Baku, Azerbaijão

A Metrópole que Despontou com o Petróleo do Cáspio


Mesquita de Juma vs Flame Towers
Pedestres em frente à Mesquita de Juma, Flame Towers na distância
Passeio Abrigado
Transeuntes sob arcadas de Baku
O Âmago Político do Azerbaijão
Bandeira do Azerbaijão ondula na Government House de Baku
A Banda da Fonte
Grupo de música tradicional toca no pátio de um restaurante
Casario de Baku
Casario de Baku, Azerbaijão
Quase Noite na Cidade Velha
Noite cai sobre a Cidade Velha de Baku, com as Flame Towers iluminadas em fundo
Pintura Arbórea
Pintura arbórea dá mais cor à Cidade Velha de Baku
Togrul Qarabag
Loja de artesanato e recordações da Cidade Velha
À Beira do Cáspio
Transeuntes na marginal à beira do Mar Cáspio, com as Flame Towers em fundo
Caminhada quase Nocturna
Moradores prestes a entrar numa ruela da Cidade Velha
Telhado dos Velhos Banhos
As cúpulas das velhas termas de Baku
Foco em Aliagha Vahid
Visitante fotografa uma escultura que honra Aliagha Vahid, um poeta azéri
Nizami Guncavi
Morador junto à base da estátua que homenageia Nizami Guncavi, considerado o grande poeta romântico poético da literatura persa
Mirza Alakbar Sabir
Estátua em silhueta de Mirza Alakbar Sabir, poeta satírico, filósofo azéri.
Duas Flame Towers
Duas das Flame Towers, num plano acima da mesquita de Juma.
Recordações soviéticas
Recordações soviéticas de Lenine, na cidade velha de Baku
Baku em Fogo
Noite ilumina a margem do Mar Cáspio e as Flame Towers de Baku
POLIS
Velho Lada à porta de uma esquadra de polícia da Cidade Velha de Baku
Montra de papakhas
Montra de gorros de lã papakhas
Irmãs de Papakhas
Duas irmãs rendidas à moda dos gorros lãnzudos do Cáucaso
Em 1941, Hitler ditou o Azerbaijão um dos objectivos da Operação Barbarossa. O motivo foi a mesma abundância de ouro negro e gás natural que propulsionou a opulência da capital azeri sobre o Mar Cáspio. Baku tornou-se a grande metrópole do Cáucaso. Numa longa fusão entre Comunismo e Capitalismo. Entre o Leste e o Ocidente.

Mesmo com os dias inaugurais de Inverno a alternarem com os derradeiros outonais, ainda afluem a Baku uns poucos forasteiros de outras partes, sobretudo do Azerbaijão e do Cáucaso, como nós, também do Mundo.

A cidade prenda-os com bolsas de vegetação em queda que a douram e embelezam. Numa quinta-feira solarenga, admiramos como esse dourado vai com o arenito predominante no âmago histórico da capital.

Interrompemos uma deambulação pelas suas ruelas. Decidimo-nos a subir à velha torre Maiden, a desvendarmos os panoramas em volta de que já nos tinham falado.

Pelo caminho, na Rua Asef Zeynally, junto às muralhas que protegem a mesquita de Juma, passamos por dois agrimensores.

Agrimensores trabalham na cidade veha de Baku. Um polícia observa.

Agrimensores trabalham na cidade veha de Baku. Um polícia observa.

Trajam roupa escura, à imagem de quase todos os homens azéris e do Cáucaso, pouco dados a tons alegres, nem falemos de espampanâncias.

O duo revela-se atarefado. Entregue a um debate animado sobre uma qualquer intervenção. Um polícia intrigado impinge-se à conversa.

A Torre Maiden, Monumento e Legado da Génese Medieval de Baku

Quando chegamos à base da torre, já um seu colega tinha feito o mesmo. A quadra de funcionários justificava os salários estatais tanto quanto possível.

Torre Maiden em Baku, capital do Azerbaijão.

A Torre Maiden

Entramos.

Espreitamos umas poucas maquetes que ilustram o urbanismo pioneiro da velha Baku, diz-se que por ali inaugurada entre os séculos VII e o XII pelos shirvanshahs, os senhores medievais de Shirvan, como era conhecido, à época, o Azerbaijão.

Está por se conseguir uma avaliação mais precisa da sua vetustez.

Casario de Baku, Azerbaijão

Casario de Baku, Azerbaijão

Sabe-se que estes líderes decidiram para lá transpor a capital do império que expandiam.

E que, nos séculos XIII e XIV, os mongóis o invadiram e interromperam o seu jugo, como o fez, em 1723, Pedro I  (o Grande) que só devolveu as terras de Shirvan aos donos já Persas, decorridos doze anos.

