Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas


Combate
Árbitro deixa cair dois galos adversários e dá início a mais um combate.
Detrás das grades
Público apostador contido pelas grades.
Lâmina
Especialista coloca uma lâmina na pata de mais um galo.
Apostas
Apostadores incitam outros a apostar e aceitam ou rejeitam apostas com gritos de "meron" e "wala".
O Dono das Lâminas
Colocador de lâminas segura a pasta em que guarda os seus valiosos instrumentos de trabalho.
Gabinetes
Peritos do ofício colocam lâminas nos galos combatentes.
Primeiro confronto
Donos de galos atiçam-nos para propiciar o combate.
Golpe mortal
Cadáver de galo ferido de morte depois de depenado.
Boss
Rocky Balboa, o organizador de combates nas Filipinas, expulso do Canadá por o ter feito neste país.
Galo & dono
Proprietário de galo num dos gabinetes de colocação de lâminas.
Depenador de serviço
O encarregado de processar os galos mortos nos combates, já depenados e pendurados com grandes golpes fatais.
Arma Fatal
Especialista coloca uma lâmina afiada na pata de um galo.
Quadro de apostas
Homem preenche o quadro de participantes e apostas numa arena filipina.
Pequena Cirurgia Salvadora
Veterinário corta e cose um galo golpeado por outro durante um combate para evitar que o proprietário o perca.
O Fim dos Combates
Participantes e espectadores preparam-se para deixar a arena de luta de galos de Mogpog, na ilha de Marinduque
Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.

Entramos no quarto do pequeno hotel de Manila cansados de uma recente aventura na Indonésia.

Para descontrair, ligamos a TV. Entregamo-nos, por momentos, a um zapping descomprometido e curioso. Desprezados inúmeros programas banais, deparamo-nos com um plano apertado de duas aves hesitantes numa pequena arena. O insólito capta-nos a atenção.

No vizinho Japão, seria o exotismo pesado do sumo que nos atrairia, nos Estados Unidos, o desafio masoquista de tentar perceber o encanto do basebol. Na Tailândia, talvez o muai thai (boxe tailandês). Acabámos de chegar às Filipinas. O desporto nacional são as lutas de galos (sabong).

A prová-lo, há um canal dedicado que as transmite horas a fio enriquecido por análises e comentários entusiásticos em tagalog, o dialecto nacional.

Desenvolvemos um inesperado interesse pela excentricidade cruel desta tradição introduzida há séculos pelos colonos espanhóis.  Aproveitamos a descoberta das Filipinas e resolvemos  investigar e fotografar alguns torneios realizados em galleras de distintas ilhas.

participantes e espectadores, luta de galos, filipinas

Participantes e espectadores preparam-se para deixar a arena de luta de galos de Mogpog, na ilha de Marinduque

Lutas de Galos de uma Ponta à Outra das Filipinas

Esse périplo das lutas galos começou em Bohol, passou pela improvável Marinduque. Teve fim em Camiguin, já quase nos fundos das Filipinas.

É num dia escaldante que entramos no recinto de Dauis, em Bohol. Infernizam-no a cantoria de centenas de galos de crista levantada.

colocar laminas, luta de galos, filipinas

Peritos do ofício colocam lâminas nos galos combatentes.

Lá dentro, os combates já decorrem mas, no exterior, em cabines construídas para o efeito, especialistas bem pagos atam tares (lâminas em forma de espora) nas patas das aves lutadoras com recurso a pequenas malas onde as mantêm arrumadas.

Malgrado a sua abundância e diversidade, um aviso afixado num contraplacado alerta: “Não são permitidas lâminas duplas”.

lamina fatal, luta de galos, filipinas

Especialista coloca uma lâmina na pata de mais um galo.

Logo ao lado, criadores/treinadores atiçam os seus competidores uns contra os outros para os excitar e exercitar. Um veterinário de serviço limpa e cose feridas de galos já atingidos, incumbido de os recuperar para combates futuros.

