Ilha Maurícia

Leste da Maurícia, Sul à Vista


Ilha Açucarada
Plantação de cana-de-açúcar em redor de uma estrada da ilha Maurícia
Pés de Molho
Banhistas nas águas rasas da lagoa marinha da costa leste da ilha Maurícia
Curva da Pointe du Diable
Estrada B28, nas imediações de Pointe du Diable
Família Turista
Família turista de visita a Pointe du Diable
Pós-Descolagem
Avião eleva-se acima de Trou d'Eau Douce.
Lancha ao Largo
Lancha ancorada junto à Île-aux-Aigrettes, ao largo do sudeste da Maurícia
Tartaruga gigante de Aldabra
Tartaruga de Aldabra na Île-aux-Aigrettes
Notre Damme des Anges
Transeuntes em frente à igreja Notre Damme des Anges de Mahebourg.
Embarcadouro Colorido
Lanchas alinhadas junto a um embarcadouro de Trou d'Eau Douce
Trio do Sol
Trio de amigas banhistas na praia de Trou d'Eau Douce
Navegação Azul-Turquesa
Lancha percorre a lagoa marinha do leste da ilha Maurícia
Repouso à Sombra
Nativo à sombra de uma velha estrutura de Trou d'Eau Douce
Harold & Maryse
Morador trata de uma lancha ao largo de Trou d'Eau Douce
Recreio Edílico
Caiaquer pagaia na direcção do recife de coral do leste da ilha Maurícia
Lanchas de Molho
Trio de lanchas na lagoa marinha ao largo de Trou d'Eau Douce
Montagne du Lion
Lion Mountain vista da lagoa marinha no sudeste da ilha
Operação de Embarque
Donos de lanchas junto ao embarcadouro de Trou d'Eau Douce
Pombo-Rosa
Um pombo-rosa, na reserva de Île-aux-Aigrettes
Duas Gerações refrescam-se
Duas gerações refrescam-se em Trou d'eau Douce
Interior Montanhoso da Maurícia
Interior montanhoso da ilha Maurícia, visto a partir da lagoa marinha a leste
A costa leste da ilha Maurícia afirmou-se como um dos édenes balneares do Índico. Enquanto a percorremos, descobrimos lugares que se revelam, ao mesmo tempo, redutos importantes da sua história. São os casos da Pointe du Diable, de Mahebourg, da Île-aux-Aigrettes e de outras paragens tropicais deslumbrantes.

Os longos recifes que protegem uma franja litoral preenchida com areia coralífera dão, a boa parte do leste da ilha Maurícia, uma transparência com dominante azul-turquesa que as grandes empresas hoteleiras depressa detectaram e disputaram.

Para sul da Pointe des Lascars, sobretudo onde os manguezais menos se imiscuem, sucedem-se os resorts sofisticados que têm, como alvo, clientes endinheirados e viajados.

A lei das Maurícias segue a francesa em que estes estabelecimentos são obrigados a dar acesso público às suas praias, pelo menos até denominada linha de maré alta. Sem surpresa, a sequência de resorts lado a lado e o tipo de atmosfera elitista que geraram e gerem afastam os nativos.

A Beira-Mar Prazerosa de Trou d’Eau Douce

O que encontramos num tal de Trou d’Eau Douce (leia-se “Buraco d’Água Doce) revela-se uma agradável surpresa. Ao largo, fica a Île-aux-Cerfs, uma ilha privada cercada pela maior lagoa das Maurícias.

A ilha mede quase 90 hectares. Muitos, foram preenchidos com um campo de golfe que lhe levou boa parte da pureza e genuinidade natural.

Ainda assim, mantêm-se aberta aos visitantes que possam pagar a viagem de barco, um investimento comedido que as águas translúcidas e as areias alvas convencem inúmeros mauricianos a fazer.

Trio de lanchas na lagoa marinha ao largo de Trou d'Eau Douce

Trio de lanchas na lagoa marinha ao largo de Trou d’Eau Douce

À margem do ferry, também ancoradas em Trou d’Eau Douce, lanchas, catamarãs e outras embarcações oferecem os seus próprios serviços particulares, périplos de snorkeling e panorâmicos e outros, complementados com saídas de mergulho e pesca para o oceano a oriente.

Trou d’Eau Douce está longe ser um mero ponto de partida. Com o devido desconto, a sua própria costa beneficia dos atributos da Île-aux-Cerfs.

Quando por lá estacionamos, damos com uma comunidade local de banhistas, pescadores e proprietários de barcos, com famílias inteiras enfiadas na água cálida, à conversa e grupos de amigos em caminhadas pelas margens.

