Deserto Branco, Egipto

O Atalho Egípcio para Marte


Deserto (Pouco) Branco
Jipe sulca a imensidão extraterrestre do Deserto Branco, uma secção do grande Deserto Ocidental do Sahara.
Estilo El-Bawiti
Beduíno no meio do palmeiral de tamareiras, a caminho do centro urbano de El-Bawiti
El-Bawiti dos Pequeninos
Motociclista passa junto a uma réplica de barro do bairro antigo de El-Bawiti.
Dantesco
Montanhas bicolores do Deserto Negro, 50km para sul de El-Bawiti.
Portal para o Deserto
Trânsito percorre a grande auto-estrada Cairo-Farafra.
Tempo de lavra
Agricultor beduíno bem disposto, apesar da obrigatoriedade do trabalho.
Esculturas do tempo
Dois dos inúmeros recortes geológicos de calcite do Deserto Branco.
A mais doce Bawiti
Vendedores de tâmaras na sua loja de El-Bawiti, em pleno oásis de Bahariya.
Deserto (mesmo) Branco
Solo alvo de calcite, surge em várias zonas do Deserto Branco.
Dantesco II
Camião atravessa a vastidão mineral do Deserto Negro.
Luz da noite
Jipe percorre uma estrada improvisada nos arredores de El-Bawiti.
Marte na Terra
Formações rochosas polidas pelos ventos seculares e ferozes que varrem o grande Deserto Ocidental do Sahara.
Estranho culto
Visitantes do Deserto Branco junto à sua escultura mais famosa: "galinha e bomba-atómica.
Numa altura em que a conquista do vizinho do sistema solar se tornou uma obsessão, uma secção do leste do Deserto do Sahara abriga um vasto cenário afim. Em vez dos 150 a 300 dias que se calculam necessários para atingir Marte, descolamos do Cairo e, em pouco mais de três horas, damos os primeiros passos no Oásis de Bahariya. Em redor, quase tudo nos faz sentir sobre o ansiado Planeta Vermelho.

Deixamos os arredores da capital egípcia.

Aladino desliga o aparelho que limitava a velocidade do jipe. Em jeito de magia inesperada das Arábias, liberta-nos para uma viagem pelo Deserto Branco por certo menos segura, mas cumprida num tempo genial. O prodígio cedo se prova imperfeito.

Passada a cidade de 6 de Outubro, já bem a sério no Deserto Branco, o dispositivo dá de si e inaugura um tilintar irritante de alarme que se repetiria ao longo de toda a viagem.

Um pouco antes do meio-dia, aproximamo-nos de uma estação de serviço perdida na vastidão arenosa. Ayman, o guia, avisa-nos que vamos parar para esticar as pernas. Juntamo-nos a uma pequena multidão de outros condutores e de passageiros de autocarros.

Bebericamos chá e café ferventes sem grandes pressas. Ayman abrevia o seu chá e retira-se.

Ao sairmos do estabelecimento para aguardarmos lá fora o regresso à estrada, reparamos que tinha entrado numa sala de orações.

Quando espreitamos, Ayman fazia parte de uma comunidade masculina casual que partilhava um mesmo manto de retalhos atapetado, a direcção de Meca e prostrações alternadas movidas por uma fé inquestionada em Alá a que, tudo assim indicava, não se entregava Aladino.

O crente tarda o que tarda. Dez minutos depois, junta-se a nós. Cada qual revigorado à sua maneira, o duo de cicerones anuncia-nos a segunda metade do trajecto:

“Vamos a isto! Daqui em diante, o deserto vai ficar bem mais deserto.”

Portal para o Deserto na estrada Cairo-Farafra, Deeserto Branco, Egipto

Trânsito percorre a grande auto-estrada Cairo-Farafra.

El-Bahariya: o primeiro dos grandes oásis

Duas horas adicionais a voarmos baixinho Saaara adentro, chegamos a um dos seus raros e sempre surpreendentes oásis, o de El-Bahariya. Em pleno mês de Dezembro, a temperatura pouco passa dos 20ºC.

