Mahé, Seychelles

A Ilha Grande das Pequenas Seychelles


Desbloqueio
Cantoneiro corta uma enorme árvore que caiu sobre uma estrada e interrompeu o trânsito.
Casario de Mahé
Casario da maior das ilhas das Seychelles empoleirado nas encostas verdejantes de Mahé.
Foto-cascata
Casal fotografa-se nas quedas d'águas de Port Glaud.
Port Launay
Enseada luxuriante do Parque Marinho de Port Launay.
Família
Família seychellense conversa com os pés sobre um areal do arquipélago.
Ile-au-Cerf
Umas das várias ilhas tropicais ao largo da ilha-mãe de Mahé.
Ilhéu Só
Um ilhéu perdido num dos recifes de coral que envolvem Mahé.
Recife Exuberante
Cores e padrões dos corais e baixios de areia ao largo de Mahé.
Ocaso em Launay
Pôr-do-sol incendeia o céu a ocidente da enseada de Port Launay.
Tartarugas Gigantes
Espécimes conflituosos das grandes tartarugas das Seychelles.
Parque Marinho Port Launay
A enseada profunda e luxuriante de Port Launay.
Amigos da Praia
Banhistas caminham numa praia tropical, quase equatorial de Mahé.
Fim da Praia
Adolescentes de Mahé deixam uma areal inclinado da ilha.
Conversa balnear
Amigas conversam na água tépida de Port Launay.
Praia (quase) Privada
Banhista solitária numa praia divinal de Mahé.
Oceano Índico
Barcos salpicam o oceano Índico azulão ao largo de Mahé.
Salto do Riacho
Banhistas cruzam um riacho que ali desagua no oceano Índico.
A Ilha Mahé
Parte da grande ilha de Mahé, a maior das Seychelles.
Leia e as Tartarugas
Visitante do Leste europeu conversa com uma tartaruga gigante do Jardin du Roi.
Guia Camuflado
Guia Danny, camuflado na vegetação que envolve a Missão de Venns Town.
Mahé é maior das ilhas do país mais diminuto de África. Alberga a capital da nação e quase todos os seichelenses. Mas não só. Na sua relativa pequenez, oculta um mundo tropical deslumbrante, feito de selva montanhosa que se funde com o Índico em enseadas de todos os tons de mar.

Retém-nos um inesperado cataclismo vegetal. Seguíamos a caminho das cascatas de Port Glaud quando nos deparamos com uma fila de trânsito que se alongava pelos meandros da estrada.

Danny, irmão do motorista Teddy que era suposto conduzir-nos pragueja. “Mas que raio é isto? Engarrafamento no meio da selva das Seychelles? Esta é nova. Bom, vou ver que se passa.”

Danny substituía Teddy. À última hora, Teddy viu-se destacado para servir as comitivas de uma partida de futebol entre as Seychelles e a Etiópia.

Os trabalhos estavam para demorar. Umas centenas de metros para diante, jovens cantoneiros talhavam uma árvore que o vento da madrugada fizera colapsar.

O homem da motosserra cortava-a onde um revestimento denso de musgo dava lugar ao que parecia um novo tronco. Outros trabalhadores, colocavam toros sob a secção que obstruía o asfalto.

Mahé Ilhas das Seychelles, árvore estradaBásica, mas ecológica e funcional, a solução permitiu-lhes empurrar o empecilho para a berma em menos de meia-hora.

Danny louva a eficiência dos compatriotas. Nuns meros minutos, alcançamos o trilho para a ribeira de L’Isletta.

Noutros mais, damos com a lagoa, perdida numa floresta tropical cerrada pejada de palmeiras baixas e abastecida pelo riacho que nela se despenha por uma sequência de rampas e socalcos rochosos.

Um grupo de expatriados aventurava-se em saltos destemidos. Nessa altura, já conscientes de que Mahé era bem maior do que supúnhamos, abdicamos do direito ao nosso banho.

Mahé Ilhas das Seychelles, Cascatas Por Glaud

Venns Town: a Missão na Génese da Liberdade e Identidade das Seychelles

Em vez, internamo-nos em Morne Seychelles.

Este parque nacional vasto ocupa um quinto da ilha, incluindo o pico homónimo que, com 905 metros, constitui o zénite de Mahé e gera boa parte da pluviosidade que faz a ilha luxuriante.

