Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.


Street Scooter scene
Mural numa rua nas imediações da antiga casa de Ernest Hemingway.
O limite sul
Visitante de Key West faz-se fotografar junto ao marco do Southermost Point of the Continental USA
Cidade verdejante
Panorâmica de Key West, como vista do cimo do farol de Key West.
Teatrinho
Dois figurantes do Key West Shipwreck Treasures Museum dialogam durante uma representação de acolhimento.
Velas à vista
Barcos de recreio repletos de passageiros forasteiros sulcam o mar ao largo de Key West.
Cuba quase à vista
Decoração de um bar junto à Mallory Square e à doca em que atracam os sucessivos cruzeiros.
O engolidor de espadas
Saltimbanco leva a cabo o seu número no limiar da Mallory Square e pouco antes do pôr-do-sol.
Vida Marinha motorizada
Ciclista passa junto de um carro de uma empresa de mergulho com sede na cidade.
Relíquia de madeira
Cimo de velha igreja tradicional, perdida na vegetação tropical da cidade.
The Donald Fashion
T-shirts com Donald Trump entre muitas outras bugigangas e recordações há venda nas incontáveis lojas de Key West.
Um pequeno show
Dois amigos junto a um músico que anima a rua com música caribenha, junto à Customs House.
Adoração solar
Multidão adora o pôr-do-sol a oeste da Mallory Square, junto a um dos cruzeiros que largam turistas em Key West.
Aviso à navegação
Torre do farol de Key West, uma reconstrução do original, destruído por um dos ciclones que ao longo do tempo, devastaram as Florida Keys.
Velas à Vista II
Dois grandes veleiros entre o limiar das Florida Keys e o Golfo do México.
Derradeiras Muralhas do sul
Paredão do Fort Zachary Taylor, a fortificação mais a sul dos Estados Unidos continentais
À moda de Cuba
Galos à solta numa rua das imediações da casa de Ernest Hemingway.
Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.

Um marco em jeito de bala multicolor destaca-se junto à South Beach. Assinala o “Southernmost Point Continental USA”. Em época alta, mal o sol se eleva do Mar das Antilhas, ali se forma uma fila de forasteiros de inúmeras paragens determinados a fotografar-se no local.

Quando lá chegamos, a multidão é tal e geram-se tantas altercações que decidimos fotografá-los em detrimento de uma dispensável selfie.

Marco do Southermost Point of the Continental USA, Key West, Flórida, Estados Unidos

Visitante de Key West faz-se fotografar junto ao marco do Southermost Point of the Continental USA

O Fundo Tropical e algo Chanfrado dos Estados Unidos

À imagem do Alasca, Key West ganhou fama de tresloucada. Como teorizam, orgulhosos, certos moradores “é como se tivessem abanado os E.U.A. e todos os maluquinhos tivessem caído para o fundo”. Alguns revelaram-se verdadeiros wackos, outros nem tanto.

Tennessee Williams viveu uma vida sóbria, em Key West, durante cerca de 30 anos. A actriz Kelly McGillis, a musa de Pete “Maverick” Mitchell (Tom Cruise) no êxito adolescente dos anos 80 “Top Gun” (“Ases Indomáveis”) chegou a lá gerir um bar, mas sem grandes escândalos.

O escritor laureado Ernest Hemingway, provou-se de longe o mais notório dos inquilinos da cidade. Foi dono de vários gatos com seis dedos, fiel à pescaria de alto-mar e a sucessivas noites de boémia fortemente alcoolizada, interrompidas apenas pelas suas incursões jornalísticas a cenários de guerra ou pré-guerra do Mundo de então.

Key West, Flórida, Estados Unidos

Panorâmica de Key West, como vista do cimo do farol de Key West.

O clima quente e húmido e a sensação de liberdade e de evasão transmitida pelo mar sem fim, inspiraram e atraíram, a Key West, formas alternativas e descontraídas de ser e de estar. Existências em tudo distintas das do Norte onde o pragmatismo financeiro e o individualismo há muito tinham levado a melhor.