Não vemos vivalma estrangeira que seja no Hotel Panorama em que damos entrada, como não se exibia também o cenário desafogado prometido pelo estabelecimento. Instalamo-nos. Descemos logo em seguida e partilhamos um almoço rápido com o duo de cicerones.

Em seguida, o proprietário faz questão de nos mostrar e a Ayman os encantos de El-Bahariya. Sem objeções, enfiamo-nos os três noutro jipe e saímos à descoberta.

Estávamos longe de pensar que, mesmo enquanto oásis que era, o lugar se pudesse revelar tão luxuriante. E, no entanto, o que desvendamos já a 370 km do Cairo é uma incrível excepção da paisagem desolada e rochosa que nos cercava.

El-Bahariya começa por ser uma depressão com 90km por 40 km, envolta de montanhas comedidas e que atrai boa parte da água só na aparência inexistente. Nas suas áreas mais profundas, um palmeiral denso de tamareiras carregadas de frutos desponta do solo.

Estilo El-Bawiti

Irrigam-no nascentes e veios de água, uns subterrâneos, outros que fluem à superfície por riachos e canais que os camponeses daquelas partes manipulam numa rede complexa de pequenos diques, abertos e fechados com uma ou duas pedras ou três ou quatro sacholas de terra.

Caminhos de terra entre o húmido e o ensopado sulcam a floresta. Percorrem-nos lavradores de enxada ao ombro e produtores e fornecedores trajados com jilabas e turbantes que montam burros sobrecarregados com alforges repletos de tâmaras.

No centro urbano de El-Bawiti, os vendedores aguardam-nos.

Tempo de lavra,

Agricultor beduíno bem disposto, apesar da obrigatoriedade do trabalho.

El-Bawiti: Capital do Oásis de El-Bahariya.

El-Bawiti é a principal povoação do oásis de El-Bahariya. Acolhe 30 mil habitantes wahati (leia-se do oásis), beduínos muçulmanos com ancestrais na Líbia, junto à costa mediterrânica e no Vale do Nilo.

Confessamos a Ayman que adoramos tâmaras. O guia egípcio intercede junto do  anfitrião da área para que nos levasse a uma loja onde as comprássemos com confiança.

Num ápice, deixamos a floresta e passamos por uma tal de avenida Sharia Safaya em que, se destaca uma sequência de casas miniatura e modelo de barro, algumas, coloridas, outras no tom natural da lama solidificada.

El-Bawiti dos Pequeninos

Entramos numa grelha de ruas de terra mal batida que chuvas recentes tinham tornado menos poeirentas que o habitual.

Delimitam-nas estabelecimentos incaracterísticos: mercearias, lojinhas rurais, talhos, uma casa de chá mal-amanhada frequentada apenas por homens.

Letreiros em árabe e material promocional das multinacionais do costume digladiam-se pelo protagonismo comercial de cada ruela, brandindo os tons mais artificiais e garridos a que puderam recorrer.

De quando em quando, surge uma velha pick-up atafulhada de carga, ou como pudemos apreciar, de passageiras, várias munaqqabat, que é como quem diz enfiadas em abayas e niqabs negros que lhes revelam apenas os olhos.

Estes trajes lúgubres e intimidantes por norma por elas usadas no exterior do lar, onde são contempladas por outros homens, estão longe de merecer a admiração ou até a concordância dos egípcios em geral, além de que a sua propagação gerou apreensão nas autoridades que a interpretam como um sinal de que se alastra tanto o fundamentalismo religioso como o desdém pelo governo do Cairo.

Tâmaras com Fartura

Naquele Egipto profundo por que andávamos, poucas eram as mulheres com que nos cruzávamos. As que víamos, ou vestiam essa mesma combinação de negrume ou outra só algo menos soturna.

Perdidos neste deslumbre, algures entre a antropologia e a moda muçulmana, chegamos à loja de tâmaras que nos fora prometida. Ali, El-Bawiti resplandece de cor.

A mais doce Bawiti

O letreiro exibe grandes caracteres arábicos verde-azeitona e cianos sobre um fundo branco decorado com tamareiras e montanhas.

