Kronstadt, Rússia

O Outono da Ilha-Cidade Russa de Todas as Encruzilhadas


Stepan Makarok Rumo à Vitória
Cerimónia da Marinha
Parada Outonal
Instruções
Pós-casamento
As Marinheiras
Boda de Outubro
Canal para o Golfo da Finlândia
Marinheiros em Terra
A Catedral de Saint Nicholas
Caminho pelo Outono
Pela Ponte fora
Cúpula da Ortodoxia
A Dona do Bouquet
Fundada por Pedro o Grande, tornou-se o porto e base naval que protegem São Petersburgo e o norte da grande Rússia. Em Março de 1921, rebelou-se contra os Bolcheviques que apoiara na Revolução de Outubro. Neste Outubro que atravessamos, Kronstadt volta a cobrir-se do mesmo amarelo exuberante da incerteza.

Tal como o ano, o dia decorre, bem avançado na sua segunda metade.

Quando damos entrada no âmago de Kronstadt, imune ao tempo, a estátua que louva o oceanógrafo e almirante da Marinha Imperial Russa, Stepan Makarov aponta para diante, na direção do futuro e na do inimigo.

O mesmo rumo destruidor que seguiam os torpedos que, ainda no século XIX, foi o primeiro comandante a fazer lançar.

Àquela hora, com o Outono local fulgurante, Kronstadt vive a sua habitual vida dupla.

Kronstadt e os Novos Marinheiros da Grande Rússia

Em frente à entrada da catedral ortodoxa e naval de Saint Nicholas, tem lugar uma espécie de cerimónia de compromisso de honra dos novos cadetes, pouco mais que adolescentes, rapazes e raparigas de cabelos, também eles, outonais, em uniformes negros-dourados que lhes fazem as peles ainda mais alvas.

Um comandante veterano coordena a formação em que os seus pupilos se preparam para serem fotografados e, em jeito de encerramento oficial, escutar o hino russo.

Voltam a sustentar esta demanda anual pelos próximos “Makarovs”, a Pátria, na forma de uma bandeira branca-azul-vermelha empunhada entre espadas em riste.

E a igreja ortodoxa, na falta de um sacerdote de carne, osso e barbas longas que abençoe os jovens marujos, representada pelas imagens de santos agrupados em nichos simétricos da fachada.

Passam moradores da cidade. Uns atrás dos outros, domados pelas suas vidas. Já pouco os impressiona ou comove a recorrente pompa e cerimónia naval.

Todos nos parecem nos antípodas do assombro em que andávamos, acostumados ao cenário belo-e-amarelo surreal do Ravine Park, em volta da catedral e da sua praça.

O Outono Matrimonial do Ravine Park

Umas poucas almas festivas quebram a formalidade e a gradual anestesia em que se via Kronstadt. Malgrado ser quinta-feira, duas delas estavam casadas de fresco. Uma amiga, fotógrafa de ocasião, três ou quatro adultos e miúdos, formavam um séquito entusiasmado.

Mesmo se remediada em termos de equipamento, a fotógrafa estava consciente do privilégio paisagístico com que a Natureza a prendava e aos noivos.

De acordo, fá-los descer até meio de uma ladeira cercada por árvores repletas de folhas outonais, mas que as haviam perdido o suficiente para cobrir o ervado em que assentavam.

Ali mesmo, a amiga com jeito para a fotografia comandava uma produção que, como a víamos, estava condenada ao sucesso.

Sobre o deslumbrante tapete vegetal, os noivos abraçavam-se, beijavam-se e atiravam folhas para o ar e sobre si mesmos. Insatisfeita, a fotógrafa faz de dois dos miúdos auxiliares.

Um de cada lado, em sincronia, passam eles a lançar folhas para cima do casal.

Sob essa renovada chuva outonal, o casal retoma as poses, os beijos e restantes preparos que selam, na memória digital da mini-câmara, a lembrança que se esperava imaculada do seu amor.

Kronstadt e a sua Génese Secular, às Portas de São Petersburgo

Ao longo dos seus mais de três séculos de existência, Kronstadt confirmou-se uma cidade bipolar, habitada por gentes, pelos seus negócios, vidas e mortes. Ao mesmo tempo, sempre militar, uma ilha-fortaleza incumbida de lutar e de resistir.

