Perito Moreno, Argentina

O Glaciar Que Resiste


Cores Argentinas
Visitantes admiram a vastidão azulada do glaciar Perito Moreno.
Ponte caída
Barco detém-se no Lago Argentino, em frente à passagem algumas horas antes ligada por uma ponte de gelo cíclica.
Celebração do Momento
Casal quebra o gelo em frente ao glaciar Perito Moreno.
Azul Afiado
Escarpas de gelo aguçadas numa extremidade do glaciar Perito Moreno.
Espera gelada
Espectadores aguardam pacientemente pela queda da ponte de gelo.
Subida escorregadia
Escalador conquista um declive escorregadio na superfície do glaciar Perito Moreno.
Gaúcho
Guia gaúcho junto à vedação que protege os visitantes do declive do lago Argentino que faz deter o glaciar Perito Moreno.
Frente do Colosso
A frente de ablação do glaciar Perito Moreno, a invadir o lago Argentino.
Espera gelada II
Espectadores aguardam pacientemente pela queda da ponte de gelo.
Bar no gelo
Abastecimento de whisky instalado sobre um recanto do glaciar Perito Moreno.
Escala pouco humana
Grupo de exploradores na base das montanhas de gelo do glaciar.
Mini Iceberg
Um fragmento resiste ao degelo provocado pelo aquecer da água do lago Argentino a partir do meio da manhã.
Atraso sobre o Gelo
Guia apressa-se para se juntar a um grupo que explora a superfície gelada do glaciar.
Pequena derrocada
Fragmento cai do glaciar Perito Moreno, uma amostra diminuta do colapso da ponte de gelo que estava para acontecer.
O aquecimento é supostamente global mas não chega a todo o lado. Na Patagónia, alguns rios de gelo resistem.De tempos a tempos, o avanço do Perito Moreno provoca derrocadas que fazem parar a Argentina

Doña Alexandra, co-proprietária da pousada homónima de El Calafate, não se conforma.

Chega a hora da segunda novela do dia mas, como quase todos os restantes, o canal argentino em que mantém a TV alterou a grelha de emissão para se concentrar num evento de importância maior.

A família e amigos ocupam os sofás da sala de estar. Em casa, abstraídos como estão, pouco se preocupam com o conforto de vários hóspedes estrangeiros que se procuram inteirar das novidades.

Apesar de, num plano visível, pouco se passar, o País das Pampas e várias outras nações mantêm antenas viradas para o fim do mundo da Patagónia.

Mais que a emissão, interessava-nos a realidade. Só 78 km as separavam e a decoração sopeira daquele lar-pousada insta-nos a partir o quanto antes.

Chegamos ao anfiteatro natural do Parque Nacional Los Glaciares ainda a manhã vai a meio. Equipas de reportagem porteñas e de outras paragens do Planeta descarregavam equipamento das suas carrinhas sob uma chuva miúda mas frígida e instalavam-se com a melhor vista possível para o cenário.

bandeira argentina no lago-glaciar perito moreno-argentina

Visitantes admiram a vastidão azulada do glaciar Perito Moreno.

Descemos o caminho serpenteante. Uma bandeira albiceleste ondula, agitada pelo vento furioso. Paramos junto ao mastro. Daí para norte, impõe-se o domínio majestoso do Glaciar Perito Moreno.

A origem deste rio de gelo reside numa falha baixa na Cordilheira dos Andes. Esse desfiladeiro permite que as nuvens pesadas provenientes do Pacífico atravessem do Chile para o outro lado da divisória.

frente ablacao, glaciar perito moreno, argentina

A frente de ablação do glaciar Perito Moreno, a invadir o lago Argentino.

E que descarreguem a humidade na forma de uma neve que se sobrepõe há muitos milhares de anos no que é o coração do ventisquero, assim lhes chamam os argentinos, por os vales glaciais atraírem rajadas contínuas.

O peso acumulado pela neve causa a sua recristalização em gelo.

Esse gelo desce aos poucos da montanha para leste. Trinta quilómetros para diante a frente de ablação do glaciar – um paredão maciço com 5 km de largura, 60 m de altura e 170 m de gelo submerso – choca com a margem do Lago Argentino e represa o Canal dos Témpanos.

escarpas de gelo glaciar, glaciar perito moreno, argentina

Escarpas de gelo aguçadas numa extremidade do glaciar Perito Moreno.

Separa, assim, uma das extensões do lago, o Brazo Rico, do corpo principal. A cisão provoca um desequilíbrio da água de ambos os lados. Ao cortar o escoamento ao Brazo Rico, faz com que o seu caudal suba até 30 metros.

Com o tempo, a pressão e o derreter do gelo, acelerado pela entrada do Verão no sul do Hemisfério Sul, acabam por esculpir uma ponte.

De 1917 a 2012, em vinte e uma ocasiões, esta ponte cedeu ao próprio peso e à força exercida pelo avançar do glaciar contra a rocha da margem, cerca de dois metros por dia.

Acaba por colapsar sobre o lago e provoca um forte troar seguido de um pequeno maremoto. O culminar de todo este processo é difícil de prever.

espectadores esperam queda, glaciar perito moreno, argentina

Espectadores aguardam pacientemente pela queda da ponte de gelo.

