Quioto, Japão

Sobrevivência: A Última Arte Gueixa


Luz Vermelha
Lampião garrido assinala um dos muitos bares e restaurantes de Ponto cho, o bairro nocturno mais reputado de Quioto.
Kikuno a última gueixa de Nara, Japão
Exibição de Kikuno, a última gueixa de Nara.
Gueixa em Quioto, Japão
Gueixa percorre uma ruela estreita de Quioto.
Altivez Maiko
Amigas vestidas de maiko reunem-se à sombra de uma àrvore do bairro de Hanami-koji.
Figurantes-Manequins
Manequim de quimono "recebe" clientes à entrada de um restaurante repleto de outros manequins, em Quioto.
Gueixa em Pontocho
Gueixa percorre um beco do bairro de Pontocho.
Roteiro “maiko”
Amigas vestidas de "maiko" passeiam-se por uma rua tradicional de Quioto.
Caminhada pela história
Maikos passeiam-se nas ruas tradicionais de Hanami-koji e Shinmonzen-dori, com os seus quimónos de costas armadas.
Sombra da gueixa Kikuno, Nara, Japão
Sombra de Kikuno, durante um espectáculo da última gueixa de Nara
Companhia Gueixa
Duas maikos caminham por uma ruela de Gio, o âmago gueixa de Quioto.
Maikos a fingir
Visitantes de Quioto vestidas de maikos.
Gueixa Kikuno, em Nara, Japão
Kikuno assume uma das poses que as gueixas apuram como forma de sensualidade.
Promo Quimono
Montra de loja de Gion com diversos quimonos em promoção.
Sob as luzes de Ponto cho
Transeuntes percorrem a ruela estreita de Ponto cho, um território privilegiado das gueixas de Quioto.
Costas de maikos a fingir
Visitantes vestidas de maikos passeiam-se pelo centro histórico de Quioto.
Pose Gueixa
Gueixa em Ponto-Cho, a ruela mais emblemática da arte gueixa de Quioto.
Já foram quase 100 mil mas os tempos mudaram e as gueixas estão em vias de extinção. Hoje, as poucas que restam vêem-se forçadas a ceder a modernidade menos subtil e elegante do Japão.

A derradeira luz do dia dissipa-se e os candeeiros balão destacam-se e animam a ruela de Ponto-cho que a história transformou no coração da vida nocturna de Quioto.

A esta hora, as gueixas da cidade afluem para os bares e restaurantes preparadas para os compromissos que têm marcados. Aparecem sem aviso, com faces fantasmagóricas desafiadoras da penumbra. E somem-se em pequenos edifícios tradicionais térreos identificados por letreiros em kanji estilizado.

As Artes e Virtudes de uma Gueixa

Por respeito à sua arte milenar e aos muitos milhares de ienes que auferem, um patrono não pode esperar. Mas, tão importante como a pontualidade, cada minuto de companhia deve ser usufruído como um momento especial.

Para o garantir, uma gueixa (gei=arte + sha=pessoa) desenvolve várias aptidões. Aprendem cedo a tocar koto (arpa japonesa), a declamar poesia e prosa, contar anedotas, interpretar canções e danças tradicionais japonesas.

Geisha Gion, Gion, Geisha, Quioto, Japao

Gueixa percorre uma ruela estreita de Quioto.

Mas, se estes são atributos superiores, também a conversação, a forma de servir chá ou outras bebidas, o simples caminhar, o riso e, em certas situações, até o choro se esperam graciosos.

É suposto o nível cultural das gueixas alimentar diálogos requintados incluindo sobre política e arte mas, quando os efeitos do saquê e da cerveja se fazem sentir, as acompanhantes não se podem furtar aos piropos e a comportamentos eróticos.

O Sexo ou Não Sexo e Outras Polémicas Gueixa

A questão do sexo permanece envolta em mistério e polémica. O facto de fazer parte das funções ou chegar a acontecer é motivo de discórdia entre as gueixas quanto mais entre observadores gaijin (estrangeiros) da cultura nipónica. Algumas gueixas e maikos (jovens em aprendizagem) mostram-se ofendidas com a simples insinuação.

