São Tomé (cidade), São Tomé e Príncipe

A Capital dos Trópicos Santomenses


Forte de São Sebastião
Cores do forte em contraste com a negrura de basalto que o envolve.
Rolotte Beira-Mar
Amigos passam o tempo na recém-aberta rolotte Beira-Mar.
Conversa ao Sol
Dois colegas de escola conversam sob uma completa ausência de sombra.
Motoqueiros
Motociclistas alinhados numa via junto ao mercado de São Tomé.
A Catedral
Estudantes passam em frente à Catedral de São Tomé.
Encalhos na Costa
Velhas barcaças semi-afundadas, ao largo de São Tomé
Tchiloli
Zona com arquitectura colonial da capital de São Tomé e Príncipe.
Conversa à Sombra da História
Amigos conversam à sombra da estátua de um dos descobridores do arquipélago de São Tomé.
Equilíbrio Precoce
Acrobacias sobre basalto junto ao forte de São Sebastião.
As Defesas de Então
Recanto histórico do velho Forte de São Sebastião.
Armas Portuguesas
Armas da Coroa portuguesa guardas no museu do Forte de São Sebastião.
Moda Ideal
Habitantes da cidade de São Tomé, bem colocados para a "Moda Ideal"
Obelisco e Descobridores
Instalação histórica em redor do obelisco "oferecido" ao Presidente Amílcar Cabral e a roulotte Beira-Mar.
Obelisco e Descobridores II
O obelisco "de Amilcar Cabral" e os descobridores de São Tomé e Príncipe.
Vendedora
Vendedora mestiça, junto a uma banca de fruta da cidade de São Tomé.
A Faina do Pontão
Compradores aguardam por mais peixe num pontão na extensão do Mercado Municipal.
Ruela Amarela
Funcionário empresta escala à arquitectura amarelada do Forte São Sebastião.
Avenida das Vans
Confusão do Mercado Municipal, agravada pela praça de vans que o serve e à cidade.
Peixeiras Aversas a Fotos
Peixeiras embirram com a presença de fotógrafos metediços no seu mercado.
Xico’s Bar
A acção do Xico's Bar como vista do andar superior do estabelecimento.
Fundada pelos portugueses, em 1485, São Tomé prosperou séculos a fio, como a cidade porque passavam as mercadorias de entrada e de saída na ilha homónima. A independência do arquipélago confirmou-a a capital atarefada que calcorreamos, sempre a suar.

Da primeira vez que alvejámos o Forte de São Sebastião, encontrámo-lo inacessível.

A hora de fecho eram as 4h30 da tarde, demasiado cedo para o que íamos a contar.

Barrados do interior do também Museu Nacional de São Tomé e Príncipe, demos connosco intrigados com o entorno estranho, ao mesmo tempo, familiar do monumento.

A fortaleza ocupa um recorte arenoso da ponta que encerra a Baía de Ana Chaves, a sul.

Antecede-o a longa Av. Marginal 12 de Julho, baptizada como comemoração vial da independência de 1975, do arquipélago-colónia.

No caso de São Tomé e Príncipe, são inúmeros, estão por todo o lado, os laços que unem a nação do equador à antiga Metrópole.

O Museu Colonial Fortificado do Forte de São Sebastião

A avenida estende-se entre vivendas coloniais, à sombra de árvores africanas, e o oceano Atlântico. Sobre uma curva que a orienta para ocidente, deixa-nos junto a uma instalação histórica.

Ali mesmo, no centro de um relvado desnivelado, destaca-se um obelisco, erguido para comemorar a visita de 1970 do presidente da República português a São Tomé.

Na ocasião, Américo Tomás desembarcou do navio “Príncipe Perfeito”. A ilha do Príncipe, já a tinha visitado seis anos antes.

Logo em frente, três estátuas alvas contemplam o forte.

Representam os navegadores e colonizadores João de Santarém, Pêro Escobar e João de Paiva.

Até à independência, essas e outras estátuas de figuras e personalidades portuguesas, ocupavam lugares de destaque em praças e jardins da ilha de São Tomé.

Em 1975, as autoridades santomenses reuniram várias delas no museu. Como testemunhámos, o obelisco e as estátuas estão à solta.

Têm a companhia da Rolotte – Beira Mar, uma expressão de design da marca Sagres que mais parece uma caixa de guardanapos de papel, com coqueiros a fazer de antenas.

