Cartagena de Índias, Colômbia

A Cidade Apetecida


Charrete Parking
Charretes estacionadas junto à Puerta del Reloj aguardam passageiros.
Folclore Caribenho
Exibição de dança na Praça de Cartagena.
Nacionalismo Colorido
Morador passa junto a uma enorme bandeira colombiana do Castillo de San Filipe.
Repouso axadrezado
Hóspede descansa no pátio de um hotel colonial.
Alvo de todos os canhões
O Castillo San Filipe, ponto de mira de incontáveis de ataques dos piratas que sulcavam as águas do mar das Caraíbas.
Supremacia eclesiástica
Cúpulas de igrejas e catedrais vistas do cimo da muralha que cerca o centro histórico de Cartagena.
Em busca de passageiros
Carruagem percorre uma ruela garrida de Cartagena, ao fim do dia.
Lustre erótico
Empregado puxa o lustro da estátua "La Gorda Gertrudis" de Fernando Botero, mais conhecida por La Gordita.
Rampa de lançamento
Moradores lançam papagaios de papel a partir da muralha de Cartagena.
Transporte folclórico
Chiva (autocarro antigo) prestes a sair para o exterior da zona muralhada de Cartagena.
Notícias frescas
Polícia e vendedores examinam um artigo de jornal.
Travessia
Vendedor de gelados passa sobre uma ponte que une duas secções da muralha de Cartagena.
Palanquera
Vendedora de fruta (palanquera) em trajes típicos.
Porta del Reloj
A Porta del Reloj é, hoje, um dos principais acessos ao interior da cidade muralhada.
Varandas e Varandins
Varandas típicas de Cartagena de Indias.
Transporte matrimonial
Noivos seguem a bordo de uma charrete numa ruela da cidade.
Torre del Reloj
Pormenor da Puerta del Reloj, com a sua torre destacada da muralha.
Mais uma volta
Charrete acaba de deixar a Puerta del Reloj, o ponto de partida habitual.
Maurício Barreras
O guia e ex-actor Maurício Barreras, que em tempos contracenou com Marlon Brando no filme "La Quemada"
Para diante, só o Mar das Caraíbas
Velho autocarro típico (chiva) deixa a zona muralhada da cidade velha de Cartagena.
Charrete Parking
Charretes estacionadas junto à Puerta del Reloj aguardam passageiros.
Folclore Caribenho
Exibição de dança na Praça de Cartagena.
Nacionalismo Colorido
Morador passa junto a uma enorme bandeira colombiana do Castillo de San Filipe.
Repouso axadrezado
Hóspede descansa no pátio de um hotel colonial.
Muitos tesouros passaram por Cartagena antes da entrega à Coroa espanhola - mais que os piratas que os tentaram saquear. Hoje, as muralhas protegem uma cidade majestosa sempre pronta a "rumbear".

Maurício Barrera torna a repetir, debaixo do seu chapéu de palha: “Ustés no lo saben pêro… yo soy actor! … “ “Participé en La Queimada, com Marlon Brando filmado acá en Cartagena …”. Apesar de a carreira ter sido curta, deixa implícito que teria que haver um cachê para as fotos que íamos tirar.

O filme mencionado é “The Burn“, realizado, em 1969, por Gillo Pontecorvo. Marlon Brando faz de Sir William Walker, um mercenário que é chamado a Quemada – ilha das Antilhas – para fomentar uma rebelião escrava contra o domínio português e beneficiar os mercadores de açúcar britânicos.

É só um dos vários registos do longo passado literário e cinematográfico da cidade, que tem nas suas ruas, praças e edifícios coloniais cenários perfeitos para os inúmeros filmes de época e adaptações de romance que vão sendo feitos.

Travessia

Vendedor de gelados passa sobre uma ponte que une duas secções da muralha de Cartagena.

Uma Cidade Tropical, Colonial e Desejada pela 7ª Arte

São bons exemplos “A Missão”. E o mais recente “Amor em Tempo de Cólera” baseado no romance homónimo de Gabriel García Marquéz, um escritor e personagem que se provaram tão controversos na Colômbia e em Cartagena (onde teve uma casa) quanto Saramago o foi em Portugal.

As claquetes praticamente não param.

Benjamim Bratt, Javier Bardem, John Leguizamo e Fernanda Montenegro, entre tantos outros do elenco do filme tinham deixado Cartagena das Índias havia uns meses e já John Malkovich se passeava com a família e amigos sobre a muralha da Ciudad Vieja, estimávamos que devido a algum novo projecto cinéfilo.

