Samarcanda, Usbequistão

O Sultão Astrónomo


Timur, o Grande
Estátua imponente de Timur, um conquistador turco-mongol que fundou a Dinastia Timurida.
Um matrimónio espacial
Noivos posam para a fotografia junto a um mural pintado com o firmamento.
Um astro dos astros
Visitantes apreciam a estátua de Ulugh Beg em frente ao observatório espacial que construiu.
O Sextante Fakhri
Estrutura do amplo sextante criado por Ulugh Beg que lhe permitiu e ao seu núcleo de cientistas levar a cabo diversas medições e estudos mais tarde essenciais à astronomia.
Ulugh Beg & cia
Reconstituição de pintura histórica que exibe Ulugh Beg e parceiros durante os seus estudos astronómicos.
Tarefas terrenas
Empregadas de limpeza em plena actividade na madraça de Ulugh Beg, parte do Registão de Samarcanda.
Poses espaciais
Videografo filma noiva usbeque durante uma das muitas sessões de fotografia e vídeo realizadas junto ao observatório espacial de Ulugh Beg.
Homenagem a Buzz
Painel de homenagem a Edwin Buzz Aldrin, no interior do museu do Observatório Espacial.
Em honra de Beg
Estátua de bronze de Ulugh Beg no portal de entrada da sua madraça do Registão de Samarcanda
Gur-e-Amir
Interior do mausoléu de Gur-e-Amir de Samarcanda, onde se encontra sepultado Ulugh Beg.
Jogo de Sombras no Registão
Sombras uzbeques em frente a uma das fachadas monumentais do Registão, o coração histórico de Samarcanda.
Registão Nocturno
Recanto do complexo do Registão, iluminado pelas luzes artificiais que os responsáveis ligam quando um grupo de visitantes assegura um pagamento respectivo.
POCHTA
Caixa de correio em russo à entrada de uma das madraças do Registão.
Ulugh Beg e Cia
Estátua de Ulugh Beg e de outros astrónomos, à entrada de um dos edifícios do Registão de Samarcanda.
Minarete Camuflado
Arquitectura do Registão, o principal testemunho da grandiosidade da Dinastia Timurida e de Samarcanda.
Registão Dourado
Recanto do complexo do Registão, iluminado pelas luzes artificiais que os responsáveis ligam quando um grupo de visitantes assegura um pagamento respectivo.
Neto de um dos grandes conquistadores da Ásia Central, Ulugh Beg preferiu as ciências. Em 1428, construiu um observatório espacial em Samarcanda. Os seus estudos dos astros levaram-lhe o nome a uma cratera da Lua.

Apesar do fluxo intimidante de velhos Ladas e Volgas soviéticos, desafiamos a rotunda e a autoridade do polícia sinaleiro a umas poucas dezenas de metros.

Esperamos que o estatuto de forasteiros nos safe de sarilhos.

Favorecidos pelo abrandamento de duas ou três daquelas relíquias automóveis, conquistamos a rotunda no meio da Avenida Universitet Bulvari.

Entre árvores seculares e frondosas, encontramos a estátua imponente de Timur O Grande, o fundador turco-mongol impiedoso da sua própria dinastia, conquistador de um vasto império que incorporou a Pérsia e parte considerável da Ásia.

Samarcanda, Uzbequistão, estátua de Timur

Estátua imponente de Amir Timur, um conquistador turco-mongol que fundou a Dinastia Timurida.

Quando chegamos às imediações do trono que ocupa, estamos aos pés do ídolo histórico supremo da nação.

Nessa mesma tarde, avançamos uns seis quilómetros para nordeste de Samarcanda e duas gerações na linhagem.

É com uma espécie de orgulho contido que os anfitriões que temos na cidade nos conduzem à estátua e aos domínios elevados do observatório de Ulugh Beg, neto de Timur, uma personagem com propósitos de vida bem distintos dos do avô.

Ascensão ao Observatório Espacial Ulugh Beg de Samarcanda

Subimos ao longo de um paredão pintado de azul e salpicado de branco que, não restam dúvidas, emula o Cosmos.

