Vágar, Ilhas Faroé

Sorvagur a Gásadalur: Rumo ao Ocaso das Ilhas Faroé


Gásadalur e Múlafossur
Névoa e sol lateral faz resplandecer a aldeia de Gásadalur
Ocaso sobre o Fiorde
Ocaso árctico doura o céu acima do fiorde Sorvags.
Ovelhas a Preto e Branco
Ovelhas no cimo do fiorde Sorvags, com o ilhéu Tindhólmur em fundo
Tindhólmur, o ilhéu Afiado
O ilhéu Tindhólmur, duma perspectiva que realça a suas forma afiada.
Passageiros do barco “Josup”
Passageiros do "Josup" a caminho da ilha de Mykines.
Caminhada em Gásadalur
Casario de Gásadalur, uma aldeia cada vez menos habitada do oeste da ilha de Vágar
Pico Heinanova
Névoa em volta do pico do Monte Heinanova, acima de Gasadalur
Fiorde Sorvags Habitado
Casas de uma das povoações nas margens do fiorde Sorvags
Casario Rural
Casas pouco acima do mar do fiorde Sorvags
Muro de Gásadalur
Muro de pedra abaixo da aldeia de Gásadalur
Casas do Fiorde Sorvags
Povoação numa margem arredondada do fiorde Sorvags
Aldeola e queda d’água
Gasadalua e o cimo da sua queda d'água de Mulafossur
À descoberta dos confins oeste de Vagar, a mais ocidental das grandes ilhas faroesas, percorremos o fiorde SØrvag. Onde a estrada se rende, deslumbramo-nos com a queda d’água de Múlafossur e, acima, com a povoação intrépida, por pouco desabitada, de Gásadalur.

Vágar é, salvo a excepção de quem chega em cruzeiros, em veleiros e afins, a primeira ilha das 18 das Faroé que os forasteiros pisam.

Lá se situa o único aeroporto, desenvolvido de um aeródromo que os britânicos instalaram durante a segunda guerra mundial, num período de presença consensual dos aliados.

Em 1940, resultado da operação Weserübung, os alemães tinham invadido a Dinamarca e a Noruega. O controle dos mares e do céu do norte da Europa tornou-se crucial.

Avancemos dois anos. Os britânicos aterraram nesse aeródromo setentrional o seu avião estreante, o primeiro de vários que contribuíram para que, em 1945, o norte da Europa fosse libertado. Na sequência da capitulação das forças do Eixo, durante vinte anos, o aeroporto manteve-se inactivo.

Na década de 70, a intensificação da necessidade de viajar dos faroenses e do turismo no arquipélago, justificou a sua modernização e reactivação.

Éramos apenas dois dos cerca de 100 mil estrangeiros anuais com o privilégio de explorarmos uma das nações mais remotas e exuberantes da Europa. Aterramos em Vágar quase à meia-noite. Viajamos até à capital Torshavn e lá passamos a noite.

Dois dias depois, cruzamos da ilha de Streymoy, de volta à de Vágar. Por um túnel submarino, também ele o inaugural das Faroé, escavado, com quase 5km de extensão, sob o estreito de Vestmanna.

Tínhamos como destino SØrvagur, uma aldeia no sudoeste de Vágar situada no fundo em U do fiorde de SØrvágs e no enfiamento da pista do aeroporto. SØrvagur seria o ponto de partida para uma incursão de barco ao ponto mais ocidental absoluto do arquipélago das Faroé, a ilha de Mykines.

Encontramos SØrvagur disseminada pelas encostas suaves e, durante o curto Verão, ervadas, desse mesmo U. Abaixo do Lago SØrvagvatn, o maior das Faroé, notório, sobretudo, por o seu término sul parecer flutuar acima do oceano. Haveríamos de o explorar.

Povoação numa margem arredondada do fiorde Sorvags

Povoação numa margem arredondada do fiorde Sorvags

Descemos até ao cais. Lá nos juntamos a uma comitiva de estrangeiros apostados em desbravar Mykines. Tínhamos chegado com alguma antecipação.

No tempo que faltava, apuramos factos do passado de SØrvagur que lhe granjeavam uma inesperada importância.

O Passado Viquingue de SØrvagur

Em 1957, durante escavações requeridas por uma escola, a equipa de construção deu com povoado viquingue milenar.

