Lagoa Jökursarlón, Glaciar Vatnajökull, Islândia

Já Vacila o Glaciar Rei da Europa


Repouso a frio
Foca sobre um banco de gelo flutuante da lagoa de Jökursarlón, ao largo do glaciar de Vatnajökull.
Mini-icebergs
Retalhos de gelo recém-soltos do glaciar Vatnajökull, na lagoa de Jökursarlón.
Em terra islandesa
Visitantes percorrem a margem da lagoa de Jökursarlón.
O pouso possível
Aves marinhas repousam sobre um banco de gelo da lagoa de Jökursarlón.
Gelo puro
Guia Karl Gudmunsson exibe um fragmento de gelo da lagoa de Jökursarlón.
Solenidade boreal
Visitantes à lagoa de Jökursarlón posa para uma fotografia de grupo.
Aproximação
Zodiac com passageiros acerca-se do glaciar Vatnajökull.
Iceberg-lagoa-jokulsarlon-glaciar-vatnajokull-Islandia
Um dos icebergs com formas caprichosas ds lagoa de Jökursarlón.
Passageiros-zodiac-admiram-iceberg-lagoa-jokulsarlon-glaciar-vatnajokull-Islandia
Passageiros de zodiac admiram um iceberg sujeito às forças do Vatnajökull, permanentes da erosao.
A ver o gelo passar
Momento de contemplação à beira da lagoa de Jökursarlón.
Visitantes-percorrem-margens-lagoa-jokulsarlon-glaciar-vatnajokull-Islandia
Visitantes da lagoa de Jökursarlón percorrem uma margem pedregosa.
Só na Gronelândia e na Antárctica se encontram geleiras comparáveis ao Vatnajökull, o glaciar supremo do velho continente. E no entanto, até este colosso que dá mais sentido ao termo Terra do Gelo se está a render ao cerco inexorável do aquecimento global.

A estrada que desce de Höfn para a costa sul da Islândia já não serpenteia ao longo dos fiordes profundos do leste, como até então.

Os espaços exíguos entre o mar frígido do Atlântico Norte e o sopé das vertentes aumenta e dá lugar às primeiras grandes superfícies de aluvião, areais negros sem fim, sarapintados por colónias aleatórias de calhaus que, por alturas de Junho, os caudais criados degelo estival tomam de assalto.

Passamos por mais granjas dispostas contra as encostas e, aqui e ali, irrigadas por quedas de água suaves. De novo, por montanhas abruptas de bases verdejantes e topos nevados.

Avançamos por estes domínios boreais ainda e sempre maravilhados pela imponência da paisagem, quando, subitamente, reparamos nas primeiras frentes de rios de gelo que se insinuam, com timidez, entre vales apertados.

Ao nível da via costeira, o cenário volta ao verde predominante mas já nos restam poucas dúvidas de que, por detrás da cordilheira, se esconde o majestoso Vatnajökull.

Visitantes na margem da lagoa de Jökursarlón, Islândia

Visitantes percorrem a margem da lagoa de Jökursarlón.

Jökursarlón e o Anfitrião Karl Gudmundsson

Dali em diante, a visão repete-se algumas vezes, até que chegamos às imediações da lagoa de Jökursarlón, onde o glaciar perde a timidez e se aproxima do mar que sonda com icebergues dissidentes que flutuam ao sabor da maré e das correntes.

Alguns, destemidos, chegam a percorrer o estreito contíguo e, com a vazante da baixa-mar aventuram-se no grande Atlântico do Norte. Outros, mantêm-se solidários numa vasta comunhão de retalhos de gelo azulados.

Iceberg da Um dos icebergs com formas caprichosas ds lagoa de Jökursarlón, Islândia

Um dos icebergs com formas caprichosas ds lagoa de Jökursarlón.

Já nas imediações da lagoa, Karl Gudmundsson acolhe-nos no atrelado que a empresa que serve usa como balcão e vestiário. Enquanto nos preparamos para a incursão num barco insuflável zodiac em Jökursarlón, entramos em modo de galhofa com o anfitrião e guia.

Na época invernosa e menos turística da Islândia, Karl é pescador. Trabalha a partir das ilhas Westman, ao largo do centro da costa sul. Um nosso comentário sobre as semelhanças dos dialectos, inspira-o a desabafos curiosos: “o nosso islandês, se se parece com alguma outra língua, será com o norueguês e o dinamarquês, mas não é assim tão próximo.