Perspectiva da Cidade Velha, com a Torre Maiden em fundo

Perspectiva da Cidade Velha, com a Torre Maiden em fundo

Daí em diante, a História é Russa, Soviética e Azéri. Haveremos de a abordar adiante.

Encurtamos o estudo modelar para que não íamos preparados. Muito menos naquele interior arredondado que só a iluminação artificial amarelada salvava da penumbra. Atingimos o cimo aberto ao céu limpo e azulão.

Vista do cimo da torre Maiden, cidade velha de Baku

Vista do cimo da torre Maiden, cidade velha de Baku

Partilham-no apenas jovens compenetrados em gerar selfies com partes de Baku que julgam mais fotogénicas em fundo. Nesse grupo de visitantes, detectamos os primeiros exemplos de intersecção cultural e religiosa que tanto caracteriza Baku.

Todos usam jeans apertados. Umas poucas raparigas, até meias de licra por baixo de saias ou vestidos bem acima do joelho.

Mulheres com combinação de trajes mais modernos com tradicionais muçulmanos

Mulheres com combinação de trajes mais modernos com tradicionais muçulmanos

Entre as moças e mulheres, umas mantêm os cabelos longos e negros a descoberto.

Outras, cobrem-nos e a parte da face com kelaghayis, uma espécie de hijabs que se estendem sobre o peito.

A Icherisheher, como é localmente conhecida a zona original de Baku, proporciona variantes distintas.

Umas poucas lojas e bancas em redor da sua base oferecem papakhas para compra ou aluguer.

Montra de gorros de lã papakhas

Montra de gorros de lã papakhas

São gorros volumosos feitos de lã de ovelha que há muito protegem os caucasianos dos Invernos gélidos dos seus domínios montanhosos.

O conjunto masculino fica completo com chokhas ou cherkeskas, túnicas também elas de lã. Tal como testemunhamos, as mulheres podem recuar no tempo em vestidos longos e acetinados, coroados por véus generosos.

Mulheres em trajes tradicionais do Cáucaso

Mulheres em trajes tradicionais do Cáucaso

A contemporaneidade de Baku já pouco preserva desta era mais colorida.

As Flame Towers, acima da Modernidade Abastada de Baku

A maior das capitais do Cáucaso é, aliás, das cidades que mais destoa do vasto mundo rural para ocidente do Mar Cáspio.

Daquele mesmo terraço panorâmico, víamos as formas e tons da cidade velha em redor. À distância, uma urbe mais recente.

E, destacadas, bem acima dos pórticos e cúpulas da mesquita de Juma, como de todo e qualquer edifício e plano, as “Flame Towers”, a obra arquitectónica arrojada, azulada, icónica da pujança e do vanguardismo da capital azéri. A torre mais alta do trio mede 182 metros.

Duas das Flame Towers, num plano acima da mesquita de Juma.

Duas das Flame Towers, num plano acima da mesquita de Juma.

Juntas, formam uma representação de vidro e aço do epíteto “Terra do Fogo” atribuído ao Azerbaijão. Devemos, claro está, acrescentar que foi a razão de ser desse epíteto a viabilizá-las e financiá-las.

Azerbaijão, a Terra do Fogo Caucasiana

O actual Azerbaijão conquistou tal apodo devido à profusão de chamas elevadas das entranhas da Terra, um sintoma da existência de gás natural.

Por estes lados do planeta, os adoradores do profeta persa Zaratustra viam estas chamas como divinas, ainda mais as do Ateshgah, o Templo de Fogo de Baku, e as de Yanar Dag, um campo em combustão natural permanente, nos arredores da cidade.

Essa provou-se, todavia, a mera adoração mitológica e religiosa do fenómeno.

A matéria-prima na sua génese, lado a lado com o não menos abundante e rentável petróleo, dotaram os líderes, as elites e, em último lugar, o povo azéri de uma benesse económico-financeira invejável.

Noite cai sobre a Cidade Velha de Baku, com as Flame Towers iluminadas em fundo

Noite cai sobre a Cidade Velha de Baku, com as Flame Towers iluminadas em fundo

As “Flame Towers” foram erguidas, entre 2007 e 2012, com um custo estimado de 350 milhões de dólares.

Ergueu-as um grupo de holdings que se diz ligado às empresas off-shore detidas pelo clã que há muito governa o Azerbaijão, o Aliyev, do presidente azéri, Ilham Aliyev.

Pela sua longevidade e disseminação tentacular, este clã destaca-se, no Azerbaijão, de entre tantos outros governantes e homens de negócios que lucraram dos combustíveis fósseis copiosos do Mar Cáspio.