As tâmaras, disponíveis em distintos tamanhos e tons de amarelo, castanho e dourado, surgem expostas em pequenos outeiros frutícolas que despontam de caixotes.

Estão à venda naturais, mas também empacotadas, enlatadas, em óleo e sob outras formas menos expectáveis. Seguimos o conselho do vendedor.

Compramos um quilo das recém-chegadas, as mais frescas, as mais melosas. Por volta das seis da tarde, com o sol que as amadurecera já a pingar para trás do palmeiral, regressamos ao abrigo desolado do Hotel Panorama.

O Lado Negro do Deserto Branco

Com a manhã seguinte, chega a hora de prosseguirmos para sudoeste, rumo ao âmago egípcio do Sahara. Acompanha-nos Mahmoud, um jovem beduíno auxiliar do hotel.

Voltamos a deter-nos em El-Bawiti para comprar víveres, incluindo um reforço de tâmaras que, como era de esperar, já tinham levado um enorme rombo desde a tarde anterior. Às dez e meia, deixamos a povoação.

Percorridos apenas cinquenta quilómetros, detemo-nos  numa secção do itinerário chamada de Deserto Negro. Subimos a uma das suas muitas colinas vulcânicas polvilhadas de doleritos e quartzitos escuros.

Do cimo, apreciamos a vastidão meio amarela meio negra em redor e a passagem quase insignificante de um ou dois veículos oriundos de um aparente nada, destinados a outro nada, que só reforçam a imensidão envolvente.

Dantesco

Durante essa tarde, por aquele Egipto, cirenaico em tempos romanos, adentro, o deserto assume vários outros visuais, cada qual mais surreal que o anterior.

A roçar as quatro horas, chegamos ao Deserto Branco de Farafra de que, pelo menos Mahmoud afiançava conhecer o suficiente para não nos perdermos.

Fazemos fé na sua promessa.

Deixamos a autoestrada Cairo-Farafra e enfiamo-nos num labirinto de rochas e grandes calhaus disseminados sem aparente fim, um labirinto e deserto do género daqueles que, em 636 a.C. terão desorientado o rei persa Cambises II e o seu exército quando, em plena conquista do Egipto, buscavam o Oráculo de Amón.

Farafra: o portal excêntrico para o Planeta Vermelho

Farafra é a segunda de cinco depressões do grande Deserto Ocidental. Com apenas 980km2, ocupa metade da de Bahariya. A alvura do seu sub-deserto cedo se torna óbvia.

Depósitos de cálcio cobrem o solo ou dele se destacam como esculturas que nos custa acreditar serem meros produtos milenares do impacto de cristais de areia arrastados pelo vento furioso que assola com frequência estas partes.

Os nossos guias rejubilam com a profusão de esculturas de rocha de giz (calcite) que nos indicam com um entusiasmo infantil.

A mais famosa é a “galinha e o cogumelo” também conhecida como “galinha e a bomba atómica”. Uma  formação próxima lembra um sorvete. E assim foi denominada.

Outras, têm nomes mais grandiosos e formais. Há “o monólito” e o “Inselberg”.

Esculturas do tempo

Fartamo-nos de circular a bordo do jipe.

Quando detectamos uma meseta mais alta nas imediações do que Ayman designara como acampamento, saímos a pé e apontamos ao seu cimo com o sol já a cair sobre o horizonte.

Quando chegamos ao cume, mais que com formas engraçadas, confrontamo-nos com uma incrível imensidão de pedras e rochas polidas assentes no solo manchado de calcite.

Por essa altura do ocaso, o deserto pouco preservava de branco. Aliás, como o dali víamos, não estávamos nem num Deserto Branco nem sequer na Terra.

O panorama ocre-amarelado era – ninguém nos convencia do contrário – marciano. Mais vermelho e marciano ficava à medida que o crepúsculo avançava para o arrebol e submetia as nuvens invernais a uma exuberante incandescência.

Até então, tínhamos estado sozinhos. Sem que o esperássemos, dois outros jipes surgem sabe-se lá de onde e cruzam o cenário inverosímil. Não queríamos arruinar o imaginário extraterrestre.