É o caso de Ichimame, uma aprendiz que mantém um blogue sobre a profissão e para quem o filme “Memórias de uma Gueixa” se revelou abusador quer por ter envolvido actrizes chinesas na cultura nipónica, quer pela componente sexual acrescentada à narrativa.

Também Susumu Harema, um dos gerentes da casa de chá que forma Ishigame se escandalizou: “uma gueixa não dorme com um cliente” a sua função é apenas divertir a clientela”.

Algumas admitiram, no entanto, que o sexo é pouco habitual mas nem sempre descartado e que certos clientes recusariam patrociná-las se lhes fosse interdito. Basta recuar no tempo para considerarmos a sua versão.

Passeio de Maikos Gion, Gion, Geisha, Quioto, Japao

Visitantes vestidas de maikos passeiam-se pelo centro histórico de Quioto.

A Remotas Origens Nipónicas das Gueixas

No fim do século XVII, começaram a proliferar, no Japão, as odoriki, dançarinas de aluguer que eram contratadas pelos samurais e senhores feudais mais abastados. Cem anos mais tarde, vendiam também serviços sexuais.

Aquelas que tinham deixado de ser adolescentes (e, como tal, não se podiam considerar odorikis) adoptaram outros títulos. O que mais se popularizou foi gueixa, tomado de empréstimo aos animadores masculinos de então.

A primeira mulher que assim se auto-denominou foi Kikuya, uma prostituta de Fukagawa. Fê-lo por volta de 1750, quando era já conhecida como cantora e jogadora de shamisen dotada.

Amigas Maikos passeio Gion, Gion, Geisha, Quioto, Japao

Maikos passeiam-se nas ruas tradicionais de Hanami-koji e Shinmonzen-dori, com os seus quimónos de costas armadas.

À medida que outras começaram a usar o título, muitas passaram a trabalhar apenas como animadoras (não como prostitutas), frequentemente nos mesmos estabelecimentos dos homens.

Em 1800, ser gueixa era já uma ocupação feminina (apesar de ainda hoje existirem alguns gueixas homens) e aquelas tornaram-se bem mais desejadas que as cortesãs antiquadas rivais, as oirans.

Entretanto, as autoridades japonesas promulgaram leis que procuraram consolidar o estatuto cultural das gueixas. Tornou-se obrigatório que atassem o obi (faixa) nas costas para dificultar a remoção do quimono.

E também o  penteado e a maquilhagem passaram a ser mais simples que os das oirans para que a sua beleza fosse encontrada na arte e não nos corpos.

Retrato de Geisha Gion, Gion, Geisha, Quioto, Japao

Gueixa em Ponto-Cho, a ruela mais emblemática da arte gueixa de Quioto.

A Promoção Social Proporcionada pela Restauração Meiji

A partir da Restauração imperial Meiji, o papel da gueixa foi gradualmente valorizado pela sociedade masculinizada japonesa. Por volta de 1920, atingiu um clímax de importância.

Mas a 2ª Guerra Mundial destruiu esse ascendente. Enquanto o milagre da recuperação económica transformava o Japão na nação altamente industrializada e tecnológica das últimas décadas, o número de gueixas diminuía de 80.000 para um máximo de 2000.

O seu ofício tornou-se numa verdadeira relíquia que, malgrado, sobrevive por detrás de tantas portas e paredes de papel de arroz de Tóquio e Quioto.

Geisha em Gion, Gion, Geisha, Quioto, Japao

Gueixa percorre um beco do bairro de Pontocho.

Nos últimos anos, alguns empresários nipónicos dedicaram-se a explorar o fascínio dos japoneses e estrangeiros pela estranha profissão.

Gion tem duas hanamachis (comunidades de gueixas), a Kobu e a Higashi. Estes bairros preservam a tradição com uma base sólida na arquitectura antiga das machiyas, as casas “velhas” da cidade.