A determinada altura da rampa, surpreende-nos uma sessão fotográfica de um casamento local, numa versão pouco ou nada muçulmana e, tradicional, só se fosse da era Soviética do Usbequistão.

O noivo traja um fato negro de cetim que contrasta com a camisa e a gravata, ambas brancas. A noiva vem de vestido branco que, da cintura para baixo, se alarga em folhes. Tanto o fotógrafo como o vídeografo de serviço usam o muro como fundo das suas imagens para assim lhes conferirem um fascinante visual celestial.

Combinam esforços para que o véu da noiva pareça flutuar num vácuo ficcional e instruem o noivo para apontar para galáxias longínquas, à laia de conquistador de muito mais que um mero coração.

Um matrimónio espacial

Noivos posam para a fotografia junto a um mural pintado com o firmamento.

A sessão fotográfica levara-nos a atenção que a guia Niluvar Oripova merecia.

Quando a ela regressámos, reparámos na figura dourada e sentada que lhe oferecia sombra, em como contemplava o horizonte, indiferente aos acontecimentos corriqueiros em redor.

A Vocação Astronómica do Sultão Ulugh Beg

Ansiosa por retomar a função em que ainda dava os primeiros passos, Nilufar não perdeu tempo: “Aqui o têm: Ulugh Beg, ou o Grande Príncipe. O seu nome verdadeiro era Muhammad Taragay.

Um astro dos astros

Visitantes apreciam a estátua de Ulugh Beg em frente ao observatório espacial que construiu.

Foi criado na corte de Timur. A partir de 1409, tornou-se o regente do domínio de Mavennakhr de que era capital Samarcanda.

Mas o Grande Príncipe mostrou-se pouco interessado em seguir os passos dos antecedentes. Começou por se dedicar à ciência. Abriu uma madraça, uma espécie de universidade muçulmana com enorme gabarito.”

Entre as vocações de Muhammad Taragay, depressa se incluiu o estudo dos astros. Aliás, a astronomia tornou-se o seu tema académico de eleição, ministrada por cientistas do mundo muçulmano escolhidos a dedo; a determinada altura, mais de sessenta astrónomos.

Quatro anos depois de inaugurar a madraça, em plena Idade Medieval (1424), Ulugh Beg fundou ainda o observatório espacial em que estávamos prestes a entrar, na  origem com três andares.

A Influência de Ulugh Beg na Futura Exploração do Espaço

Começamos por espreitar a sua vala escavada ao longo da linha do Meridiano e em cujo limite existia um arco usado para calcular as várias constantes com base no Sol e nos movimentos dos planetas.

A combinação da estrutura com o objecto formava o amplo sextante Fakhri que permitiu levar a cabo diversas medições e estudos mais tarde essenciais à astronomia.

Ulugh Beg, Astrónomo, Samarcanda, Uzbequistão, Sextante Fakhri

Estrutura do amplo sextante criado por Ulugh Beg que lhe permitiu e ao seu núcleo de cientistas levar a cabo diversas medições e estudos mais tarde essenciais à astronomia.

Além de imagens e outros documentos antigos, o museu do Observatório está repleto de imagens dos triunfos espaciais mais recentes, com destaque para a alunagem norte-americana.

Este destaque, em particular, só foi possível pela relativa maturidade da independência uzbeque face aos antigos senhores coloniais de Moscovo.

Em paralelo com a consciência da importância dos seus antepassados para estes triunfos, existe uma certa frustração entre a comunidade de cientistas e historiadores muçulmanos por os congéneres ocidentais negligenciarem o contributo dos astrónomos muçulmanos.

“É demasiado comum os autores saltarem de Ptolomeu para Copérnico e ignorarem os mil e quinhentos anos de protagonismo muçulmano da astronomia.” queixou-se, por exemplo, Salmah Beimeche, um autor frequentemente revisitado pela sua insatisfação.

