Willemstad, Curaçao

O Coração Multicultural de Curaçao


Handelskade e Ponte Rainha Emma
A marginal handelskade para lá da ponte móvel rainha Emma.
estátua Dr. Efrain Jonckeer
Estátua de Efrain Jonckeer em Otrobanda contempla o bairro de Punda.
Mansão de Otrobanda
Edifício majestoso transformado em hotel, nas imediações do museu Kurá Hulanda.
Ponte Rainha Emma
Pedestres aguardam a ligação completa da ponte móvel Rainha Emma.
Arquitectura Excêntrica
Edifícios dispares e excêntricos de Punda.
Handelskade I
As linhas arquitectónicas "holandesas" da Handelskade.
Museu Kurá Hulanda
Fachada do museu do esclavagismo Kurá Hulanda, situado em Otrobanda.
Ocaso sobre a Ponte Rainha Emma
Pedestres sobre a ponte rainha Emma, com o sol a pôr-se a ocidente de Curaçao.
Palácio do Governo
O Palácio Governamental protegido pelas velhas muralhas da cidade.
Rua de Otrobanda
Arquitectura "holandesa" menos imponente numa via de Otrobanda.
Estátua da Rainha
Monumento à rainha Emma na zona de Pietermaai.
Arte de Rua
Mural com relevo num recanto de Punda.
Edifício Penha
O edifício-sede de Penha, uma companhia de perfumes e afins que opera desde 1708.
Átrio da Sinagoga
Visitante num pátio cercado de lápides da sinagoga de Curaçao
A Sinagoga de Curaçao
Visitante fotografa o interior da sinagoga de Curaçao, a mais antiga das Américas.
Telhados e Fachadas
Conjunto arquitectónico de Pietermaai.
Mural do Mercado
Citação e figura de uma personagem ilustre de Curaçao.
Raízes em África
Escultura de África no interior do museu Kurá Hulanda.
Esclavagismo e Tortura
Guia exibe um instrumento usado na era esclavagista de Curaçao.
Mural de Punda
Uma das muitas obras de arte de rua que embelezam Punda e outros bairros de Willemstad
Uma colónia holandesa das Caraíbas tornou-se um grande polo esclavagista. Acolheu judeus sefarditas que se haviam refugiado da Inquisição em Amesterdão e Recife e assimilou influências das povoações portuguesas e espanholas com que comerciava. No âmago desta fusão cultural secular esteve sempre a sua velha capital: Willemstad.

Provou-se quase imediata a sensação de intimidade com a nova escala do périplo caribenho que havíamos inaugurado quase quatro meses antes.

Tínhamos aterrado, fazia uma meia-hora, provindos de Port of Spain, Trinidad. Na deslocação entre o aeroporto e o centro de Willemstad, metemo-nos numa carrinha estilo Hiace, daquelas bem populares e económicas, que acolhe passageiros pelo caminho.

Sentados em lugares dianteiros, escutamos os diálogos entre as passageiras de todos os dias e o condutor, que as conhecia de ginjeira. De conversa de ocasião, a interacção evoluiu para tagarelice. Sem que o esperássemos, quanto mais os ouvíamos mais nos parecia identificarmos sons e palavras.

Evitamos precipitar-nos. No entanto, entre tantas outras expressões e termos do crioulo local, continuaram a repetir-se “tá bom” e “tio”, estes, bem mais que alguns outros.

Quando chegamos ao destino final de Otrobanda, estávamos convictos a dobrar da influência do português no papiamento, o dialecto oficial de Curaçao e de Aruba, também falado em Bonaire, a ilha B” do famoso trio ABC do Caribe Holandês.

Otrobanda. A Caminho de Punda

Saímos na derradeira paragem de OtroBanda. Tínhamos marcado alojamento numa das ruas de Punda mas, com o mapa estudado, sabíamos que era curta a distância entre ambas.

Metemo-nos a caminho. Pouco depois, confrontamo-nos com o canal de Sint Annabaai que nos separava de Punda.

A sudeste, como em redor, o céu mantinha-se limpo e azulão, condizente com a atmosfera seca e ventosa que se fazia sentir. Percorriam-no, apenas, caravanas velozes de pequenas nuvens brancas.