As suas ruas são o ambiente fidedigno que inspirou um fenómeno da criatividade empresarial japonesa que começa a fazer furor.

Rua Puntocho, Gion, Geisha, Quioto, Japao

Transeuntes percorrem a ruela estreita de Ponto cho, um território privilegiado das gueixas de Quioto.

O Âmago Nipónico Gueixa de Gion, em Quioto

Enquanto deambulamos pelo bairro de Gion, deparamo-nos com estúdios coloridos e sofisticados que alugam trajes, serviços de caracterização, de guias e de fotografia a adolescentes japonesas e gaijin.

Pautado pelo perfeccionismo nipónico, o seu trabalho é tão fiel que quase só os nativos detectam as diferenças. As clientes agradecem a dedicação e rejubilam com a sua nova imagem.

Encontramo-las protegidas da timidez em grupos de amigas e aconchegadas em quimonos extra-coloridos. Passeiam-se de faces alvas ao longo dos cenários perfeitos das ruas Hanami-koji e Shinmonzen-dori, hirtas sobre sandálias de madeira okobo-geta e orgulhosas de cada passo da sua curta vida de geikos (outro termo para gueixas).

Maikos posam em Gion, Gion, Geisha, Quioto, Japao

Amigas vestidas de maiko reunem-se à sombra de uma àrvore do bairro de Hanami-koji.

Como se tratassem das personagens originais, são frequentemente seguidas e interpeladas por forasteiros de máquinas fotográficas em riste e por grupos de alunos fardados a caminho das aulas ou de casa. Não nos fazemos rogados e acompanhamos os seus movimentos.

Mas estas encenações descartáveis não compensam o desaparecimento gradual das verdadeiras gueixas.

A Resistência Inglória da Única Gueixa de Nara

Em Nara – outra antiga capital nipónica – só existe uma maiko. Enquanto inúmeros adolescentes nativos se queixam do excessivo tradicionalismo e atraso civilizacional da sua cidade, Kikuwaka, a tal aprendiz, sempre se orgulhou do passado nipónico.

Geixa durante espectáculo cultural Maikos, Geisha, Nara, Japao

Kikuno assume uma das poses que as gueixas apuram como forma de sensualidade.

Por sugestão da mãe, inscreveu-se no Ganrin In, uma espécie de escola que continua a ensinar as antigas artes requeridas às gueixas. Em menos tempo do que esperava, tornou-se numa atracção única e incontornável. Só que a ausência de concorrência revelou-se, ao mesmo tempo, um trunfo e um fardo.

Durante um espectáculo a que assistimos numa associação cultural que a acolhe vezes sem conta, os seus passos sobre o palco acompanham a música dramática e minimal.

São tão belos e arrastados quanto possível e os restantes movimentos pausados, como as expressões que mudam com suavidade, iluminadas pelo fundo brilhante de biombos dourados.

Maiko durante espectaculo cultural-Nara, Maikos, Geisha, Nara, Japao

Exibição de Kikuno, a última gueixa de Nara.

Quando a actuação termina, pelo contrário, a pretendente de gueixa deixa as instalações a grande velocidade. Está atrasada para um dos quatro compromissos culturais que assumira para essa noite.

Apesar do stress a que foi condenada, Kikukawa não tem as piores razões de queixa da sua actividade.

A Adaptação à Realidade dos Nossos Tempos

O Japão também foi assolado pela nova crise económica e cada vez menos homens se atrevem a pagar os honorários elevadíssimos contabilizados ao minuto pelas mama-san e cobrados por algumas gueixas de Quioto e Tóquio.

Estas tiveram que improvisar. Ignoraram regras milenares da profissão e tornaram-se menos exclusivas, misteriosas e furtivas.

Sombra maiko durante espectaculo cultural em Nara, Geisha, Nara, Japao

Sombra de Kikuno, durante um espectáculo da última gueixa de Nara

A partir do virar do milénio em diante, todos os anos, em Fevereiro, várias gueixas servem 3000 pessoas numa cerimónia do chá ao ar livre realizada durante o Festival das Ameixas em Flor da cidade dos templos.