As horas passam. O frio e a chuva aumentam. Castigam a multidão que aumentava, embrulhada em roupa farta e em impermeáveis, aquecida pela conversa, por café e chá mate escaldantes. Entretanto, a noite e a temperatura caem. Só os profissionais se continuam a expor à frigidez agravada.

Três dias desconfortáveis assim se passam. El puente dá ligeiros avisos que entusiasmam e estimulam a gente a voltar. Às tantas, os espectadores já preenchem toda a encosta e mostram-se ansiosos pelo último momento.

De quando em quando, cai mais um fragmento de gelo sobre a água com estrondo. A multidão rejubila. A grande derrocada, essa, teima em adiar-se.

pequena derrocada, glaciar perito moreno, argentina

Fragmento cai do glaciar Perito Moreno, uma amostra diminuta do colapso da ponte de gelo que estava para acontecer.

Um gaúcho que trabalha como guia em part-time conta-nos a sua agonia particular: “sempre que chegamos esta altura tenho que levar com o mesmo filme.

O pessoal que trago mete na cabeça que a ponte vai cair a qualquer momento e atrasam o máximo que podem o regresso ao ponto de encontro.

casal quebra gelo, glaciar perito moreno, argentina

Casal quebra o gelo em frente ao glaciar Perito Moreno.

Como isto está à pinha, encontram cá as televisões e o aparato todo. Custa-lhes a acreditar que ainda falte muito. Mas olhem que podem perfeitamente passar mais 5 ou 6 dias sem que nada aconteça. Já vivi várias destas rupturas. São uma verdadeira lotaria.”

guia gaucho, glaciar perito moreno, argentina

Guia gaúcho junto à vedação que protege os visitantes do declive do lago Argentino que faz deter o glaciar Perito Moreno.

O Perito Moreno é caprichoso, disso não temos dúvidas. Talvez nem o prestigiado naturalista que lhe emprestou o nome –Francisco Pancásio Moreno – encontrasse explicação para o fenómeno excepcional que acompanhávamos.

Numa altura em que o híperdiscutido aquecimento global encolhe a Gronelândia a olhos vistos e faz mirrarem quase todos os glaciares e áreas geladas à face da Terra, este ventisquero beneficia do rigor invernal do Campo de Gelo do Sul da Patagónia.

mini iceberg, glaciar perito moreno, argentina

Um fragmento resiste ao degelo provocado pelo aquecer da água do lago Argentino a partir do meio da manhã.’

Expande-se e galga a margem do Lago Argentino vezes sem conta.

Fartamo-nos do frio e do desconforto da imobilidade. Desistimos. Aventuramo-nos numa pequena caminhada sobre crampons e a superfície do glaciar.

guia no glaciar, glaciar perito moreno, argentina

Guia apressa-se para se juntar a um grupo que explora a superfície gelada do glaciar.

Montanheiros líderes demonstram técnicas de escalada que lhes concedem mobilidade vertical em pequenas montanhas vitrificadas.

Entramos e saímos de grutas turquesa. Admiramos caudais de água rápidos, nas profundezas daquele maciço gelado.

escalar o glaciar, glaciar perito moreno, argentina

Escalador conquista um declive escorregadio na superfície do glaciar Perito Moreno.

No regresso, cruzamo-nos com icebergues encalhados na costa e assistimos, ao longe, ao colapso de mais dois grandes fragmentos do interior da ponte. Apesar de tudo, a ponte resiste.

Na manhã seguinte, acordamos moídos pelo tempo ao frio e pelo contacto rígido dos crampons com o gelo.

Doña Alejandra dá-nos a notícia com um alívio que nem se preocupa em disfarçar: “Então já sabem? Caiu ontem à noite. Estava escuro como breu. Só lá se aguentavam as TVs. Já passaram um vídeo meio esverdeado mas não se percebe nada de nada. Interromperam-me as novelas vezes sem conta para isto. Bom, pelo menos agora só daqui a uns quatro anos, com sorte mais”.

Não encontramos em El Calafate algo que prometesse distrair-nos melhor. A curiosidade acaba por vencer. Voltamos ao glaciar e encontramos o Canal dos Témpanos desimpedido.

barco no lago frente a ponte, glaciar perito moreno, argentina

Barco detém-se no Lago Argentino, em frente à passagem algumas horas antes ligada por uma ponte de gelo cíclica.

Um retalho do glaciar permanece encaixado contra as rochas. A fenda tem várias dezenas de metros. Do lado oposto, persiste a imensidão azul do corpo principal.

Damos a volta ao Lago Argentino. Admiramos o resultado da grande ruptura, em simultâneo com outros visitantes que o fazem a bordo de um dos barcos panorâmicos que ali navegam.

Nesse preciso momento, apesar do Verão meridional se intensificar, o resiliente Perito Moreno já progredia uma vez mais para margem.

whiskey no gelo, glaciar perito moreno, argentina

Abastecimento de whisky instalado sobre um recanto do glaciar Perito Moreno.

Não tardaria muito a recuperar a sua ponte da resistência.

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Queenstown, Nova Zelândia

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