Revelou-se um de meros quatro em que os arqueólogos conseguiram provas inequívocas de terem sido fundados dentro do século e meio após o período de expansão (séculos IX e X) para a Islândia, mas não só, dos povos nórdicos da Escandinávia.

Essa expansão foi descrita numa obra incontornável da sua história, o “Landnámabók” ou “Livro da Colonização”.

É, assim, surpreendente o facto de nela não existir menção do lugar na origem de SØrvagur, como também não existe noutra obra fulcral, “A Saga dos Feroeses”, escrita no início do século XIII e que narra como, num período posterior, os habitantes locais se converteram ao Cristianismo.

Malgrado a ausência desses escritos, sabe-se que SØrvagur mudou de local por mais que uma vez, provavelmente para que os moradores pudessem beneficiar de meteorologias mais favoráveis.

Quase no fim do século XVI, surgiram, por fim, testemunhos escritos da coexistência de três pequenas propriedades rurais, dependentes de cultivos vulneráveis. Daí, até quase ao século XVIII uma família nobre norueguesa deteve toda a terra da zona.

Sabe-se que, pouco depois, um dinamarquês a adquiriu e a vendeu, em pequenos lotes, a moradores humildes. Ao fazê-lo, transformou essas terras de propriedades reais em privadas, como hoje se mantêm.

Casas pouco acima do mar do fiorde Sorvags

Casas pouco acima do mar do fiorde Sorvags

De cerca de 50 habitantes, nessa altura, a população aumentou, até às mais de mil almas que hoje lá se abrigam, boa parte, directamente ou indirectamente envolvidas no lucrativo turismo.

Partida Rumo à Ilha Mykines

Chega a hora do embarque. Subimos a bordo.

Percorremos todo o fiorde de SØrvags com navegação próxima do ilhéu dramático de Tindhólmur.

O ilhéu Tindhólmur, duma perspectiva que realça a suas forma afiada.

O ilhéu Tindhólmur, duma perspectiva que realça a suas forma afiada.

E, daí, até Mykines onde desembarcamos pelas duas da tarde e passamos quatro horas e meia à descoberta, já narrada num artigo dedicado.

Regressamos a SØrvagur sobre às 19h.

SØrvagur a Gásadalur, ao longo do Fiorde SØrvags

Em pleno Verão árctico, o ocaso era estimado para depois das 23h. Seguir-se-ia um período generoso de luz crepuscular. De acordo, regressamos ao carro, subimos de volta à estrada 45 que serpenteia pelo cimo do fiorde de SØrvags.

De pontos elevados na encosta, admiramos o casario disperso de SØrvagur, com o seu campo de futebol quase a entrar pelo areal adentro. Contados outros poucos quilómetros, o de BØur, bastante mais apertado num talvegue abrupto que o rio Stórá sulca, acelerado.

Pouco depois de BØur, ficamos a par com a entrada ampla do fiorde de SØrvags, como que vigiada, à distância pelos ilhéus de Tindhólmur e Gáshólmur por que tínhamos recentemente navegado.

Ovelhas felpudas, de cores dispares pastam entre a estrada e o mar gélido, num equilíbrio precário que, de tempos em tempos, redunda em tragédia.

Ovelhas no cimo do fiorde Sorvags, com o ilhéu Tindhólmur em fundo

Ovelhas no cimo do fiorde Sorvags, com o ilhéu Tindhólmur em fundo

Não tarda, nas imediações de uma enseada afundada e preenchida por grandes calhaus polidos, salpicada pelo caudal esvoaçante da queda d’água de Skardsá, a via 45 flecte para norte. Interna-se em Vágar.

A certo ponto, parece prestes a esbarrar numa vertente semi-camuflada pela cobertura verdejante do Estio faroense.

Diríamos que tínhamos alcançado o fim da estada. Ao invés, outro dos túneis engenhosos e providenciais que sulcam a terra e o mar das Faroés, dá-nos passagem.

O Gásadalstunnelin tem 1.4 km. Contados no âmago de rocha dos montes Knúkarnir que nos separavam de uma aldeia epónima: Gásadalur.

Escavado num modo de “apenas o necessário”, o túnel conta com uma única faixa. Permite fluxo num sentido de cada vez.

Assim que o semáforo nos dá passagem, avançamos. Até voltarmos a ver luz natural, já num ponto de declive contrário, de onde a estrada 45 volta a apontar ao limiar sul da ilha e ao oceano para, logo, reverter para norte.

