Matmata, Tataouine:  Tunísia

A Base Terrestre da Guerra das Estrelas


Tatooine na Terra
Habitantes berberes do ksar Douiret contemplam o cenário extraterrestre do deserto em redor durante uma tempestade de areia.
A Força vs A Classe
Tunisino de smoking cruza o hotel Sidi Driss, desfasado do visual intergaláctico herdado do décor da propriedade da família Lars no planeta Tatooine.
Num fundo troglodita
Empregado do hotel Sidi Driss atravessa um dos vários fossos trogloditas do estabelecimento, terroso como nunca devido a chuvas recentes.
Alturas Fortificadas de Douiret
A colina íngreme em que se instalou o ksar Douiret, um de tantos nos arredores de Tataouine, (a povoação com o nome adaptado por George Lucas).
Descanso solarengo
Mulher berbere repousa à entrada de um dos compartimentos trogloditas do hotel Sidi Driss usado para servir refeições aos hóspedes.
Clones Berberes
Anciãos berberes em jelabas tradicionais alinham-se e confrontam-se durante uma exibição cultural do Festival dos Ksours
A Força (de braços)
Trabalhador carregado com uma grade de bebidas cruza o pátio do fosso troglodita que o hotel Sidi Driss adaptou a restaurante.
Exército Terráqueo
Uma comitiva de anciãos berberes desce uma encosta desértica nos arredores de Tataouine.
Um Cenário Extraterrestre
Paisagem excêntrica de mesetas e do céu tingidos de vermelho pela acção de tempestades de areia no deserto do Saara, a sul de Tataouine.
Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  

Passeamos pelo coração da fazenda produtora de humidade da família Lars.

Não encontramos sinal de Luke Skywalker nem de nenhum outro membro do vasto clã que habitava desde há muito aquelas paragens imaginárias.

São humanos reais – tanto nativos e residentes como vindos de longe – os que vemos em redor e no fundo das muitas cavernas escavadas no solo arenoso a sudeste do oásis de Gabes, não na Grande Planície imaginária de Sal de Chott, nem nas terras desoladas e fictícias de Jundland.

Também foi só no ecrã que esta quinta em que Luke Skywalker cresceu até aos 19 anos, criado por Owen e Beru, foi queimada pelo Império Galáctico quando o seu exército buscava os droids C-3PO e R2-D2.

Estamos em Matmata, uma cidade troglodita real e hoje tunisina e em que, tal como há milhares de anos, mais de 6.000 mil terráqueos empregam estas concavidades como seus lares, silos, armazéns e até negócios.

O Covil Terráqueo e Tunisino de Matmata

Circundamos cinco fossos redondos. Espreitamos para dentro com cuidado redobrado para evitarmos cair para o fundo. Nos dias que correm, o complexo filmado como casa dos Lars é o hotel de Sidi Driss.

Quatro destes fossos abrigam quartos espartanos. O quinto faz de restaurante. Abriga e serve viajantes entusiasmados pela excentricidade do estabelecimento e dos cenários da região, em particular por aqueles seleccionados pela equipa de George Lucas para ilustrar Tatooine, o primeiro planeta do sistema solar binário Tatoo.

Um astro bem mais ressequido e peculiar que a paisagem que o inspirou.

A base deste quarto buraco argiloso está caiada e pintada de anil. Foi dotada de janelos e portas ogivais ou redondas distribuídas pela circunferência. Ouvimos gritos abafados provenientes ora de umas ora de outras.

Nada que se equipare ao som do sabre de laser do protagonista de Guerra das Estrelas ou das armas futuristas com que os seus inimigos e aliados se confrontavam.

A Realidade Agora Apenas Restaurante de Sidi Driss

Em vez, empregados de mesa lutam contra o tempo e os patrões. Atravessam o pátio terroso atrasados e apressados, com tabuleiros cheios de comida e bebidas. Ou, no sentido inverso, das louças que os acomodavam.

A ausência de referências da saga está, todavia, longe se ser total. Um respiradouro branco conserva um disco dourado com design espacial. Várias molduras de portas preservam estranhas ranhuras modulares. Ambos os itens foram herdados das filmagens.

Após o primeiro filme “Uma Nova Esperança”, o décor foi todo removido. Em 2000, a sequela “Ataque dos Clones” obrigou à reconstrução de grande parte.

Hoje, sejam ou não fãs, os hóspedes ou visitantes do hotel almoçam ou jantam com uma sensação nem que seja ligeira de que fazem parte da saga. Como vemos acontecer vezes sem conta, fotografam-se a emular as cenas mais emblemáticas da epopeia sideral.

O Culto Obsessivo dos Fãs da Guerra das Estrelas

Segundo nos conta Raisha, uma guia local, alguns dos seus adictos não se contentam com tão pouco: “Há uns tempos, soubemos por cá que um grupo criou um fundo para recuperar o exterior da fazenda dos Lars! Reuniram quase 15 mil dólares!“ informa-nos ainda, incrédula pelo valor exorbitante que mereceu aquele iglô perdido num nenhures desértico de Chott El Jerid.