Este firmamento em fundo reforçava a elegância arquitectónica e, àquela distância, sobretudo cromática, da Handelskade, a marginal encerrada por uma linha de prédios históricos exuberantes.

Willemstad, Curaçao, Punda, Handelskade

Metemo-nos pela ponte móvel Rainha Emma que, nos dias seguintes, haveríamos de cruzar vezes sem conta. Sentimos, pela primeira vez, o seu estranho menear.

A ponte deixa-nos de frente para o que nos pareceu o mais intrincado dos edifícios do conjunto.

O Penha faz de sede de um dos comerciantes de produtos de beleza pioneiros das Caraíbas, de portas abertas desde 1708.

Willemstad, Curaçao, Punda, Penha

Surge à entrada da espécie de centro comercial histórico instalado ao longo da Breedestraat, a via por que prosseguimos a caminhada.

Damos entrada nos aposentos já sobre as quatro da tarde. Com trabalho de “tipo escritório” por completar e os dias em Curaçao ainda em aberto, já não saímos.

O dia seguinte amanhece igual. Aproveitamo-lo ao máximo, com deambulações longas e aturadas por praticamente todas as ruas e ruelas, para começar, as da Punda em redor.

Willemstad, Curaçao, Mural de Punda

O Principal Entreposto Esclavagista da Holanda no Atlântico

Ditaram o tempo e a história que Willemstad se desdobrasse em áreas bem demarcadas. Essa sua diversidade só lhe granjeia interesse.

Punda foi a primeira zona a surgir, a partir de 1634, o ano em que os holandeses conquistaram Curaçao aos espanhóis. O seu nome derivou do holandês de punt, a Ponta.

Ciosos de que Espanha – ou outro qualquer rival colonial – poderia almejar a ilha, os novos donos apressaram-se a erguer muralhas.

Willemstad, Curaçao, Punda, Palácio do Governo

Três décadas mais tarde, até à abolição holandesa do esclavagismo, Willemstad manteve-se o principal polo de comércio de escravos da Holanda, capturados ou adquiridos no litoral oeste de África, vendidos para os restantes territórios coloniais das Caraíbas e das Américas, não só os holandeses.

Willemstad, Curaçao, otrobanda, Kurá HulandaEste comércio fez aumentar a população de Punda a grande ritmo. O potencial da colónia atraiu novos comerciantes.

Século XVI: a Chegada dos Judeus Sefarditas ainda em Fuga da Inquisição

No final do século XV, o rei D. Manuel decretou a expulsão de todos os judeus que não se convertessem ao catolicismo. Em 1497, cerca de vinte mil judeus concentraram-se no porto de Lisboa, decididos a partir.

Muitos, rumaram ao norte da Europa, sobretudo Alemanha e Países Baixos. Dos Países Baixos, uma parte, atravessou o Atlântico e instalou-se na Nova Holanda, o território do norte do Brasil ocupado e explorado pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais.

No contexto complexo de disputa do norte do Brasil entre Portugal, a Holanda e Espanha, Portugal prevaleceu. Na sequência, o Tribunal do Santo Ofício Português dedicou-se a identificar e a castigar os judeus que tinham fugido da sua acção na Europa.

Willemstad, Curaçao, Punda, Lápides da Sinagoga

Milhares de sefarditas recém-chegados à Nova Holanda voltaram a fugir. Muitos, rumaram a Nova Amesterdão (mais tarde, Nova Iorque). Outros, dispersaram-se por colónias caribenhas e das Índias Ocidentais. A começar por Curaçao.

A componente portuguesa e crioula-portuguesa do dialecto papiamento advém da linguagem introduzida pelos judeus sefarditas, dos dialectos falados pelos escravos chegados de territórios portugueses, da actual Guiné-Bissau de Cabo Verde e até de São Tomé e Príncipe.

Os judeus instalaram-se e aos seus prolíficos negócios em Punda.

A Expansão para fora do Domínio Muralhado de Punda

Com eles, o número de lares e edifícios comerciais aumentou sobremaneira.

