Montãna Redonda e Rancho Salto Yanigua, República Dominicana

Da Montaña Redonda ao Rancho Salto Yanigua


los-haitises-republica-dominicana-resgate-garca
Acrobacias
Cruz Dominicana
Retalhos Tropicais
Direcções
Arrozais e o Atlântico
O Burro do rancho Salto Yanigua
Pão-de-Côco
Mineração de Âmbar
Poço da Mineração
Montra Tropical
Lagoa Verdejante
O Retratista Fotografado
Pedras da Mineração
Letreiro de Todas as Cores
Salto Yanigua
À descoberta do noroeste dominicano, ascendemos à Montaña Redonda de Miches, recém-transformada num insólito apogeu de evasão. Desse cimo, apontamos à Bahia de Samaná e a Los Haitises, com passagem pelo pitoresco rancho Salto Yanigua.

De viagem, nem sempre as soluções a que chegamos são as perfeitas.

Nessa alvorada em particular, deixado o pueblo de Uvero Alto para trás, damos conosco à bordo de um autocarro coreano importado, repleto de turistas da Europa germânica ensonados.

Joel Montilla, o guia de serviço, sabe que tem que despertar e activar os passageiros.

Munido de microfone, questiona o grupo sobre as nacionalidades a bordo. A maior parte são alemães. Acompanham-nos austríacos e suíços. A destoarem e, por certo, a intrigarem os restantes, estão ainda dois portugueses. Nós.

Seguíamos a bordo, com um conhecimento demasiado básico de alemão. O meu, adquirido em dois anos já longínquos de aulas no Gõethe Institut de Lisboa, entre os 13 e 15 anos de idade.

O da Sara, pela aprendizagem de ouvir os pais comunicarem em alemão, por razões que, por si só, dariam para outra longa estória.

Ora, estes antecedentes insólitos permitiam-nos compreender bem mais do discurso tranquilo e pausado de Joel do que estávamos a contar. Uma vez que o guia fazia questão de abordar todos os temas dominicanos interessantes de que se lembrava, esforçamo-nos a dobrar.

Neste entretém cognitivo, quase uma hora depois, chegamos à primeira escala do dia.

Quando Joel aflora uma “Runde Berg”, sabemos que estamos perante a famosa Montaña Redonda de Miches.

O guia dita um transbordo do autocarro para camiões equipados de assentos e de uma poderosa tracção às quatro rodas.

Galgamos a estrada enlameada que conduz ao cume, num modo rali que delicia parte dos passageiros. Deixa outros em pânico.

 Montaña Redonda: uma Colina com Panoramas Privilegiados

Menos de dez minutos depois, desembarcamos no topo arredondado e ventoso da elevação, malgrado o nome pomposo, um mero outeiro.

Ainda assim, devido à sua localização privilegiada, lugar de panoramas a toda a volta, uns, a norte e noroeste, do oceano Atlântico, da baía de Samaná e das lagoas Redonda e del Limón.

Outros, nas direcções opostas, de pastos sulcados por sobras de vegetação, nas vertentes das montanhas de Hispaniola a sério.

Aos poucos, uma multidão, já não só germânica, ocupa o zénite da montaña.

Os forasteiros contemplam as suas vistas por tempo que acabam por abreviar, atraídos pelas diversões que os dominicanos por ali instalaram.

Uns, fazem fila para os baloiços.

Outros, para a tirolesa que desliza, em L, para a meia-encosta virada ao mar.

Destacada da colina, bem acima dos baloiços, uma cruz branca fixada contra um pilar com as cores da bandeira da República Dominicana, abençoa o lugar e as tropelias e acrobacias que por lá se sucedem.

Incluindo os balouçares de cabeça para baixo que, às tantas, dois guias fazem questão de exibir.

Esgota-se o tempo previsto para a montanha, mas não o vento que a castiga dia adentro.

Rumo a Norte e à Cidade de Miches

Regressamos ao sopé, ao bus e à carretera Bavaro-Miches, uma via estreita que serpenteia por aldeolas e lugarejos de génese piscatória, até que cruza o rio Yeguada, no âmago da cidade que lhe empresta a segunda metade do nome.