Do Existencialismo ao Capitalismo Forçado

E, no entanto, vítima do influxo crescente de forasteiros, Key West viu-se atafulhada de lojas, bares, restaurantes, casas de espectáculo e museus, muitos abertos pelas companhias de cruzeiros com o fim de entreter os passageiros que lá faziam desembarcar.

A cidade e a ilha ganharam, assim, uma estranha aura de parque temático sem entrada, aberto a todas as excentricidades e propostas de diversão e facturação.

Farol de Key West, Flórida Keys, Estados Unidos

Torre do farol de Key West, uma reconstrução do original, destruído por um dos ciclones que ao longo do tempo, devastaram as Florida Keys.

Em frente da casa de Hemingway, uma senhora numa pequena banca motorizada vende cocos, sumo de cana-de-açúcar e limonada. Cada coco – que noutra partes do Caribe nem um dólar vale – custa ali, mesmo que ínfimo, nem mais nem menos que cinco dólares. Um galo com visual garrido e garboso de guerreiro de luta de galos circunda a sua venda, atento aos petiscos que consegue extraviar.

Calos numa rua de Hemingway em Key West, EUA

Galos à solta numa rua das imediações da casa de Ernest Hemingway.

Malgrado a sofisticação e devassa turística dominante,

Key West preserva destas coisas. Na sequência de casas caribenhas recém-restauradas, demasiado brilhantes e faustosas, encontramos outras, desgastadas e decadentes. Por perto, alguns nativos partilham alpendres e bancos de rua à sombra.

Mural de Key West, Flórida Keys, Estados Unidos

Mural numa rua nas imediações da antiga casa de Ernest Hemingway.

A seus pés, mais galos e galinhas vasculham o solo, para cá e para lá, como membros de direito do lugar e quase que das famílias de sangue misto que com eles coabitam.

Às Portas de Cuba

Em termos culturais e étnicos, as Florida Keys – como boa parte da Florida – são intensamente cubanas. Foi um dos seus traços que mais encantou Ernest Hemingway e o levou a residir em Key West, antes de, em 1942, se mudar para a Finca Vigia.

Assim se chamava a fazenda dos subúrbios havaneses de San Francisco de Paula que viria a habitar até 1960, com um papel cada vez mais activo no sucesso estrondoso da Revolução Cubana.

Músico e pequena audiência, Key West, Estados Unidos

Dois amigos junto a um músico que anima a rua com música caribenha, junto à Customs House

A Florida, as Florida Keys e Key West andaram, aliás, quase sempre de braço dado com Cuba. A origem desta intimidade caribenha tem o aroma intenso dos melhores habanos.

No final do século XIX, as empresas americanas de charutos começaram a mudar-se de Cuba para a Florida para assim evitarem os impostos levantados pelo governo. Por essa altura, os trabalhadores cubanos moviam-se livremente entre Havana, Tampa e Key West, entre 50 e 100 mil, todos os anos. Muitos, acabaram por se radicar a norte do Estreito.

Ora, em 1953, quando Fidel Castro liderou o seu exército revolucionário, tomou Cuba e a atirou ao fosso ideológico e social do Comunismo, milhões de cubanos desiludidos pela limitação da sua liberdade e degradação das condições de vida, inauguraram uma série de vagas de emigração ilegal balsera.

Demasiados sucumbiram às condições precárias em que empreendiam a travessia. Ao longo do século XX, centenas de milhares de cubanos insatisfeitos – muitos, sobreviventes dessa mesma travessia –  inundaram as Florida Keys, a Florida e outras partes dos E.U.A.

Decoração de bar junto à Mallory Square, Key West, Flórida Keys, Estados Unidos

Decoração de um bar junto à Mallory Square e à doca em que atracam os sucessivos cruzeiros.

A Quimera da Conch Republic

A própria Key West frenética e rendida aos dólares a que nos tentávamos adaptar teve os seus momentos ideológicos e revolucionários. Em 1982, a Marinha dos E.U.A. respondeu a um fluxo de emigração cubana para a Florida denominado Mariel Boatlift, com um bloqueio naval e rodoviário. A US Hwy 1 (Overseas Highway) foi barrada e todos os veículos revistados.

