Istambul, Turquia

Onde o Oriente encontra o Ocidente, a Turquia Procura um Rumo


Silhuetas Islâmicas
Sombra de cúpulas e minaretes da mesquita de Solimão destacam-se do crepúsculo.
Basílica, mesquita, de novo basílica
Estrutura grandiosa e peculiar da basílica Hagia Sophia com um dos minaretes acrescentados pelos Otomanos após a conquista de Constantinopla.
Grande Bazar,
Vendedores e clientes cruzam-se no Grande Bazar de Istambul, um dos maiores mercados cobertos do mundo.
Amigos da pesca
Dois de muitos pescadores tentam a sua sorte nas águas do Corno de Ouro, a partir da ponte Galata.
Redemoínhos humanos
Dançarinos dervishes rodopiam sob o olhar orientador da figura de Kemal Ataturk, o fundador da pátria turca.
Direito ao lenço
Jovens mulheres turcas de chador admiram uma exposição numa galeria da cisterna de Yerebatan.
Hagia Sophia
A grande basílica de Santa Sophia, erguida pelo imperador Justiniano com o intuito de ser o maior monumento do Mundo, mais tarde adaptada pelos Otomanos como mesquita.
Tapetes & Cia
Vendedores de tapetes envoltos pelo principal produto da sua loja, no Grande Bazar de Istambul.
Snack do Bósforo
Vendedor de peixe grelhado aguarda mais clientes com a torre Galata em fundo.
Grande Mesquita
Uma perspectiva incomum da mesquita de Solimão, uma das maiores das quase 3000 de Istambul.

Metrópole emblemática e grandiosa, Istambul vive numa encruzilhada. Como a Turquia em geral, dividida entre a laicidade e o islamismo, a tradição e a modernidade, continua sem saber que caminho seguir

O frio é tanto em redor do estreito do Bósforo que não nos espantaria que ainda fossemos prendados com uma Istambul completamente nevada como só tínhamos apreciado em posters e postais.

Indiferentes ao vento gélido, dezenas de pescadores convivem recostados sobre a ponte Galata e atentos às linhas mergulhadas no Corno de Ouro.

Sem que o esperássemos, incontáveis muezins activam as suas vozes sagradas e criam um chamamento difuso a nova oração que está longe de agradar a todos os istambulitas, sejam ou não muçulmanos. A imprensa internacional mais atenta chegou a divulgar que a dissonância de alguns dos religiosos cantadores era tal que certos moradores se habituaram a recorrer a tampões para os ouvidos e apresentaram queixas às autoridades religiosas competentes. Estas, lançaram um programa especial de afinação dos responsáveis que atenuou o problema.

Como a Turquia, e graças à força ideológica das reformas do fundador Kemal Atatürk, Istambul ainda é oficialmente secular. Mesmo se na esmagadora maioria muçulmana, a sua enorme população urbana – rivaliza com Londres no título da maior da Europa – conta com muitos crentes de outras fés, bem como ateus e agnósticos. No espectro político, divide-se principalmente entre kemalistas – os seguidores das reformas de Atatürk – e Islamitas. 

A uma boa parte dos primeiros não traria nada de mal a abolição dos chamamentos que ouvimos ecoar cinco vezes por dia,  dos incontáveis minaretes da cidade.

Mas, Tayyip Erdogan, o antigo edil de Istambul, agora muito contestado mas ainda todo-poderoso presidente da Turquia é um assumido sunita e defensor do papel orientador do Islão na vida da nação, algo a que se tem vindo a opor também o exército.

Entre outras infracções, Erdogan foi acusado de anti-semitismo, corrupção, manipulação de eleições, despotismo e censura dos media. De várias tentativas de sufoco da liberdade de comunicação e imprensa, destacou-se o caso recente da rede social Twitter, que prevaleceu porque a Google ofereceu aos turcos um servidor DNS gratuito, cujo código 8.8.8.8 foi grafitado nas paredes da cidade por moradores furiosos com a prepotência do presidente.

Já do outro lado da ponte e do estreito, ouvimos um guia local louvar os méritos de Istambul a um grupo espanhol: “Meus amigos, perdoem-me o atrevimento, sei bem que a Ibéria tem uma civilização inacreditável e cidades incríveis mas não me levem a mal se vos confessar que não existe nenhuma cidade na Europa tão grandiosa como esta”. Na sua etiqueta de visitantes, os espanhóis calam, consentem e seguem caminho para a península repleta de monumentos e história de que nós vínhamos.

Anoitece em três tempos. A conselho de Ari, um colega tão ou mais orgulhoso que nos apoiava nas nossas deambulações, apontamos para o bairro de Galata. Subimos ruas e escadarias íngremes e damos entrada na torre homónima, onde nos afiançara que teríamos um repasto divinal, animado por um espectáculo de variedades tradicionais da Turquia.

Inauguram-no tocadores de tambores energéticos mas a plateia só vai ao rubro quando entra em acção uma dançarina do ventre bem mais despida, sedutora e contagiante que a maior parte das jovens islamitas que, como o Presidente Erdogan, continuam a tentar contornar a proscrição constitucional turca do uso do chador. Coerente com as suas posições conservadoras, Erdogan fez questão de declarar recentemente numa conferência feminista em Istambul que as mulheres nunca poderão ser tratadas como os homens. E acusou a maior parte da audiência de rejeitar a maternidade. 