No interior do museu, destaca-se ainda uma imagem de Edwin “Buzz” Aldrin com a Lua em fundo, uma conquista do Programa Espacial Americano.

A legenda refere que “os pensadores nascidos no Uzbequistão sempre tiveram grande valor para ele até porque há 40 anos alunou sobre uma cratera baptizada em honra de Akhmad Fargonly”.

Este, como Ulugh Beg, um dos astrónomos da Ásia Central que emprestaram os seus nomes a morfologias da Lua.

Além da “sua” cratera, Ulugh Beg, também o cedeu à 2439 Ulugbek, uma cintura de asteroides descoberta, em 1977, pelo russo Nikolai Chernykh, durante mais de quarenta anos um caçador incansável de asteroides, em co-autoria com a sua mulher.

O Assassínio de Ulugh Beg e a Destruição dos seus Sonhos

Mas, como continua hoje a acontecer, foram os próprios muçulmanos radicais a contribuir para a desvalorização dos feitos da sua civilização.

A sabedoria de Ulugh Beg na governação não se comparava com a sua mestria científica.

Ulugh Beg & cia

Reconstituição de pintura histórica que exibe Ulugh Beg e parceiros durante os seus estudos astronómicos.

Após a morte do pai, Beg viu-se derrotado numa de várias batalhas contra um sobrinho e outros familiares que procuraram usurpar-lhe o poder em determinadas áreas do Império Timúrida.

Ulugh Beg acabou decapitado quando se dirigia para Meca, por ordem do seu próprio filho mais velho, em 1449.

Nesse mesmo ano, o observatório espacial que construíra em Samarcanda foi demolido por fanáticos religiosos.

De tal maneira arrasado, que só viria a ser redescoberto em 1908, por um arqueólogo Uzbeque-Russo, V.L.Vyatkin, que adquiriu um documento que informava a sua exacta localização.

Também sabemos onde Ulugh Beg foi sepultado: no mausoléu Gur-e-Amir, junto com o seu avô Amir Timur.

Ulugh Beg, Astrónomo, Samarcanda, Uzbequistão, mausoleu Gur-e-Amir

Interior do mausoléu de Gur-e-Amir de Samarcanda, onde se encontra sepultado Ulugh Beg.

Na sequência do observatório, visitamos o Registão de Samarcanda.

A Imponência Arquitectónica do Coração Histórico de Samarcanda

Trata-se do monumento mais reputado da cidade, formado por três madraças, uma delas a tal de Ulugh Beg, flanqueada por dois minaretes com visual de foguetões que os anos fizeram inclinar em direcção ao interior ao pátio do edifício.

Ulugh Beg, Astrónomo, Samarcanda, Uzbequistão, minarete

Arquitectura do Registão, o principal testemunho da grandiosidade da Dinastia Timurida e de Samarcanda.

E que os guardas em uniformes verdes do complexo usam como isco de turista para aumentarem os seus parcos rendimentos: “querem ir lá acima? A vista é incrível. Pagam-me vinte euros e levo-vos lá.”

Já à sombra do iwan (espécie de portal), surge uma escultura que homenageia o mentor da madraça e outras das personalidades que lhe deram alma.

Em honra de Beg

Estátua de bronze de Ulugh Beg no portal de entrada da sua madraça do Registão de Samarcanda

No interior, dispõem-se em redor do pátio uma mesquita, as antigas salas de leitura e várias das camaratas em que viviam os estudantes.

Hoje, muitas destas salas foram adaptadas a pequenas lojas de artesanato e recordações, algumas delas ocupadas por negociantes de origem russa que agora – muito depois da independência do Uzbequistão e da partida dos seus compatriotas eslavos – impingem velhos itens da era em que a U.R.S.S. e os E.U.A. concorriam, obcecados, pela conquista do Espaço que Ulugh Beg e seus discípulos tanto lhes revelaram.

Ulugh Beg, Astrónomo, Samarcanda, Uzbequistão, caixa correio

Caixa de correio em russo à entrada de uma das madraças do Registão.