Duas gerações refrescam-se em Trou d'eau Douce

Duas gerações refrescam-se em Trou d’eau Douce

Uns poucos timoneiros mantêm-se de olho em quem chega e nas respectivas oportunidades de negócio.

Se concretizadas, são invariavelmente conduzidas para o passadiço flutuante que leva a um aglomerado de lanchas coloridas.

Lanchas alinhadas junto a um embarcadouro de Trou d'Eau Douce

Lanchas alinhadas junto a um embarcadouro de Trou d’Eau Douce

De quando em quando, o ferry da Île-aux-Cerfs zarpa ou chega e renova as gentes que por ali passam.

De Oostersgat  Holandês ao Trou d’Eau Douce de Génese Francesa

Moram em Trou d’Eau Douce quase seis mil pessoas. O interesse pelo lugar foi inaugurado, no século XVI pelos primeiros europeus que, contado quase um século após a descoberta da ilha Maurícia pelo navegador sadino Diogo Fernandes Pereira (1507), se dignaram a habitá-la.

Os marinheiros holandeses lá levaram a cabo desembarques e explorações, quase sempre em função das suas longas jornadas para as Índias Orientais Holandesas, a Indonésia de onde expulsaram os pioneiros portugueses.

O rio Belle Ville tem por ali a sua foz. Permitia-lhes reabastecerem-se de água doce e, no entorno, também de tartarugas e de dodós, cuja carne os alimentava no trajecto remanescente até Batávia.

Os primeiros holandeses fixaram-se a partir de 1653. Em 1710, desistiram da Maurícia. Seguiram-se os franceses.

Estes, apressaram-se a colonizá-la. Desenvolveram-na bem mais que os antecessores.

Nativo à sombra de uma velha estrutura de Trou d'Eau Douce

Nativo à sombra de um anexo adicionado a uma velha estrutura de pedra de Trou d’Eau Douce

Quando as autoridades francesas se depararam com um mapa da ilha elaborado por um geógrafo neerlandês, repararam na sinalização de Oostersgat (Buraco do Leste). Este baptismo veio a inspirar o de Trou d’Eau Douce.

Com o passar dos anos, à imagem do todo do arquipélago das Maurícias, Trou d’Eau Douce tornou-se multiétnica. Professa, pelo menos, três religiões.

Acolheu duas mesquitas, uma igreja e um centro comunitário hindu.

Trio de amigas banhistas na praia de Trou d'Eau Douce

Trio de amigas banhistas na praia de Trou d’Eau Douce

À nossa passagem, os moradores e visitantes pareciam louvar, acima de tudo, o dia solarengo e o convívio.

Contagiados, damos um derradeiro e prolongado mergulho, antes de retomarmos o caminho para sul.

A Pointe du Diable e as Guerras Napoleónicas no Índico

A estrada B28 serpenteia pela beira-mar. Entre povoações com nomes francófonos, cada qual com a sua história. Passamos Quatre-Soeurs e Grand Sable. Nesta, volta a tornar-se exuberante a lagoa retida entre o recife coralífero e a costa.

Para o interior, sucedem-se plantações agrícolas, com predomínio das de cana-de-açúcar, a matéria-prima que os neerlandeses introduziram em 1639 e que, no século XVIII, já sob o jugo francês, viabilizou o desenvolvimento da ilha.

Abaixo de Grand Sable, a via ajusta-se a uma península que estreita sobremaneira o canal delimitado pelo leito superficial e arenoso aquém do recife.

Estrada B28, nas imediações de Pointe du Diable

Estrada B28, nas imediações de Pointe du Diable

Detemo-nos na sua extremidade fortificada, denominada Pointe du Diable, também conhecida por Pointe Canon, por razões óbvias.

Uma muralha acomoda uma bateria de canhões ainda apontados ao estreito adiante. Instalaram-nas os franceses, em 1810, por ocasião da Batalha de Vieux Grand Port, no contexto das Guerras Napoleónicas.

Travaram-na, em Agosto de 1810, um esquadrão de fragatas britânicas que procuravam bloquear o uso do porto pelos franceses.

Vista do interior montanhoso da ilha Maurícia, a partir da lagoa marinha a leste

Interior montanhoso da ilha Maurícia, visto a partir da lagoa marinha a leste

Os britânicos falharam. Perderam as suas quatro fragatas, mais de cem marinheiros pereceram, muitos mais ficaram feridos. Esta batalha foi registada como uma das maiores derrotas dos Britânicos nas Guerras Napoleónicas.

Não obstou a que, cinco meses mais tarde, tivessem conseguido apoderar-se da ilha Maurícia.