De acordo, imaginamo-los como Rovers da NASA em missão de exploração.

Marte na Terra

O Ocaso Aquecido à Fogueira de Farafra

Passada meia-hora, a luz resistente cede ao breu. Descemos da meseta enquanto o podíamos fazer em segurança e caminhámos para junto de Ayman, Aladino e Mahmoud que há algum tempo preparavam o acampamento.

Ajudamos a resolver a falta de iluminação incauta com que o último saíra de El-Bawiti.

Luz da noite

Pouco depois, já em volta de uma fogueira vigorosa, partilhamos um jantar com os companheiros egípcios sob o firmamento híper-estrelado.

Ayman faz passar alguma música egípcia no seu telemóvel. Com a banda sonora que escolhera em fundo, tenta resolver um problema bem terreno.

Conta-nos estórias e faz reparos que visam encurtar a distância a que, na sua mente, a religião e a cultura islâmica nos mantinham.

“Sabem que nós, muçulmanos, também acreditamos em Jesus e Maria, pelo menos enquanto personagens históricas.” afiança-nos entre narrativas distintas, outra delas relacionada com a Arca de Noé.

Não tarda, fala-nos dos cantores nacionalistas egípcios que, durante a Guerra dos Seis dias em que o Egipto (e várias nações vizinhas) se confrontaram com Israel, quase só cantavam hinos nacionalistas: “Amo-te Egipto” e outros do género.

O fogo, como as energias de todos, depressa se extinguiu. Nós, Ayman e Aladino recolhemos às tendas. Mais habituado ao deserto, Mahmoud dormiu ali mesmo ao lado, ao relento, apesar das raposas e coiotes que há muito nos observavam, malgrado as suas visitas em busca de comida.

Despertamos antes da alvorada. Por momentos, o cenário volta ao perfil avermelhado de Marte.

Mal o sol se destaca do horizonte, o Deserto Branco reassume a sua brancura e traz-nos de volta à Terra do Deserto Ocidental. Até ao crepúsculo seguinte.

Estranho culto

Viagem realizada com o apoio do operador ImageTours. Consulte os Programas do Egipto da ImageTours.

Edfu a Kom Ombo, Egipto

Nilo Acima, pelo Alto Egipto Ptolomaico

Cumprida a embaixada incontornável a Luxor, à velha Tebas e ao Vale dos Reis, prosseguimos contra a corrente do Nilo. Em Edfu e Kom Ombo, rendemo-nos à magnificência histórica legada pelos sucessivos monarcas Ptolomeu.
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Assuão, Egipto

Onde O Nilo Acolhe a África Negra

1200km para montante do seu delta, o Nilo deixa de ser navegável. A última das grandes cidades egípcias marca a fusão entre o território árabe e o núbio. Desde que nasce no lago Vitória, o rio dá vida a inúmeros povos africanos de tez escura.
Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus

Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Dunhuang, China

Um Oásis na China das Areias

A milhares de quilómetros para oeste de Pequim, a Grande Muralha tem o seu extremo ocidental e a China é outra. Um inesperado salpicado de verde vegetal quebra a vastidão árida em redor. Anuncia Dunhuang, antigo entreposto crucial da Rota da Seda, hoje, uma cidade intrigante na base das maiores dunas da Ásia.
Deserto de Atacama, Chile

A Vida nos Limites do Deserto de Atacama

Quando menos se espera, o lugar mais seco do mundo revela novos cenários extraterrestres numa fronteira entre o inóspito e o acolhedor, o estéril e o fértil que os nativos se habituaram a atravessar.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Arquitectura & Design
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Big Freedia e bouncer, Fried Chicken Festival, New Orleans
Cerimónias e Festividades
New Orleans, Luisiana, Estados Unidos

Big Freedia: em Modo Bounce

New Orleans é o berço do jazz e o jazz soa e ressoa nas suas ruas. Como seria de esperar, numa cidade tão criativa, lá emergem novos estilos e actos irreverentes. De visita à Big Easy, aventuramo-nos à descoberta do Bounce hip hop.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Cidades
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
khinalik, Azerbaijão aldeia Cáucaso, Khinalig
Cultura
Khinalig, Azerbaijão

