Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura


Vendedores de Tsukiji
Vendedores a postos nas suas bancas do mercado de peixe de Tsukiji.
Carros Eléctricos
Trabalhadores conduzem carros eléctricos de transporte e carga.
Cabeças de peixes
Jovem empregado de um stand corta cabeças de peixes.
Banca
Vendedor atrás de uma montra exuberante de peixe e marisco no mercado de Tsukiji.
Preço do peixe
Preços do peixe afixado de forma vistosa em exemplares de cada espécie.
Carga de Gelo
Funcionário abastece-se de gelo.
O Caixa
Trabalhador responsável pela caixa de um stand.
Comprador
Comprador examina um peixe bem guardado numa caixa de esferovite.
Peixe & Marisco
Montra de peixe e marisco.
Frio transportável
Funcionário do mercado de Tsukiji prepara-se para transportar grandes rectângulos de gelo.
Um dia calmo de Tsukiji
Vendedores levam a cabo diversas tarefas depois de a maior parte dos compradores já ter deixado o mercado.
Embalagem meticulosa
Vendedores preparam cuidadosamente um peixe com grande valor.
Carga Leve
Porta cargas sustenta uma pilha de embalagens termo-protectoras repletas de anotações em japonês.
Loja genérica
Trabalhadores fazem compras numa loja não piscícula do mercado de peixe de Tsukiji.
Vendedores de Tsukiji II
Vendedores a postos nas suas bancas do mercado de peixe de Tsukiji.
V V V
Empregadas da caixa de uma banca de peixe posam para a fotografia.
Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.

Se dúvidas restassem, a atracção exercida sobre os gaijin (estrangeiros) de visita a Tóquio comprovava a excentricidade do vasto mercado de Tsukiji.

Como nós próprios experimentámos, todos os dias, centenas de almas curiosas dos quatro cantos do mundo saíam dos seus hotéis e guest-houses nas primeiras horas ainda escuras da madrugada.

Deixavam-nos tão ensonadas como entusiasmadas pela nova incursão nas particularidades civilizacionais da capital japonesa.

O encerramento do sistema de metro pouco depois da meia-noite obrigava a maior parte dos estrangeiros a usar os dispendiosos táxis da cidade. Mas não demorava até que as centenas de ienes extra e as horas de sono perdidas fossem compensadas.

A Activação Madrugadora do Mercado de Tsukiji

Por volta das três da manhã, cerca de 2300 toneladas de peixe, marisco e algas começavam a chegar ao complexo de Tsukiji em descargas incessantes. Uma vez descarregadas, eram preparadas para a venda em lota que se segue.

Os trabalhadores içavam enormes atuns e peixes-espada, cortavam e transportavam blocos de gelo em pequenas carroças por eles puxadas, ou sobre a grade traseira de velhas pasteleiras. Passavam de mão em mão caixas e tanques com espécimes de peixes e moluscos tão estranhos quanto vivos.

carga de gelo, reino deposto, mercado, Tsukiji, toquio, japao

Funcionário abastece-se de gelo.

Sentia-se fluir a energia produtiva que permitiu que, em apenas duzentos anos, Tóquio se desenvolvesse de um mero pântano até à metrópole em que se tornou.

Essa mesma energia alimenta e mobiliza a maior cidade do mundo.

As Incursões Polémicas dos Gaijin em Tsukiji

De 11 de Março até 26 de Julho 2011, o acesso dos estrangeiros esteve interdito devido aos danos provocados nos edifícios de Tsukiji pelo grande tremor de terra de Sendai. Quando visitámos o mercado, só era possível entrar a partir das cinco da manhã.

O acesso à lota dos atuns – um dos espaços mais procurados – era concedido a apenas algumas dezenas de felizardos por dia.

Ali surgiam, alinhados segundo o tipo e proveniência, centenas de espécimes de atuns congelados e fumegantes, devido à diferença da sua temperatura face à ambiente.

vendedores peixe, reino deposto, mercado, Tsukiji, toquio, japao

Vendedores a postos nas suas bancas do mercado de peixe de Tsukiji.