Os britânicos apressaram-se a encher a ilha de cana-de-açúcar. Para tornar a produção do açúcar, do rum e derivados mais rentável, trouxeram milhares de trabalhadores contratados da Índia.

Ora, entre os canhões da Pointe du Diable, convivemos com um pai, dois filhos e uma filha, todos enfiados em trajes acetinados que, sob o sol tropical, brilhavam ainda mais que as suas peles melânicas.

Ilha Maurícia, viagem Índico, família turista

Família turista de visita a Pointe du Diable

Tinham aproveitado a sequência de feriados nacionais para visitar familiares mauricianos. Com tempo livre, também eles exploravam a Maurícia.

De Vieux Grand Port a Mahebourg

Logo após, contornamos a enseada a leste da emblemática Lion Mountain, o Vieux Grand Port histórico na sua base e o ponto do primeiro contacto dos holandeses com a ilha, sinalizado por um padrão de pedra.

Segue-se Mahebourg, outra povoação com génese neerlandesa que os franceses tomaram e desenvolveram, com o contributo decisivo de Mahé de La Bourdonnais.

Mahé de La Bourdonnais revelou-se um governador tão influente nos territórios franceses do Índico que – entre outros baptismos sob “La Bourdonnais” – deu o nome a Mahé, a maior ilha das Seicheles, com capital em Victoria.

Transeuntes em frente à igreja Notre Damme des Anges de Mahebourg.

Transeuntes em frente à igreja Notre Damme des Anges, Mahebourg.

A igreja de Notre Dame des Anges abençoa a povoação, destacada acima do casario secular.

Quando exploramos Mahebourg, tem lugar um mercado que preenche as ruas em redor do templo, mas deixa livre o adro, tropicalizado por coqueiros que disputam a altura do campanário.

A marginal na frente de Mahebourg volta a revelar-nos a lagoa marinha imensa que já acompanhávamos desde Flacq.

Incursão à Île-aux-Aigrettes e às Origens Naturais da ilha Maurícia

Insinuava-se na baía ao largo, uma grande ilha verdejante, conhecida por Île aux Aigrettes, uma reserva e santuário animal repleta de flora endémica e lar de uma fauna sui generis que a tornava imperdível.

Zarpamos para a curta viagem do embarcadouro de Pointe d’Esny. Cumprido o desembarque, nos passos de uma guia, desbravamos a natureza original, pré-colonial da ilha Maurícia, à sombra de uma predominante floresta de ébanos.

Era esse o habitat de duas das espécies que a caça e consumo dos holandeses e outros forasteiros de passagem fizeram extinguir: o dodó e a tartaruga gigante de Aldabra.

Tartaruga de Aldabra na Île-aux-Aigrettes

Tartaruga de Aldabra na Île-aux-Aigrettes

Tartarugas de Aldabra, os Dodós Extintos e outros

Ainda prolíficas no atol que lhes dá o nome, as tartarugas foram reintroduzidas na ilha, como foram noutras partes das Maurícias e das Seicheles.

Já os dodós, estima-se que deixaram de existir em 1681. A Mauritian Wildlife Foundation colocou na ilha umas poucas estátuas que permitem aos visitantes apreciar o perfil hiperbólico e peculiar da ave.

Se os dodós são a fingir, outras aves que avistamos com facilidade provam-se de carne e osso.

É o caso de vários pombos-rosa que parecem espiar os movimentos dos forasteiros.

Um pombo-rosa, na reserva de Île-aux-Aigrettes

Um pombo-rosa, na reserva de Île-aux-Aigrettes

Com o regresso à costa e à Mahebourg, damos por encerrado o percurso a que nos tínhamos proposto pelo oriente da ilha.

A sul, a oeste e no seu interior de cana-de-açúcar, a Maurícia tinha muito mais por explorar.

Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
Piton de la Fournaise, Reunião

O Vulcão Turbulento da Reunião

Com 2632m, o Piton de la Fournaise, o único vulcão eruptivo da Reunião, ocupa quase metade desta ilha que exploramos, montanhas acima, montanhas abaixo. É um dos vulcões mais activos e imprevisíveis do oceano Índico e à face da Terra.
Viti Levu, Fiji

A Partilha Improvável da ilha Viti Levu

Em pleno Pacífico Sul, uma comunidade numerosa de descendentes de indianos recrutados pelos ex-colonos britânicos e a população indígena melanésia repartem há muito a ilha chefe de Fiji.
PN Tortuguero, Costa Rica