De tal forma, que as autoridades se viram obrigadas a aprovar a expansão da colónia para fora das muralhas, a uma distância de cerca de 500 metros que permitisse aos canhões do Forte Amesterdão alvejar navios ao largo, sem edifícios pelo meio.

Essa nova povoação, Pietermaai, estendeu-se para sudeste de Punda e do braço de mar de Waaigat que a delimita a norte.

Willemstad, Curaçao, Telhados e fachadasDia após dia, deambulamos por ambos.

Confirmamos em Punda, o perfil mais urbano de Willemstad, repleto de prédios de quatro e cinco andares de corres garridas, culminados por águas furtadas com fachada recortada, numa óbvia transposição da arquitectura de Amesterdão e de outras partes da metrópole holandesa.

E, a despontar do conjunto, a sinagoga de Curaçao, erguida pelos judeus sefarditas chegados da Holanda e do Brasil, hoje, a sinagoga mais antiga das Américas, com piso de areia, como se tornou hábito nas Caraíbas.

Willemstad, Curaçao, Punda, Sinagoga de Curaçao

Lá nos sentamos e acompanhamos a dissertação de um rabi norte-americano que a desbobinava tim-tim por tim-tim a cada novo grupo de visitantes.

As Vivendas Seculares de Pietermaai e os Prédios “holandeses” de  Punda

Em Pietermaai, predominam as vivendas, envelhecidas, senhoras de uma deslumbrante decadência colonial. Algumas, foram transformadas em bares e restaurantes que combinam mobília velha, mas elegante com murais, pinturas e outras decorações criativas.

Willemstad é, toda ela, uma deslumbrante galeria de arte de rua, repleta de murais tridimensionais, que aproveitam as formas de contadores de água e outros recursos criativos inspiradores.

Willemstad, Curaçao, Punda, arte de rua

Devido aos preços hiperinflacionados, a sua marginal está reservada aos passageiros dos cruzeiros.

Mais para dentro, os inevitáveis franchises multinacionais também marcam presença. Malgrado as sucessivas marés de turistas desembarcados, Willemstad preserva alguns recantos antigos e genuínos.

A tasquinha que anuncia petiscos de kuminda krioyo que identificamos sem grande esforço: os pastechi, serbes i refresco, pan ku krokèt, ku frikandel ou ku hotdog.

Noutros estabelecimentos, a excêntrica sopa tradicional de iguana também servida na Plasa Bieu!, a extensão gastronómica do Old Market.

Willemstad, Curaçao, Punda, Mural do Mercado

O Influxo de Migrantes Venezuelanos e da sua Cultura

Há uns poucos anos, este mercado contava com uma ala flutuante de frutas e vegetais sobre as águas de Waigaat que  dependia da chegada de produtos e de vendedores da vizinha Venezuela.

Deixou de funcionar quando o presidente Nicolas Maduro ordenou o fecho das fronteiras com as ilhas ABC. Condenados pela miséria que se alastra na sua nação, os venezuelanos continuam a chegar, muitos deles (quase todos) por meios ilegais.

Instalam-se e enriquecem o caldeirão étnico e cultural secular de Curaçao.

Willemstad, Curaçao, Punda, Ocaso atrás da Ponte Rainha Emma

Ao entardecer, sentados numa das esplanadas da Handelskade, ouvimos alguns deles tagarelar no castelhano suave do sul do Caribe.

E, pouco depois, prendarem os clientes com uma cantoria generosa de rumba, reggaeton e outros sucessos latino-americanos.

Por essa altura, devido a uma qualquer necessidade da navegação, as autoridades portuárias mantinham a ponte móvel recolhida. A substituí-la, colocaram ao dispor um pequeno ferry com convés elevado.

Agradados com a variante, cumprimos a viagem no seu cimo.

Uma e outra vez. Para cá e para lá, até nos fartarmos.

Travessia à Descoberta de Otrobanda e de Scharloo

Por fim, desembarcarmos à descoberta de Otrobanda, o bairro oposto de Punda, seu rival quase espelhado se bem que sem o mesmo deslumbre arquitectónico do lado de lá da Sint Anna Bay, tratado por “lado hispânico”, por conta do perfil dos seus habitantes.

