El Chalten, Argentina

O Apelo de Granito da Patagónia


Contemplação
Viajantes admiram a imponência de granito do monte Fitz Roy.
Gelo Argentino
Trecho do glaciar Viedma no sopé do monte de granito Fitz Roy.
Rio Viedma
O Viedma segue para sul alimentado pelo degelo do glaciar homónimo, na proximidade do maciço de picos Fitz Roy
Instruções para o Caminho
Caminhantes examinam o mapa de trilhos em redor do Cerro Fitzroy.
Flora Austral
Floresta de coníferas dá lugar a um prado ressequido pelo frio em pleno Parque Nacional Los Glaciares.
Placa El Chalten
Um sinal indica a distância para a povoação fronteiriça de El Chalten.
Cume dentado
O cimo afiado de granito do maciço de picos Fitz Roy.
Gelo Argentino II
Pequeno iceberg com as cores da bandeira argentina flutua à tona do lago Viedma, no sopé da cordilheira Fitz Roy
Madre y Hija
Placa ecológica exibe um dos trilhos mais famosos nas imediações do monte Fitz Roy.
Prado irrigado
Riacho encaminha-se do sopé das montanhas para o rios mais amplos formados pelo degelo das neves e glaciares da cordilheira
Cumes afiados
Picos aguçados da cordilheira Fitz Roy com névoa em suspenso sobre o gelo e o granito, na vertente sul das montanhas.
Depois do curto Verão
Folhagem com cores outonais, embeleza a floresta de coníferas entre El Chaltén e a cordilheira Fitz Roy
Pico de pedra
O cume pontiagudo do Monte Fitz Roy, a elevação protagonista do Parque Nacional Los Glaciares, em conjunto com o vizinho cerro Torre.
A pé ou a cavalo
Pequeno sinal indica trilhos distintos para caminhantes e cavaleiros, na floresta de faias em redor da cordilheira Fitz Roy
Trilho Lúgubre
Trilho que conduz da base do cerro Fitz Roy à base do Cerro Torre.
A Espreitar o Outono
Vegetação assume tons outonais à vista do sempre nevado Fitz Roy.
Duas montanhas de pedra geraram uma disputa fronteiriça entre a Argentina e o Chile.Mas estes países não são os únicos pretendentes.Há muito que os cerros Fitz Roy e Torre atraem alpinistas obstinados

Os dias passavam. Parecia confirmar-se a natureza algo epopeica da nossa última incursão pela Patagónia.

As emoções geradas pelos cenários grandiosos compensavam a frigidez da meteorologia austral. Fazendo fé nesta garantia, mudamo-nos para os confins norte do Parque Nacional Los Glaciares, em busca do aconchego solitário e improvável de El Chaltén.

A vila mais recente da Argentina foi erguida à pressa, em 1986. Buenos Aires via urgência em reclamar uma vasta área indefinida circundante antes que o vizinho chileno o conseguisse.

O objectivo terá sido garantido mas a controvérsia associada à partilha do território só se viria a apaziguar 12 anos depois, quando os dois países fizeram passar a linha divisória imaginária sobre o pico maior da montanha homónima – os indígenas chamaram-lhe “fumegante” no seu dialecto tehuelche.

Daí para cá, o interesse apaixonado dos viajantes e dos alpinistas na região justificou alguns investimentos mas a pseudo-povoação pouco mudou.

A Chegada Nocturna a El Chalten e a Meteorologia Milagrosa da Manhã

Chegamos de uma viajem demorada, quase toda nocturna cumprida sobre uma estrada sinuosa, de rípio molhado e deslizante a condizer.  Encontramos a paragem final deserta, desarranjada, ventosa e poeirenta, como qualquer entreposto fronteiriço perdido no nada.

Ninguém visita El Chaltén pela sua sofisticação ou pela beleza das avenidas e monumentos. A grande atracção é, e sempre foi, a Cordilheira Fitz Roy.

Perfaz uma secção imponente dos Andes não tanto pelas altitudes, que pouco passam da metade do Monte Aconcágua (6962 m), o tecto da América do Sul mas por os movimentos tectónicos e a erosão ali terem esculpido alguns dos cumes realmente excêntricos à face da Terra.

placa trilho el chalten, monte fitz roy, argentina

Um sinal indica a distância para a povoação fronteiriça de El Chalten.

“Olhem que ou lá passam muito tempo ou vão  precisar de sorte para os ver” avisaram-nos nativos agoirentos de El Calafate. “Essas montanhas só estão descobertas uns 20 ou 30 dias por ano!”