Das Primeiras Perfurações ao Domínio das Exportações para a Europa

A consciência do petróleo e gás natural local será bastante anterior, mas terá sido Ivan Mirzoev, um homem de etnia arménia, o primeiro a perfurar um poço de petróleo em Baku, em 1840.

Torre petrolífera de neon, junto à marginal de Baku.

Torre petrolífera de neon, junto à marginal de Baku.

Por esse feito, Mirzoev ficou conhecido como o pai da indústria petrolífera da cidade. A extracção em grande escala teve início trinta e dois anos mais tarde.

Em 1872, as autoridades imperiais russas leiloaram as terras de Baku em parcelas a investidores privados. Entre os interessados e seguidores de Mirzoev, estiveram os irmãos Nobel e a não menos famosa família judaica Rothschild.

Até 1910, a população de Baku aumentou a um ritmo superior ao de Paris e até de Nova Iorque. Estima-se que no início do século XX, metade do óleo negociado nos mercados internacionais provinha de Baku. Em 1941, por essa razão, Adolf Hitler estabeleceu os campos petrolíferos azéris um alvo incontornável no caminho da conquista de Estalinegrado.

Na encruzilhada geográfica política em que evolui após o desfecho da Operação Barbarossa e da 2ª Guerra Mundial, Baku é palco das mais deslumbrantes anacronias e contradições.

Regressamos ao solo.

As Várias Eras e Facetas da Capital Baku

Sobre calçadas de pedra negra, mantemo-nos de olho nas velharias e preciosidades exibidas em antiquários e lojas de recordações próximas do caravanserai Multani, uma hospedaria secular que a Rua Kichik Kala, paralela à Asef Zeynally liga à ainda mais antiga mesquita Muhammad.

Por estes lados, como na generalidade do Azerbaijão, Baku é muçulmana.

Recordações soviéticas de Lenine, na cidade velha de Baku

Recordações soviéticas de Lenine, na cidade velha de Baku

Ainda assim, entre as relíquias que os vendedores nos impingem, acima de um bule azéri dourado, contam-se estandartes com o perfil de Lenine.

O marxista soviético, protagonista do banimento da religião na U.R.S.S. em que, em 1922, o Azerbaijão independente, recém-derrotado pelas forças bolcheviques, se viu parte.

A umas poucas quadras, entre lojas de artesanato e recordações, um letreiro que versa “POLIS” identifica uma esquadra de polícia. As suas portas repletas de quadrados talhados, parecem tomadas de empréstimo de um palácio.

Velho Lada à porta de uma esquadra de polícia da Cidade Velha de Baku

Velho Lada à porta de uma esquadra de polícia da Cidade Velha de Baku

Estacionado em frente à principal, um Lada soviético, amarelo e decrépito recorda-nos que os proveitos e a modernidade movida pelo petróleo e pelo gás natural falharam em apagar muito do legado histórico e cultural ainda mais valioso de Baku.

Os exemplos sucedem-se, de diferentes tipos e dimensões.

Bandeira do Azerbaijão ondula na Government House de Baku

Velho Lada à porta de uma esquadra de polícia da Cidade Velha de Baku

Espantamo-nos com a enormidade arquitectónica da House of Government, erguida, pouco depois da integração de Baku na U.R.S.S. e que ainda abriga diversos ministérios azéris.

É apenas o mais grandioso edifício local de inspiração soviética. Inúmeros outros perduram, do cerne aos arredores de Baku.

Damos com o Museu da Independência que celebra a libertação azéri de 1991, envolto em colunas gregas, com uma óbvia inspiração helénica.

Não chega a competir, em opulência, com o vizinho governamental.

Pedestres passam em frente à House of Government de Baku

Pedestres passam em frente à House of Government de Baku

A Beira do Cáspio também Vigiada de Baku

Horas mais tarde, a meteorologia piora de forma drástica.

Ainda assim, seguimos o plano de caminharmos pela Baku Promenade, ao longo do Mar Cáspio que por ali esbarra na base da Península de Absheron.

No prolongamento do Museu da Independência, flectimos para sul, por um pontão miradouro baptizado com pompa como Baku View Point.

Transeuntes na marginal à beira do Mar Cáspio, com as Flame Towers em fundo

Transeuntes na marginal à beira do Mar Cáspio, com as Flame Towers em fundo

Admiramos como as Flame Towers se alumiavam num azul mais claro que o do céu carregado em fundo, contrastante com o fulvo do arvoredo iluminado além da marginal.

Chegamos ao fim do pontão.

Noite ilumina a margem do Mar Cáspio e as Flame Towers de Baku

Noite ilumina a margem do Mar Cáspio e as Flame Towers de Baku

Dois casais namoravam indiferentes às vistas.