Atum e Peixe-Espada: os Tesouros Alimentares Pescados dos Mares

A partir do momento em que soava o sino da abertura da lota, ali eram arrematados por preços exorbitantes que, consoante a excelência da sua carne, podem ascender a 8.000 euros.

Assim acontecia com com certos peixes-espada e com atuns-rabilhos de grande porte e um otoro (parte mais gorda da barriga, localizada abaixo da barbatana peitoral) irrepreensível, a matéria-prima sempre disputada do melhor sushi e sashimi da nação dos imperadores.

As famílias de alguns vendedores e funcionários trabalhavam no mercado para cima de dez gerações. A de Shiro Kamoshita, 61 anos, estava presente há apenas três o que não o impediu de se estabelecer como um intermediário de sucesso, apto como poucos a avaliar o peixe que lhe passava pelos olhos: “Um bom atum é como um lutador de sumo.

Um lutador de sumo come imenso mas como se exercita muito, tem muito músculo e a gordura em redor é suave. Com o atum, passa-se exactamente a mesma coisa.”

Gritados num japonês mais imperceptível que nunca, os negócios processavam-se em Tsukiji segundo um protocolo sagrado, nem sempre respeitado pelos turistas.

De tempos em tempos, estes não resistiam a tocar nas peças expostas. Irritavam os proprietários, os compradores e as autoridades do mercado e provocavam novas restrições de acesso.

embalagem, peixe, vendedores, reino deposto, mercado, Tsukiji, toquio, japao

Vendedores preparam cuidadosamente um peixe com grande valor.

Permitir ou Proibir as Visitas dos Estrangeiros, a Questão que Persistia

Segundo nos informaram, as regras mudavam consoante os acontecimentos e as pressões de dois tipos de agentes do mercado: os que não tinham qualquer vantagem na presença dos estrangeiros. E as dos donos dos restaurantes do complexo.

Estes, aumentavam a sua facturação sempre que os gaijin eram atacados pela fome e devoravam as suas refeições. Quando os frequentam com o propósito superior de provarem o sushi e sashimi mais frescos e genuínos do Japão, o mesmo sushi e sashimi que é vendido nos restaurantes luxuosos da zona multimilionária de Ginza, mais de 12 horas depois (parte de jantares tardios), a 400 euros por dose.

montra, peixe, marisco, vendedor, reino deposto, mercado, Tsukiji, toquio, japao

Vendedor atrás de uma montra exuberante de peixe e marisco no mercado de Tsukiji.

Ou vendiam uma série de outros pratos menos famosos mas bem mais desafiantes como o fugu, uma iguaria confeccionada a partir de peixe-balão e que pode ser letal caso o cozinheiro responsável não remova convenientemente os órgãos que concentram um veneno para que não existe antídoto, a tetrodotoxina.

Os Riscos Inevitáveis e os Critérios de Higiene Apertados de Tsukiji

Outros acidentes eram evitados em permanência no mercado de peixe de Tsukiji:  centenas de pequenos carros eléctricos com visual enferrujado de adereços do “Espaço 1999” eram conduzidos por trabalhadores que se mantinham em alerta para nos contornarem e a colegas ocupados ou distraídos.

transporte, carga, reino deposto, mercado, Tsukiji, toquio, japao

Trabalhadores conduzem carros eléctricos de transporte e carga.

Peixeiros de facas em riste cortavam enormes barbatanas para contentores ensanguentados. Enquanto isso, distintos funcionários preveniam avalanches de pilhas de caixas de esferovite vazias.

Malgrado a quantidade de peixe e marisco presente, o aroma característico destas criaturas do mar era ténue em Tsukiji.  Tal suavidade ao olfacto resultava da obsessão japonesa pela higiene e anti-sepsia.

As bancas surgiam organizadas sem mácula. Os produtos – incluindo alguns resultantes da controversa pesca da baleia japonesa – sobre camadas generosas de gelo picado, embalados por celofane e em arcas frigoríficas sofisticadas. Ou, se ainda vivos, em contentores com água salgada.