Até 1703, essa mesma ilha era sueca. Tinha o nome de Kotlin. No contexto da Grande Guerra do Norte que opôs o Império Russo ao Império Sueco, os primeiros tomaram-na.

Ciente da sua importância estratégica, Pedro o Grande mandou de imediato fortificá-la e moldá-la.

Desse ano em diante, sob as ordens do recém-nomeado governador Menshikov, sobre o Golfo da Finlândia gelado, milhares de trabalhadores sacrificaram-se ao Inverno quase boreal.

Nesses meses de frio atroz, os homens viram-se forçados a esculpir aberturas no gelo que delimitavam com enormes molduras feitas de troncos.

Quando as conseguiam estabilizar, enchiam-nas de pedras trazidas por cavalos.

Um após o outro, estes remendos geológicos originaram canais e novas ilhas, boa parte delas usadas para expandir a fortaleza e reforçar o seu poder defensivo.

Por essa altura, por oposição à realidade actual da Rússia, Pedro o Grande inspirava-se no melhor da florescente civilização da Europa Ocidental e nos seus prodígios.

Ao ponto de ter nomeado um veterano foragido da Marinha Real Escocesa como posterior governador de Kronstadt.

A Gradual Internacionalização de Kronstadt

Pedro o Grande seduziu comerciantes das principais potências navais a, via Liga Hanseática, abrirem entrepostos às portas da grande São Petersburgo.

Os Britânicos, em particular, tornaram-se tantos e tão bem instalados que, chegado o reinado de Catarina a Grande, muitos se haviam já naturalizado russos e controlavam os fluxos mercantis daquela região.

Vivia-se tal inusitada simbiose quando, em 1854, a Guerra da Crimeia fez dos Russos inimigos dos Britânicos, estes, enquanto aliados do Império Otomano e da França. Nicolau I, viu-se com motivos de sobra para retomar a expansão e o reforço  de Kronstadt.

De volta ao extremo sudeste da ilha de Kotlin e ao domínio ortodoxo da catedral São Nicholas, a comemoração da boda está para durar.

No entretanto, duas amigas da noiva tinham-se juntado à comitiva, ambas em saias vermelhas, protegidas do frio vespertino por casacos e cachecóis de peles.

A fotógrafa recupera a ajuda dos miúdos. Sob o turbilhão de folhas que estes voltavam a gerar, fotografa a noiva e os amigos, entre grandes sorrisos irrigados por champanhe.

Os cadetes, esses, tinham já recebido ordem de soltura. Vemos uma maioria regressar aos seus aposentos da academia. Uns poucos, infiltram-se nos Parques Ravina e Petrovskiy.

Fazem-se envolver do amarelo e dourado predominantes. E fotografam-se e ao seu orgulho, por essa altura, indisfarçável, de integrarem a poderosa Marinha Russa.

E, no entanto, na longa história de Kronstadt, tornou-se inquestionável a autonomia e irreverência dos seus comandantes e marinheiros.

Para o confirmarmos há, antes que tudo, que regressar ao período conturbado da Guerra Civil Russa.

A Rebelião de Kronstadt e a Incógnita dos Nossos Dias

Contagiados pela força e pelas promessas do Movimento Bolchevique, os marinheiros de Kronstadt aderiram à facção vermelha da Revolução e, chegaram mesmo a executar os seus oficiais.

Decorridos três anos e pouco da prisão e, logo, execução do derradeiro Czar Nicolau II, os marinheiros de Kronstadt já partilhavam uma mesma frustração pelo rumo dictatorial e maquiavélico por que governo soviético conduzia a nação em expansão.

Então Ministro da Guerra, Leon Trotsky enviou a polícia secreta Cheka e o Exército Vermelho que também liderava para a ilha de Kotlin, com a missão de suprimir a rebelião. Trotsky conseguiu-o. Não evitou um massacre que, como as mortes e o sofrimento, entretanto perpetrados nos Gulags, a União Soviética e os seus sucessivos ditadores falharam em apagar.

