margens do profundo Aurlandsfjord.

O que descobrimos é o limiar apenas e só turístico de Flam: um edifício amarelo-torrado erguido em madeira segundo as normas da arquitectura local, repleto de artesanato e recordações desta Noruega de natureza exuberante.

Cruzeiro, Flam, Aurlandfjord, Noruega

Navio cruzeiro ancorado em Flam.

Um ancoradouro mais ou menos ao nível dos 59 metros de altitude a que se situa a povoação. A pouca distância, um gigantesco navio-cruzeiro que rivaliza com as falésias verdejantes em redor e ridiculariza a pequenez apesar de tudo campestre de Flam.

Nesse dia, era apenas um o cruzeiro ancorado. Noutros, podem contar-se dois e, neste caso, lançam sobre Flam uma enxurrada de até cinco mil forasteiros.

É preciso recuar muito para encontrarmos uma Flam dissociada do turismo. Existem registos da vila, com este mesmo nome traduzido como “plano” desde pelo menos 1340.

A partir do meio do século XIX, a povoação começou a ser invadida todos os verões por visitantes ingleses que chegavam em grandes barcos, abrigavam-se com os proprietários rurais da zona – em especial com um tal de Christen Fretheim e tinham como programa pescar o salmão que subia os vários rios em redor, incluindo o Flam.

A sua presença tornou-se tão regular e aristocrata que os moradores de Flam os começaram a tratar por “lordes do salmão”.

Deslumbrados pelos cenários e pela vida exótica no campo norueguês, alguns desses lordes faziam de tudo para prolongar as suas estadas. Depois do fim da época do salmão, começava a da caça à rena. Também este seu novo hobby passou a justificar o adiar da partida.

Em 1879, a família Fretheim estava tão rica como pelas costuras de acolher ingleses em sua casa. Resolveu-se a erguer um edifício à parte que chamaram de “The English Villa”. Este edifício foi aumentado e renovado vezes sem conta até redundar no Hotel Fretheim dos nossos dias, de longe o mais histórico de Flam.

Chegado o ano de 1923, os trabalhos de construção de uma linha férrea ambiciosa voltaram a revolucionar a rotina rural-turística do lugarejo. Volvidos dezanove anos, os comboios já circulavam serrania acima e abaixo, a vapor, claro está. Flam nunca mais seria a mesma. E estavam por chegar mais mudanças.

Decorridos outros vinte anos, tinha já a Europa Ocidental recuperado da catástrofe da 2ª Guerra Mundial, os primeiros cruzeiros começaram a percorrer os 29km do Aurlandsfjord, quase até ao seu fim. Por essa altura, não existiam ancoradouros à altura pelo que os navios ficavam ancorados a alguma distância da povoação.

Em 2000, Flam recebeu o seu porto de navios e passou a acolher cruzeiros de vários calados. Hoje, são cerca de 160 por ano os que lá fundeiam para proveito financeiro dos habitantes que, sem excepção, deixaram as actividades agrícolas ou piscatórias a que antes se dedicavam, rendidos aos lucros quase imediatos das lojas, tours e outros negócios e actividades.

Como acontece em todo o lado a que chegam, os cruzeiros geram níveis excessivos de perturbação da harmonia local e poluição.

Flam e os Aurlandsfjord e Sognefjord – à imagem de Geiranger e outras partes da idílica Noruega – têm sofrido esses mesmos transtornos. De tal maneira que os protestos reclamantes de fiordes livres de cruzeiros ganham adeptos em catadupa, alguns deles bem mediáticos.

Entusiasmo fotográfico, ferry M:S Viking Tor, Aurlandfjord, Noruega

Entusiasmo fotográfico com a bandeira norueguesa a ondular em fundo.

Não íamos embarcar num desses colossos do mar mas num dos ferries normais que liga Flam a Bergen, a segunda cidade norueguesa situada no litoral ainda distante do Mar do Norte. Esperava-nos uma fila ordeira e multinacional de passageiros em boa parte saídos do Flam Railway.

Subimos a bordo com o tempo solarengo. E com tempo para admirarmos o remate do Aurlandsfjord em redor, malgrado todas as transformações, aqui e ali ainda salpicado das pequenas casas de madeira brancas e vermelhas, algumas junto à base de quedas d’água que se precipitam pelas vertentes.