A estrutura mais elevada da cidade aquando da sua construção pelos Genoveses, em 1348, a torre Galata começou a ser usada pelos Otomanos, a partir do meio do século XVIII, para detectar incêndios entre o casario abaixo. Como todos os que acedem ao topo cónico, não o deixamos sem dali apreciar as luzes que salpicam Istambul e o seu reflexo nas águas escurecidas do Corno de Ouro e do Bósforo.

O dia seguinte amanhece com meteorologia mais agradável. Aproveitamos para explorar a área entre os bairros de Topkapi, Unkapani e Yenikapi que concentra o  património histórico e cultural mais sumptuoso da cidade. 

Em pleno hipódromo, esforçamo-nos para decifrar algo dos hieróglifos esculpidos no Obelisco de Teodósio que, em tempos, ornou o templo egípcio de Karnak. Convertemo-nos à imponência acinzentada da mesquita e também à de outro sultão, Ahmed.

Do cimo desta mesquita azul, delicia-nos a vista sobre a basílica de Santa Sofia que o imperador bizantino Justiniano aspirou que fosse o monumento mais marcante do mundo, que deveria superar o templo de Salomão, em Jerusalém. 

Com entrada ali ao lado, deixamo-nos perder entre as colunas coríntias da cisterna subterrânea de Yerebatan e olhamos nos olhos das cabeças de medusa que suportam duas delas, sem que, como alega o mito, nos transformem em pedra. 

Já no palácio de Topkapi, percorremos grande parte da história da dinastia dos Otomanos, dominadores de vastos territórios em três continentes distintos, durante 600 anos.

Não nos furtamos a outro dos costumes de quem anda à descoberta de Istambul: a visita da fortaleza bizantina de Rumeli, seguida da travessia rodoviária da ponte de Mehmet que liga a Europa à Ásia. 

Pelo caminho, a bordo de um mini-bus cheio de passageiros de várias nacionalidades, ninguém se safa de exibir uma cantoria tradicional do seu país. Com o Velho Mundo já para trás e algum tempo de sossego, assalta-nos a analogia de que Erdogan e, concordando ou não, os turcos em geral, também abandonaram o ensejo de se unirem à família da União Europeia, em função das políticas e ideologias rígidas do actual líder.

Em 2010, as autoridades turcas fecharam os seus portos a embarcações cipriotas. Têm vindo a desrespeitar os direitos cívicos básicos como a liberdade nas mais distintas formas. Tardam em actuar sobre a discriminação contra os homossexuais, a tortura nas prisões, os casamentos forçados e a violência contra as mulheres, entre outros temas em que nem os eurocratas com as mentes mais abertas alguma vez cederiam para acolher a que, avassaladoramente muçulmana, passaria ser a terceira maior população da União.

Regressados à Istambul europeia e agora na companhia de Ari, este continua apostado em surpreender-nos com a riqueza da cultura turca. Metemo-nos no metro e, após regressarmos a superfície, caminhamos alguns minutos até um edifício histórico recatado. “Ora, vamos lá ver o que acham disto”.

Entramos e damos com um salão de dança tomado por uma trupe esotérica em trajes místicos brancos. “Já tinham ouvido falar dos dervishes, ou não?” pergunta-nos ainda Ari, deliciado por nos proporcionar a experiência.

As luzes diminuem de intensidade. Logo após, uma banda sonora oriental que combina percussão simples, cordas, instrumentos de sopro e vozes cerimoniais apodera-se do salão. Dá o mote para que, num transe crescente, os dançarinos sufis desenvolvam as suas incontáveis rotações meditativas.

Como os restantes espectadores, deixamo-nos hipnotizar pela beleza subtil daqueles redemoinhos brancos. Até que a tempestade espiritual chega ao fim e somos devolvidos ao gelo nocturno da multifacetada  Istambul.

Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Jerusalém, Israel

Pelas Ruas Beliciosas da Via Dolorosa

Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus

Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Safari
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Pela sombra
Arquitectura & Design
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Kente Festival Agotime, Gana, ouro
Cerimónias e Festividades
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
hué, cidade comunista, Vietname Imperial, Comunismo Imperial
Cidades
Hué, Vietname

A Herança Vermelha do Vietname Imperial

Sofreu as piores agruras da Guerra do Vietname e foi desprezada pelos vietcong devido ao passado feudal. As bandeiras nacional-comunistas esvoaçam sobre as suas muralhas mas Hué recupera o esplendor.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Sombra de sucesso
Cultura
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
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Estrada Stuart, a Caminho do Top End da Austrália

Do Red Centre ao Top End tropical, a estrada Stuart Highway percorre mais de 1.500km solitários através da Austrália. Nesse trajecto, o Território do Norte muda radicalmente de visual mas mantém-se fiel à sua alma rude.
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Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
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História
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A Cidade Motora da Noruega

A abundância de petróleo e gás natural ao largo e a sediação das empresas encarregues de os explorarem promoveram Stavanger de capital da conserva a capital energética norueguesa. Nem assim esta cidade se conformou. Com um legado histórico prolífico, às portas de um fiorde majestoso, há muito que a cosmopolita Stavanger impele a Terra do Sol da Meia-Noite.
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O Sal da Ilha do Sal

Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
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Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
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Na Pista de “Crime e Castigo”

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
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Na Pista do Mistério dos Capelinhos

De uma costa da ilha à opostoa, pelas névoas, retalhos de pasto e florestas típicos dos Açores, desvendamos o Faial e o Mistério do seu mais imprevisível vulcão.
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Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
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Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
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San Cristobal de las Casas a Campeche, México

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Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
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O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
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São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
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A Ilha-Mãe do Arquipélago Gulag

Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
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Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
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Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Bando de flamingos, Laguna Oviedo, República Dominicana
Vida Selvagem
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.