Tortuguero: da Selva Inundada ao Mar das Caraíbas

Após dois dias de impasse devido a chuva torrencial, saímos à descoberta do Parque Nacional Tortuguero. Canal após canal, deslumbramo-nos com a riqueza natural e exuberância deste ecossistema flúviomarinho da Costa Rica.
PN Tortuguero, Costa Rica

Uma Noite no Berçário de Tortuguero

O nome da região de Tortuguero tem uma óbvia e antiga razão. Há muito que as tartarugas do Atlântico e do Mar das Caraíbas se reunem nas praias de areia negro do seu estreito litoral para desovarem. Numa das noites que passamos em Tortuguero assistimos aos seus frenéticos nascimentos.
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
Maurícias

Uma Míni Índia nos Fundos do Índico

No século XIX, franceses e britânicos disputaram um arquipélago a leste de Madagáscar antes descoberto pelos portugueses. Os britânicos triunfaram, re-colonizaram as ilhas com cortadores de cana-de-açúcar do subcontinente e ambos admitiram a língua, lei e modos francófonos precedentes. Desta mixagem, surgiu a exótica Maurícia.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Fiel em frente à gompa A gompa Kag Chode Thupten Samphel Ling.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
hacienda mucuyche, Iucatão, México, canal
Arquitectura & Design
Iucatão, México

Entre Haciendas e Cenotes, pela História do Iucatão

Em redor da capital Mérida, para cada velha hacienda henequenera colonial há pelo menos um cenote. Com frequência, coexistem e, como aconteceu com a semi-recuperada Hacienda Mucuyché, em duo, resultam nalguns dos lugares mais sublimes do sudeste mexicano.

Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Indígena Coroado
Cerimónias e Festividades
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Forte de São Filipe, Cidade Velha, ilha de Santiago, Cabo Verde
Cidades
Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
O projeccionista
Cultura
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Creel, Chihuahua, Carlos Venzor, coleccionador, museu
Em Viagem
Chihuahua a Creel, Chihuahua, México

A Caminho de Creel

Com Chihuahua para trás, apontamos a sudoeste e a terras ainda mais elevadas do norte mexicano. Junto a Ciudad Cuauhtémoc, visitamos um ancião menonita. Em redor de Creel, convivemos, pela primeira vez, com a comunidade indígena Rarámuri da Serra de Tarahumara.
Manhã cedo no Lago
Étnico

Nantou, Taiwan

No Âmago da Outra China

Nantou é a única província de Taiwan isolada do oceano Pacífico. Quem hoje descobre o coração montanhoso desta região tende a concordar com os navegadores portugueses que baptizaram Taiwan de Formosa.

tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Teatro de Manaus
História
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
Buraco Azul, ilha de Gozo, Malta
Ilhas
Gozo, Malta

Dias Mediterrânicos de Puro Gozo

A ilha de Gozo tem um terço do tamanho de Malta mas apenas trinta dos trezentos mil habitantes da pequena nação. Em duo com o recreio balnear de Comino, abriga uma versão mais terra-a-terra e serena da sempre peculiar vida maltesa.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
viagem austrália ocidental, Surfspotting
Natureza
Perth a Albany, Austrália

Pelos Confins do Faroeste Australiano

Poucos povos veneram a evasão como os aussies. Com o Verão meridional em pleno e o fim-de-semana à porta, os habitantes de Perth refugiam-se da rotina urbana no recanto sudoeste da nação. Pela nossa parte, sem compromissos, exploramos a infindável Austrália Ocidental até ao seu limite sul.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Monte Denali, McKinley, Tecto Sagrado Alasca, América do Norte, cume, Mal de Altitude, Mal de Montanha, Prevenir, Tratar
Parques Naturais
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Camboja, Angkor, Ta Phrom
Património Mundial UNESCO
Ho Chi-Minh a Angkor, Camboja

O Tortuoso Caminho para Angkor

Do Vietname em diante, as estradas cambojanas desfeitas e os campos de minas remetem-nos para os anos do terror Khmer Vermelho. Sobrevivemos e somos recompensados com a visão do maior templo religioso
Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
Personagens
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
A República Dominicana Balnear de Barahona, Balneário Los Patos
Praias
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
auto flagelacao, paixao de cristo, filipinas
Religião
Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
patpong, bar go go, banguecoque, mil e uma noites, tailandia
Sociedade
Banguecoque, Tailândia

Mil e Uma Noites Perdidas

Em 1984, Murray Head cantou a magia e bipolaridade nocturna da capital tailandesa em "One Night in Bangkok". Vários anos, golpes de estado, e manifestações depois, Banguecoque continua sem sono.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Ovelhas e caminhantes em Mykines, ilhas Faroé
Vida Selvagem
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.