A partir de Miches, seguimos pela continuação, já adaptada a “Sabana-Miches”, de acordo com a escala que se segue. Por altura de Sabana, flectimos para sul, com destino em El Valle.

Nessa povoação, passamos do asfalto para uma via de terra batida que sulca a floresta tropical e, a espaços, plantações de palmeiras geradoras do valioso óleo de palma.

Por essa altura, já o rio Yanigua ziguezagueia a sul, numa profusão e exuberância de meandros que, entretanto, intersectamos.

Desviamos para outra via, quase caminho, perdida numa vegetação que a proximidade do rio adensa.

Rancho Salto Yanigua: o Interior Pitoresco da República Dominicana

Detemo-nos na clareira aberta por um dos muitos ranchos e haciendas que salpicam este interior esquecido da República Dominicana.

Um letreiro amplo e garrido identifica-o à moda sinalética que se tornou viral na América Latina. De todas as cores. E ilustrado com exemplos da fauna e flora destas paragens.

Composto por três andares de largura crescente, o letreiro adorna e identifica a propriedade, sem grandes margens para dúvidas: “Rancho Salto Yanigua.”

Joel Montilla saúda Simón Duran, o dono.

O duo trata de conduzir os visitantes à zona gastronómica da fazenda, instalada, por mais que uma conveniência, à beira do caudal afundado do rio, de frente para a queda d’água que lhe justifica a toponímia.

Por ali, sobre um fogo alimentado a lenha, uma cozinheira tímida faz cozer e dourar pão-de-côco que preenche quase metade de uma grande panela.

A manhã tinha avançado.

Àquela hora, qualquer alma filha de boa gente começa a sentir-se faminta.

Experientes na arte de acolher e satisfazer os forasteiros, Simón e os seus tratam de os confortar.

Petiscos Dominicanos do Campo, uns atrás dos Outros

Com copinhos de mamajuana, o licor nacional dominicano, afiançam-nos sempre que fonte de vigor, virilidade ou, vá lá que seja de fertilidade.

Como alternativas não alcoólicas, oferecem café, cacau ou café moca, neste caso, adoçado com chocolate de cacau produzido na horta biológica do rancho.

Bebericamos um pouco de ambos quando Simón Duran e a cozinheira começam a servir os pães-de-côco, ainda fumegantes e que nos aconselham a rechear de um creme de cacau e mel, nutritivo e delicioso.

Tardio, o pequeno-almoço chega como um manjar dos deuses de Hispaniola.

Só o fluir convidativo do Salto Yaniqua, logo ali à frente, desmobiliza os visitantes de continuarem a empanturrar-se.

Num ápice, uma multidão de banhistas ansiosos inunda o rio.

O Salto do Rio Yanigua, mesmo à Beira do Rancho

Entregam-se a chapinhanços, a saltos e, por exemplo de um anfitrião que os acompanhava, a tratamentos dermo-faciais espontâneos assegurados pela argila esbranquiçada que forrava o fundo do rio.

Também Juan Carlos, o fotógrafo-retratista ao serviço do tour compõe a sua máscara.

Embeleza-se, aliás, a dobrar. Com uma pluméria vermelha exposta acima de uma orelha.

Chicos, no aprovechan esto?” indaga-nos, quase ofendido, quando nos vê sem sinal da argila de que tinha coberto a face.

Pouco depois, sem que o esperássemos, vemo-nos vítima da tal lama milagrosa.

Seguimos Simón Duran num périplo em redor do rancho. Com passagem por bananais, plantações de abacaxis, de papaieiras e de outras frutas e vegetais.

Apreciamos a casa que havia instalado na árvore mais alta e frondosa da propriedade, já dotada de painel solar e de outros equipamentos e decorações dignas de hóspedes aventureiros.

Conversamos à sua sombra, quando um burro do rancho se junta ao grupo, determinado a conseguir um petisco de cenoura ou afim a que já tinha sido habituado.

Simón aconselha-nos a não lhe darmos demasiada atenção.

A Descoberta Atribulada da Mina de Âmbar Local

Continuamos numa espécie de fuga disfarçada quando esbarramos com a mineração de âmbar, larimar e outras pedras, do rancho.