No final de um dos dias que passámos em Samarcanda, somos informados que é possível que venha a haver um espectáculo de luz e som com iluminação e projecções artísticas sobre as fachadas do Registão.

Nem os nossos guias nem os transeuntes que por ali encontramos parecem saber ao certo se se confirma, ou a que dias e horas é suposto ter lugar.

As Caprichosas Luzes Terrestres do Registão de Samarcanda

Passam-se, assim, trinta ou quarenta minutos de indefinição quando Nilufar, a nossa jovem guia, chega com um novo dado: os guardas dizem que os responsáveis podem activar a iluminação mas os turistas têm que pagar. “

Temos que pagar? Mas então existem bilhetes à venda?” perguntamos. “Não existem bilhetes, mas eles só activam o espectáculo se houver um mínimo de pagantes”.

Torcemos o nariz, como já tínhamos torcido numa série de outros esquemas deste género engendrados pelos guardas do Registão. Ao mesmo tempo, imaginamos como o complexo de monumentos iluminado sobre o lusco-fusco deveria ser belíssimo de fotografar.

Fazemos as contas. Chegamos à conclusão que bastava arranjarmos uma dúzia de estrangeiros adicionais para o espectáculo nos custar uma ninharia. Alguns deles já se tinham até juntado à discussão e à nossa demanda. Volvidos vinte minutos adicionais, estavam reunidos uns quinze pagantes, acima do que fora exigido.

O sol tinha-se posto e anoitecia a olhos vistos. Ficámos todos a aguardar o espectáculo que, no entanto, continuava por inaugurar.

Só já bem após o desvanecer do lusco-fusco é que as luzes foram ligadas.

praca registao, rota da seda, samarcanda, uzbequistao

As cores da praça do Registão sob uma luz crepuscular.

Para a maior parte dos estrangeiros, esteve bem assim. Nós, sentimo-nos frustrados por tanto esforço ter resultado num quase nada fotográfico.

Depois de as luzes serem desligadas, sentámo-nos a contemplar o firmamento que o astrónomo Ulugh Beg dali mesmo tanto estudara.

Usbequistão

Viagem Pelo Pseudo-Alcatrão do Usbequistão

Os séculos passaram. As velhas e degradadas estradas soviéticas sulcam os desertos e oásis antes atravessados pelas caravanas da Rota da Seda. Sujeitos ao seu jugo durante uma semana, vivemos cada paragem e incursão nos lugares e cenários usbeques como recompensas rodoviárias históricas.
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Khiva, Uzbequistão

A Fortaleza da Rota da Seda que a União Soviética Aveludou

Nos anos 80, dirigentes soviéticos renovaram Khiva numa versão amaciada que, em 1990, a UNESCO declarou património Mundial. A URSS desintegrou-se no ano seguinte. Khiva preservou o seu novo lustro.
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Samarcanda, Uzbequistão

Um Legado Monumental da Rota da Seda

Em Samarcanda, o algodão é agora o bem mais transaccionado e os Ladas e Chevrolets substituíram os camelos. Hoje, em vez de caravanas, Marco Polo iria encontrar os piores condutores do Uzbequistão.
Wycliffe Wells, Austrália

Os Ficheiros Pouco Secretos de Wycliffe Wells

Há décadas que os moradores, peritos de ovnilogia e visitantes testemunham avistamentos em redor de Wycliffe Wells. Aqui, Roswell nunca serviu de exemplo e cada novo fenómeno é comunicado ao mundo.
Mar de Aral, Uzbequistão

O Lago que o Algodão Absorveu

Em 1960, o Mar de Aral era um dos quatro maiores lagos do mundo mas projectos de irrigação secaram grande parte da água e do modo de vida dos pescadores. Em troca, a URSS inundou o Uzbequistão com ouro branco vegetal.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Sirocco, Arabia, Helsinquia
Arquitectura & Design
Helsínquia, Finlândia

O Design que Veio do Frio

Com boa parte do território acima do Círculo Polar Árctico, os finlandeses respondem ao clima com soluções eficientes e uma obsessão pela arte, pela estética e pelo modernismo inspirada na vizinha Escandinávia.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
A Crucificação em Helsínquia
Cerimónias e Festividades
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Homer, Alasca, baía Kachemak
Cidades
Anchorage a Homer, E.U.A.