E, no Verão de 2010, começaram a servir imperiais e canecas e a dançar no jardim de cerveja de um teatro local. A evolução (ou degradação) da sua arte dificilmente ficará por aí.

Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo - Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Hiroxima, Japão

Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
Tóquio, Japão

À Moda de Tóquio

No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Safari
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Arquitectura & Design
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Cerimónias e Festividades
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Manequins e pedestres reflectidos
Cidades
Saint John's, Antigua

A Cidade Caribenha de São João

Situada numa enseada oposta àquela em que o Almirante Nelson fundou as suas estratégicas Nelson Dockyards, Saint John tornou-se a maior povoação de Antígua e um porto de cruzeiros concorrido. Os visitantes que a exploram além do artificial Heritage Quay, descobrem uma das capitais mais genuínas das Caraíbas.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Cultura
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
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Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Gyantse, templo Kumbum
Em Viagem
Lhasa a Gyantse, Tibete

Gyantse, pelas Alturas do Tibete

O objectivo final é o Everest Base Camp tibetano. Neste primeiro trajecto, a partir de Lhasa, passamos pelo lago sagrado de Yamdrok (4.441m) e pelo glaciar do desfiladeiro de Karo (5.020 m). Em Gyantse, rendemo-nos ao esplendor budista-tibetano da velha cidadela.
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Étnico
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã “Francês” à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
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O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

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História
Rincon, Bonaire

O Recanto Pioneiro das Antilhas Holandesas

Pouco depois da chegada de Colombo às Américas, os castelhanos descobriram uma ilha caribenha a que chamaram Brasil. Receosos da ameaça pirata, esconderam a primeira povoação num vale. Decorrido um século, os holandeses apoderaram-se dessa ilha e rebaptizaram-na de Bonaire. Não apagaram o nome despretensioso da colónia precursora: Rincon.
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O Deslumbre Árido-Vulcânico de Soncente

Uma volta a São Vicente revela uma aridez tão deslumbrante como inóspita. Quem a visita, surpreende-se com a grandiosidade e excentricidade geológica da quarta menor ilha de Cabo Verde.
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Inverno Branco
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O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
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A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
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PN Tayrona, Colômbia

Quem Protege os Guardiães do Mundo?

Os indígenas da Serra Nevada de Santa Marta acreditam que têm por missão salvar o Cosmos dos “Irmãos mais Novos”, que somos nós. Mas a verdadeira questão parece ser: "Quem os protege a eles?"
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Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
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Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
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Património Mundial UNESCO
Bolshoi Solovetsky, Rússia

Uma Celebração do Outono Russo da Vida

Na iminência do oceano Ártico, a meio de Setembro, a folhagem boreal resplandece de dourado. Acolhidos por cicerones generosos, louvamos os novos tempos humanos da grande ilha de Solovetsky, famosa por ter recebido o primeiro dos campos prisionais soviéticos Gulag.
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Personagens
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A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
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Praias

Nha Trang-Doc Let, Vietname

O Sal da Terra Vietnamita

Em busca de litorais atraentes na velha Indochina, desiludimo-nos com a rudeza balnear de Nha Trang. E é no labor feminino e exótico das salinas de Hon Khoi que encontramos um Vietname mais a gosto.

Arménia Berço Cristianismo, Monte Aratat
Religião
Arménia

O Berço do Cristianismo Oficial

Apenas 268 anos após a morte de Jesus, uma nação ter-se-á tornado a primeira a acolher a fé cristã por decreto real. Essa nação preserva, ainda hoje, a sua própria Igreja Apostólica e alguns dos templos cristãos mais antigos do Mundo. Em viagem pelo Cáucaso, visitamo-los nos passos de Gregório o Iluminador, o patriarca que inspira a vida espiritual da Arménia.
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Tombola, bingo de rua-Campeche, Mexico
Sociedade
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Penhascos acima do Valley of Desolation, junto a Graaf Reinet, África do Sul
Vida Selvagem
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.