São onze da noite. Sentimo-nos de rastos. Uma ansiedade fotográfica incontornável obriga-nos a espreitar de novo pela janela apertada da pousada e a gelar mais uma vez as caras.

Deixamo-nos levar pela crendice. Malgrado o vento furioso, interpretamos a lua enorme e o firmamento desobstruído como sinais de um amanhecer benemérito.

Quando o dia desperta, alguns dos visitantes rogam pragas por as nuvens e a chuva se terem sumido apenas em cima da sua partida. Nós, esfregamos as mãos, comemorarmos a satisfação efémera. Fechamos as mochilas e fazemo-nos à floresta verde-amarelada de lengas e faias do sul.

folhas outono, monte fitz roy, argentina

Folhagem com cores outonais, embeleza a floresta de coníferas entre El Chaltén e a cordilheira Fitz Roy

Caminhada pelos Trilhos e a Visão Arrebatadora do Monte Fitz Roy

Temos 10 horas de luz natural para caminhar mas chegamos ao pequeno promontório da Loma del Pliegue Tumbado num ápice.

Dali, a visão inesperada dos pináculos graníticos do Monte Fitz Roy contra o céu azulão apanha-nos de surpresa. Dá azo a uma contemplação perplexa e demorada.

viajantes contemplam, monte fitz roy, argentina

Viajantes admiram a imponência de granito do monte Fitz Roy.

Continuamos para a base do colosso e atingimos as imediações do Glaciar Piedras Blancas.

gelo glaciar viedma, monte fitz roy, argentina

Trecho do glaciar Viedma no sopé do monte de granito Fitz Roy.

Cortamos depois para sul e, atravessamos um prado ensopado que nos conduz às margens das Lagunas Madre e Hija. Logo, voltamos a meter-nos num bosque sombrio e descemos em direcção ao acampamento D’Agostini e à Laguna Torre.

No fim deste derradeiro trecho íngreme, vislumbramos pela primeira vez o outro pico majestoso da cordilheira.

Cerro Torre: o Monte-Agulha Desafiante e de Todas as Controvérsias

Considerada entre os escaladores e alpinistas a mais difícil do mundo, o Cerro Torre é o apogeu de uma sequência decrescente de quatro montanhas: a Torre Eger, a Punta Herron e o Cerro Stanhardt.

picos afiados, monte fitz roy, argentina

Picos aguçados da cordilheira Fitz Roy com névoa em suspenso sobre o gelo e o granito, na vertente sul das montanhas.

Chega aos 3133 m de altitude. Nada de especial, apetece concluir. Mas o seu cume projecta-se numa gigantesca agulha de rocha salpicada de gelo. Forma um repto a que os melhores alpinistas e escaladores não conseguem resistir e que já pôs cobro a várias vidas.

O “Grito de Pedra” de Werner Herzog

Werner Herzog, o realizador alemão obcecado em filmar a obsessão e a loucura um pouco por todo o mundo também se deixou apanhar pela magia desta montanha, pelas suas estórias e mitos.

Um enredo de ganância e mistério, em particular, inspirou “Grito de Pedra”, o seu filme de 1991. Nesta obra-prima do cinema de aventura, Donald Sutherland desempenha o papel de um produtor de TV maquiavélico. A sua personagem vive preocupada apenas com as audiências.

pico de pedra pontiagudo, monte fitz roy, argentina

O cume pontiagudo do Monte Fitz Roy, a elevação protagonista do Parque Nacional Los Glaciares, em conjunto com o vizinho cerro Torre.

Para as fazer subir, transmite em directo a competição hercúlea para o topo do Cerro Torre entre um velho montanhista ermita que vive junto ao seu sopé e um jovem campeão mundial de escalada, formado em ginásios e escarpas artificiais.

A Disputa Lendária pelo Cume Mais Difícil do Montanhismo

Trinta e dois anos antes, Cesare Maestri, Cesarino Fava (italianos) e o guia austríaco Toni Egger tentaram atingir o cume ainda vitorioso pela vertente nordeste.

Suportaram ventos e nevões terríveis. Ao ponto de sentirem que, mais que escalar, estavam a brincar com as suas vidas. Já sob condições deploráveis, chegaram a um recanto íngreme que precede o Col of Conquest (no intervalo entre o Cerro Torre e a Torre Eger).

vegetacao outonal, monte fitz roy, argentina

Vegetação assume tons outonais à vista do sempre nevado Fitz Roy.

Faltavam ainda muitas centenas de metros de paredão quase vertical. Nessa altura, Fava voltou para trás e deixou o desafio entregue aos colegas mais novos.