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Veterinário corta e cose um galo golpeado por outro durante um combate para evitar que o proprietário o perca.

Alguns metros para diante, os concorrentes que se seguiam do dérbi são pesados, numa balança diminuta que estabelece as suas categorias.

Apesar do frenesim e da intensidade do evento, a inesperada presença dos fotógrafos estrangeiros atrai as atenções. Suscita uma série de reacções extemporâneas.

Chamam-nos à proximidade de um homem forte que traja uma camisola de alças largueirona e informam-nos com entusiasmo e reverência: “Ele é que é um dos grandes campeões! Já repararam no braço? Só quem tem muitas vitórias pode fazer uma assim!”

Por esta altura, o herói visado já se revê nos elogios. Vira o seu bíceps direito e expõe o galo lutador que tatuou com tinta negra.

Continuamos a percorrer o exterior da gallera. A missão revela-se cada vez mais complicada devido à aglomeração de gente junto à zona das bilheteiras. Quando, por fim entramos, no sabungan (arena), a atmosfera é densa.

O zoar já audível lá fora torna-se ensurdecedor.

O Interior Tresloucado das Galleras

Os termos meron e wala gritados vezes sem conta, anunciam um novo combate. A multidão exclusivamente masculina combina-os com gestos similares aos da bolsa. Define-se, dessa forma, quem quer apostar uma quantia alta (milhares de pesos) ou baixa (centenas de pesos).

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Apostadores incitam outros a apostar e aceitam ou rejeitam apostas com gritos de “meron” e “wala”.

Assim que o confronto tem início, os gritos histéricos passam a incentivar os galos competidores.

Em Coron, no sul do vasto arquipélago filipino, apresentam-nos o duvidoso Ricky Balboa, um promotor de derbies que confessa, com orgulho mal disfarçado de gangster, ter sido expulso do Canadá por lá organizar combates.

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Rocky Balboa, o organizador de combates nas Filipinas, expulso do Canadá por o ter feito neste país.

Ora as lutas de galos são ilegais, no Canadá, como é em quase todo o mundo dito civilizado.

Enquanto conta as notas de pesos que recebeu dos apostadores, Ricky descreve outras das suas peripécias marginais. Seduzido por uma manobra de marketing, deixa-nos passar o interior do cockpit e para junto de si. Os espectadores mais próximos afiançam-nos que se tratava de um privilégio de poucos.

O Acesso Inesperado ao Fosso da Arena de Coron

Aproveitamos a gentileza e vemo-nos numa situação surreal, cercados por grades e por uma multidão em êxtase.

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Público apostador contido pelas grades.

Um filipino mais atrevido tenta a sua sorte com os estrangeiros. Mesmo sem intenção, incita outros a desafiar-nos, o que nos vemos obrigados a recusar com o humor possível fosse por uma questão de princípio ou por não sabermos avaliar a diferença entre o llamado (o favorito) e o dejado (o aspirante).

Assim são diferenciados os galos lutadores na terminologia local.

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Proprietário de galo num dos gabinetes de colocação de lâminas.

A competição é retomada. Ao soltarem os seus galos, os treinadores desencadeiam agressões imediatas e violentas que fazem voar penas e nos obrigam a correr em redor da arena.

Por norma, os ataques dos galos começam enérgicos, com grandes saltos de patas em riste. À medida que sofrem danos, as aves perdem fulgor.

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Donos de galos atiçam-nos para propiciar o combate.

Golpe após golpe, torna-se necessária a intervenção do árbitro que as reaviva. A luta só termina quando um ou ambos os galos se imobilizam de vez.

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Árbitro deixa cair dois galos adversários e dá início a mais um combate.

A Decisão Sagrada do Sentensyador das Lutas de Galos

Nessa altura, o veredicto do sentensyador (juiz) é inapelável.

