Kronstadt, Rússia

O Outono da Ilha-Cidade Russa de Todas as Encruzilhadas


Stepan Makarok Rumo à Vitória
Cerimónia da Marinha
Parada Outonal
Instruções
Pós-casamento
As Marinheiras
Boda de Outubro
Canal para o Golfo da Finlândia
Marinheiros em Terra
A Catedral de Saint Nicholas
Caminho pelo Outono
Pela Ponte fora
Cúpula da Ortodoxia
A Dona do Bouquet
Fundada por Pedro o Grande, tornou-se o porto e base naval que protegem São Petersburgo e o norte da grande Rússia. Em Março de 1921, rebelou-se contra os Bolcheviques que apoiara na Revolução de Outubro. Neste Outubro que atravessamos, Kronstadt volta a cobrir-se do mesmo amarelo exuberante da incerteza.

Tal como o ano, o dia decorre, bem avançado na sua segunda metade.

Quando damos entrada no âmago de Kronstadt, imune ao tempo, a estátua que louva o oceanógrafo e almirante da Marinha Imperial Russa, Stepan Makarov aponta para diante, na direção do futuro e na do inimigo.

O mesmo rumo destruidor que seguiam os torpedos que, ainda no século XIX, foi o primeiro comandante a fazer lançar.

Àquela hora, com o Outono local fulgurante, Kronstadt vive a sua habitual vida dupla.

Kronstadt e os Novos Marinheiros da Grande Rússia

Em frente à entrada da catedral ortodoxa e naval de Saint Nicholas, tem lugar uma espécie de cerimónia de compromisso de honra dos novos cadetes, pouco mais que adolescentes, rapazes e raparigas de cabelos, também eles, outonais, em uniformes negros-dourados que lhes fazem as peles ainda mais alvas.

Um comandante veterano coordena a formação em que os seus pupilos se preparam para serem fotografados e, em jeito de encerramento oficial, escutar o hino russo.

Voltam a sustentar esta demanda anual pelos próximos “Makarovs”, a Pátria, na forma de uma bandeira branca-azul-vermelha empunhada entre espadas em riste.

E a igreja ortodoxa, na falta de um sacerdote de carne, osso e barbas longas que abençoe os jovens marujos, representada pelas imagens de santos agrupados em nichos simétricos da fachada.

Passam moradores da cidade. Uns atrás dos outros, domados pelas suas vidas. Já pouco os impressiona ou comove a recorrente pompa e cerimónia naval.

Todos nos parecem nos antípodas do assombro em que andávamos, acostumados ao cenário belo-e-amarelo surreal do Ravine Park, em volta da catedral e da sua praça.

O Outono Matrimonial do Ravine Park

Umas poucas almas festivas quebram a formalidade e a gradual anestesia em que se via Kronstadt. Malgrado ser quinta-feira, duas delas estavam casadas de fresco. Uma amiga, fotógrafa de ocasião, três ou quatro adultos e miúdos, formavam um séquito entusiasmado.

Mesmo se remediada em termos de equipamento, a fotógrafa estava consciente do privilégio paisagístico com que a Natureza a prendava e aos noivos.

De acordo, fá-los descer até meio de uma ladeira cercada por árvores repletas de folhas outonais, mas que as haviam perdido o suficiente para cobrir o ervado em que assentavam.

Ali mesmo, a amiga com jeito para a fotografia comandava uma produção que, como a víamos, estava condenada ao sucesso.

Sobre o deslumbrante tapete vegetal, os noivos abraçavam-se, beijavam-se e atiravam folhas para o ar e sobre si mesmos. Insatisfeita, a fotógrafa faz de dois dos miúdos auxiliares.

Um de cada lado, em sincronia, passam eles a lançar folhas para cima do casal.

Sob essa renovada chuva outonal, o casal retoma as poses, os beijos e restantes preparos que selam, na memória digital da mini-câmara, a lembrança que se esperava imaculada do seu amor.

Kronstadt e a sua Génese Secular, às Portas de São Petersburgo

Ao longo dos seus mais de três séculos de existência, Kronstadt confirmou-se uma cidade bipolar, habitada por gentes, pelos seus negócios, vidas e mortes. Ao mesmo tempo, sempre militar, uma ilha-fortaleza incumbida de lutar e de resistir.