Logo ao lado, Thierry Forte, informa-nos com sotaque gaulês inconfundível, sobre o seu hotel La Passion: “… estamos llenos, tenemos la equipa de “L’Homme de Chevet…” “… és una nueva película francesa con Sophie Marceau e Cristopher Lambert. Saben quién son, no ? …”.

Mesmo na história a sério, Cartagena das Índias sempre foi uma cidade apetecida.

Repouso axadrezado

Hóspede descansa no pátio de um hotel colonial.

A Fundação Há Quase Meio Milénio do Conquistador Pedro de Herédia

Em 1533, o conquistador espanhol Pedro de Herédia rumou a uma enorme baía que já em viagem anterior havia parecido “perfeita para navios” ao “colega” Rodrigo de Bastidas. No exacto local de uma aldeia Kalamarí, fundou Cartagena das Índias, baptizada segundo o porto homónimo da região de Múrcia.

A localização privilegiada da cidade, junto à quase confluência centro-americana do oceano Pacífico com o Atlântico fez com que, da sua origem ao fim do século XVII, se tornasse num dos principais entrepostos coloniais hispânicos.

Depois de uma curta jornada por terra, metais preciosos,  principalmente ouro e prata oriundos de Nueva Granada, do Peru e outras paragens mais longínquas do Pacífico eram ali carregados em galeões para a viagem atlântica até aos portos espanhóis, quase sempre via Havana.

Nacionalismo Colorido

Morador passa junto a uma enorme bandeira colombiana do Castillo de San Filipe.

Ou, como se passou mais tarde, transformados em dólares que eram distribuídos por todo o império.

Transformou-se também num porto de comércio de escravos. É algo que salta hoje à vista nos tons de pele escuros e mulatos da maior parte dos cartageneros, na sua música, nos ritos e rituais de origem africana praticados nos palenques (povoações de fugitivos) circundantes.

Palanquera

Vendedora de fruta (palanquera) em trajes típicos.

Cartagena e Veracruz (México) eram, aliás, as duas únicas cidades hispânicas que podiam realizar este tipo de comércio. E terá sido a companhia portuguesa Cacheu a principal responsável pelo fornecimento de negros à Venezuela, Índias Ocidentais, Novo Reino de Granada e Virreinato de Perú.

A fama crescente de Cartagena das Índias fez dela um alvo prioritário dos piratas e corsários que patrulhavam o mar das Caraíbas.

Apenas trinta anos passados da sua fundação, sofreu uma longa série de cercos, ataques e pilhagens.

Inaugurou a saga o francês Robert Baal. Seguiu-se Martin Cote. Meses depois, foi a vez de um incêndio tomar a cidade de sobressalto. Esta última desgraça veio a inspirar a criação do primeiro batalhão de bombeiros das Américas, destacado de entre os seus menos de 2000 habitantes.

Lustre erótico

Empregado puxa o lustro da estátua “La Gorda Gertrudis” de Fernando Botero, mais conhecida por La Gordita.

Os Piratas e Corsários que Não Conseguiam Resistir a Cartagena das Índias

Recuperada dos escombros, restabelecido o esplendor, vários piratas ingleses e franceses regressaram à carga.

Em 1568, John Hawkins pediu autorização ao governador de Cartagena para montar uma feira estrangeira na cidade com o objectivo real de a dominar a partir de dentro. Recusado o pedido. Acabou por a cercar, sem êxito.

Já Francis Drake – sobrinho de Hawkins, ambos mais tarde proclamados Sir – optou por simplificar processos: chegou com uma frota gigantesca e conquistou Cartagena em três tempos e obrigou o governador e o arcebispo da altura a pagarem 107.000 dólares espanhóis da época (avaliados em cerca de 150 milhões de euros) de resgate.

Com a casa assaltada, a coroa espanhola disponibilizou mundos e fundos para pôr trancas à porta e contratou engenheiros militares europeus proeminentes a quem encomendou a construção de novas muralhas e fortes, um projecto que viria a ser conhecido por “Situado”.

Alvo de todos os canhões

O Castillo San Filipe, ponto de mira de incontáveis de ataques dos piratas que sulcavam as águas do mar das Caraíbas.

A Cidade Mais Bem Muralhada de Toda a América do Sul

O custo da obra cresceu exponencialmente. Entre 1751 e 1810, atingiu a soma inacreditável de 22 milhões de dólares espanhóis, cerca de 1,5 triliões de euros.

As defesas não aumentaram, no entanto, o suficiente para agradar a Carlos III de Espanha que, ao passar os olhos pelos gastos, gritou num seu já famoso estilo irónico: “É revoltante! Por este preço, esses castelos deviam ver-se daqui!” (referindo-se à sua corte, em Espanha).

