PN Washington Slagbaai, Bonaire

O Cimo Espinhoso de Bonaire


Burro Deambulante
Burro deambula na paisagem do leste
Vedação Cactal
Exemplo das vedações feitas de cactos de Bonaire
Duo Melocactus
Duo de melocactus, um de vários tipos de cactos de Bonaire
Playa Chikitu
Entrada para a Playa Chikitu, uma de várias da costa leste
Vista da Baía Slagbaai
Panorama da Baía Slagbaai com os edifícios sede da antiga base produtora colonial
Natureza Prodigiosa
Árvore cresce de uma falésia rochosa
Estrada entre Cactos-de-Punhal II
Jipe percorre uma estrada ladeada de cactos-de-punhal
Estrada entre Cactos-de-Punhal
Jipe percorre uma estrada ladeada de cactos-de-punhal do PN Washinton Slagbaai
Ao Longo da Costa Oriental
Estrada de terra serpenteia pela costa leste de Bonaire
A Baía de Slagbaai
Falésia pejada de cactos que limita a Baía de Slagbaai
Litoral Rugoso
Cenário rugoso do litoral leste do PN Washington Slagbaai
O Soplado
Visitante junto ao soplado (respiradouro marinho)
Alerta! Burros!
Sinal de trânsito alerta para a presença de burros
O Lago Goto
O lago Goto, o maior do do PN Washington Slagbaai
Iguana Azulada
Uma das inúmeras iguanas do parque
Bando Escarlate
Bando de flamingos no lago Goto
Farol Seru Bentana
O Farol Seru Bentana
O PN Washington Slagbaai ocupa uma vastidão rugosa, repleta de cactos, no extremo noroeste de Bonaire. Em tempos esclavagistas, os holandeses usaram-na como sua principal base produtiva, geradora de sal, de carne de cabra, madeira e outros. No final da década de 70, de maneira a proteger os seus biomas e cenários únicos, declararam-na santuário natural.

O centro colorido, quase de lego, de Kralendijk, a capital de Bonaire, fica para trás.

Ascendemos na ilha pela sua Queen Highway, uma via que acompanha o litoral suave, tom de turquesa e apelativo virado a ocidente, oposto ao oriental, em que os ventos Alísios agitam o Mar das Caraíbas.

A estrada aperta. Enfia-se entre falésias de calcário cobertas de vegetação verdejante. Um sinal de trânsito alerta para a travessia frequente de praticantes de mergulho.

A sua razão de ser surge logo depois, no fundo de uma escadaria, baptizada como dos 1000 Degraus, que permite aos mergulhadores acederem a um domínio marinho e coralífero prodigioso. Haveríamos de lá nos deter.

Naquele momento, a prioridade estava na área protegida mais antiga das Antilhas Holandesas, o Parque Nacional Washington Slagbaai.

Prosseguimos Queen Highway acima. Aqui e ali, distraídos por propriedades com vedações feitas de cactos, uma matéria-prima quase inesgotável em Bonaire, de que ainda só tínhamos admirado uma ínfima parte.

Por fim, a estrada real desemboca noutra, perpendicular. Pela Kaminda Goto – assim se denominava – internamo-nos na ilha, ao longo de um braço lacustre que, não tarda, se uniria a um corpo de água principal.

Mickael, um holandês que se tinha mudado para Bonaire havia três anos e que nos conduzia desde Kralendijk, detém o jipe. Anuncia a paragem inaugural do périplo. “Rapazes, aqui têm o Goto.

O lago Goto, o maior do do PN Washington Slagbaai

O lago Goto, o maior do do PN Washington Slagbaai

É um lago muito especial, o maior lago de água salgada da ilha.” Daquele ponto panorâmico, assistidos pelas explicações do guia, depressa concordamos.

Destacada acima da vegetação da margem imediata, uma sebe natural de cactos-de-punhal fere de verde o azulão do lago. Bem mais sobranceiro face ao norte do lago, ergue-se Brandaris, a colina que, com os seus 241 metros, marca o zénite da ilha quase rasa de Bonaire.

No que dizia respeito ao Goto, o motivo de interesse que atraía a maior parte dos visitantes, concentrava-se ao nível da água, num tom que quebrava a aliança verde-azul da paisagem.

Dezenas de flamingos salpicavam o lago de linhas curvas escarlates.

Bando de flamingos no lago Goto

Bando de flamingos no lago Goto

Formavam apenas um de vários bandos habituados a nutrir-se e a reproduzir-se nas águas interiores, repletas de alimento de Bonaire. Admiramos o bando mover-se numa coreografia graciosa de pescoços e bicos, ora emersos, ora afundados.