Sabem, uma vez estava à mesa com pessoas da Noruega, da Suécia e da Dinamarca e eles safavam-se perfeitamente. Só eu é que não apanhava nada. É engraçado porque temos os mesmos antepassados mas, nós continuámos a usar as formas mais arcaicas.

Aliás, é um pouco assim que eles nos vêem. Para um norueguês ou dinamarquês, os islandeses são todos agricultores ou pescadores. A mim, para ser sincero, agrada-me que nos achem assim!”

Entre Icebergs até à frente sul do grande glaciar Vatnajökull

Chegam mais passageiros. Karl trata de os meter no zodiac.

E ao zodiac dentro de água. Zarpamos a baixa velocidade para o coração da lagoa, a ziguezaguear entre icebergues de todos os tamanhos e feitios.

Até nos aproximarmos da frente vasta do glaciar que vislumbramos a prolongar-se encosta acima, imaginamos que até junto das suas elevações supremas, o monte gelado de Hvannadalshnúkur (2119 m), o mais elevado da Islândia e o vizinho de ocidente, o vulcão Grimsvötn que, em 2004, fez derreter massivamente o gelo e provocou verdadeiros dilúvios fluviais.

Zodiac com passageiros, glaciar Vatnajökull, Islândia

Zodiac com passageiros acerca-se do glaciar Vatnajökull.

A lagoa de Jökulsarlón que sulcamos tem menos de um século. É alimentada pela Breidamerkurjökull, uma das trinta línguas do grande glaciar Vatnajökull, a geleira suprema do continente europeu, com uma superfície incrível de cerca de 8100km2, nem mais nem menos que 8% do território da Islândia.

O Vatnajökull surge na zona mais chuvosa da Islândia, o sudeste. A sua vertente meridional recebe precipitações anuais superiores a 4000 litros por metro quadrado.

Só um outro glaciar islandês, o Myrdallsjökull, recebe uma precipitação superior e liberta mais água para o oceano que a vertente sul do Vatnajökull. De tal maneira que o Olfusa, o rio com maior caudal da Islândia, demoraria para cima de duzentos anos a conduzir toda a água do Vatnajökull para o Atlântico do Norte.

Já vertente norte do Vatnajökull é bastante mais seca. Esta diferença explica a assimetria da espessura do gelo: 800 metros, em média, no sul e apenas 500 metros no norte.

Explica-se também, assim, o porquê de o Vatnajökull oscilar para se equilibrar, de estar 17 metros sobre o nível do mar no sul e apenas 500m no norte.

Passageiros de zodiaca

Passageiros de zodiac admiram um bloco de gelo do glaciar Vatnajökull, sujeito às forças permanentes da erosao.

Fogo Debaixo do Gelo

Ainda mais estranho: tal como acontece com vários outros glaciares da Islândia, o Vatnajökull subsiste malgrado a existência de diversos vulcões activos abaixo da sua calota glaciar.

Em 1996, um deles, o Grimsvötn, deu origem a uma torrente massiva que inundou as planícies de aluvião a sul. Em 2004, e 2011, este mesmo vulcão teve erupções consideráveis com plumas de fumo e cinza que atingiram os 20km de altitude e interromperam o tráfico aéreo durante vários dias.

O Recesso em Tempos Impensável do Vatnajökull

Até há algum tempo, o gelo do Vatnajökull chegava ao mar. A meio da década de 70, o colosso recuou.

Braços de água voláteis que escoavam em direcção ao oceano provocaram outra inundação violenta da paisagem. Obrigaram à construção de um viaduto enorme para completar a estrada Ring Road que dá a volta à Islândia em 1339km.

Foca na lagoa de Jökursarlón, Islândia

Foca sobre um banco de gelo flutuante da lagoa de Jökursarlón, ao largo do glaciar de Vatnajökull.

Karl já mal tem memória de quando o glaciar entrava pelo mar. As focas, essas, marcaram presença em ambos os sectores do ecossistema. Karl avista um espécime a dormitar sobre uma placa plana de gelo.

Acerca-se o mais que pode, o suficiente para os zooms das câmaras a bordo poderem dar uma ajuda aos fotógrafos.

O animal pouco ou nada se incomoda com o assédio longínquo. Um ou outro virar de cabeça na direcção da embarcação e logo regressa à pose original. Karl devolve-lhe o respeito sagrado.

Apanha uma pedra quase transparente da água e elucida os forasteiros sobre a sua incrível pureza e antiguidade, frequentemente renovada, diga-se de passagem.