Sempre que se confirmava a falta de clientes, o rapaz do balcão deixava o interior lúgubre e claustrofóbico do bar.

Quando uma amiga o visita, ficam a tagarelar na sombra de Pêro Escobar.

De planta quadrangular, o forte está envolto ou de areia ou de grandes calhaus basálticos, alguns, polidos e arredondados pelas idas-e-voltas das marés e das vagas.

Àquela hora, está vigente a baixa-mar.

Um grupo de estudantes, homologados pelos uniformes, vagueia, para lá e para cá de uma árvore que a esterilidade e salinidade do solo tinham torturado e desfolhado.

Contornamos o forte, sem pressas, atentos às sucessivas expressões da história e vida santomense.

Regressados ao ponto de partida do obelisco, flectimos para o início da Baía Ana Chaves, onde nos cruzamos com pequenos pelotões de mais estudantes de saída da escola.

Da Beira Atlântico ao Mercado Municipal Frenético de São Tomé

Caminhamos por caminhar, ao longo da enseada.

Chegados aos pontões no prolongamento da Praça da Independência, com a alfândega rosada e palmeiras imperiais em fundo, damos com uma inesperada faina.

No cimo do pontão, munidas de grandes baldes e alguidares, várias mulheres aguardavam e pareciam disputar o peixe recém-pescado, ainda a bordo de lanchas elementares.

A pescaria não parecia satisfazer a procura, nem resolver a impaciência crescente das peixeiras.

Cortamos para o coração da cidade, pela Travessa do Pelourinho. Pouco tempo depois, confrontamo-nos com a verdadeira génese do problema.

O Mercado Municipal estava à pinha, de compradores interessados em produtos frescos. As varinas sabiam o dinheiro que aquela procura lhes podia render. Sentiam-se frustradas a condizer.

O mercado de São Tomé comprova-se todo um mundo africano e frenético de cor e de formas, sobretudo no exterior, onde a luz natural se mantém intacta.

Faz resplandecer os tons da fruta e dos vegetais dos trópicos, os padrões exuberantes das roupas das vendedoras e os de alguns chapéus de sol que lhe concedem um refúgio do braseiro da tarde.

O Mercado Municipal de São Tomé é um domínio matriarcal.

Compõem-no senhoras e raparigas autoritárias que antipatizam com as incursões fotográficas dos visitantes.

Não esperávamos que, mesmo favorecidos pela língua portuguesa em comum, e pela experiência que temos a lidar com tais casos, nos víssemos a braços com tamanha resistência.

Como não esperávamos encontrar um supermercado vizinho, denominado Pingo Doxi e com imagem de marca a emular a da empresa original.

Uma Caminhada ao Ritmo de São Tomé

Salvo umas poucas excepções, os trabalhadores homens mais próximos ocupam uma área vasta da Av. Conceição, ao lado.

São os condutores de uma frota amarela de táxis, de pequenos autocarros e de carrinhas estilo Hiace que, como os muitos mototáxis, percorrem a cidade e a ligam as povoações mais próximas.

Com tanto na capital ainda por descobrir, prosseguimos a pé.

Metemo-nos pela Av. da Independência que calcorreamos até identificarmos o rio ladeado de vegetação que dá o nome à avenida contígua, a da Água Grande.

Por esta última, de novo na direcção do oceano, cruzamos o desafogo urbano em frente à Catedral de São Tomé e ao Palácio Presencial rosa-claro, também conhecido como Palácio do Povo mas de que, por razões de protocolo e segurança, o povo se mantém distante.

Vislumbramos a coreografia dos guardas presidenciais, de uniforme verde-tropa e capacetes e botas brancas, abaixo da bandeira esvoaçante da nação.

Sem muito mais para ali apreciarmos que a sua retomada imobilidade, enfraquecidos de tanto andar, voltamos a cruzar o Água Grande apontados à grelha de edifícios coloniais das ruas com nomes luso-africanos e africanos de Patrice Lumumba, de Angola e de Moçambique.

Detém-nos, por breves momentos, o encanto azul-rosa e juvenil do Salão de Beleza “Moda Ideal”.

O Bar Xico’s e uma Peixeira que a História deixou na ilha de São Tomé

Sentimos os físicos já num farrapo. É com alívio que esbarramos com o Xico’s Café, o autointitulado “sabor de Portugal em São Tomé”, gerido por um luso que se mudou de Sintra.

À data, havia já uma década a viver em São Tomé, como uma espécie de elo entra a ex-Metrópole e o deslumbrante refúgio tropical.