Mais preocupados em preservarem uma privacidade que, noutra parte, as incontáveis câmaras e agentes de vigilância de Baku comprometeriam.

Casais no pontão Baku View

Casais no pontão Baku View

Fotografamos o pontão. Logo, o avivar das Flame Towers.

Um qualquer agente à paisana surge das profundezas da estrutura.

Avisa-os que estavam a passar das marcas.

Baku é tudo isto. Azeri, Pós-Soviética, Abastada e Avançada. Muçulmana, Tradicionalista, Moralista, Ditatorial e Opressiva.

O Museu da Independência do Azerbaijão, ao cair da noite

O Museu da Independência do Azerbaijão, ao cair da noite

 

Como Ir

Reserve o seu programa do Azerbaijão, incluindo Baku, com a Quadrante Viagens: quadranteviagens.pt

Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Khinalig, Azerbaijão

A Aldeia no Cimo do Azerbaijão

Instalado aos 2300 metros rugosos e gélidos do Grande Cáucaso, o povo Khinalig é apenas uma de várias minorias da região. Manteve-se isolado durante milénios. Até que, em 2006, uma estrada o tornou acessível aos velhos Ladas soviéticos.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Arquitectura & Design
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Cena natalícia, Shillong, Meghalaya, Índia
Cerimónias e Festividades
Shillong, India

Selfiestão de Natal num Baluarte Cristão da Índia

Chega Dezembro. Com uma população em larga medida cristã, o estado de Meghalaya sincroniza a sua Natividade com a do Ocidente e destoa do sobrelotado subcontinente hindu e muçulmano. Shillong, a capital, resplandece de fé, felicidade, jingle bells e iluminações garridas. Para deslumbre dos veraneantes indianos de outras partes e credos.
Fremantle porto e cidade da Austrália Ocidental, amigas em pose
Cidades
Fremantle, Austrália

O Porto Boémio da Austrália Ocidental

Em tempos o principal destino dos condenados britânicos desterrados na Austrália, Fremantle desenvolveu-se até se tornar o grande porto do Oeste da grande ilha. E, ao mesmo tempo, um abrigo de artistas aussies e expatriados em busca de vidas fora da caixa.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Cultura
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Fim do dia no lago da barragem do rio Teesta, em Gajoldoba, Índia
Em Viagem
Dooars, Índia

Às Portas dos Himalaias

Chegamos ao limiar norte de Bengala Ocidental. O subcontinente entrega-se a uma vasta planície aluvial preenchida por plantações de chá, selva, rios que a monção faz transbordar sobre arrozais sem fim e povoações a rebentar pelas costuras. Na iminência da maior das cordilheiras e do reino montanhoso do Butão, por óbvia influência colonial britânica, a Índia trata esta região deslumbrante por Dooars.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Étnico
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Cataratas Victória, Zâmbia, Zimbabué, Zambeze
História
Victoria Falls, Zimbabwe

O Presente Trovejante de Livingstone

O explorador procurava uma rota para o Índico quando nativos o conduziram a um salto do rio Zambeze. As cataratas que encontrou eram tão majestosas que decidiu baptizá-las em honra da sua rainha
El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina
Ilhas
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Oulu Finlândia, Passagem do Tempo
Inverno Branco
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Efate, Vanuatu, transbordo para o "Congoola/Lady of the Seas"
Natureza
Efate, Vanuatu

A Ilha que Sobreviveu a “Survivor”

Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Parques Naturais
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Egipto Ptolomaico, Edfu a Kom Ombo, Nilo acima, guia explica hieróglifos
Património Mundial UNESCO
Edfu a Kom Ombo, Egipto

Nilo Acima, pelo Alto Egipto Ptolomaico

Cumprida a embaixada incontornável a Luxor, à velha Tebas e ao Vale dos Reis, prosseguimos contra a corrente do Nilo. Em Edfu e Kom Ombo, rendemo-nos à magnificência histórica legada pelos sucessivos monarcas Ptolomeu.
Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
Personagens
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Barcos fundo de vidro, Kabira Bay, Ishigaki
Praias
Ishigaki, Japão

Inusitados Trópicos Nipónicos

Ishigaki é uma das últimas ilhas da alpondra que se estende entre Honshu e Taiwan. Ishigakijima abriga algumas das mais incríveis praias e paisagens litorais destas partes do oceano Pacífico. Os cada vez mais japoneses que as visitam desfrutam-nas de uma forma pouco ou nada balnear.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Religião
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Mini-snorkeling
Sociedade
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Fazenda de São João, Pantanal, Miranda, Mato Grosso do Sul, ocaso
Vida Selvagem
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.