Mahé Ilhas das Seychelles, Ilha Mahé

Não tarda, chegamos ao sopé sul do monte.

É lá, a uma altitude de 450m, que encontramos as ruínas de Venn’s Town, um dos pontos incontornáveis da história colonial das Seychelles que só obteve a sua independência, da Grã-Bretanha, em 1976.

As paredes e outras estruturas que ali subsistem são um testemunho sólido dos tempos da Missão.

Assim ficou conhecido um internato fundado por um reverendo da Church Missionary Society of London.

Teve como propósito de cuidar e de educar os filhos dos escravos que serviam as plantações do arquipélago a quem, numa fase de abolicionismo, a Marinha Britânica concedia liberdade.

Mahé Ilhas das Seychelles, famíliaNo seu apogeu, entre 1876 e 1889, Venn’s Town ocupou 50 acres da encosta de Sans Souci. Destes, uma boa parte foi dedicada ao cultivo de baunilha e de cacau.

Acolhiam e serviam as crianças, seus tutores e trabalhadores, dois grandes dormitórios, lavabos, cozinhas, uma oficina, um armazém, uma vivenda habitada pelo director da Missão e sua família. Ainda a morada final de todos, o cemitério local.

Com o passar dos anos, a selva engoliu o complexo e as estruturas ruíram. Ainda assim, em 1984, o governo das Seychelles reconheceu a importância do lugar e declarou-o Monumento Nacional.

Afinal, após séculos de opressão dos africanos escravizados, os seus descendentes protagonizaram uma nova fase de liberdade e de direitos humanos. Também formaram o tecido social e a matriz económica da nação seychellense.

Mahé Ilhas das Seychelles, praia privada

Danny não sabe ao certo se a história da sua família por ali passou. Fosse como fosse, ultrapassa a timidez e acede a que lá o fotografemos na sua t-shirt com padrão camuflado.

Pousa, meio sem jeito, meio dissimulado na floresta prodigiosa envolvente, repleta de plantas e animais mais que endémicos, únicos, caso do Sooglosus, o sapo mais pequeno do mundo com 10 a 40 milímetros.

Morne Seychelles: Parque Nacional Vasto e Tecto de Mahé

Do miradouro da Missão, admiramos o domínio do sapo e do PN Morne Seychelles, estendido por sucessivos outeiros frondosos, com vista até uma península que sulca o oceano Índico ciano em redor.

Mahé Ilhas das Seychelles, ilhéuDa Missão e da província de Port Glaud, mudamo-nos para a de Bel Air. Logo, para a São Luís e, por fim, para a de Beau Vallon. Esta última, tem limite na grande baía e praia homónima, uma das mais amplas de Mahé, popular a condizer.

Quando o percorremos, Beau Vallon atraía, sobretudo, famílias da capital Victória. Acolhia dezenas de piqueniques, churrascos e distintos momentos e eventos seychellenses de evasão.

Suscitou em nós a suspeição de que outros litorais da ilha se provariam mais fascinantes. Pelo que prosseguimos à descoberta, pela estrada marginal de Bel Ombre.

Nas imediações, Danny revela-nos uma beira-mar lamacenta e pedregosa. Começamos por torcer o nariz.

O Clã Cruise-Wilkins e o Tesouro do Pirata Olivier Levasseur, La Buse

Até que o guia nos explica que ali se concentravam escavações conduzidas durante vinte e sete anos por Reginald Herbert Cruise-Wilkins, até à sua morte em 1977, e, depois, pelo seu filho, John.

Reginald conquistou nas Seychelles – e legou ao filho – o cognome de Treasure Man. Como acontece, amiúde, no que diz respeito à era das descobertas, dos navegadores e dos piratas, a demanda a que ambos se entregaram, tem uma génese portuguesa.

Em 1721, o famoso corsário francês Olivier Levasseur, mais conhecido por La Buse (abutre), devido ao olfacto que tinha para encontrar e despedaçar outras embarcações e tripulações, detectou o galeão português “Nossa Senhora do Cabo” no porto da ilha Bourbon (hoje, Reunião), disfarçado com uma Union Flag.