Foram as primeiras de dezenas porque passaríamos durante a navegação, todas elas abastecidas pelo degelo dos cimos nevados que, no caso do Aurlandsfjord, ascendem a impressionantes 1400 metros de altitude.

O comandante dá uma buzinadela de aviso da partida iminente. Conscientes de que se trata de uma das viagens da sua vida, os passageiros mais ansiosos precipitam-se para o varandim panorâmico sobre a popa. Durante um bom tempo, disputam o espaço e as fotografias e vídeos com uma fúria varengue.

Como quase sempre acontece na Noruega, a meteorologia tem planos próprios. Não tarda a impor a sua vontade.

À medida que avançamos para norte, um bando de nuvens escuras e densas vindas do oceano interna-se no fiorde, lança um vento gélido premonitório e, pouco depois, uma bátega.

Braço do Sognefjord-Noruega

Braço do Sognefjord sob nuvens pesadas.

A chuvada quebrou de vez a teimosia dos passageiros mais resistentes. Se quase todos se haviam já enfiado no interior da cabine, estes últimos não tardaram a seguir o exemplo.

Passageira agasalhada-ferry M:S Viking Tor, Aurlandfjord, Noruega

Passageira resiste a um momento de meteorologia agreste, a bordo do M:S Viking Tor.

Excepção feita a uma mulher enfiada num impermeável escuro que apostada em ritualizar o momento, enfrentou o temporal de braços abertos sobre o varandim, ao lado da bandeira branca, vermelha e azul da Noruega que, segundo ditam os preceitos nacionais norse, não pode tocar o chão, nem ser usada no corpo abaixo da cintura.

O vendaval fazia-a chicotear o ar em redor sem clemência.

Como veio, a intempérie deu lugar ao sol. Esta não seria a última alternância meteorológica do percurso.

Enquanto isso, a passagem pelas povoações ribeirinhas de um lado ou do outro do fiorde suscitava sucessivas correrias de regresso ao convés panorâmico. Avistámos Aurlandsvagen, a estibordo, com as casas dos seus quase oitocentos habitantes disseminadas pelo sopé de uma encosta íngreme.

Povoação, Sognefjord, Noruega

Povoação à beira do Sognefjord.

Das imediações desta povoação, faz-se à encosta uma das estradas idolatradas da Noruega, a Aurlandsfjellet. Com 45km, sobe do nível do fiorde ao planalto desolado e repleto de rochedos que separa Aurland de Laerdal. Só por si, os primeiros 8km já representam um trajecto-experiência memorável.

Conduzem a Stegastein, um dos pontos de observação extremos de toda a região, proporcionado por um passadiço-varandim de madeira destacado cerca de 30 metros da face rochosa da montanha, 650 metros acima do fiorde e com vista para dois dos seus meandros inaugurais.

Como seria de prever, a inclinação da também estreita e sinuosa Aurlandsfjellet – uma verdadeira montanha russa – torna-a impraticável durante o longo Inverno, quando a neve e o gelo a cobrem e recobrem de um momento para o outro. Até mesmo no meio do Verão, ilhas de neve ladeiam o asfalto. Por alguma razão os moradores a tratam por Snovegen, a Estrada da Neve.

Segue-se o lugarejo de Unredal, que avistamos a bombordo, num aperto do fiorde após um dos seus esses, instalado na desembocadura de um vale glaciar apertado. Logo, Fronningen e Fresvik, em bordos opostos do navio. A primeira junto à confluência do Lustrafjorde com o Aurlandsfjord.

Navegávamos sobre o hidrodinâmico e moderno “M/S Viking Tor”. Mais que o mero deslumbre, os caprichos geológicos magnânimos em redor inspiravam nos vários imaginários incursões surreais à era das trevas destes confins quase boreais do mundo.

Sonhos de frotas de drakkar com grandes velas à bolina, impulsionados a dobrar pelas remadas dos guerreiros do deus do trovão e do relâmpago, das tempestades e da fertilidade.

“Da fúria dos nórdicos, livrai-nos Senhor!” diz-se que assim imploravam os monges saxões protecção a Deus quando os salteadores escandinavos invadiam os seus mosteiros, como fizeram tão para sul como Lisboa, Sevilha e, Mediterrâneo adentro até à península itálica.