Entretanto, Mickael dá o sinal de debandada. Prosseguimos. Contornamos o lago Goto. Aproximamo-nos da elevação Brandaris. Logo, viramos a noroeste, de volta à costa ocidental.

Por uma imensidão cada vez mais densa de distintos tipos de cactos. Damos a volta aos braços recortados de uma salina vasta, Slagbaai. O lugar que agora buscávamos ficava numa orla de quase contacto desta salina com o Mar das Caraíbas.

Conhecida por Boca Slagbaai, era epónima do parque nacional que a envolvia. Em grande parte, por ter desempenhado um papel controverso, mas crucial na colonização holandesa de Bonaire.

Panorama da Baía Slagbaai com os edifícios sede da antiga base produtora colonial

Panorama da Baía Slagbaai com os edifícios sede da antiga base produtora colonial

Lá damos com uma baía de mar translúcido que molhava a areia alva, de coral desintegrado. Edifícios térreos, amarelos, com telha ocre, sobrepunham-se ao areal.

Cirandamos em redor. Tomamos um trilho dissimulado e ascendemos ao cimo da encosta a sul. Dali, apreciamos o conjunto multicolor, com o verde da colina Brandaris projectado acima dos edifícios.

Com tempo para tal exercício, transpomos aquele lugar de mar quase imóvel para o mapa da ilha e das Caraíbas.

A Boca Slagbaai ficava num dos pontos de Bonaire mais protegido das tempestades provindas do Atlântico. Em simultâneo, estava virada para a ilha-mãe das Antilhas Holandesas, Curaçao.

No contexto da Guerra dos Oitenta Anos (1568-1648), em jeito de retaliação pela perda de Sint Maarten, os Holandeses tomaram Curaçao, Aruba e Bonaire a Espanha. Fizeram de Curaçao o principal entreposto de escravos holandês das Caraíbas.

Ainda no século XVII, a sua Companhia das Índias Ocidentais instalou, na enseada e para interior, a principal base produtiva das Antilhas Holandesas.

Escravos africanos lá trabalhavam na produção de carne de cabra. A origem do nome Slagbaai, está, aliás, no termo holandês slachtbaai, traduzível como Baía da Matança.

Falésia pejada de cactos que limita a Baía de Slagbaai

Falésia pejada de cactos que limita a Baía de Slagbaai

Além da carne, os escravos produziam madeira e grandes quantidades de sal. Os produtos de Slagbaai garantiam a subsistência da população – a livre e a escrava – que aumentava a forte ritmo, sobretudo, na capital do arquipélago, Willemstad.

Serviam ainda para alimentar e fornecer de água e madeira os barcos que navegavam entre Amesterdão e as Américas. E, quando possível, para exportação para a Europa, como era o caso do sal, que Bonaire tinha e continua a ter em abundância.

Reza a história que os holandeses degredaram ainda prisioneiros espanhóis e portugueses na ilha, à época, habitada pelos poucos nativos caquetios que tinham sobrevivido à colonização espanhola.

Diz-se que estes proscritos fundaram a actual povoação de Antriol, nome que terá derivado da alteração do termo espanhol “al interior”.

Árvore cresce de uma falésia rochosa

Árvore cresce de uma falésia rochosa

Slagbaai, essa, a meio do século XIX, em virtude da falência da Companhia das Índias Ocidentais, passou para o estado holandês. Poucos depois, a abolição da escravatura alastrou-se pelas colónias.

As plantações – na realidade, a gestão de Bonaire no seu todo – revelaram-se inviáveis. O estado holandês vendeu a maior parte das terras a privados.

Dois irmãos de apelido Herrera, adquiriram Slagbaai. Rebaptizaram a fazenda de América.

Dotaram-na de novas estruturas: uma casa de capataz, uma loja e um escritório. Por ser o fulcro administrativo da propriedade, chamaram-no de Washington.

Na década de 60, o governo holandês readquiriu a propriedade, sob as condições de que não a venderia a empresários e de que a transformaria na área protegida imensa (21.79 km2) pioneira de Bonaire.

Duo de melocactus, um de vários tipos de cactos de Bonaire

Duo de melocactus, um de vários tipos de cactos de Bonaire

Continuamos a desbravá-la.

De Slagbaai, cortamos pelo âmago da ilha.