La Buse atacou-o com 250 homens e assassinou a tripulação. Quando examinou o porão, deparou-se com uma fortuna inquantificável em barras de ouro e prata, pedras preciosas, moedas, artefactos religiosos argentos e outros.

Concretizado o saque, os corsários retiraram. A Marinha Britânica seguiu-os. Já no seu covil de Madagáscar, dividiram o lote. La Buse conservou o quinhão principal e partiu para parte incerta.

Mahé Ilhas das Seychelles,As Escavações Aturadas e Infrutíferas dos Cruise-Wilkins

Reginald Cruise-Wilkins estava quase certo que o corsário gaulês enterrou o seu tesouro numa gruta ali situada, entretanto, colapsada pelo mar. Após os seus homens fecharem o buraco, executou-os.

Por essa razão, o paradeiro do tesouro permaneceu desconhecido.

A família Cruise-Wilkins continua a tentar encontrá-lo. Até hoje, em vão. Nós, só vimos lodo, entulho e pequenos muros semi-afundados pela maré.

O Sanctuário Marinho de Port Launay

Com o sol prestes a dar entrada no seu esconderijo de poente, regressamos ao recanto noroeste de Port Glaud em que estávamos alojados, pelo mesmo caminho da vinda.

No fundo dos “esses” sem fim que conduzem à costa ocidental, tomamos a estrada Port Launay.

Às tantas, essa via revela-nos o ziguezaguear da Riviére Cascade.

E o Parque Marinho Port Launay, outra área protegida da ilha, preenchida por manguezal sujeito as marés e por recifes de coral imaculados, casos do da ilha Therese ao largo.

Mahé Ilhas das Seychelles, Port LaunayPara oeste, estendia-se uma península recortada, lugar de algumas das melhores praias do arquipélago, a Anse des Anglais, a Lans Trusalo e outras.

Em ilhas como as Seychelles, é inevitável a pressão das cadeias de resorts sobre áreas paradisíacas. Por aqueles lados de Port Launay, uma delas tinha-se apoderado da Anse des Anglais e da praia de Lans Trusalo.

Também tentou a exclusividade da grande enseada de Port Launay.

Mas a indignação da população seychellense que há muito lá se banhava, fez com que as autoridades a deixassem a salvo.

Port Launay e o Ocaso Exuberante a Ocidente

Quando lá chegamos, com o ocaso iminente, damos com uma celebração balnear exuberante. Soava música de bares e de carros estacionados entre os coqueiros.

Crianças brincavam em cordas e baloiços pendurados das árvores.

Mahé Ilhas das Seychelles, conversa balnear

Grupos de nativos bebiam cerveja e dançavam, alguns até mar adentro. No mar da enseada, outros, tagarelavam massajados pelo vaivém da água tépida.

Por fim, o ocaso assentou e incendiou os céus sobre a desembocadura.

Gerou silhuetas dramáticas dos barcos por ali ancorados e da cruz marinha que os abençoa.

Mahé Ilhas das Seychelles, ocaso em Launay

A Costa Oeste, o Jardin du Roi e as Tartarugas Gigantes das Seychelles

Na manhã seguinte, o mais cedo que conseguimos, dedicamo-nos a descer a costa oeste, com paragens estratégicas para banhos nas baías que mais nos convidavam.

Só desviamos para o interior para uma embaixada ao Jardin du Roi, inspirado no lugar original do século XVIII, que a realeza francesa ali instalou e expandiu com o objectivo de promover o comércio de especiarias entre as suas colónias.

Hoje, mais que as temperilhas, são as tartarugas gigantes e centenárias das Seychelles que ali atraem forasteiros.

Mahé Ilhas das Seychelles, Tartarugas gigantes

A Atracção Secular das Tartarugas Gigantes das Seychelles

Quase todos chegam determinados em conviverem com as criaturas, demasiados, desejosos de se fotografarem a montá-las, como o fez, em 1995, o presidente português de então Mário Soares, com o mesmo à vontade com que, na ilha vizinha de La Digue, se refastelou na cadeira da erótica “Emanuelle”.

Sem o esperarmos, no Jardin du Roi, assistimos a uma cena digna de outra famosa saga.

Uma visitante russa, com cabelo de Leia mas metida em trajes de ganga bem mais ínfimos que os da princesa seduz uma tartaruga com uma qualquer fruta recém-colhida.