Em 1930, Kronstadt passou a acolher a Frota Soviética do Báltico. Tornou-se providencial em termos de treino dos marinheiros chegados dos quatro cantos da U.R.S.S. e também enquanto estaleiro naval do Báltico.

Entrou em cena a 2ª Guerra Mundial. Os alemães bombardearam Kronstadt e a sua frota vezes sem conta, provocaram a destruição de diversos navios e de estruturas das fortalezas, bem como de dezenas dos seus marinheiros e trabalhadores.

Reconhece-se, todavia que, em grande parte devido ao poder de resistência e de resposta de Kronstadt, os Nazis falharam em conquistar Leninegrado (nome Soviético de São Petersburgo). Uma das recompensas de Kronstadt foi o título de “Cidade de Glória Militar” que preserva.

Numa altura em que o governo saudosista da grande U.R.S.S. e da Rússia Imperial de Putin desafia nações supostamente irmãs e boa parte do Mundo com agressão militar e violência, aumenta exponencialmente o número de homens em fuga da Rússia.

Confrontado com a debandada aflita de boa parte da sua população, o ditador prepara-se para encerrar fronteiras.

Em Outubro de 2022, como em 1921, Kronstadt marca o ponto mais fortificado do nordeste da Rússia, na iminência da Finlândia, da Suécia, dos Países Bálticos e da Polónia que cada vez mais Russos discordantes do Kremlin procuraram alcançar.

Neste curto Outono, em que se agrava o esfriamento das relações entre a Rússia e o Ocidente e que precede o congelamento do mar em torno da ilha de Kotlin, recordamos com saudosismo o dia que passámos na Kronstadt amarela-dourada e a felicidade contagiosa dos seus noivos.

Cogitamos acerca do que pensarão os jovens marinheiros que vimos alinhados, se a Rússia que agora servem não lhes suscita já o ensejo de nova rebelião.

São Petersburgo, Rússia

Na Pista de "Crime e Castigo"

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Ilhas Solovetsky, Rússia

A Ilha-Mãe do Arquipélago Gulag

Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Suzdal, Rússia

Mil Anos de Rússia à Moda Antiga

Foi uma capital pródiga quando Moscovo não passava de um lugarejo rural. Pelo caminho, perdeu relevância política mas acumulou a maior concentração de igrejas, mosteiros e conventos do país dos czares. Hoje, sob as suas incontáveis cúpulas, Suzdal é tão ortodoxa quanto monumental.
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Novgorod, Rússia

A Avó Viking da Mãe Rússia

Durante quase todo o século que passou, as autoridades da U.R.S.S. omitiram parte das origens do povo russo. Mas a história não deixa lugar para dúvidas. Muito antes da ascensão e supremacia dos czares e dos sovietes, os primeiros colonos escandinavos fundaram, em Novgorod, a sua poderosa nação.
Rostov Veliky, Rússia

Sob as Cúpulas da Alma Russa

É uma das mais antigas e importantes cidades medievais, fundada durante as origens ainda pagãs da nação dos czares. No fim do século XV, incorporada no Grande Ducado de Moscovo, tornou-se um centro imponente da religiosidade ortodoxa. Hoje, só o esplendor do kremlin moscovita suplanta o da cidadela da tranquila e pitoresca Rostov Veliky.
Bolshoi Zayatsky, Rússia

Misteriosas Babilónias Russas

Um conjunto de labirintos pré-históricos espirais feitos de pedras decoram a ilha Bolshoi Zayatsky, parte do arquipélago Solovetsky. Desprovidos de explicações sobre quando foram erguidos ou do seu significado, os habitantes destes confins setentrionais da Europa, tratam-nos por vavilons.
Bolshoi Solovetsky, Rússia

Uma Celebração do Outono Russo da Vida

Na iminência do oceano Ártico, a meio de Setembro, a folhagem boreal resplandece de dourado. Acolhidos por cicerones generosos, louvamos os novos tempos humanos da grande ilha de Solovetsky, famosa por ter recebido o primeiro dos campos prisionais soviéticos Gulag.
Moscovo, Rússia