Lá visitamos o museu antropológico Kurá Hulanda, que exibe e explica a história do tráfico esclavagista do Atlântico. Guia-nos Yflen Florentina, ela própria, descendente dos escravos radicados em Curaçao.

Willemstad, Curaçao, otrobanda, Kurá HulandaSubimos a níveis mais elevados de Otrobanda, entre vivendas arejadas, aqui e ali, à conversa com os seus moradores, às tantas, com tentativas esforçadas de empregarmos uma ou outra expressão do papiamento.

Até que escurece. Descemos de volta para a Sint Anna Bay. Da sua beira, admiramos a iluminação artificial da frente de Handelskade destacar-se do crepúsculo.

Willemstad, Curaçao, Punda, Ponte móvel Rainha Emma

Voltamos a passar para lá, pela ponte que está de novo operacional. Regressamos às margens de Waigaat.

Aventuramo-nos por Scharloo, o quarto bairro de Willemstad, na génese, uma plantação abandonada onde, mais tarde, os mercadores judeus abastados ergueram as suas villas.

Evoluiu, assim, para se tornar o sector grãfino da cidade, até que, por volta de 1960, entrou noutro dos deliciosos declínios da ilha.

Lá nos sentamos numa esplanada popular. Lá saboreamos cervejas Brion geladas. Tínhamos o tempo por nossa conta. Willemstad e Curaçao mereciam muito mais.

Willemstad, Curaçao, Punda, Handelskade ao anoitecer

Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Saba, Holanda

A Misteriosa Rainha Holandesa de Saba

Com meros 13km2, Saba passa despercebida até aos mais viajados. Aos poucos, acima e abaixo das suas incontáveis encostas, desvendamos esta Pequena Antilha luxuriante, confim tropical, tecto montanhoso e vulcânico da mais rasa nação europeia.
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Mérida, Venezuela

Mérida a Los Nevados: nos Confins Andinos da Venezuela

Nos anos 40 e 50, a Venezuela atraiu 400 mil portugueses mas só metade ficou em Caracas. Em Mérida, encontramos lugares mais semelhantes às origens e a geladaria excêntrica dum portista imigrado.
Ilha Margarita ao PN Mochima, Venezuela

Ilha Margarita ao Parque Nacional Mochima: um Caribe bem Caribenho

A exploração do litoral venezuelano justifica uma festa náutica de arromba. Mas, estas paragens também nos revelam a vida em florestas de cactos e águas tão verdes como a selva tropical de Mochima.
PN Henri Pittier, Venezuela

PN Henri Pittier: entre o Mar das Caraíbas e a Cordilheira da Costa

Em 1917, o botânico Henri Pittier afeiçoou-se à selva das montanhas marítimas da Venezuela. Os visitantes do parque nacional que este suíço ali criou são, hoje, mais do que alguma vez desejou
Martinica, Antilhas Francesas

Caraíbas de Baguete debaixo do Braço

Circulamos pela Martinica tão livremente como o Euro e as bandeiras tricolores esvoaçam supremas. Mas este pedaço de França é vulcânico e luxuriante. Surge no coração insular das Américas e tem um delicioso sabor a África.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Saint-Pierre, Martinica

A Cidade que Renasceu das Cinzas

Em 1900, a capital económica das Antilhas era invejada pela sua sofisticação parisiense, até que o vulcão Pelée a carbonizou e soterrou. Passado mais de um século, Saint-Pierre ainda se regenera.
Fort-de-France, Martinica

Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade

Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.
Guadalupe, Antilhas Francesas

Guadalupe: Um Caribe Delicioso, em Contra-Efeito Borboleta

Guadalupe tem a forma de uma mariposa. Basta uma volta por esta Antilha para perceber porque a população se rege pelo mote Pas Ni Problem e levanta o mínimo de ondas, apesar das muitas contrariedades.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Safari
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Cerimónias e Festividades
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Sósias dos irmãos Earp e amigo Doc Holliday em Tombstone, Estados Unidos da América
Cidades
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
khinalik, Azerbaijão aldeia Cáucaso, Khinalig
Cultura
Khinalig, Azerbaijão