O iglô foi destruído após a filmagem da primeira trilogia, reconstruído para o “Ataque dos Clones” e “A Vingança de Sith” e, logo, abandonado à erosão.

“Não só angariaram o dinheiro como vieram cá uns cinco ou seis amigos salvadores em excursão. Só voltaram depois de o reconstruir.

Mais tarde, apresentaram o projecto, todos contentes, na Alemanha, parte de uma efeméride qualquer da “Guerra das Estrelas” e ainda lançaram um livro a descrever tudo.”

De Matmata a Tataouine. E de Tataouine à Tatouine da Guerra das Estrelas

Aproveitamos a relativa proximidade. No dia seguinte, vamos até Tataouine onde já começara um festival étnico e cultural emblemático da Tunisia, o dos Ksour. Quando chegamos, a zona estava sob uma tempestade de areia. Mantinha-se envolta de uma atmosfera algo marciana, ocre, poeirenta, bem mais húmida do que é suposto num deserto.

George Lucas e os seus colaboradores poderão não ter tido a mesma sorte – ou azar, consoante o ponto de vista – fosse como fosse, os cenários extraterrestres de Tataouine inspiraram de tal forma o realizador que este tomou o seu nome de empréstimo para a saga.

O nome e não só.

Numa visita aos arredores da cidade, a visão inesperada dos ksour, celeiros fortificados de areia compacta. Admiramo-los projectados do solo, divididos em diversas ghorfas (células armazenadoras) revelaram-se modelos perfeitos para a ala dos escravos do porto espacial de Mos Espa, lar de Anakin e de Shmi Skywalker, em grande destaque no primeiro episódio, “A Ameaça Fantasma”.

Um marco histórico escrito em rodês (um dos vários dialectos a fingir dos povos em conflito) proclamava à entrada deste lugar modular e obscuro: “Forjámos esta cidade sob o calor de sóis gémeos, em memória dos nossos antepassados, em honra dos nossos clãs vivos e pela esperança das nossas crianças por nascer.”

A Atmosfera Berber e Desértica que Inspirou os Cenários da Guerra das Estrelas

Os berberes de Tataouine são pouco dados a publicitar escritos assim pomposos. Quando entramos no ksar Ouled Soultane decorre a visita de um político de Tunes e os anciãos de diversas tribos participam num convívio banqueteado.

Numa dimensão real, terrestre e fortemente fotogénica, a sua mera presença reveste-se de um simbolismo análogo ao do marco de Mos Espa.

Observamos a beleza secular e exótica das suas jilabas brancas, amareladas pelo tempo. Indagamo-nos se, com certa influência nipónica (dos quimonos) à mistura, não teriam iluminado a criação de várias das vestes sui generis da Guerra das Estrelas.

Nos últimos dias deste périplo, mudamo-nos para a ilha mediterrânica de Djerba, a maior ao largo do norte de África, em que se diz que Ulisses e os seus companheiros da Odisseia desembarcaram. E de que os últimos não queriam mais partir, deliciados com aquela espécie de oásis flutuante e com as suas infindáveis frutas suculentas.

Em Djerba, deixamo-nos perder nas ruelas e no mercado agitado da capital Houmt Souk. Em redor, passamos por povoações campestres embelezadas por inúmeros menzeles, casas tradicionais em parte abobadadas, cercadas de oliveiras e palmeiras, em jeito de monte alentejano berbere.

Ao investigar este outro reduto da Tunísia, George Lucas e a sua equipa repararam – como também nós reparámos – na abundância de burros que os camponeses e pescadores carregavam com de tudo um pouco.

Ora, não terá sido coincidência que o animal de carga de eleição de Tatooine se chamasse jerba. Tão excêntricas quanto úteis, estas criaturas tinham um pelo longo e desgrenhado. Forneciam leite, couro e o seu pelo. Eram criadas pelos bem mais esdrúxulos Pacithhips. E por Swilla Corey, uma humana loura nascida escrava, carteirista em part-time.

Em Djerba, ainda espreitamos o edifício que deu origem à cabana de retiro de Obi-Wan Kenobi e outros usados em cenas passadas em Mos Eisley, um segundo porto espacial que mereceu que Obi-Wan Kenobi alertasse Luke Skywalker de que “nunca encontraria um antro mais desprezível de escumalha e de vilãos”.

A Djerba real deixa-nos nas mentes uma imagem contrária, de honestidade, tranquilidade e de harmonia.

Fãs contidos como sempre fomos, por essa altura, apreciávamos melhor que nunca a riqueza perversa da imaginação de George Lucas.

Tínhamos bem presente que a Terra era uma coisa, Tatooine era outra.