Até 1703, essa mesma ilha era sueca. Tinha o nome de Kotlin. No contexto da Grande Guerra do Norte que opôs o Império Russo ao Império Sueco, os primeiros tomaram-na.

Ciente da sua importância estratégica, Pedro o Grande mandou de imediato fortificá-la e moldá-la.

Desse ano em diante, sob as ordens do recém-nomeado governador Menshikov, sobre o Golfo da Finlândia gelado, milhares de trabalhadores sacrificaram-se ao Inverno quase boreal.

Nesses meses de frio atroz, os homens viram-se forçados a esculpir aberturas no gelo que delimitavam com enormes molduras feitas de troncos.

Quando as conseguiam estabilizar, enchiam-nas de pedras trazidas por cavalos.

Um após o outro, estes remendos geológicos originaram canais e novas ilhas, boa parte delas usadas para expandir a fortaleza e reforçar o seu poder defensivo.

Por essa altura, por oposição à realidade actual da Rússia, Pedro o Grande inspirava-se no melhor da florescente civilização da Europa Ocidental e nos seus prodígios.

Ao ponto de ter nomeado um veterano foragido da Marinha Real Escocesa como posterior governador de Kronstadt.

A Gradual Internacionalização de Kronstadt

Pedro o Grande seduziu comerciantes das principais potências navais a, via Liga Hanseática, abrirem entrepostos às portas da grande São Petersburgo.

Os Britânicos, em particular, tornaram-se tantos e tão bem instalados que, chegado o reinado de Catarina a Grande, muitos se haviam já naturalizado russos e controlavam os fluxos mercantis daquela região.

Vivia-se tal inusitada simbiose quando, em 1854, a Guerra da Crimeia fez dos Russos inimigos dos Britânicos, estes, enquanto aliados do Império Otomano e da França. Nicolau I, viu-se com motivos de sobra para retomar a expansão e o reforço  de Kronstadt.

De volta ao extremo sudeste da ilha de Kotlin e ao domínio ortodoxo da catedral São Nicholas, a comemoração da boda está para durar.

No entretanto, duas amigas da noiva tinham-se juntado à comitiva, ambas em saias vermelhas, protegidas do frio vespertino por casacos e cachecóis de peles.

A fotógrafa recupera a ajuda dos miúdos. Sob o turbilhão de folhas que estes voltavam a gerar, fotografa a noiva e os amigos, entre grandes sorrisos irrigados por champanhe.

Os cadetes, esses, tinham já recebido ordem de soltura. Vemos uma maioria regressar aos seus aposentos da academia. Uns poucos, infiltram-se nos Parques Ravina e Petrovskiy.

Fazem-se envolver do amarelo e dourado predominantes. E fotografam-se e ao seu orgulho, por essa altura, indisfarçável, de integrarem a poderosa Marinha Russa.

E, no entanto, na longa história de Kronstadt, tornou-se inquestionável a autonomia e irreverência dos seus comandantes e marinheiros.

Para o confirmarmos há, antes que tudo, que regressar ao período conturbado da Guerra Civil Russa.

A Rebelião de Kronstadt e a Incógnita dos Nossos Dias

Contagiados pela força e pelas promessas do Movimento Bolchevique, os marinheiros de Kronstadt aderiram à facção vermelha da Revolução e, chegaram mesmo a executar os seus oficiais.

Decorridos três anos e pouco da prisão e, logo, execução do derradeiro Czar Nicolau II, os marinheiros de Kronstadt já partilhavam uma mesma frustração pelo rumo dictatorial e maquiavélico por que governo soviético conduzia a nação em expansão.

Então Ministro da Guerra, Leon Trotsky enviou a polícia secreta Cheka e o Exército Vermelho que também liderava para a ilha de Kotlin, com a missão de suprimir a rebelião. Trotsky conseguiu-o. Não evitou um massacre que, como as mortes e o sofrimento, entretanto perpetrados nos Gulags, a União Soviética e os seus sucessivos ditadores falharam em apagar.

Em 1930, Kronstadt passou a acolher a Frota Soviética do Báltico. Tornou-se providencial em termos de treino dos marinheiros chegados dos quatro cantos da U.R.S.S. e também enquanto estaleiro naval do Báltico.