Viagem ao Fim da Estrada Alasquense

Se Anchorage se tornou a grande cidade do 49º estado dos E.U.A., Homer, a 350km, é a sua mais famosa estrada sem saída. Os veteranos destas paragens consideram esta estranha língua de terra solo sagrado. Também veneram o facto de, dali, não poderem continuar para lado nenhum.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Cultura
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Gyantse, templo Kumbum
Em Viagem
Lhasa a Gyantse, Tibete

Gyantse, pelas Alturas do Tibete

O objectivo final é o Everest Base Camp tibetano. Neste primeiro trajecto, a partir de Lhasa, passamos pelo lago sagrado de Yamdrok (4.441m) e pelo glaciar do desfiladeiro de Karo (5.020 m). Em Gyantse, rendemo-nos ao esplendor budista-tibetano da velha cidadela.
Banhistas em pleno Fim do Mundo-Cenote de Cuzamá, Mérida, México
Étnico
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, Manobras a cores
História
Seul, Coreia do Sul

Um Vislumbre da Coreia Medieval

O Palácio de Gyeongbokgung resiste protegido por guardiães em trajes sedosos. Em conjunto, formam um símbolo da identidade sul-coreana. Sem o esperarmos, acabamos por nos ver na era imperial destas paragens asiáticas.
Natal nas Caraíbas, presépio em Bridgetown
Ilhas
Bridgetown, Barbados e Granada

Um Natal nas Caraíbas

De viagem, de cima a baixo, pelas Pequenas Antilhas, o período natalício apanha-nos em Barbados e em Granada. Com as famílias do outro lado do oceano, ajustamo-nos ao calor e aos festejos balneares das Caraíbas.
Cavalos sob nevão, Islândia Neve Sem Fim Ilha Fogo
Inverno Branco
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Camiguin, Filipinas, manguezal de Katungan.
Natureza
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Machangulo, Moçambique, ocaso
Parques Naturais
Machangulo, Moçambique

A Península Dourada de Machangulo

A determinada altura, um braço de mar divide a longa faixa arenosa e repleta de dunas hiperbólicas que delimita a Baía de Maputo. Machangulo, assim se denomina a secção inferior, abriga um dos litorais mais grandiosos de Moçambique.
A Toy Train story
Património Mundial UNESCO
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Sósias dos irmãos Earp e amigo Doc Holliday em Tombstone, Estados Unidos da América
Personagens
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Tarrafal, Santiago, Cabo Verde, Baía do Tarrafal
Praias
Tarrafal, Santiago, Cabo Verde

O Tarrafal da Liberdade e da Vida Lenta

A vila de Tarrafal delimita um recanto privilegiado da ilha de Santiago, com as suas poucas praias de areia branca. Quem por lá se encanta tem ainda mais dificuldade em entender a atrocidade colonial do vizinho campo prisional.
Cortejo garrido
Religião
Suzdal, Rússia

Mil Anos de Rússia à Moda Antiga

Foi uma capital pródiga quando Moscovo não passava de um lugarejo rural. Pelo caminho, perdeu relevância política mas acumulou a maior concentração de igrejas, mosteiros e conventos do país dos czares. Hoje, sob as suas incontáveis cúpulas, Suzdal é tão ortodoxa quanto monumental.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Gatis de Tóquio, Japão, clientes e gato sphynx
Sociedade
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Macaco-uivador, PN Tortuguero, Costa Rica
Vida Selvagem
PN Tortuguero, Costa Rica

Tortuguero: da Selva Inundada ao Mar das Caraíbas

Após dois dias de impasse devido a chuva torrencial, saímos à descoberta do Parque Nacional Tortuguero. Canal após canal, deslumbramo-nos com a riqueza natural e exuberância deste ecossistema flúviomarinho da Costa Rica.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.