Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga


Cores de Buda
Trio Caprino
Cabras curiosas no solo pedregoso de Braga, uma aldeia na iminência de Manang
Ternura
Afazeres rurais
Mãe e Filho, a Caminho
Amuleto de Trilho
Lares Budistas
Estandartes budistas esvoaçam ao vento, sobre o casario de pedra e madeira abaixo do Mosteiro Budista de Braga.
Braga lá em baixo
Vista panorâmica de Braga, do trilho que sobe para o Ice Lake.
Cimo do Mosteiro de Braga
Os Annapurnas em fundo como visto do cimo do Mosteiro budista de Braka.
Recanto Garrido-Budista
Bandeiras budistas decoram o templo budista de Braga, no Nepal
Iaque em Recarga
Iaque recarrega-se ao sol após um noite gelada passada no curral.
Beijo equino
Cavalos sobre o prado ensopado em frente a Braga
Estandartes contraluz
Estandartes budistas esvoaçam ao vento
Iaque em Recarga
Iaque recarrega-se ao sol após um noite gelada passada no curral.
Ao Sol
Moradora de Braga sobre o terraço solarengo da sua velha casa.
À porta
Pormenor de uma porta do piso superior do Mosteiro Budista de Braga
Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).

O Abrigo Disputado do New Yak Hotel

O conforto. O bem-estar. O calor. Não serão os visitantes-caminhantes que estão mal habituados. A necessidade é universal.

Durante o circuito Annapurna, mal o sol se some para trás das montanhas, a vida parece girar em redor do fogo. No New Yak Hotel de Braga, repetiu-se a competição pelos lugares em redor do lume, naquele caso, alimentado a lenha na salamandra do estabelecimento.

Estandartes Budistas em Braga, Circuito Annapurna, Nepal

Estandartes budistas esvoaçam ao vento

Um grupo de alemães que despertava com as galinhas e com o dia já planeado de fio a pavio, voltou a vencer.

Saímos do quarto, de duche tomado e tralha mais ou menos arrumada. Quando entramos na sala de estar e de refeições da pousada, os jovens teutónicos monopolizavam o calor.

A sala estava disposta sob o comprido. Sobravam apenas uns poucos lugares no extremo oposto à salamandra, junto ao balcão e à saída da cozinha.

Sem alternativas, é lá que nos instalamos. Pedimos o jantar. Antes, durante e um bom tempo após a refeição, participamos num outro passatempo clássico das pousadas do Circuito Annapurna.

O New Yak carecia de tomadas nos quartos. Tudo o que eram carregamentos de baterias de dispositivos estava concentrado numa única torre com dezenas de entradas.

Estranho Passatempo Eléctrico

Fosse ou não propositado, as entradas dessa torre Made in China não seguravam a maior parte das fichas. O problema já seria sério com três ou quatro fichas por ligar.

Mas eram mais de trinta as que disputavam a torre. Mal lá colocámos os nossos dispositivos, percebemos o quão frágil era o contacto que obtínhamos. Bastava um outro hóspede tocar numa das suas fichas que fazia desligar duas ou três em volta.

Na prática, esta falha fazia com que nenhum deles ficasse tranquilo com os carregamentos. Em vez de conversarem à mesa, sossegados, repetiam vaivéns à torre de alimentação.

Mal uns a deixavam, apareciam logo outros preocupados com a possibilidade de os anteriores terem desligado os seus aparelhos.

Nós, estávamos sentados logo ao lado da torre. Até podíamos ter ficado em último na disputa pelo fogo mas, compensámos na intimidade que conseguimos com aquela caprichosa central eléctrica.

Outra consequência da sua disfuncionalidade foi que ninguém teve paciência para esperar até aos dispositivos ficarem carregados em pleno. Nessa noite, nós como os outros hóspedes, confiámos o seu funcionamento a powerbanks que trazíamos carregados para emergências.