Algum tempo depois, encontrou Maestri junto à base, quase totalmente enterrado pela neve e moribundo. Socorreu-o o rival.

Após voltarem ao acampamento, os dois contaram que Maestri e Egger tinham atingido o cume mas que o segundo havia sido arrastado por uma avalanche durante a descida e morrido.

A dupla depressa se viu enrodilhada nas suspeitas de fraude levantadas por Carlo Mauri (que falhara a ascensão no ano anterior) e de muitos outros montanhistas.

Apontavam-lhes incoerências nas descrições da ascensão e, principalmente, a inexistência de grampos, pitons e cordas para cima do ponto em que Fava desistiu da escalada.

O suposto feito de Maestri e Egger acabou por ser desconsiderado pela comunidade alpinista. O Cerro Torre só seria tomado de forma inequívoca 15 anos depois, em 1974.

floresta coniferas, monte fitz roy, argentina

Floresta de coníferas dá lugar a um prado ressequido pelo frio em pleno Parque Nacional Los Glaciares.

O Deslumbre pelo Cerro Torre que nem Assim se Desvaneceu

Daí para cá, longe de diminuir, o respeito e fascínio pela montanha mais difícil de escalar reforçou-se.

Alpinistas de todas as partes continuam a arriscar as vidas pela recompensa de verem o mundo do seu cimo exíguo e gelado e sobreviverem para o contar.

Almas menos radicais viajam milhares de quilómetros pelo mero direito de o contemplarem com os pés bem assentes na terra.

E, como nós, resistem ao seu chamamento.

Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
El Calafate, Argentina

Os Novos Gaúchos da Patagónia

Em redor de El Calafate, em vez dos habituais pastores a cavalo, cruzamo-nos com gaúchos criadores equestres e com outros que exibem para gáudio dos visitantes, a vida tradicional das pampas douradas.
Salta e Jujuy, Argentina

Pelas Terras Altas da Argentina Profunda

Um périplo pelas províncias de Salta e Jujuy leva-nos a desvendar um país sem sinal de pampas. Sumidos na vastidão andina, estes confins do Noroeste da Argentina também se perderam no tempo.
Ushuaia, Argentina

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Canal Beagle, Argentina

Darwin e o Canal Beagle: no Rumo da Evolução

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O Glaciar Que Resiste

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O Pantanal das Pampas

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Viagem por Mendoza, a Grande Província Enóloga Argentina

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Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
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As Missões Jesuíticas Impossíveis de San Ignácio Mini

No séc. XVIII, os jesuítas expandiam um domínio religioso no coração da América do Sul em que convertiam os indígenas guarani em missões jesuíticas. Mas as Coroas Ibéricas arruinaram a utopia tropical da Companhia de Jesus.
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O Troar da Grande Água

Após um longo percurso tropical, o rio Iguaçu dá o mergulho dos mergulhos. Ali, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, formam-se as cataratas maiores e mais impressionantes à face da Terra.
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Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
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Saída da Mendoza cidade, a ruta N7 perde-se em vinhedos, eleva-se ao sopé do Monte Aconcágua e cruza os Andes até ao Chile. Poucos trechos transfronteiriços revelam a imponência desta ascensão forçada
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Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Safari
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
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Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

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Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
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Arquitectura & Design
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Verificação da correspondência
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Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
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Pacífico XXL

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Deixamos Homer, à procura de Whittier, um refúgio erguido na 2ª Guerra Mundial e que abriga duzentas e poucas pessoas, quase todas num único edifício.
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A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
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Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
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Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
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Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
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Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
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Outono no Cáucaso

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Mtskheta, Geórgia

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Se Tbilissi é a capital contemporânea, Mtskheta foi a cidade que oficializou o Cristianismo no reino da Ibéria predecessor da Geórgia, e uma das que difundiu a religião pelo Cáucaso. Quem a visita, constata como, decorridos quase dois milénios, é o Cristianismo que lá rege a vida.
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Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

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Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os “Caribanhos” Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
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Religião
Lagoa de Albufeira ao Cabo Espichel, Sesimbra, Portugal

Romagem a um Cabo de Culto

Do cimo dos seus 134 metros de altura, o Cabo Espichel revela uma costa atlântica tão dramática como deslumbrante. Com partida na Lagoa de Albufeira a norte, litoral dourado abaixo, aventuramo-nos pelos mais de 600 anos de mistério, misticismo e veneração da sua aparecida Nossa Senhora do Cabo.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
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Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
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Sociedade
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Tombolo e Punta Catedral, Parque Nacional Manuel António, Costa Rica
Vida Selvagem
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O Pequeno-Grande Parque Nacional da Costa Rica

São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.