A leste, pelo Volga e Mar Negro acima, já convertidos no povo Rus da génese da Rússia, até cercarem a poderosa Constantinopla com estima-se que para cima de 200 drakkar e levarem ao desespero o Imperador Bizantino Michael III.

Se, por essa altura, o vislumbre dos viquingues suscitava nas povoações e inimigos visados temor e tremor, tanto os domínios de que zarpavam como o seu legado civilizacional são hoje motivo de uma consistente exaltação.

Por altura de Fresvik e de Slinde, os contornos do Sognefjord obrigam o “M/S Viking Tor” a flectir para oeste. A base do desfiladeiro inundado prova-se suficientemente suave para acolher estradas providenciais: a 55 que o acompanha até Balestrand e por muitos quilómetros adicionais, até uma distante Vadheim. Na margem oposta, uma via secundária que conduz à não menos importante estrada 13.

Indiferente aos triunfos da engenharia civil e da modernidade, o Rei dos Fiordes Noruegueses prolonga a sua demanda de 204km pelo mar. Durante quase metade dessa extensão, atinge mais de mil metros de profundidade e entre 5 a 6 km de largura.

O mais longo e profundo dos fiordes noruegueses é, ao mesmo tempo, o segundo mais extenso à face da Terra. Supera-o apenas o vizinho da Gronelândia Scoresby Sund que se prolonga por descomunais 348 km.

Balestrand, Sognefjord, Noruega

A zona portuária de Balestrand, à entrada do Sognefjord.

Passamos por Hermansverk e por Liekanger. O “M/S Viking Tor” contorna a península de Vangsnes.

Balestrand, o nosso destino dessa tarde fica à vista com as montanhas afiadas e pardas de neve do Esefjord como fundo. Identificamos dois pontões saídos da base da vertente e sobre eles, a secção ribeirinha da povoação.

Atracamos num molhe encharcado de uma chuva recente que dá para uma rua delimitada por casas de madeira de cores claras.

Desembarcados, reorientamo-nos e, num ápice, damos com o hotel Kviknes em que nos iríamos hospedar, uma espécie de Fretheim local. Não chegámos como lordes e o salmão ser-nos-ia servido já empratado. Só tínhamos um dia. Nesse tempo irrisório, o Kviknes Hotel e Balestrand entraram para a nossa história.

 

Mais informações e reservas de tours “Sognefjord in a Nutshell” em www.fjordtours.com

Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Magma Geopark, Noruega

Uma Noruega Algo Lunar

Se recuássemos aos confins geológicos do tempo, encontraríamos o sudoeste da Noruega repleto de enormes montanhas e de um magma incandescente que sucessivos glaciares viriam a moldar. Os cientistas apuraram que o mineral ali predominante é mais comum na Lua que na Terra. Vários dos cenários que exploramos no vasto Magma Geopark da região parecem tirados do nosso grande satélite natural.
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.
Oslo, Noruega

Uma Capital (sobre) Capitalizada

Um dos problemas da Noruega tem sido decidir como investir os milhares milhões de euros do seu fundo soberano recordista. Mas nem os recursos desmedidos salvam Oslo das suas incoerências sociais.
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum "Barco do Amor". Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Puerto Natales-Puerto Montt, Chile

Cruzeiro num Cargueiro

Após longa pedinchice de mochileiros, a companhia chilena NAVIMAG decidiu admiti-los a bordo. Desde então, muitos viajantes exploraram os canais da Patagónia, lado a lado com contentores e gado.
Cabo da Boa Esperança - Cape of Good Hope NP, África do Sul

À Beira do Velho Fim do Mundo

Chegamos onde a grande África cedia aos domínios do “Mostrengo” Adamastor e os navegadores portugueses tremiam como varas. Ali, onde a Terra estava, afinal, longe de acabar, a esperança dos marinheiros em dobrar o tenebroso Cabo era desafiada pelas mesmas tormentas que lá continuam a grassar.
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Stavanger, Noruega

A Cidade Motora da Noruega

A abundância de petróleo e gás natural ao largo e a sediação das empresas encarregues de os explorarem promoveram Stavanger de capital da conserva a capital energética norueguesa. Nem assim esta cidade se conformou. Com um legado histórico prolífico, às portas de um fiorde majestoso, há muito que a cosmopolita Stavanger impele a Terra do Sol da Meia-Noite.
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
Balestrand, Noruega