Nem sequer o dono da pousada permitiria grandes noitadas. Feito o seu habitual lucro, na hora pós-refeição do costume, os funcionários do New Yak deixaram de colocar lenha na salamandra. A sala depressa ficou gelada. Era o sinal que todos conheciam de que chegara a hora de ir para a cama.

A entrada vespertina na povoação, tinha deixado antever uma Braga deslumbrante. De acordo, dormimos o melhor possível.

Moradora de Braga, Circuito Annapurna, Nepal

Moradora de Braga sobre o terraço solarengo da sua velha casa.

Novo Dia, Nova Braga

Pouco depois da alvorada, sentamo-nos na esplanada na companhia do compincha turco de caminhada Fevsi. Sob um sol uma vez mais radiante, devorámos as papas de aveia com maçã e mel do nosso contentamento.

O alemão Josh, que havia recuado uns bons quilómetros até Chame para recuperar o seu Permit do circuito, já ali surgia. Passada meia-hora, chegou um outro grupo de caminhantes que tanto Fevsi como Josh conheciam. Eram Bruno e Cris, ambos brasileiros.

E Lenka e Tatjana, alemãs, a primeira com ascendência russa. A segunda, filha de pai alemão e de mãe também alemã mas com origem meio cazaque, meio chinesa.

Confraternizamos por breves momentos. Após o que cada um segue no modo para que mais estava virado. Fevsi ficou a vegetar na esplanada. Nós, Josh, Bruno e Lenka saímos à descoberta de Braga.

Como acontecera no fim de dia anterior, alguns iaques pastavam a erva ensopada no declive suave entre os dois paredões de rocha calcária que encerravam a povoação a leste e a ocidente.

Não eram só iaques. Cinco ou seis potros que se tinham juntado ao pastorício, compunham o cenário bucólico com que a manhã nos prendava.

O Misticismo Sobranceiro do Mosteiro de Braga

Por mais que a natureza e a geologia do lugar ali resplandecessem, eram as componentes humanas que tornavam Braga especial: o seu mosteiro budista excêntrico, encaixado na base de uma miniatura de cordilheira repleta de picos afiados, uma gompa com história única e importância a condizer.

E o casario intrigante que, à vista, parecia quase troglodita instalado abaixo e em redor.

Kama Chhiring, um morador, concedeu um depoimento online ao site de repositórios culturais Mandala da Universidade da Virginia.

Nesse testemunho, explica em dialecto manange que um grande lama tibetano – Khatu Karma Lapsang, da décima primeira incarnação – passou por aquela zona há mais de meio milénio.

Decorrido algum tempo, esse Karmapa  mandou lá erguer o mosteiro de Braga para abrigar uns poucos ídolos tibetanos que, na actualidade, os religiosos budistas continuam a proteger e a preservar.

Nos dias que correm, o templo abriga muitos mais. Guarda centenas de estátuas de Buda, umas mais sagradas que outras, de acordo com a sua antiguidade.

Graças ao mosteiro, o budismo tibetano disseminou-se pelas aldeias e lugarejos da região. Mantem-se, hoje, a fé indisputada não só das povoações de língua manange como de muitas outras destas partes dos Himalaias.

A gompa de Braga não é, todavia, o tipo de mosteiro que receba, todos os dias, grandes comitivas de crentes. Apesar de contar com mais de trezentos moradores, Braka parece-nos deserta.

Tínhamos lido em qualquer lado que a visita do mosteiro implicava o pagamento de uma entrada. Mas, quando ascendemos para o tecto-terraço nas suas alturas, não encontrarmos vivalma a quem pagar o ingresso.

Uma Deslumbrante Cúpula Panorâmica

Subimos para o derradeiro andar por uma pequena escada de madeira esculpida.

Dali de cima, por uma boa meia-hora, deixamo-nos deslumbrar com a visão majestosa das montanhas Annapurna III (7.555m) e Gangapurna (7.455m) a sul, com os seus cumes altivos ainda bem nevados.