Guia exibe gelo lagoa de Jökursarlón, Islândia

Guia Karl Gudmunsson exibe um fragmento de gelo da lagoa de Jökursarlón.

O grande Vatnajökull tem vindo a recuar e, ao contrário do que se possa pensar, os vulcões pouco ou nada têm que ver com essa realidade que preocupa a comunidade internacional, os islandeses em geral.

E, em particular, os de Höfn e outras povoações próximas do Vatnajökull, dependentes do equilíbrio entre o volume milenar do glaciar e o do mar ao largo.

Danos no Velho Modo de Vida Islandês

Nos últimos tempos, à medida que as temperaturas no Árctico aumentam a um ritmo mais acelerado que em qualquer outra parte do Planeta, nem o rei dos glaciares resiste.

No Atlântico do Norte ao largo, o aquecimento das águas fez com que só as espécies de peixes mais resilientes permanecessem. Esse é, no entanto, o menor dos problemas. O glaciar derreteu de tal maneira que a terra se elevou do mar e é cada vez mais difícil fazer movimentar dentro e fora do porto de Höfn as traineiras de maior calado.

Em simultâneo, a redução extrema do volume e peso do Vatnajökull tem vindo a causar a drenagem de fiordes milenares, a alteração de sedimentos subterrâneos e até a danificar a canalização da cidade.

O dano é de tal forma sério que a as autoridades islandesas decidiram precaver-se com um novo porto em Finnafjord, num cenário inóspito da costa leste da ilha. Isto, a pensar na capitalização futura do tráfico marítimo internacional intensificado pelo derreter da calota polar do Árctico e pela navegação sistemática de embarcações comerciais e até de turismo.

Celebração Cantada da Grandiosidade de Vatnajökull

Um grupo de islandeses cantores em confraternização visita aquele cenário com o propósito de se registar com os icebergs em fundo. O fotógrafo de serviço tem algum trabalho para os alinhar no enquadramento ideal, como para resgatar a atenção dos participantes em simultâneo. Consegue-o, por fim.

Foto de grupo de visitantes lagoa de Jökursarlón, Islândia

Visitantes à lagoa de Jökursarlón posa para uma fotografia de grupo.

Logo após, a comitiva, toda ela enfiada em fatos escuros, partilha piadas de improviso. Volta a organizar-se e oferece aos estrangeiros ali presentes um recital em coro inesquecível. Tão subitamente como tinham aparecido naquelas paragens, regressam ao autocarro e, como nós, fazem-se à estrada.

Há muito mais para descobrir no sul da Islândia e em redor do seu maior glaciar. O vasto Parque Nacional Skaftafell é o mais famoso do país e concede vários outros cenários deslumbrantes ao longo da frente meridional do glaciar, que tem mais de 100km.

Se não é o gelo é o degelo. A água frígida do Vatnajökull alimenta incontáveis rios de montanha com percursos aventureiros.

Deixamos o carro num parque de estacionamento quase vazio e vencemos um trilho íngreme que acompanha o fluir de um destes riachos. Um quilómetro depois, desembocamos num beco rochoso sem saída e vemos o caudal despenhar-se de uma falésia improvável.

Flui, ali, uma das quedas de águas mais excêntricas da ilha, Svartifoss, rodeada por colunas hexagonais de basalto formadas por fluxos de lava que arrefeceram muito lentamente mas que, agora, colapsam sem aviso e com demasiada frequência, razão porque as autoridades limitaram a aproximação às paredes negras.

Regressamos ao carro e à Ring Road. Ao poucos, o Vatnajökull fica para trás. As quedas de água que alimenta, essas, continuam a mergulhar de precipícios encharcados, por muitos mais quilómetros.

Perito Moreno, Argentina

O Glaciar Que Resiste

O aquecimento é supostamente global mas não chega a todo o lado. Na Patagónia, alguns rios de gelo resistem.De tempos a tempos, o avanço do Perito Moreno provoca derrocadas que fazem parar a Argentina
Glaciares

Planeta Azul-Gelado

Formam-se nas grandes latitudes e/ou altitudes. No Alasca ou na Nova Zelândia, na Argentina ou no Chile, os rios de gelo são sempre visões impressionantes de uma Terra tão frígida quanto inóspita.
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Lagoa de Jok​ülsárlón, Islândia

O Canto e o Gelo

Criada pela água do oceano Árctico e pelo degelo do maior glaciar da Europa, Jokülsárlón forma um domínio frígido e imponente. Os islandeses reverenciam-na e prestam-lhe surpreendentes homenagens.
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
PN Thingvellir, Islândia