Folhas de cartolina espessa asseguravam a identificação das espécies com grandes caracteres bem visíveis assim como o preço que não devia ser regateado.

peixe-venda-reino deposto, mercado, Tsukiji, toquio, japao

Preços do peixe afixado de forma vistosa em exemplares de cada espécie.

O Elevado Consumo de Peixe e Marisco. Tanto o Nipónico como o Português

Um dos poucos vendedores que falava inglês perguntou-nos, Tsukiji, de onde éramos. Apressou-se a identificar Portugal num planisfério que mantinha afixado num tecto baixo da sua banca. “Portugal? Muito bom peixe e marisco! E, se bem me lembro dos meus tempos passados nos mares, comem quase tanto como nós.”

O consumo per capita de peixe japonês, como o português, é exemplar, ultrapassado apenas por nações insulares com centenas de milhares de habitantes como a Islândia. Ou por outras menores como as Maldivas e Kiribati.

Apesar da tonelagem que era fornecida pelo mercado de Tsukiji até ao seu encerramento, desde o fim do século XX que a quantidade de atum ali vendido – de que o Japão consome cerca de um terço da produção mundial –  ficava-se pelos 10%, 11%.

vendedores, peixe, reino deposto, mercado, Tsukiji, toquio, japao

Vendedores a postos nas suas bancas do mercado de peixe de Tsukiji.

Mercado de Tsukiji: a Gradual Perda de Frescura e de Influência

Prejudicava-a a opção das grandes superfícies de comprar directamente na fonte, algo que foi facilitado pela evolução nas comunicações e pela consolidação do retalho

Por outro lado, o peixe comprado por Kamoshita e pelos colegas já não era pescado exclusivamente nas águas ao largo das quase 7000 ilhas japonesas. Mais de metade provinha de vendedores tão longínquos como os de Port Lincoln, na Austrália ou Gloucester, Massachusetts.

Para agravar a perda de relevância do mercado de Tsukiji, as mulheres japonesas passaram a trabalhar, cada vez mais, fora de casa. Como têm menos tempo para comprar peixe fresco, optam pela conveniência do peixe processado.

Estas mudanças ameaçavam a subsistência dos pescadores, intermediários e vendedores japoneses. Também ameaçavam a qualidade do peixe em geral.

cabeca de peixe, vendedor, reino deposto, mercado, Tsukiji, toquio, japao

Jovem empregado de um stand corta cabeças de peixes.

Pescadores e estivadores cortavam a cauda aos atuns expostos na lota para que os compradores pudessem examinar o teor de gordura e a cor da carne. A origem do atum surgia escrita em japonês em etiquetas colocadas nas carcaças.

Por norma, quando os atuns provinham de águas não nipónicas, era cortada uma porção extra. Tratavam-se de peixes que passavam mais tempo fora de água até chegarem a Tsukiji. Como tal, os vendedores concediam algum acesso extra à peça para que os compradores pudessem investigar a sua carne de forma conveniente.

O grande tremor de terra de Sendai, os respectivos tsunamis e a catástrofe de Fukushima fizeram perder-se pescadores e embarcações que abasteciam a capital. Além de que os receios de contaminação passaram a ser nucleares.

Mesmo se o governo proibiu a pesca nas águas ao largo do nordeste do Japão, nos últimos tempos, as transacções no mercado de Tsukiji e as importações de peixe e marisco japoneses diminuíram sobretudo por efeito da popularização e internacionalização dos receios.

vendedoras, caixas, bancada, peixe, reino deposto, mercado, Tsukiji, toquio, japao

Empregadas da caixa de uma banca de peixe posam para a fotografia.

Após o grande sismo de Sendai, o mercado de Tsukiji, como o Japão em geral, recomeçava a abastecer a grande capital nipónica. Na sequência de uma longa controvérsia, o mercado de Tsukiji foi transferido para Toyosu.

Entre as razões apontadas, contava-se a antiguidade excessiva dos edifícios. O verdadeiro motivo terá sido o valor imobiliário dos terrenos relativamente centrais é à beira-mar ocupados por Tsukiji.

Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Tóquio, Japão

Um Santuário Casamenteiro

O templo Meiji de Tóquio foi erguido para honrar os espíritos deificados de um dos casais mais influentes da história do Japão. Com o passar do tempo, especializou-se em celebrar bodas tradicionais.
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Lençóis da Bahia, Diamantes Eternos, Brasil
Arquitectura & Design
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Cerimónias e Festividades
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Music Theatre and Exhibition Hall, Tbilissi, Georgia
Cidades
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Tatooine na Terra
Cultura
Matmata, Tataouine:  Tunísia

A Base Terrestre da Guerra das Estrelas

Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
A Toy Train story
Em Viagem
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Encontro das águas, Manaus, Amazonas, Brasil
Étnico
Manaus, Brasil

Ao Encontro do Encontro das Águas

O fenómeno não é único mas, em Manaus, reveste-se de uma beleza e solenidade especial. A determinada altura, os rios Negro e Solimões convergem num mesmo leito do Amazonas mas, em vez de logo se misturarem, ambos os caudais prosseguem lado a lado. Enquanto exploramos estas partes da Amazónia, testemunhamos o insólito confronto do Encontro das Águas.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Estancia Harberton, Tierra del Fuego, Argentina
História
Terra do Fogo, Argentina

Uma Fazenda no Fim do Mundo

Em, 1886, Thomas Bridges, um órfão inglês levado pela família missionária adoptiva para os confins do hemisfério sul fundou a herdade anciã da Terra do Fogo. Bridges e os descendentes entregaram-se ao fim do mundo. Hoje, a sua Estancia Harberton é um deslumbrante monumento argentino à determinação e à resiliência humana.
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, de capital histórica a Património Mundial, arte urbana
Ilhas
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores

Heroína do Mar, de Nobre Povo, Cidade Valente e Imortal

Angra do Heroísmo é bem mais que a capital histórica dos Açores, da ilha Terceira e, em duas ocasiões, de Portugal. A 1500km do continente, conquistou um protagonismo na nacionalidade e independência portuguesa de que poucas outras cidades se podem vangloriar.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Natureza
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
ilha de Alcatraz, Califórnia, Estados Unidos
Parques Naturais
Alcatraz, São Francisco, E.U.A.

De Volta ao Rochedo

Quarenta anos passados sobre o fim da sua pena, a ex-prisão de Alcatraz recebe mais visitas que nunca. Alguns minutos da sua reclusão explicam porque o imaginário do The Rock arrepiava os piores criminosos.
Igreja Ortodoxa de Bolshoi Zayatski, ilhas Solovetsky, Rússia
Património Mundial UNESCO
Bolshoi Zayatsky, Rússia

Misteriosas Babilónias Russas

Um conjunto de labirintos pré-históricos espirais feitos de pedras decoram a ilha Bolshoi Zayatsky, parte do arquipélago Solovetsky. Desprovidos de explicações sobre quando foram erguidos ou do seu significado, os habitantes destes confins setentrionais da Europa, tratam-nos por vavilons.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Mangal entre Ibo e ilha Quirimba-Moçambique
Praias
Ilha do Ibo a Ilha QuirimbaMoçambique

Ibo a Quirimba ao Sabor da Maré

Há séculos que os nativos viajam mangal adentro e afora entre a ilha do Ibo e a de Quirimba, no tempo que lhes concede a ida-e-volta avassaladora do oceano Índico. À descoberta da região, intrigados pela excentricidade do percurso, seguimos-lhe os passos anfíbios.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Religião
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Parada e Pompa
Sociedade
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Gandoca Manzanillo Refúgio, Baía
Vida Selvagem
Gandoca-Manzanillo (Refúgio de Vida Selvagem), Costa Rica

O Refúgio Caribenho de Gandoca-Manzanillo

No fundo do seu litoral sudeste, na iminência do Panamá, a nação “tica” protege um retalho de selva, de pântano e de Mar das Caraíbas. Além de um refúgio de vida selvagem providencial, Gandoca-Manzanillo revela-se um deslumbrante éden tropical.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.