Cimo do Mosteiro de Braka, Circuito Annapurna, Nepal

Os Annapurnas em fundo como visto do cimo do Mosteiro budista de Braka.

Daquele cimo, examinamos ainda a leva de casas feitas de pedra cinza, adobe e madeira, umas encavalitadas sobre as outras, cada qual com o seu estandarte budista multicolor a esvoaçar, todas elas apoiadas na falda oposta em que se havia aninhado Braka.

Esta era a Braka secular e genuína. Aquela que os forasteiros como nós vasculhavam de passagem. Havia a outra, bem mais recente.

A instalada de ambos os lados da estrada Manang Sadak, com o rio Marsyangdi à vista, onde se sucediam as pousadas e casas de chá, nas posições mais convenientes para capturarem os caminhantes derreados e esfomeados. Primeiro a New Yak.

Logo, várias outras, alinhadas na direcção de Manang que já distava menos de quatro quilómetros. Manang é a maior das povoações das redondezas.

Os caminhantes lá tratam dos derradeiros preparativos e procedimentos para a travessia suprema do circuito: a do desfiladeiro Thorong La, a 5.416 metros de altitude, quase dois mil acima da Braga que continuávamos a explorar.

De Passagem, pela Vida Ténue de Braga

Deixamos Bruno e Lenka entregues a um momento de contemplação e meditação que requeria silêncio. Voltamos a descer para a base do templo. Vagueamos pelas ruelas da aldeia ainda cobertas de gelo ou neve nos recantos por que os raios solares não se haviam ainda aventurado.

Uns poucos lares estavam abandonados. As suas ruínas precipitavam-se sobre os becos estreitos. Obrigavam-nos a caminhar sobre pilhas de pedras resvalantes.

Esses lares, como os outros, contavam com janelas de madeira rendilhadas e, mesmo se sem a cor de outros tempos, elegantes.

Quase todas as casas incluíam currais na base. E, sobre estes currais, haviam alpendres que os moradores atafulhavam de lenha seca, em que instalavam os seus estendais de roupa e, aqui e ali, pequenas antenas discais de televisão.

Regressamos à orla deste casario, onde os lares raiavam com o prado ensopado que mantinha os animais de carga ocupados. Nessa zona, limítrofe, damos por fim com alguma vida humana.

Entre Cabras e Iaques

Uma família transportava grandes cestos a transbordar de uma mistura escurecida de palha com caruma. Faziam-no entre um monte escorado da substância e um curral a quem davam uma nova cama.

Mais abaixo, um rebanho de cabras regressava ao seu abrigo.

Pai, filho, cabritinho em Braga,Nepal

Pai de Braga passa um cabritinho felpudo ao seu filho bébé.

Para gáudio de Tenzin, um menino nepalês com os seus dois anos (ou menos) que se entretinha a tentar barrar a passagem aos cabritinhos e que vimos celebrar, sorridente, quando Sonan Tchincap, o seu jovem pai, lhe passou um deles, castanho-claro, bem felpudo, para o colo.

Voltamos a cruzar-nos com mais iaques. Dois deles, negros, já quase mais vacas que iaques de tantos cruzamentos passados, permaneciam junto a uma vedação de madeira, imóveis, com excepção para as bocas que pareciam mastigar e saborear o ar.

Tal como o percebíamos, só há pouco tempo os donos os tinham soltado da frigidez nocturna dos seus aposentos.

Enregelados, hirtos a condizer, os animais recarregavam-se com o calor solar da manhã, ainda mais lentamente que os telemóveis e powerbanks na New Yak.

Ainda nos virámos para trás duas ou três vezes. Nunca chegámos a ver os bovídeos mexer-se.

Iaque em Brag, Circuito Annapurna, Nepal

Iaque recarrega-se ao sol após um noite gelada passada no curral.