Até chegarmos ao seu absoluto píncaro setentrional, acima de uma salina enorme conhecida por Bartol que acolhia outro bando de flamingos.

No trajecto, sempre entre cactos e arbustos ásperos e cortantes, encontramos representantes distintos da fauna local.

Uma das inúmeras iguanas do PN Washington Slagbaai

Uma das inúmeras iguanas do PN Washington Slagbaai e de Bonaire

Um bom número de carcarás, uns em voo, outros em disputas pousadas. Iguanas, e cabras, claro está.

Os caprinos, dedicados a devorarem pedaços de cactos que, contra todas as evidências, tinham como comestíveis.

O Farol Seru Bentana

O Farol Seru Bentana

No caminho para o farol de Seru Bentana, um dos mais antigos dos cinco de Bonaire, cruzamo-nos ainda com burros deambulantes.

À imagem das cabras, introduzidos na ilha durante os tempos coloniais.

Burro deambula na paisagem do leste do PN Washington Slagbaai

Burro deambula na paisagem do leste do PN Washington Slagbaai

Já no cimo absoluto de Bonaire tínhamos constatado como a meteorologia contrastava com a do litoral oeste.

Dali, pela costa abaixo, passamos por sucessivas bocas (baías) recortadas que os Alísios fortalecidos pela intempérie castigavam com um vendaval infernal e ondas traiçoeiras.

Mickael conduz-nos a outra dessas enseadas recortadas e profundas a que o mar revolto não deixava perceber areal.

Uma abertura na costa rochosa fazia, a cada vaga mais vigorosa, projectar para o ar uma espécie de géiser frio e alargado.

Fotografamos momentos impressionantes do fenómeno quando um visitante a ele se faz.

Visitante junto ao soplado (respiradouro marinho) do PN Washington Slagbaai

Visitante junto ao soplado (respiradouro marinho) do PN Washington Slagbaai

Por certo já conhecedor do sítio, coloca-se do lado do vento, o mesmo de que provinham as ondas.

Na iminência algo assustadora da rebentação, exemplifica a um amigo como a água do blow hole soplado no excêntrico dialecto papiamento – era projectada à frente dos seus narizes, sem quase os borrifar.

Progredimos para sul.

Cenário rugoso do litoral leste do PN Washington Slagbaai

Cenário rugoso do litoral leste do PN Washington Slagbaai

Por vias de terra batida ensopadas pela chuva ainda miúda que irrigava a árida Bonaire.

Ao longo de fracturas geológicas e de falésias de que, na passagem dos milénios, o Mar das Caraíbas se tinha afastado.

Por quase trilhos afundados em sebes de cactos-de-punhal, muitos, com quatro e cinco metros de altura.

Jipe percorre uma estrada ladeada de cactos-de-punhal do PN Washinton Slagbaai

Jipe percorre uma estrada ladeada de cactos-de-punhal do PN Washinton Slagbaai

Atingimos uma tal de Boca Chiquitu, uma grande falha no rebordo leste de Bonaire, que estreitava do mar para dentro, até se ligar ao caudal de um riacho efémero.

Duas placas vermelhas, uma escrita em inglês/holandês, a outra, em papiamento/espanhol alertavam: “Cuidado. Ondas e correntes muito perigosas”.

Entrada para a Playa Chikitu, uma de várias da costa leste de Bonaire

Entrada para a Playa Chikitu, uma de várias da costa leste de Bonaire

Uma chuva já a sério alia-se ao vendaval.

Aversos a tendências suicidas, com a volta ao PN Washington Slagbaai completa, cruzamos metade de Bonaire na diagonal, apontados ao abrigo urbano de Kralendijk.

 

Como Ir

Voe para Kralendijk com a KLM, via Amesterdão, Países Baixos e Oranjestad Aruba, por a partir de 830 euros ida-e-volta.

Em Kralendijk, poderá contactar a Voyager Bonaire: voyagerbonairetours.com ; +599 700 41 23 ; +599 717 4123 para reservar o seu tour ao PN Washington Slagbaai e outros.