Para que não restem dúvidas, o seu poder determinativo surge bem explicado a vermelho, em inglês, num painel com quatro faces que coroa a arena: “Judge decision is final.”

Concluído aquele combate, há um intervalo de vinte minutos. Logo, as apostas são retomadas. Prolongam um ciclo que dura toda a tarde e adensa uma atmosfera cada vez mais fumarenta.

Empregados de Ricky levam os galos perdedores abatidos ou demasiado feridos para o exterior. Lá fora, são de imediato depenados e cozidos. A nudez das aves revela golpes atrozes. Ao mesmo tempo, os criadores derrotados enfrentam as feridas da sua desilusão.

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Cadáver de galo ferido de morte depois de depenado.

Os criadores felizardos, pelo seu lado, são facilmente identificáveis em redor da gallera. Passeiam os seus galos com cuidado extra, trocam piadas fáceis com outros apostadores satisfeitos. E exibem as patas que cortaram, como troféus, às aves a que as suas tiraram a vida.

A Faceta Financeira das Lutas de Galos Filipinas

Sempre que passam de eliminatória, os galos triunfadores enriquecem os seus donos. Estes, recuperam e multiplicam o dinheiro neles gasto, investido em rações especiais, em medicamentos, noutros tratamentos e na dispendiosa inscrição no torneio.

Nas pequenas povoações, cada registo ronda os 100 euros. Pode custar infinitamente mais nos grandes torneios transmitidos pela TV, competições em que se envolvem tanto a classe média filipina como os VIP’s abastados do país, incluindo actores e políticos influentes.

A derradeira felicidade cabe aos vencedores supremos de cada dérbi. Entre todos os eventos a que assistimos, os criadores triunfantes arrecadavam um mínimo de quase 2000 euros (120.000 pesos).

É muito dinheiro para o nível de vida sofrível das Filipinas. Ainda assim, uma ínfima fracção do que está em jogo nas competições de nível nacional e internacional.

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Homem preenche o quadro de participantes e apostas numa arena filipina.

As lutas de galos não são originárias ou exclusivas das Filipinas, longe disso. Várias outras nações da Ásia, do Pacífico, das Caraíbas, da América Central e do Sul e até o arquipélago espanhol das Canárias (onde, por contraste, é proibida a tourada) partilham o fervor pelo desporto.

Nas Filipinas, todavia, o fenómeno atinge proporções únicas. O gigantesco Araneta Coliseum de Quezon (cidade próxima de Manila) acolhe duas vezes por ano o World Slasher Derby.

Nesta competição multimilionária que goza de apoios governamentais directos e indirectos, enfrentam-se, os melhores galos lutadores do mundo.

E os filipinos vibram com as suas lutas de galos mais que nunca.

Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Hungduan, Filipinas

Filipinas em Estilo Country

Os GI's partiram com o fim da 2ª Guerra Mundial mas a música do interior dos EUA que ouviam ainda anima a Cordillera de Luzon. É de tricycle e ao seu ritmo que visitamos os terraços de arroz de Hungduan.
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo - Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Bohol, Filipinas

Umas Filipinas do Outro Mundo

O arquipélago filipino estende-se por 300.000 km² de oceano Pacífico. Parte do sub-arquipélago Visayas, Bohol abriga pequenos primatas com aspecto alienígena e as colinas extraterrenas de Chocolate Hills.
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Mactan, Cebu, Filipinas

O Atoleiro de Magalhães

Tinham decorrido quase 19 meses de navegação pioneira e atribulada em redor do mundo quando o explorador português cometeu o erro da sua vida. Nas Filipinas, o carrasco Datu Lapu Lapu preserva honras de herói. Em Mactan, uma sua estátua bronzeada com visual de super-herói tribal sobrepõe-se ao mangal da tragédia.
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

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Vigan, a Mais Hispânica das Ásias

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Marinduque, Filipinas

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A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
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Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
Bacolod, Filipinas

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Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
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