Entrou em cena a 2ª Guerra Mundial. Os alemães bombardearam Kronstadt e a sua frota vezes sem conta, provocaram a destruição de diversos navios e de estruturas das fortalezas, bem como de dezenas dos seus marinheiros e trabalhadores.

Reconhece-se, todavia que, em grande parte devido ao poder de resistência e de resposta de Kronstadt, os Nazis falharam em conquistar Leninegrado (nome Soviético de São Petersburgo). Uma das recompensas de Kronstadt foi o título de “Cidade de Glória Militar” que preserva.

Numa altura em que o governo saudosista da grande U.R.S.S. e da Rússia Imperial de Putin desafia nações supostamente irmãs e boa parte do Mundo com agressão militar e violência, aumenta exponencialmente o número de homens em fuga da Rússia.

Confrontado com a debandada aflita de boa parte da sua população, o ditador prepara-se para encerrar fronteiras.

Em Outubro de 2022, como em 1921, Kronstadt marca o ponto mais fortificado do nordeste da Rússia, na iminência da Finlândia, da Suécia, dos Países Bálticos e da Polónia que cada vez mais Russos discordantes do Kremlin procuraram alcançar.

Neste curto Outono, em que se agrava o esfriamento das relações entre a Rússia e o Ocidente e que precede o congelamento do mar em torno da ilha de Kotlin, recordamos com saudosismo o dia que passámos na Kronstadt amarela-dourada e a felicidade contagiosa dos seus noivos.

Cogitamos acerca do que pensarão os jovens marinheiros que vimos alinhados, se a Rússia que agora servem não lhes suscita já o ensejo de nova rebelião.

São Petersburgo, Rússia

Na Pista de "Crime e Castigo"

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Ilhas Solovetsky, Rússia

A Ilha-Mãe do Arquipélago Gulag

Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Suzdal, Rússia

Mil Anos de Rússia à Moda Antiga

Foi uma capital pródiga quando Moscovo não passava de um lugarejo rural. Pelo caminho, perdeu relevância política mas acumulou a maior concentração de igrejas, mosteiros e conventos do país dos czares. Hoje, sob as suas incontáveis cúpulas, Suzdal é tão ortodoxa quanto monumental.
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Novgorod, Rússia

A Avó Viking da Mãe Rússia

Durante quase todo o século que passou, as autoridades da U.R.S.S. omitiram parte das origens do povo russo. Mas a história não deixa lugar para dúvidas. Muito antes da ascensão e supremacia dos czares e dos sovietes, os primeiros colonos escandinavos fundaram, em Novgorod, a sua poderosa nação.
Rostov Veliky, Rússia

Sob as Cúpulas da Alma Russa

É uma das mais antigas e importantes cidades medievais, fundada durante as origens ainda pagãs da nação dos czares. No fim do século XV, incorporada no Grande Ducado de Moscovo, tornou-se um centro imponente da religiosidade ortodoxa. Hoje, só o esplendor do kremlin moscovita suplanta o da cidadela da tranquila e pitoresca Rostov Veliky.
Bolshoi Zayatsky, Rússia

Misteriosas Babilónias Russas

Um conjunto de labirintos pré-históricos espirais feitos de pedras decoram a ilha Bolshoi Zayatsky, parte do arquipélago Solovetsky. Desprovidos de explicações sobre quando foram erguidos ou do seu significado, os habitantes destes confins setentrionais da Europa, tratam-nos por vavilons.
Bolshoi Solovetsky, Rússia

Uma Celebração do Outono Russo da Vida

Na iminência do oceano Ártico, a meio de Setembro, a folhagem boreal resplandece de dourado. Acolhidos por cicerones generosos, louvamos os novos tempos humanos da grande ilha de Solovetsky, famosa por ter recebido o primeiro dos campos prisionais soviéticos Gulag.
Moscovo, Rússia

A Fortaleza Suprema da Rússia

Foram muitos os kremlins erguidos, ao longos dos tempos, na vastidão do país dos czares. Nenhum se destaca, tão monumental como o da capital Moscovo, um centro histórico de despotismo e prepotência que, de Ivan o Terrível a Vladimir Putin, para melhor ou pior, ditou o destino da Rússia.
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Duo de girafas cruzadas acima da savana, com os montes Libombo em fundo
Safari
Reserva de KaMsholo, eSwatini