Willemstad, Curaçao

O Coração Multicultural de Curaçao

Uma colónia holandesa das Caraíbas tornou-se um grande polo esclavagista. Acolheu judeus sefarditas que se haviam refugiado da Inquisição em Amesterdão e Recife e assimilou influências das povoações portuguesas e espanholas com que comerciava. No âmago desta fusão cultural secular esteve sempre a sua velha capital: Willemstad.
Aruba

Aruba: a Ilha no Lugar Certo

Crê-se que os nativos caquetío lhe chamavam oruba, ou “ilha bem situada”. Frustrados pela falta de ouro, os descobridores espanhóis trataram-na por “ilha inútil”. Ao percorrermos o seu cimo caribenho, percebemos o quanto o primeiro baptismo de Aruba sempre fez mais sentido.
Oranjestad, Aruba

A Alma Neerlandesa de Aruba

Do outro lado do Atlântico, nas profundezas das Caraíbas, Oranjestad, a capital de Aruba exibe boa parte do legado deixado nas ilhas ABC pelos colonos dos Países Baixos. Os nativos chamam-lhe “Playa”. A cidade anima-se com festas balneares exuberantes.
PN Arikok, Aruba

A Aruba Monumental que Acolheu Arie Kok

Em tempos coloniais, um fazendeiro holandês explorou uma propriedade no nordeste de Aruba. Com o evento do turismo a alastrar-se, as autoridades definiram uma vasta área protegida em redor da velha fazenda e baptizaram-na em sua honra. O parque nacional de Arikok congrega, hoje, alguns dos lugares naturais e históricos incontornáveis da ilha.
Rincon, Bonaire

O Recanto Pioneiro das Antilhas Holandesas

Pouco depois da chegada de Colombo às Américas, os castelhanos descobriram uma ilha caribenha a que chamaram Brasil. Receosos da ameaça pirata, esconderam a primeira povoação num vale. Decorrido um século, os holandeses apoderaram-se dessa ilha e rebaptizaram-na de Bonaire. Não apagaram o nome despretensioso da colónia precursora: Rincon.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Cortejo Ortodoxo
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
Rua de São Pedro Atacama, Chile
Cidades
San Pedro de Atacama, Chile

São Pedro de Atacama: a Vida em Adobe no Mais Árido dos Desertos

Os conquistadores espanhóis tinham partido e o comboio desviou as caravanas de gado e nitrato. San Pedro recuperava a paz mas uma horda de forasteiros à descoberta da América do Sul invadiu o pueblo.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Aldeia da Cuada, Ilha das Flores, Açores, quarto de arco-íris
Cultura
Aldeia da Cuada, Ilha das Flores, Açores

O Éden Açoriano Traído pelo outro Lado do Mar

A Cuada foi fundada, estima-se que em 1676, junto ao limiar oeste das Flores. Já em pleno século XX, os seus moradores juntaram-se à grande debandada açoriana para as Américas. Deixaram para trás uma aldeia tão deslumbrante como a ilha e os Açores.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Pórtico de entrada em Ellikkalla, Uzbequistão
Em Viagem
Usbequistão

Viagem Pelo Pseudo-Alcatrão do Usbequistão

Os séculos passaram. As velhas e degradadas estradas soviéticas sulcam os desertos e oásis antes atravessados pelas caravanas da Rota da Seda. Sujeitos ao seu jugo durante uma semana, vivemos cada paragem e incursão nos lugares e cenários usbeques como recompensas rodoviárias históricas.
Barrancas del Cobre, Chihuahua, mulher Rarámuri
Étnico
Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
História
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Bangkas na ilha de Coron, Filipinas
Ilhas
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
silhueta e poema, cora coralina, goias velho, brasil
Literatura
Goiás Velho, Brasil

Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
Magníficos Dias Atlânticos
Natureza
Morro de São Paulo, Brasil

Um Litoral Divinal da Bahia

Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Enriquillo, Grande lago das Antilhas, República Dominicana, vista da Cueva das Caritas de Taínos
Parques Naturais
Lago Enriquillo, República Dominicana

Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas

Com entre 300 e 400km2, situado a 44 metros abaixo do nível do mar, o Enriquillo é o lago supremo das Antilhas. Mesmo hipersalino e abafado por temperaturas atrozes, não pára de aumentar. Os cientistas têm dificuldade em explicar porquê.
A República Dominicana Balnear de Barahona, Balneário Los Patos
Património Mundial UNESCO
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Sesimbra, Vila, Portugal, Vista do alto
Praias
Sesimbra, Portugal

Uma Vila Tocada por Midas

Não são só a Praia da Califórnia e a do Ouro que a encerram a sul. Abrigada das fúrias do ocidente atlântico, prendada com outras enseadas imaculadas e dotada de fortificações seculares, Sesimbra é, hoje, um porto de abrigo piscatório e balnear precioso.
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé
Religião
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa

A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Mini-snorkeling
Sociedade
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Vida Selvagem
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.