A Fortaleza Suprema da Rússia

Foram muitos os kremlins erguidos, ao longos dos tempos, na vastidão do país dos czares. Nenhum se destaca, tão monumental como o da capital Moscovo, um centro histórico de despotismo e prepotência que, de Ivan o Terrível a Vladimir Putin, para melhor ou pior, ditou o destino da Rússia.
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Cabana de Bay Watch, Miami beach, praia, Florida, Estados Unidos,
Arquitectura & Design
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Big Freedia e bouncer, Fried Chicken Festival, New Orleans
Cerimónias e Festividades
New Orleans, Luisiana, Estados Unidos

Big Freedia: em Modo Bounce

New Orleans é o berço do jazz e o jazz soa e ressoa nas suas ruas. Como seria de esperar, numa cidade tão criativa, lá emergem novos estilos e actos irreverentes. De visita à Big Easy, aventuramo-nos à descoberta do Bounce hip hop.
Horta, Faial, Cidade que dá o Norte ao Atlântico
Cidades
Horta, Açores

A Cidade que Dá o Norte ao Atlântico

A comunidade mundial de velejadores conhece bem o alívio e a felicidade de vislumbrar a montanha do Pico e, logo, o Faial e o acolhimento da baía da Horta e do Peter Café Sport. O regozijo não se fica por aí. Na cidade e em redor, há um casario alvo e uma efusão verdejante e vulcânica que deslumbra quem chegou tão longe.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Cultura
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Alasca, de Homer em Busca de Whittier
Em Viagem
Homer a Whittier, Alasca

Em Busca da Furtiva Whittier

Deixamos Homer, à procura de Whittier, um refúgio erguido na 2ª Guerra Mundial e que abriga duzentas e poucas pessoas, quase todas num único edifício.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Étnico
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Vila Velha Paraná, Rota do Tropeirismo do Paraná
História
Parque Vila Velha a Castro, Paraná

Na Rota do Tropeirismo do Paraná

Entre Ponta Grossa e Castro, viajamos nos Campos Gerais do Paraná e ao longo da sua história. Pelo passado dos colonos e tropeiros que colocaram a região no mapa. Até ao dos imigrantes neerlandeses que, em tempos mais recentes e, entre tantos outros, enriqueceram o sortido étnico deste estado brasileiro.
Vista de La Graciosa de Lanzarote, Canárias, Espanha
Ilhas
La Graciosa, Ilhas Canárias

A Mais Graciosa das Ilhas Canárias

Até 2018, a menor das Canárias habitadas não contava para o arquipélago. Desembarcados em La Graciosa, desvendamos o encanto insular da agora oitava ilha.
Casal mascarado para a convenção Kitacon.
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Baleias caçada com Bolhas, Juneau a Pequena Capital do Grande alasca
Natureza
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Parques Naturais
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Acre, Fortaleza dos Templários, Israel, Doces crocantes
Património Mundial UNESCO
São João de Acre, Israel

A Fortaleza que Resistiu a Tudo

Foi alvo frequente das Cruzadas e tomada e retomada vezes sem conta. Hoje, israelita, Acre é partilhada por árabes e judeus. Vive tempos bem mais pacíficos e estáveis que aqueles por que passou.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Fila Vietnamita
Praias

Nha Trang-Doc Let, Vietname

O Sal da Terra Vietnamita

Em busca de litorais atraentes na velha Indochina, desiludimo-nos com a rudeza balnear de Nha Trang. E é no labor feminino e exótico das salinas de Hon Khoi que encontramos um Vietname mais a gosto.

Morione romano em tricycle, festival moriones, Marinduque, Filipinas
Religião
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Walter Peak, Queenstown, Nova Zelandia
Sociedade
Nova Zelândia  

Quando Contar Ovelhas Tira o Sono

Há 20 anos, a Nova Zelândia tinha 18 ovinos por cada habitante. Por questões políticas e económicas, a média baixou para metade. Nos antípodas, muitos criadores estão preocupados com o seu futuro.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Glaciar Meares
Vida Selvagem
Prince William Sound, Alasca

Viagem por um Alasca Glacial

Encaixado contra as montanhas Chugach, Prince William Sound abriga alguns dos cenários descomunais do Alasca. Nem sismos poderosos nem uma maré negra devastadora afectaram o seu esplendor natural.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.