Entre as Girafas de KaMsholo e Cia

Situada a leste da cordilheira de Libombo, a fronteira natural entre eSwatini, Moçambique e a África do Sul, KaMsholo conta com 700 hectares de savana pejada de acácias e um lago, habitats de uma fauna prolífica. Entre outras explorações e incursões, lá interagimos com a mais alta das espécies.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 – Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Saida Ksar Ouled Soltane, festival dos ksour, tataouine, tunisia
Cerimónias e Festividades
Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Hiroxima, cidade rendida à paz, Japão
Cidades
Hiroxima, Japão

Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Músicos de etnia karanga jnunto às ruínas de Grande Zimbabwe, Zimbabwe
Cultura
Grande ZimbabuéZimbabué

Grande Zimbabwe, Pequena Dança Bira

Nativos de etnia Karanga da aldeia KwaNemamwa exibem as danças tradicionais Bira aos visitantes privilegiados das ruínas do Grande Zimbabwe. o lugar mais emblemático do Zimbabwe, aquele que, decretada a independência da Rodésia colonial, inspirou o nome da nova e problemática nação.  
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Casario sofisticado de Tóquio, onde o Couchsurfing e os seus anfitriões abundam.
Em Viagem
Couchsurfing (Parte 1)

Mi Casa, Su Casa

Em 2003, uma nova comunidade online globalizou um antigo cenário de hospitalidade, convívio e de interesses. Hoje, o Couchsurfing acolhe milhões de viajantes, mas não deve ser praticado de ânimo leve.
Retorno na mesma moeda
Étnico
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
A inevitável pesca
História

Florianópolis, Brasil

O Legado Açoriano do Atlântico Sul

Durante o século XVIII, milhares de ilhéus portugueses perseguiram vidas melhores nos confins meridionais do Brasil. Nas povoações que fundaram, abundam os vestígios de afinidade com as origens.

Ilha de Goa, Ilha de Moçambique, Nampula, farol
Ilhas
Ilha de Goa, Ilha de Moçambique, Moçambique

A Ilha que Ilumina a de Moçambique

A pequena ilha de Goa sustenta um farol já secular à entrada da Baía de Mossuril. A sua torre listada sinaliza a primeira escala de um périplo de dhow deslumbrante em redor da velha Ilha de Moçambique.

Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Rio Matukituki, Nova Zelândia
Natureza
Wanaka, Nova Zelândia

Que Bem que Se Está no Campo dos Antípodas

Se a Nova Zelândia é conhecida pela sua tranquilidade e intimidade com a Natureza, Wanaka excede qualquer imaginário. Situada num cenário idílico entre o lago homónimo e o místico Mount Aspiring, ascendeu a lugar de culto. Muitos kiwis aspiram a para lá mudar as suas vidas.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Os vulcões Semeru (ao longe) e Bromo em Java, Indonésia
Parques Naturais
PN Bromo Tengger Semeru, Indonésia

O Mar Vulcânico de Java

A gigantesca caldeira de Tengger eleva-se a 2000m no âmago de uma vastidão arenosa do leste de Java. Dela se projectam o monte supremo desta ilha indonésia, o Semeru, e vários outros vulcões. Da fertilidade e clemência deste cenário tão sublime quanto dantesco prospera uma das poucas comunidades hindus que resistiram ao predomínio muçulmano em redor.
Soufrière e Pitons, Saint Luci
Património Mundial UNESCO
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Personagens
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Espantoso
Praias

Ambergris Caye, Belize

O Recreio do Belize

Madonna cantou-a como La Isla Bonita e reforçou o mote. Hoje, nem os furacões nem as disputas políticas desencorajam os veraneantes VIPs e endinheirados de se divertirem neste refúgio tropical.

Templo Kongobuji
Religião
Monte Koya, Japão

A Meio Caminho do Nirvana

Segundo algumas doutrinas do budismo, são necessárias várias vidas para atingir a iluminação. O ramo shingon defende que se consegue numa só. A partir do Monte Koya, pode ser ainda mais fácil.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Sociedade
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Salvamento de banhista em Boucan Canot, ilha da Reunião
Vida Selvagem
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.