A Aldeia no Cimo do Azerbaijão

Instalado aos 2300 metros rugosos e gélidos do Grande Cáucaso, o povo Khinalig é apenas uma de várias minorias da região. Manteve-se isolado durante milénios. Até que, em 2006, uma estrada o tornou acessível aos velhos Ladas soviéticos.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Gorila não habituado, a pouca distância de Bon Coin, Bomassa
Em Viagem
Expedição Ducret 2º:  PN Lobéké, Camarões - Wali Bai, Rep. Congo

Hyacinth e o Gorila de Bon Coin: Encontros com Primatas Peculiares

Acampados numa ilha do rio Sangha, saímos à descoberta dos parques nacionais Lobéké e do Wali Bai, Nouabalé-Ndoki, nos Camarões e na Rep. do Congo. Lá nos surpreendem criaturas deslumbrantes, mas díspares.  
Fila Vietnamita
Étnico

Nha Trang-Doc Let, Vietname

O Sal da Terra Vietnamita

Em busca de litorais atraentes na velha Indochina, desiludimo-nos com a rudeza balnear de Nha Trang. E é no labor feminino e exótico das salinas de Hon Khoi que encontramos um Vietname mais a gosto.

Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Alasca, de Homer em Busca de Whittier
História
Homer a Whittier, Alasca

Em Busca da Furtiva Whittier

Deixamos Homer, à procura de Whittier, um refúgio erguido na 2ª Guerra Mundial e que abriga duzentas e poucas pessoas, quase todas num único edifício.
Santa Maria, ilha do Sal, Cabo Verde, Desembarque
Ilhas
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Rio Celeste, Parque Nacional Volcan Tenório, Costa Rica
Natureza
PN Volcán Tenório, Costa Rica

O Rio que Espelha o Céu da Costa Rica

Até 2018, boa parte das encostas do vulcão Tenório (1916m) mantinham-se inacessíveis e desconhecidas. Nesse ano, a concretização de uma estrada íngreme abriu caminho à estação ranger de El Pilón. A partir da actual entrada, cumprimos quase 9km luxuriantes ao longo do rio Celeste, suas quedas d’água, lagoas e nascentes termais.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Banhista, The Baths, Devil's Bay (The Baths) National Park, Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas
Parques Naturais
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os “Caribanhos” Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Em plena costa do Ouro
Património Mundial UNESCO
Elmina, Gana

O Primeiro Jackpot dos Descobrimentos Portugueses

No séc. XVI, Mina gerava à Coroa mais de 310 kg de ouro anuais. Este proveito suscitou a cobiça da Holanda e da Inglaterra que se sucederam no lugar dos portugueses e fomentaram o tráfico de escravos para as Américas. A povoação em redor ainda é conhecida por Elmina mas, hoje, o peixe é a sua mais evidente riqueza.
Personagens
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Praias
Gizo, Ilhas Salomão

Gala dos Pequenos Cantores de Saeraghi

Em Gizo, ainda são bem visíveis os estragos provocados pelo tsunami que assolou as ilhas Salomão. No litoral de Saeraghi, a felicidade balnear das crianças contrasta com a sua herança de desolação.
Barco no rio Amarelo, Gansu, China
Religião
Bingling Si, China

O Desfiladeiro dos Mil Budas

Durante mais de um milénio e, pelo menos sete dinastias, devotos chineses exaltaram a sua crença religiosa com o legado de esculturas num estreito remoto do rio Amarelo. Quem desembarca no Desfiladeiro dos Mil Budas, pode não achar todas as esculturas mas encontra um santuário budista deslumbrante.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
patpong, bar go go, banguecoque, mil e uma noites, tailandia
Sociedade
Banguecoque, Tailândia

Mil e Uma Noites Perdidas

Em 1984, Murray Head cantou a magia e bipolaridade nocturna da capital tailandesa em "One Night in Bangkok". Vários anos, golpes de estado, e manifestações depois, Banguecoque continua sem sono.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Maria Jacarés, Pantanal Brasil
Vida Selvagem
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.