Chefchouen a Merzouga, Marrocos

Marrocos de Cima a Baixo

Das ruelas anis de Chefchaouen às primeiras dunas do Saara revelam-se, em Marrocos, os contrastes bem marcados das primeiras terras africanas, como sempre encarou a Ibéria este vasto reino magrebino.
Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Djerba, Tunísia

A Ilha Tunisina da Convivência

Há muito que a maior ilha do Norte de África acolhe gentes que não lhe resistiram. Ao longo dos tempos, Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos, Árabes chamaram-lhe casa. Hoje, comunidades muçulmanas, cristãs e judaicas prolongam uma partilha incomum de Djerba com os seus nativos Berberes.
Erriadh, Djerba, Tunísia

Uma Aldeia Feita Galeria de Arte Fugaz

Em 2014, uma povoação djerbiana milenar acolheu 250 pinturas murais realizadas por 150 artistas de 34 países. As paredes de cal, o sol intenso e os ventos carregados de areia do Saara erodem as obras de arte. A metamorfose de Erriadh em Djerbahood renova-se e continua a deslumbrar.
Chebika, Tamerza, Mides, Tunísia

Onde o Saara Germina da Cordilheira do Atlas

Chegados ao limiar noroeste de Chott el Jérid, o grande lago de sal revela-nos o término nordeste da cordilheira do Atlas. As suas encostas e desfiladeiros ocultam quedas d’água, torrentes sinuosas de palmeiras, aldeias abandonadas e outras inesperadas miragens.
Ras R’mal, Djerba, Tunísia

A Ilha dos Flamingos de que os Piratas se Apoderaram

Até há algum tempo, Ras R’mal era um grande banco de areia, habitat de uma miríade de aves. A popularidade internacional de Djerba transformou-a no covil de uma operação turística inusitada.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
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À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
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O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
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Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
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Arquitectura & Design
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
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Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Cerimónias e Festividades
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Fia Fia – Folclore Polinésio de Alta Rotação

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e daqui ao Havai, contam-se muitas variações de danças polinésias. As noites samoanas de Fia Fia, em particular, são animadas por um dos estilos mais acelerados.
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De Minos a Menos

Chegamos a Iraklio e, no que diz respeito a grandes cidades, a Grécia fica-se por ali. Já quanto à história e à mitologia, a capital de Creta ramifica sem fim. Minos, filho de Europa, lá teve tanto o seu palácio como o labirinto em que encerrou o minotauro. Passaram por Iraklio os árabes, os bizantinos, os venezianos e os otomanos. Os gregos que a habitam falham em lhe dar o devido valor.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
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O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
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Nativos de etnia Karanga da aldeia KwaNemamwa exibem as danças tradicionais Bira aos visitantes privilegiados das ruínas do Grande Zimbabwe. o lugar mais emblemático do Zimbabwe, aquele que, decretada a independência da Rodésia colonial, inspirou o nome da nova e problemática nação.  
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
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2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Las Cuevas, Mendoza, de um lado ao outro dos andes, argentina
Em Viagem
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De Um Lado ao Outro dos Andes

Saída da Mendoza cidade, a ruta N7 perde-se em vinhedos, eleva-se ao sopé do Monte Aconcágua e cruza os Andes até ao Chile. Poucos trechos transfronteiriços revelam a imponência desta ascensão forçada
Retorno na mesma moeda
Étnico
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Moai, Rano Raraku, Ilha Pascoa, Rapa Nui, Chile
História
Rapa Nui - Ilha da Páscoa, Chile

Sob o Olhar dos Moais

Rapa Nui foi descoberta pelos europeus no dia de Páscoa de 1722. Mas, se o nome cristão ilha da Páscoa faz todo o sentido, a civilização que a colonizou de moais observadores permanece envolta em mistério.
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A costa leste da ilha Maurícia afirmou-se como um dos édenes balneares do Índico. Enquanto a percorremos, descobrimos lugares que se revelam, ao mesmo tempo, redutos importantes da sua história. São os casos da Pointe du Diable, de Mahebourg, da Île-aux-Aigrettes e de outras paragens tropicais deslumbrantes.
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Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
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A Primeira Luz de Quem Navega de Cima

Integra o grupo dos seis ilhéus em redor da Ilha de Porto Santo mas está longe de ser apenas mais um. Mesmo sendo o ponto limiar oriental do arquipélago da Madeira, é o ilhéu mais próximo dos portosantenses. À noite, também faz do fanal que confirma às embarcações vindas da Europa o bom rumo.
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Parques Naturais
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Malolotja: o Rio, as quedas d’água e a Reserva Natural Grandiosa

Meros 32km a nordeste da capital Mbabane, sobre a fronteira com a África do Sul, ascendemos a terras altas, rugosas e vistosas de eSwatini. Por lá flui o rio Malolotja e se despenham as cascatas homónimas, as mais altas do Reino. Manadas de zebras e de antílopes percorrem os pastos e florestas em redor, numa das reservas com maior biodiversidade do sul de África.  
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Cataratas Iguaçu/Iguazu, Brasil/Argentina

O Troar da Grande Água

Após um longo percurso tropical, o rio Iguaçu dá o mergulho dos mergulhos. Ali, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, formam-se as cataratas maiores e mais impressionantes à face da Terra.
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Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

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Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
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Religião
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Sobre Carris
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Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
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Partimos do âmago do oásis gerado pelo rio Uniab, habitat do maior número de rinocerontes negros do sudoeste africano. Nos passos de um pisteiro bosquímano, seguimos um espécime furtivo, deslumbrados por um cenário com o seu quê de marciano.
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