Nas Origens da Remota Democracia Viking

As fundações do governo popular que nos vêm à mente são as helénicas. Mas aquele que se crê ter sido o primeiro parlamento do mundo foi inaugurado em pleno século X, no interior enregelado da Islândia.
Islândia

Ilha de Fogo, Gelo, Cascatas e Quedas de Água

A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Puerto Natales-Puerto Montt, Chile

Cruzeiro num Cargueiro

Após longa pedinchice de mochileiros, a companhia chilena NAVIMAG decidiu admiti-los a bordo. Desde então, muitos viajantes exploraram os canais da Patagónia, lado a lado com contentores e gado.
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Prince William Sound, Alasca

Viagem por um Alasca Glacial

Encaixado contra as montanhas Chugach, Prince William Sound abriga alguns dos cenários descomunais do Alasca. Nem sismos poderosos nem uma maré negra devastadora afectaram o seu esplendor natural.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Safari
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Cerimónias e Festividades
Apia, Samoa Ocidental

Fia Fia – Folclore Polinésio de Alta Rotação

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e daqui ao Havai, contam-se muitas variações de danças polinésias. As noites samoanas de Fia Fia, em particular, são animadas por um dos estilos mais acelerados.
Rabat, Malta, Mdina, Palazzo Xara
Cidades
Rabat, Malta

Um ex-Subúrbio no Âmago de Malta

Se Mdina se fez a capital nobiliárquica da ilha, os Cavaleiros Hospitalários decidiram sacrificar a fortificação da actual Rabat. A cidade fora das muralhas expandiu-se. Subsiste como um contraponto popular e rural do agora museu-vivo de Mdina.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Silhuetas Islâmicas
Cultura

Istambul, Turquia

Onde o Oriente encontra o Ocidente, a Turquia Procura um Rumo

Metrópole emblemática e grandiosa, Istambul vive numa encruzilhada. Como a Turquia em geral, dividida entre a laicidade e o islamismo, a tradição e a modernidade, continua sem saber que caminho seguir

Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Em Viagem
Lago Inlé, Myanmar

Uma Agradável Paragem Forçada

No segundo dos furos que temos durante um passeio em redor do lago Inlé, esperamos que nos tragam a bicicleta com o pneu remendado. Na loja de estrada que nos acolhe e ajuda, o dia-a-dia não pára.
Danças
Étnico
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Arménia Berço Cristianismo, Monte Aratat
História
Arménia

O Berço do Cristianismo Oficial

Apenas 268 anos após a morte de Jesus, uma nação ter-se-á tornado a primeira a acolher a fé cristã por decreto real. Essa nação preserva, ainda hoje, a sua própria Igreja Apostólica e alguns dos templos cristãos mais antigos do Mundo. Em viagem pelo Cáucaso, visitamo-los nos passos de Gregório o Iluminador, o patriarca que inspira a vida espiritual da Arménia.
Castelo de Shuri em Naha, Okinawa o Império do Sol, Japão
Ilhas
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Oulu Finlândia, Passagem do Tempo
Inverno Branco
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Literatura
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Cenário marciano do Deserto Branco, Egipto
Natureza
Deserto Branco, Egipto

O Atalho Egípcio para Marte

Numa altura em que a conquista do vizinho do sistema solar se tornou uma obsessão, uma secção do leste do Deserto do Sahara abriga um vasto cenário afim. Em vez dos 150 a 300 dias que se calculam necessários para atingir Marte, descolamos do Cairo e, em pouco mais de três horas, damos os primeiros passos no Oásis de Bahariya. Em redor, quase tudo nos faz sentir sobre o ansiado Planeta Vermelho.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Parques Naturais
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Património Mundial UNESCO
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Salvamento de banhista em Boucan Canot, ilha da Reunião
Praias
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
Camboja, Angkor, Ta Phrom
Religião
Ho Chi-Minh a Angkor, Camboja

O Tortuoso Caminho para Angkor

Do Vietname em diante, as estradas cambojanas desfeitas e os campos de minas remetem-nos para os anos do terror Khmer Vermelho. Sobrevivemos e somos recompensados com a visão do maior templo religioso
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Sociedade
Tongatapu, Tonga

A Última Monarquia da Polinésia

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e ao Havai nenhuma outra monarquia resistiu à chegada dos descobridores europeus e da modernidade. Para Tonga, durante várias décadas, o desafio foi resistir à monarquia.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Bando de flamingos, Laguna Oviedo, República Dominicana
Vida Selvagem
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.