Apesar do desagrado do monarca, Cartagena das Índias passou a ser considerada impossível de tomar as suas muralhas são, ainda hoje, as maiores do continente.

Para diante

Velho autocarro típico (chiva) deixa a zona muralhada da cidade velha de Cartagena.

Abrigam, agora, a ciudad vieja da invasão urbanística que grassa, logo ao lado, precisamente numa das zonas em que os canhões do Castillo de San Felipe afundavam as embarcações inimigas.

A Vida Colombiana Moderna que Cercou Cartagena das Índias

Desde 1980 que os arranha-céus têm vindo a alastrar-se e fecham o horizonte por detrás de Boca Grande, diz-se nas ruas que com o dinheiro branco do narcotráfico. A concentração massiva de investimento turístico nesta zona exterior acabou por salvar a baixa histórica.

Mais uma volta

Charrete acaba de deixar a Puerta del Reloj, o ponto de partida habitual.

Ali, aos fins de semana, famílias numerosas e casais de namorados percorrem os adarves para a frente e para trás.

Apreciam vistas interiores e exteriores tão distintas como a Plaza de los Coches e as pequenas frotas de barcos de pesca no Mar das Caraíbas, sempre sobrevoadas por fragatas e bandos de pelicanos oportunistas.

Certas zonas mais largas das muralhas servem inclusive de rampa de lançamento para centenas de cometas (papagaios de papel) coloridos, um dos passatempos vespertinos preferidos dos cartageneros mais jovens.

Rampa de lançamento

Moradores lançam papagaios de papel a partir da muralha de Cartagena.

Por volta dos anos quarenta, a Colômbia percebeu que a sua vieja Cartagena era uma das cidades coloniais mais bem conservadas do mundo, começou a restaurá-la e a promovê-la.

Impôs aos moradores as regras intransigentes da UNESCO que interditaram as antenas parabólicas nos telhados e submeteram os locais à tirania das novelas sul-americanas e dos incontáveis “reinados” de beleza.

A recompensa demorou mas, em 1984, tornou-se Património Mundial da Humanidade com a contribuição preciosa da Universidade de Veneza, que ajudou a recuperar a arquitectura original.

Varandas e Varandins

Varandas típicas de Cartagena de Indias.

Cartagena, uma Cidade Colonial Resplandecente Mas Não Demais

Ainda longe da restauração perfeita – o que só lhe protege a alma – Cartagena tem agora um milhão de habitantes e é a quinta cidade da Colômbia. Continua a impor o peso esmagador da sua história.

As ruas, são estreitas e longas, delimitadas por edifícios seculares imponentes, com dois, três e até quatro andares de que se destacam as torres da Iglésia de Santo Domingo e da Catedral.

Supremacia eclesiástica

Cúpulas de igrejas e catedrais vistas do cimo da muralha que cerca o centro histórico de Cartagena.

Cruzam-se numa grelha ampla que contem quatro bairros distintos: El Centro, San Diego, La Matuna e Getsemani, onde viviam os escravos. Homenageia ainda com placas de ruas todas as figuras do seu passado, países vizinhos, batalhas e monumentos colombianos.

Aqui e ali, estas ruas desembocam em praças inesperadas que se ajustam ao traçado e acolhem estátuas castigadas pelo sol quase equatorial: a de los Coches, a de la Aduana e, claro está, não podia faltar, a de Bolívar. Nada que se pareça com um museu, no entanto.

A Vida Genuína e Festa a Valer de Cartagena das Índias

Apesar dos turistas, vive-se muito a sério, em Cartagena. O trânsito circula livremente até ao fim da tarde quando as caleches se apoderam das ruas. Universidades, escolas de dança e de música animam as ruas e ruelas.

Exibição de dança na Praça de Cartagena.

Aqui e ali, surgem obras e construções barulhentas e faz-se sentir o frenesim dos mil e um negócios locais, dos hotéis e boutiques elegantes aos vendedores espontâneos de llamadas telefónicas, fijo y nacional, o artesanato das Bovedas e negócios do sombrio Portal de los Dulces.

Depois do lusco-fusco, a rumba – leia-se festa – toma conta da cidade.

Seja qual for o dia da semana, os seus incontáveis restaurantes e bares seduzem com ritmos latino-americanos escaldantes que se misturam nos habituais 90% de humidade envolvente e, tantas vezes, na chuva morna.

Se o fim-de-semana estiver à porta, os cartageneros já sabem de antemão como recuperar as energias gastas.

Charretes estacionadas junto à Puerta del Reloj aguardam passageiros.

O mais certo é darem um salto até às vizinhas Islas del Rosário, um arquipélago-refúgio situado a apenas 40 minutos de lancha, em pleno mar das Caraíbas.

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