A Aldeia no Cimo do Azerbaijão

Instalado aos 2300 metros rugosos e gélidos do Grande Cáucaso, o povo Khinalig é apenas uma de várias minorias da região. Manteve-se isolado durante milénios. Até que, em 2006, uma estrada o tornou acessível aos velhos Ladas soviéticos.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Tsitsikamma Parque Nacional
Em Viagem
Garden Route, África do Sul

O Litoral Jardim da África do Sul

Estendida por mais de 200km de costa natural, a Garden Route ziguezagueia por florestas, praias, lagos, desfiladeiros e parques naturais esplendorosos. Percorremo-la de leste para oeste, ao longo dos fundos dramáticos do continente africano.
Étnico
Viti Levu, Fiji

A Partilha Improvável da ilha Viti Levu

Em pleno Pacífico Sul, uma comunidade numerosa de descendentes de indianos recrutados pelos ex-colonos britânicos e a população indígena melanésia repartem há muito a ilha chefe de Fiji.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Donos de lanchas junto ao embarcadouro de Trou d'Eau Douce
História
Ilha Maurícia

Leste da Maurícia, Sul à Vista

A costa leste da ilha Maurícia afirmou-se como um dos édenes balneares do Índico. Enquanto a percorremos, descobrimos lugares que se revelam, ao mesmo tempo, redutos importantes da sua história. São os casos da Pointe du Diable, de Mahebourg, da Île-aux-Aigrettes e de outras paragens tropicais deslumbrantes.
Vulto na Praia do Curral, Ilhabela, Brasil
Ilhas
Ilhabela, Brasil

Ilhabela: Depois do Horror, a Beleza Atlântica

Nocenta por cento de Mata Atlântica preservada, cachoeiras idílicas e praias gentis e selvagens fazem-lhe jus ao nome. Mas, se recuarmos no tempo, também desvendamos a faceta histórica horrífica de Ilhabela.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Literatura
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Transpantaneira pantanal do Mato Grosso, capivara
Natureza
Pantanal do Mato Grosso, Brasil

Transpantaneira, Pantanal e Confins do Mato Grosso

Partimos do coração sul-americano de Cuiabá para sudoeste e na direcção da Bolívia. A determinada altura, a asfaltada MT060 passa sob um portal pitoresco e a Transpantaneira. Num ápice, o estado brasileiro de Mato Grosso alaga-se. Torna-se um Pantanal descomunal.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Hell's Bend do Fish River Canyon, Namíbia
Parques Naturais
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Rio Matukituki, Nova Zelândia
Património Mundial UNESCO
Wanaka, Nova Zelândia

Que Bem que Se Está no Campo dos Antípodas

Se a Nova Zelândia é conhecida pela sua tranquilidade e intimidade com a Natureza, Wanaka excede qualquer imaginário. Situada num cenário idílico entre o lago homónimo e o místico Mount Aspiring, ascendeu a lugar de culto. Muitos kiwis aspiram a para lá mudar as suas vidas.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Fila Vietnamita
Praias

Nha Trang-Doc Let, Vietname

O Sal da Terra Vietnamita

Em busca de litorais atraentes na velha Indochina, desiludimo-nos com a rudeza balnear de Nha Trang. E é no labor feminino e exótico das salinas de Hon Khoi que encontramos um Vietname mais a gosto.

Camponesa, Majuli, Assam, India
Religião
Majuli, Índia

Uma Ilha em Contagem Decrescente

Majuli é a maior ilha fluvial da Índia e seria ainda uma das maiores à face da Terra não fosse a erosão do rio Bramaputra que há séculos a faz diminuir. Se, como se teme, ficar submersa dentro de vinte anos, mais que uma ilha, desaparecerá um reduto cultural e paisagístico realmente místico do Subcontinente.
Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Vulcão ijen, Escravos do Enxofre, Java, Indonesia
Sociedade
Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Vida Selvagem
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.