Naquelas deambulações e preparos, o dia ia quase a meio.

Estava na altura de regressarmos à base logística da pousada.

Havia muito mais que explorar nos arredores de Braga pelo que estendemos a estadia por outra noite. Manang e o temido Thorong Pass podiam perfeitamente esperar.

Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna - A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
bebe entre reis, cavalhadas de pirenopolis, cruzadas, brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
Uma espécie de portal
Cidades
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Cultura
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Motociclista no desfiladeiro de Sela, Arunachal Pradesh, Índia
Em Viagem
Guwahati a Sela Pass, Índia

Viagem Mundana ao Desfiladeiro Sagrado de Sela

Durante 25 horas, percorremos a NH13, uma das mais elevadas e perigosas estradas indianas. Viajamos da bacia do rio Bramaputra aos Himalaias disputados da província de Arunachal Pradesh. Neste artigo, descrevemos-lhe o trecho até aos 4170 m de altitude do Sela Pass que nos apontou à cidade budista-tibetana de Tawang.
Casinhas miniatura, Chã das Caldeiras, Vulcão Fogo, Cabo Verde
Étnico
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã “Francês” à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Montanha da Mesa vista a partir de Waterfront, Cidade do Cabo, África do Sul
História
Table Mountain, África do Sul

À Mesa do Adamastor

Dos tempos primordiais das Descobertas à actualidade, a Montanha da Mesa sempre se destacou acima da imensidão sul-africana e dos oceanos em redor. Os séculos passaram e a Cidade do Cabo expandiu-se a seus pés. Tanto os capetonians como os forasteiros de visita se habituaram a contemplar, a ascender e a venerar esta meseta imponente e mítica.
Camponesa, Majuli, Assam, India
Ilhas
Majuli, Índia

Uma Ilha em Contagem Decrescente

Majuli é a maior ilha fluvial da Índia e seria ainda uma das maiores à face da Terra não fosse a erosão do rio Bramaputra que há séculos a faz diminuir. Se, como se teme, ficar submersa dentro de vinte anos, mais que uma ilha, desaparecerá um reduto cultural e paisagístico realmente místico do Subcontinente.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Inverno Branco
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Vaca cachena em Valdreu, Terras de Bouro, Portugal
Natureza
Campos de Gerês -Terras de Bouro, Portugal

Pelos Campos do Gerês e as Terras de Bouro

Prosseguimos num périplo longo e ziguezagueante pelos domínios da Peneda-Gerês e de Bouro, dentro e fora do nosso único Parque Nacional. Nesta que é uma das zonas mais idolatradas do norte português.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Parques Naturais
Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo

Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
A Toy Train story
Património Mundial UNESCO
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
vista monte Teurafaatiu, Maupiti, Ilhas sociedade, Polinesia Francesa
Praias
Maupiti, Polinésia Francesa

Uma Sociedade à Margem

À sombra da fama quase planetária da vizinha Bora Bora, Maupiti é remota, pouco habitada e ainda menos desenvolvida. Os seus habitantes sentem-se abandonados mas quem a visita agradece o abandono.
Camboja, Angkor, Ta Phrom
Religião
Ho Chi-Minh a Angkor, Camboja

O Tortuoso Caminho para Angkor

Do Vietname em diante, as estradas cambojanas desfeitas e os campos de minas remetem-nos para os anos do terror Khmer Vermelho. Sobrevivemos e somos recompensados com a visão do maior templo religioso
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
city hall, capital, oslo, noruega
Sociedade
Oslo, Noruega

Uma Capital (sobre) Capitalizada

Um dos problemas da Noruega tem sido decidir como investir os milhares milhões de euros do seu fundo soberano recordista. Mas nem os recursos desmedidos salvam Oslo das suas incoerências sociais.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Penhascos acima do Valley of Desolation, junto a Graaf Reinet, África do Sul
Vida Selvagem
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.