Desviamos para uma via secundária. Essa, sim, destinada a uma orla vertiginosa, fortemente panorâmica de Vágar. Detemo-nos num parque de estacionamento perdido no meio do verde.

Descemos um trilho íngreme. Até nos vermos numa ladeira de asfalto.

Um rail protegia os forasteiros de um abismo inclemente.

O Cenário Remoto e Irrepreensível de Gásadalur, Múlafossur e monte Heinanova

Dali, desvelava-se a queda d’agua de Múlafossur, apesar de remota, a mais famosa das Ilhas Faroé, em virtude da paisagem contrastante e dramática de que se despenha para o mar.

O derradeiro caudal do rio cai 60 metros, contra um fundo rochoso e escuro que a erva circundante não alcança.

Logo acima, um lugarejo feito de umas poucas casas de distintos tons, submete-se à imponência lítica das montanhas de Heinanova e, à direita, à de Árnafjall, com 722 metros, a montanha suprema de Vágar.

Névoa em volta do pico do Monte Heinanova, acima de Gasadalur

Névoa em volta do pico do Monte Heinanova, acima de Gásadalur

Instalados na melhor posição possível, admiramos e fotografamos aquele cenário sem igual, atentos à passagem das nuvens e de névoa que, com a lenta deslocação do sol para oeste, geravam atmosferas mágicas.

Enquanto o fazemos, pensamos na peculiaridade extrema da povoação, assente em muita coragem e ainda mais determinação. A data da construção da primeira casa da aldeia tornou-se difusa.

Gásadalur: uma Vida de Isolamento e Provações

Sabe-se que os povoadores se começaram a juntar devido à qualidade agrícola do solo e à excelência das pastagens, não tanto pelo potencial da pesca que, por ali, sempre obrigou a mais trabalho que proveito.

O único ponto de embarque viável de Gásadalur fica situado demasiado acima do nível do mar.

Como tal, os seus homens sempre se viram obrigados a manter os barcos junto a BØur, a quase 6km. Só em 1940, durante a presença britânica na ilha foi construída uma escadaria que ligava a praia às alturas da povoação.

Como se não bastasse, tendo em conta que o túnel Gásadalstunnelin foi inaugurado para os pedestres em 2003 e, para as viaturas, em 2006, as gentes de Gásadalur passaram a maior parte das suas vidas entregues a si mesmas.

Casario de Gásadalur, uma aldeia cada vez menos habitada do oeste da ilha de Vágar

Casario de Gásadalur, uma aldeia cada vez menos habitada do oeste da ilha de Vágar

Até à abertura do túnel, sempre que queriam chegar a BØur, a SØrvagur ou a outras povoações, viam-se condenadas a caminhadas extenuantes acima e abaixo dos montes Knúkarnir e dos que se seguiam.

O túnel facilitou as suas vidas no povoado e levou até lá os forasteiros. Mesmo assim, Gásadalur continua em perigo de abandono. Em 2012, abrigava 18 moradores. Em 2020, já só eram 11. Os dois anos de pandemia dificilmente ajudaram.

E, no entanto, Múlafossur, Gásadalur e o cimo rochoso de HeinanØva formam um panorama que nos continuava a maravilhar, como o faz a quem quer que os contemple.

As autoridades faroenses celebram-no e promovem-no, em ilustração e fotografia, em pelo menos dois selos.

Quase às 22h, temos a sorte de o reverenciar, uma derradeira vez, mais memorável que nunca.

Névoa e sol lateral faz resplandecer a aldeia de Gásadalur

Névoa e sol lateral faz resplandecer a aldeia de Gásadalur

Uma névoa densa, rasteira, abraçava-se à base das falésias de HeinanØva, em jeito de cachecol meteorológico. A caminho do seu ocaso tardio, o sol fazia resplandecer a povoação e o ervado em redor.

Múlafossur precipitava-se para o Atlântico do Norte, como há milénios, indiferente aos moradores e visitantes da aldeola acima.

 

Como Ir

Voe de Lisboa para Vagar, ilhas Faroé, com a TAP: https://www.flytap.com/ e a Atlantic Airways https://www.atlanticairways.com/ via Paris ou Copenhaga, por a partir de 680€, ida-e-volta.

Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Tórshavn, Ilhas Faroé

O Porto Faroês de Thor

É a principal povoação das ilhas Faroé desde, pelo menos, 850 d.C., ano em que os colonos viquingues lá estabeleceram um parlamento. Tórshavn mantém-se uma das capitais mais diminutas da Europa e o abrigo divinal de cerca de um terço da população faroense.
Vágar, Ilhas Faroé

O Lago que Paira sobre o Atlântico Norte

Por um capricho geológico, Sorvagsvatn é muito mais que o maior lago das ilhas Faroé. Falésias com entre trinta a cento e quarenta metros limitam o extremo sul do seu leito. De determinadas perspectivas, dá a ideia de estar suspenso sobre o oceano.
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa

A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.
Streymoy, Ilhas Faroé

Streymoy Acima, ao Sabor da Ilha das Correntes

Deixamos a capital Torshavn rumo a norte. Cruzamos de Vestmanna para a costa leste de Streymoy. Até chegarmos ao extremo setentrional de Tjornuvík, deslumbramo-nos vezes sem conta com a excentricidade verdejante da maior ilha faroesa.
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Visitantes nos Jameos del Água
Arquitectura & Design
Lanzarote, Ilhas Canárias

A César Manrique o que é de César Manrique

Só por si, Lanzarote seria sempre uma Canária à parte mas é quase impossível explorá-la sem descobrir o génio irrequieto e activista de um dos seus filhos pródigos. César Manrique faleceu há quase trinta anos. A obra prolífica que legou resplandece sobre a lava da ilha vulcânica que o viu nascer.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Danca dragao, Moon Festival, Chinatown-Sao Francisco-Estados Unidos da America
Cerimónias e Festividades
São Francisco, E.U.A.

Com a Cabeça na Lua

Chega a Setembro e os chineses de todo o mundo celebram as colheitas, a abundância e a união. A enorme sino-comunidade de São Francisco entrega-se de corpo e alma ao maior Festival da Lua californiano.
São Tomé, cidade, São Tomé e Príncipe, ruela do Forte
Cidades
São Tomé (cidade), São Tomé e Príncipe

A Capital dos Trópicos Santomenses

Fundada pelos portugueses, em 1485, São Tomé prosperou séculos a fio, como a cidade porque passavam as mercadorias de entrada e de saída na ilha homónima. A independência do arquipélago confirmou-a a capital atarefada que calcorreamos, sempre a suar.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Cultura
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Em Viagem
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Étnico
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
História
Fortalezas

O Mundo à Defesa – Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
Ao fim da tarde
Ilhas
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Inverno Branco
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
silhueta e poema, cora coralina, goias velho, brasil
Literatura
Goiás Velho, Brasil

Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
Walter Peak, Queenstown, Nova Zelandia
Natureza
Nova Zelândia  

Quando Contar Ovelhas Tira o Sono

Há 20 anos, a Nova Zelândia tinha 18 ovinos por cada habitante. Por questões políticas e económicas, a média baixou para metade. Nos antípodas, muitos criadores estão preocupados com o seu futuro.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Teleférico que liga Puerto Plata ao cimo do PN Isabel de Torres
Parques Naturais
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Intersecção
Património Mundial UNESCO
Hungduan, Filipinas

Filipinas em Estilo Country

Os GI's partiram com o fim da 2ª Guerra Mundial mas a música do interior dos EUA que ouviam ainda anima a Cordillera de Luzon. É de tricycle e ao seu ritmo que visitamos os terraços de arroz de Hungduan.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Mini-snorkeling
Praias
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Passagem, Tanna, Vanuatu ao Ocidente, Meet the Natives
Religião
Tanna, Vanuatu

Daqui se Fez Vanuatu ao Ocidente

O programa de TV “Meet the Natives” levou representantes tribais de Tanna a conhecer a Grã-Bretanha e os E.U.A. De visita à sua ilha, percebemos porque nada os entusiasmou mais que o regresso a casa.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
religiosos militares, muro das lamentacoes, juramento bandeira IDF, Jerusalem, Israel
Sociedade
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Gandoca Manzanillo Refúgio, Baía
Vida Selvagem
Gandoca-Manzanillo (Refúgio de Vida Selvagem), Costa Rica

O Refúgio Caribenho de Gandoca-Manzanillo

No fundo do seu litoral sudeste, na iminência do Panamá, a nação “tica” protege um retalho de selva, de pântano e de Mar das Caraíbas. Além de um refúgio de vida selvagem providencial, Gandoca-Manzanillo revela-se um deslumbrante éden tropical.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.