Instalamo-nos numa mesa no topo, entretidos com a acção gastronómica e convival abaixo e com o degustar dos petiscos meio portugueses, meio africanos que pedimos.

À saída, vendedoras de rua impingem-nos fruta colorida.

Pelo menos até que a persistência fotográfica com que respondemos ao repto as cansa e demove.

Passa por elas uma outra mulher. Tem uma face que nos parece portuguesa e uma pele muito dourada pelo sol equatorial. Traja uma capulana de padrões quentes, abaixo de um top cor-de-rosa.

Transporta à cabeça um alguidar cheio de peixe, trazido do pontão onde já tínhamos estado.

Uma conversa curta faz-nos perceber que não se sentia à vontade com a atenção que dedicávamos à sua diferença face aos convencionais cidadãos santomenses.

Percebíamos, no entanto, que um qualquer capricho da história a teria separado dos mais de quatro mil residentes coloniais que, durante a década de 70, abandonaram o arquipélago rumo à metrópole.

Os Retornados de Angola e a “Cidade do Tchiloli”

Na mesma altura em que muitas centenas de santomenses de então davam entrada nas ilhas do Equador, foragidos da instabilidade político-militar pós-independência de Angola.

Intuíamos que, consequência de um destes fluxos urgentes tinha ficado semi-desfasada em São Tomé. E que, objectivas de visitantes curiosos à parte, vivia bem com a sua realidade.

As senhoras da fruta partilham fofocas. Mandam as bocas bem-dispostas, quase tão bem-intencionadas.

Quando reviramos as objectivas para a sua montra de bananas, mangas, papaias, maracujás e até algum cacau fornecido. por alguma roça, agarram em capulanas soltas e tapam-se por completo.

Nas imediações, damos com a sede da construtora Teixeira Duarte, no enfiamento de um velho póster que anuncia a exposição “A Cidade do Tchiloli”, esticado sobre a fachada de um tom de salmão gasto de um edifício abandonado e decadente.

A exposição exibia imagens da complexa, mas rica coadunação das culturas europeia e africana, visíveis, óbvias, por toda a cidade por que tínhamos passado e voltado a passar.

No dia seguinte, voltamos ao Forte de São Sebastião. A horas. De novo entre estudantes libertos das suas obrigações.

Entramos.

Examinamos o património que comprova o mais de meio milénio habitado, colonizado, escravizado.

Por fim, libertado e entregue ao seu destino de São Tomé e Príncipe.

Neste tempo, São Tomé evoluiu o que evoluiu. Aumentou de forma comedida, numa harmonia civilizacional que nos continuou a deslumbrar.

São Tomé, São Tomé e Príncipe

Pelo Cocuruto Tropical de São Tomé

Com a capital homónima para trás, rumamos à descoberta da realidade da roça Agostinho Neto. Daí, tomamos a estrada marginal da ilha. Quando o asfalto se rende, por fim, à selva, São Tomé tinha-se confirmado no top das mais deslumbrantes ilhas africanas.
São Tomé, São Tomé & Príncipe

Viagem até onde São Tomé Aponta o Equador

Fazemo-nos à estrada que liga a capital homónima ao fundo afiado da ilha. Quando chegamos à Roça Porto Alegre, com o ilhéu das Rolas e o Equador pela frente, tínhamo-nos perdido vezes sem conta no dramatismo histórico e tropical de São Tomé.
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe

Ilhéu das Rolas: São Tomé e Principe a Latitude Zero

Ponto mais austral de São Tomé e Príncipe, o Ilhéu das Rolas é luxuriante e vulcânico. A grande novidade e ponto de interesse desta extensão insular da segunda menor nação africana está na coincidência de a cruzar a Linha do Equador.
Príncipe, São Tomé e Príncipe

Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

A 150 km de solidão para norte da matriarca São Tomé, a ilha do Príncipe eleva-se do Atlântico profundo num cenário abrupto e vulcânico de montanha coberta de selva. Há muito encerrada na sua natureza tropical arrebatadora e num passado luso-colonial contido mas comovente, esta pequena ilha africana ainda abriga mais estórias para contar que visitantes para as escutar.
São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Ilha do Sal, Cabo Verde