Assim que nos vê afastar do recinto, grita ao companheiro. Como planeado, este, fotografa-a instalada sobre a carapaça secular do animal.

As tartarugas gigantes da ilha já passaram por muito pior. Como passaram Mahé, Praslin, La Digue e as restantes Seychelles que as acolhem.

São a menor nação de África e uma das mais desejadas do continente.

La Digue, Seicheles

Monumental Granito Tropical

Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.

Praslin, Seychelles

 

O Éden dos Enigmáticos Cocos-do-Mar

Durante séculos, os marinheiros árabes e europeus acreditaram que a maior semente do mundo, que encontravam nos litorais do Índico com forma de quadris voluptuosos de mulher, provinha de uma árvore mítica no fundo dos oceanos.  A ilha sensual que sempre os gerou deixou-nos extasiados.
Maldivas

Cruzeiro pelas Maldivas, entre Ilhas e Atóis

Trazido de Fiji para navegar nas Maldivas, o Princess Yasawa adaptou-se bem aos novos mares. Por norma, bastam um ou dois dias de itinerário, para a genuinidade e o deleite da vida a bordo virem à tona.
Malé, Maldivas

As Maldivas a Sério

Contemplada do ar, Malé, a capital das Maldivas, pouco mais parece que uma amostra de ilha atafulhada. Quem a visita, não encontra coqueiros deitados, praias de sonho, SPAs ou piscinas infinitas. Deslumbra-se com o dia-a-dia maldivano  genuíno que as brochuras turísticas omitem.
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
Maurícias

Uma Míni Índia nos Fundos do Índico

No século XIX, franceses e britânicos disputaram um arquipélago a leste de Madagáscar antes descoberto pelos portugueses. Os britânicos triunfaram, re-colonizaram as ilhas com cortadores de cana-de-açúcar do subcontinente e ambos admitiram a língua, lei e modos francófonos precedentes. Desta mixagem, surgiu a exótica Maurícia.
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Morondava, Avenida dos Baobás, Madagáscar

O Caminho Malgaxe para o Deslumbre

Saída do nada, uma colónia de embondeiros com 30 metros de altura e 800 anos ladeia uma secção da estrada argilosa e ocre paralela ao Canal de Moçambique e ao litoral piscatório de Morondava. Os nativos consideram estas árvores colossais as mães da sua floresta. Os viajantes veneram-nas como uma espécie de corredor iniciático.
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Zanzibar, Tanzânia

As Ilhas Africanas das Especiarias

Vasco da Gama abriu o Índico ao império luso. No século XVIII, o arquipélago de Zanzibar tornou-se o maior produtor de cravinho e as especiarias disponíveis diversificaram-se, tal como os povos que as disputaram.
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Victoria, Mahé, Seychelles

De "Estabelecimento" Francófono à Capital Crioula das Seychelles

Os franceses povoaram o seu “L’Établissement” com colonos europeus, africanos e indianos. Dois séculos depois, os rivais britânicos tomaram-lhes o arquipélago e rebaptizaram a cidade em honra da sua rainha Victoria. Quando a visitamos, a capital das Seychelles mantém-se tão multiétnica como diminuta.
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Safari
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
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Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
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Arquitectura & Design
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De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Cerimónias e Festividades
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Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
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A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
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A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
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A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
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Rumo a Canhambaque, pela História da Guiné Bissau

O Africa Princess zarpa do porto de Bissau, estuário do rio Geba abaixo. Cumprimos uma primeira escala na ilha de Bolama. Da antiga capital, prosseguimos para o âmago do arquipélago das Bijagós.
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As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
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Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

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O Porto Rico e Muralhado de San Juan Bautista

San Juan é a segunda cidade colonial mais antiga das Américas, a seguir à vizinha dominicana de Santo Domingo. Entreposto pioneiro da rota que levava o ouro e a prata do Novo Mundo para Espanha, foi atacada vezes sem conta. As suas fortificações incríveis ainda protegem uma das capitais mais vivas e prodigiosas das Caraíbas.
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Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
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Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
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Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
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Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
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Do “Pequeno Tibete Português” às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
Cansaço em tons de verde
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Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
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Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
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Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
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Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

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Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
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É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
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