Balestrand: uma Vida Entre Fiordes

São comuns as povoações nas encostas dos desfiladeiros da Noruega. Balestrand está à entrada de três. Os seus cenários destacam-se de tal forma dos demais que atraíram pintores famosos e continuam a seduzir viajantes intrigados.
Preikestolen - Rocha do Púlpito, Noruega

Peregrinação ao Púlpito de Rocha da Noruega

Não faltam cenários grandiosos à Noruega dos fiordes sem fim. Em pleno fiorde de Lyse, o cimo destacado, alisado e quase quadrado de uma falésia com mais de 600 metros forma um inesperado púlpito rochoso. Subir às suas alturas, espreitar os precipícios e apreciar os panoramas em redor tem muito de revelação.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Arquitectura & Design
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
cowboys oceania, Rodeo, El Caballo, Perth, Australia
Cerimónias e Festividades
Perth, Austrália

Cowboys da Oceania

O Texas até fica do outro lado do mundo mas não faltam vaqueiros no país dos coalas e dos cangurus. Rodeos do Outback recriam a versão original e 8 segundos não duram menos no Faroeste australiano.
Music Theatre and Exhibition Hall, Tbilissi, Georgia
Cidades
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Cultura
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
kings canyon, Red centre, coracao, Australia
Em Viagem
Red Centre, Austrália

No Coração Partido da Austrália

O Red Centre abriga alguns dos monumentos naturais incontornáveis da Austrália. Impressiona-nos pela grandiosidade dos cenários mas também a incompatibilidade renovada das suas duas civilizações.
Conversa entre fotocópias, Inari, Parlamento Babel da Nação Sami Lapónia, Finlândia
Étnico
Inari, Finlândia

O Parlamento Babel da Nação Sami

A Nação sami integra quatro países, que ingerem nas vidas dos seus povos. No parlamento de Inari, em vários dialectos, os sami governam-se como podem.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

História
São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
Bando de Pelicanos-Pardo de olho em alimento
Ilhas
Islamorada, Florida Keys, Estados Unidos

A Aldeia Floridense Feita de Ilhas

Os descobridores espanhóis baptizaram-na de ilha Púrpura, mas os tons predominantes são os dos incontáveis recifes de coral num mar pouco profundo. Confinada às suas cinco keys, Islamorada mantêm-se pacata, num meio-caminho alternativo entre Miami e Key West, as urbes da Flórida que a prodigiosa Overseas Highway há muito liga.
Oulu Finlândia, Passagem do Tempo
Inverno Branco
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Natureza
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
ilha de Praslin, cocos do mar, Seychelles, Enseada do Éden
Parques Naturais

Praslin, Seychelles

 

O Éden dos Enigmáticos Cocos-do-Mar

Durante séculos, os marinheiros árabes e europeus acreditaram que a maior semente do mundo, que encontravam nos litorais do Índico com forma de quadris voluptuosos de mulher, provinha de uma árvore mítica no fundo dos oceanos.  A ilha sensual que sempre os gerou deixou-nos extasiados.
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, de capital histórica a Património Mundial, arte urbana
Património Mundial UNESCO
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores

Heroína do Mar, de Nobre Povo, Cidade Valente e Imortal

Angra do Heroísmo é bem mais que a capital histórica dos Açores, da ilha Terceira e, em duas ocasiões, de Portugal. A 1500km do continente, conquistou um protagonismo na nacionalidade e independência portuguesa de que poucas outras cidades se podem vangloriar.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Soufrière e Pitons, Saint Luci
Praias
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Djerba Ilha da Tunísia, Amazigh e os seus camelos
Religião
Djerba, Tunísia

A Ilha Tunisina da Convivência

Há muito que a maior ilha do Norte de África acolhe gentes que não lhe resistiram. Ao longo dos tempos, Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos, Árabes chamaram-lhe casa. Hoje, comunidades muçulmanas, cristãs e judaicas prolongam uma partilha incomum de Djerba com os seus nativos Berberes.
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Cabine Saphire, Purikura, Tóquio, Japão
Sociedade
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Jipe cruza Damaraland, Namíbia
Vida Selvagem
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.