O Sal da Ilha do Sal

Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

Ilha da Boa Vista, Cabo Verde

Ilha da Boa Vista: Vagas do Atlântico, Dunas do Sara

Boa Vista não é apenas a ilha cabo-verdiana mais próxima do litoral africano e do seu grande deserto. Após umas horas de descoberta, convence-nos de que é um retalho do Sara à deriva no Atlântico do Norte.
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Ilha do Fogo, Cabo Verde

À Volta do Fogo

Ditaram o tempo e as leis da geomorfologia que a ilha-vulcão do Fogo se arredondasse como nenhuma outra em Cabo Verde. À descoberta deste arquipélago exuberante da Macaronésia, circundamo-la contra os ponteiros do relógio. Deslumbramo-nos no mesmo sentido.
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Centro de São Tomé, São Tomé e Príncipe

De Roça em Roça, Rumo ao Coração Tropical de São Tomé

No caminho entre Trindade e Santa Clara confrontamo-nos com o passado colonial terrífico de Batepá. À passagem pelas roças Bombaim e Monte Café, a história da ilha parece ter-se diluído no tempo e na atmosfera clorofilina da selva santomense.
Roça Sundy, Ilha do Príncipe, São Tomé e Príncipe

A Certeza da Teoria da Relatividade

Em 1919, Arthur Eddington, um astrofísico britânico, escolheu a roça Sundy para comprovar a famosa teoria de Albert Einstein. Decorrido mais de um século, o norte da ilha do Príncipe que o acolheu continua entre os lugares mais deslumbrantes do Universo.
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Cidade
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Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
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Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
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Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
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Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
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Só por si, Lanzarote seria sempre uma Canária à parte mas é quase impossível explorá-la sem descobrir o génio irrequieto e activista de um dos seus filhos pródigos. César Manrique faleceu há quase trinta anos. A obra prolífica que legou resplandece sobre a lava da ilha vulcânica que o viu nascer.
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Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
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Cerimónias e Festividades
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Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
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Cidades
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Viagem ao Fim da Estrada Alasquense

Se Anchorage se tornou a grande cidade do 49º estado dos E.U.A., Homer, a 350km, é a sua mais famosa estrada sem saída. Os veteranos destas paragens consideram esta estranha língua de terra solo sagrado. Também veneram o facto de, dali, não poderem continuar para lado nenhum.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
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Cultura
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Em Viagem
Lago Inlé, Myanmar

Uma Agradável Paragem Forçada

No segundo dos furos que temos durante um passeio em redor do lago Inlé, esperamos que nos tragam a bicicleta com o pneu remendado. Na loja de estrada que nos acolhe e ajuda, o dia-a-dia não pára.
Étnico
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Curieuse Island, Seychelles, tartarugas de Aldabra
História
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
Vulcão Teide, Tenerife, Canárias, Espanha
Ilhas
Tenerife, Canárias

O Vulcão que Assombra o Atlântico

Com 3718m, El Teide é o tecto das Canárias e de Espanha. Não só. Se medido a partir do fundo do oceano (7500 m), só duas montanhas são mais pronunciadas. Os nativos guanches consideravam-no a morada de Guayota, o seu diabo. Quem viaja a Tenerife, sabe que o velho Teide está em todo o lado.
Casal mascarado para a convenção Kitacon.
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Graciosa, Açores, Monte da Ajuda
Natureza
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Bando de flamingos, Laguna Oviedo, República Dominicana
Parques Naturais
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Carrinha no Jossingfjord, Magma Geopark, Noruega
Património Mundial UNESCO
Magma Geopark, Noruega

Uma Noruega Algo Lunar

Se recuássemos aos confins geológicos do tempo, encontraríamos o sudoeste da Noruega repleto de enormes montanhas e de um magma incandescente que sucessivos glaciares viriam a moldar. Os cientistas apuraram que o mineral ali predominante é mais comum na Lua que na Terra. Vários dos cenários que exploramos no vasto Magma Geopark da região parecem tirados do nosso grande satélite natural.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Tambores e tatoos
Praias
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
Cândia, Dente de Buda, Ceilão, lago
Religião
Cândia, Sri Lanka

Incursão à Raíz Dental do Budismo Cingalês

Situada no âmago montanhoso do Sri Lanka, no final do século XV, Cândia assumiu-se a capital do reino do velho Ceilão que resistiu às sucessivas tentativas coloniais de conquista. Tornou-se ainda o seu âmago budista, para o que continua a contribuir o facto de a cidade preservar e exibir um dente sagrado de Buda.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Vulcão ijen, Escravos do Enxofre, Java, Indonesia
Sociedade
Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Vida Selvagem
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.