De novo à beira-rio, três trabalhadores haitianos, repetiam uma mesma sequência de operações.

Um deles, no fundo de um poço, enchia um bidão de cascalho extraído do leito.

Dois outros, tratavam de o içar à corda e de o vazar para uma área de triagem.

Intrigados, acompanhamos o tal processo, à conversa. Uma, duas vezes.

Por um qualquer acaso, à terceira, o bidão vinha mais cheio.

Os homens à superfície, despejam-no no solo.

A sobrecarga gera um ricochete que os enche e a nós da argila encharcada.

Demoramos quase vinte minutos a restabelecer-nos do percalço, boa parte desse tempo, a limparmos os olhos da microterra semi-preciosa.

Quando contamos o infortúnio a Juan Carlos, o fotógrafo deixa-se levar numa risada bem-disposta: “Ah, então fizeram um tratamento à força!” conclui no seu castelhano dominicano suavizado das Antilhas.

Juntamo-nos à comitiva que Simón Duran convidava para as mesas e para o buffet que complementava as opções da bandera dominicana, composta do clássico arroz com feijão com frango e salada ou, numa variante com nome por atribuir, com peixe do rio Yanigua panado, tão ou mais divinal.

Incursão Fluvio-Marinha ao Parque Nacional Los Haitises

Findo o repasto, partimos para norte, pelo domínio terrestre do Parque Nacional Los Haitises. Vários quilómetros depois, já a bordo de um catamarã, pelo mar recolhido e remoto no sopé da imensa cordilheira.

Anos antes, já tínhamos tido o privilégio de explorarmos as suas grutas repletas de pinturas rupestres, obras dos indígenas taínos.

E os ilhéus sempre disputados pelas fragatas e pelicanos, tal e qual na Laguna Oviedo do sudoeste dominicano, situada entre Barahona e a Bahia de Las Águilas.

Fragatas, Cayo de Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana

Fragatas sobrevoam o Cayo de Los Pájaros, em Los Haitises.

Nem tudo se repetiu. A determinada altura, avistamos uma garça a flutuar no mar. Padecia de um defeito nas patas pelo que não conseguia levantar voo. Os tripulantes decidem resgatá-la.

Tentam por várias vezes navegar a rasar e apanhá-la. Em vão. Já farto da frustração, um dos tripulantes oferece-se para mergulhar.

Persegue a garça que, sentindo-se ameaçada tudo faz para o bicar. “Cuidado com tus ojos! Proteje los ojos!” gritam os companheiros cientes do dano que o bico afiado poderia infligir na vista do voluntário. Por fim, este consegue agarrá-la e subi-la a bordo.

O capitão aproxima o catamarã de um dos ilhéus aviários de Los Haitises, aquele de que, com forte probabilidade, teria caído a ave.

A operação de salvamento contribuiu para deixar ainda mais marcado o cariz natural e selvagem ainda tão exótico em certos redutos da República Dominicana.

Nesta nação cada vez mais rendida aos mega-resorts e ambientes artificiais colossais, tais impressões entraram há muito em perigo de extinção.

 

COMO IR:

Reserve o seu pacote para a República Dominicana e respectivas excursões – incluindo Ilha Saona – comercializados pelo operador Jolidey e disponíveis nas agências de viagens.

Já na Rep. Dominicana, também poderá reservar a sua excursão à Ilha Saona ou outros tours através da agência Visit Dominican Republic

Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Lago Enriquillo, República Dominicana

Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas

Com entre 300 e 400km2, situado a 44 metros abaixo do nível do mar, o Enriquillo é o lago supremo das Antilhas. Mesmo hipersalino e abafado por temperaturas atrozes, não pára de aumentar. Os cientistas têm dificuldade em explicar porquê.
Santo Domingo, República Dominicana

A Mais Longeva Anciã Colonial das Américas

Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
Ilha Saona, República Dominicana

Uma Savona nas Antilhas

Durante a sua segunda viagem às Américas, Colombo desembarcou numa ilha exótica encantadora. Baptizou-a de Savona, em honra de Michele da Cuneo, marinheiro savonês que a percebeu destacada da grande Hispaniola. Hoje tratada por Saona, essa ilha é um dos édenes tropicais idolatrados da República Dominicana.

Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Pela sombra
Arquitectura & Design
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Cerimónias e Festividades
Apia, Samoa Ocidental

Fia Fia – Folclore Polinésio de Alta Rotação

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e daqui ao Havai, contam-se muitas variações de danças polinésias. As noites samoanas de Fia Fia, em particular, são animadas por um dos estilos mais acelerados.
Cidade sem lei, Transito de Hanoi, Sob a Ordem do Caos, Vietname
Cidades
Hanói, Vietname

Sob a Ordem do Caos

Hanói ignora há muito os escassos semáforos, outros sinais de trânsito e os sinaleiros decorativos. Vive num ritmo próprio e numa ordem do caos inatingível pelo Ocidente.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Kiomizudera, Quioto, um Japão Milenar quase perdido
Cultura
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Cavalos sob nevão, Islândia Neve Sem Fim Ilha Fogo
Em Viagem
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Cowboys basotho, Malealea, Lesoto
Étnico
Malealea, Lesoto

A Vida no Reino Africano dos Céus

O Lesoto é o único estado independente situado na íntegra acima dos mil metros. Também é um dos países no fundo do ranking mundial de desenvolvimento humano. O seu povo altivo resiste à modernidade e a todas as adversidades no cimo da Terra grandioso mas inóspito que lhe calhou.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Moradoras conversam numa das entradas da grande mesquita de Zomba
História
Zomba, Malawi

A Capital Colonial, Inaugural do Malawi

Os britânicos desenvolveram Zomba como capital dos seus territórios às margens do Lago Niassa. De 1964 a 1974, o Malawi independente estendeu-lhe o protagonismo. Com a despromoção para Lilongwe do ano seguinte, Zomba tornou-se uma cidade com arquitectura colonial prodigiosa e cenários deslumbrantes no sopé do planalto epónimo.
Salto para a frente, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu
Ilhas
Pentecostes, Vanuatu

Naghol de Pentecostes: Bungee Jumping para Homens a Sério

Em 1995, o povo de Pentecostes ameaçou processar as empresas de desportos radicais por lhes terem roubado o ritual Naghol. Em termos de audácia, a imitação elástica fica muito aquém do original.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Inverno Branco
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Sal Muito Grosso
Natureza
Salta e Jujuy, Argentina

Pelas Terras Altas da Argentina Profunda

Um périplo pelas províncias de Salta e Jujuy leva-nos a desvendar um país sem sinal de pampas. Sumidos na vastidão andina, estes confins do Noroeste da Argentina também se perderam no tempo.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Parques Naturais
Nelson a Wharariki, PN Abel Tasman, Nova Zelândia

O Litoral Maori em que os Europeus Deram à Costa

Abel Janszoon Tasman explorava mais da recém-mapeada e mítica "Terra Australis" quando um equívoco azedou o contacto com nativos de uma ilha desconhecida. O episódio inaugurou a história colonial da Nova Zelândia. Hoje, tanto a costa divinal em que o episódio se sucedeu como os mares em redor evocam o navegador holandês.
Mergulhão contra pôr-do-sol, Rio Miranda, Pantanal, Brasil
Património Mundial UNESCO
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Lifou, Ilhas Lealdade, Nova Caledónia, Mme Moline popinée
Praias
Lifou, Ilhas Lealdade

A Maior das Lealdades

Lifou é a ilha do meio das três que formam o arquipélago semi-francófono ao largo da Nova Caledónia. Dentro de algum tempo, os nativos kanak decidirão se querem o seu paraíso independente da longínqua metrópole.
Madu River: dono de um Fish SPA, com os pés dentro do viveiro de peixes-doutores
Religião
Rio e Lagoa Madu, Sri Lanka

No Curso do Budismo Cingalês

Por ter escondido e protegido um dente de Buda, uma ilha diminuta da lagoa da lagoa Madu recebeu um templo evocativo e é considerada sagrada. O Maduganga imenso em redor, por sua vez, tornou-se uma das zonas alagadas mais louvadas do Sri Lanka.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Mini-snorkeling
Sociedade
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Ovelhas e caminhantes em Mykines, ilhas Faroé
Vida Selvagem
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.