O bloqueio paralisou as Florida Keys e despoletou a fúria de Key West. Como resposta, a sua população solidária declarou a independência de uma tal de Conch Republic, baptismo inspirado no termo que designa os nativos e colonos pioneiros das Florida Keys e das Bahamas. Mesmo idealista e quimérica,  a sua micronação espontânea nunca seria esquecida.

Perdura em bandeiras, instrumentos musicais como o Conchalele e numa miríade de itens comemorativos do género, casos das t-shirts que admiramos lado a lado com outras que ridicularizam ou louvam Donald Trump e nos fazem sorrir a condizer.

We shall overcomb” versa uma delas, que exibe o cabelo de fios-de-ovos do agora presidente norte-americano de forma a desenhar uma águia alourada de bico aberto.

T-shirt com Donald Trump, Key West, Flórida, Estados Unidos

T-shirts com Donald Trump entre muitas outras bugigangas e recordações há venda nas incontáveis lojas de Key West.

Noutra ainda, Trump abre o seu fato protocolar e revela um traje icónico de Super-Homem.

A cada 23 de Abril, a Conch Republic é comemorada por um festival cultural e gastronómico para que contribuem dezenas de estabelecimentos e organizações da cidade. E, no entanto, são notórias as razões porque o estado que os seus defensores almejaram nunca poderia ter passado do sonho.

Após deixarmos a antiga casa de Hemingway, visitamos uma delas, um lar ainda mais pomposo e influente de Key West, simbólico do poderio incomensurável dos E.U.A. e pouco paciente para com movimentos independentistas, por mais quiméricos que sejam: a Little White House de Harry Truman.

Little White House, Key West, Flórida Keys, Estados Unidos

A entrada da Little White House, uma propriedade do governos dos EUA, frequentada por vários dos seus presidentes.

Uma Pequena Casa Branca no Fundo Tropical dos E.U.A.

Entre americanos híper-patriotas e estrangeiros surpreendidos pelo perfil elegante, mas quase museu-Playmobil da mansão, lá examinamos fotos, mobílias e objectos marcantes dos tempos despendidos por Truman e sucessores em Key West.

Quase sempre por motivos estratégicos, distintos presidentes, antes e depois de Truman, lá protagonizaram reuniões familiares e políticas, encontros diplomáticos e até mini-cimeiras. Na verdade, por detrás da preferência da Little White House esteve quase sempre o desejo de descanso, de evasão ou de quebra da rotina.

Dwight Eisenhower marcou na propriedade uma série de encontros com o seu staff. Mas também lá se refugiou para recuperar de um ataque cardíaco. John Kennedy frequentou-a uma segunda vez, em 1962, em plena Crise dos Mísseis Cubanos e Invasão da Baía dos Porcos que se desenrolaram ali à porta.

Em 2005, o Presidente Bill e a senadora Hillary Clinton partilharam toda uma semana naquela Casa Branca mais pequena, simplesmente a descansar.

E, chegado o ano de 2009, as autoridades da Casa Branca de Inverno (assim é também chamada) tentaram exercer influência para que os Obamas e Bo, o seu cão de água português, lá passassem as férias. Nunca chegou a acontecer, por tudo excepto falta de segurança.

A mansão goza da protecção adicional do vizinho Forte Zachary Taylor, a mais austral das instalações militares dos Estados Unidos continentais e ainda da Estação Aérea-Naval de Boca Chica, situada a meros 6km.

Paredão do Fort Zachary Taylor, a fortificação mais a sul dos Estados Unidos continentais

Com a tarde a consolidar-se, mudamo-nos para a marina da cidade em plena azáfama de acolhimento e embarque das tripulações e passageiros em dezenas de navios de recreio.

Damos com programas para todos os gostos, do mero passeio e convívio regado a champanhe em catamarãs sofisticados, a navegações participativas em escunas e veleiros, uns históricos, outros nem por isso.

Navegações Românticas de Pôr-do-sol & Batalhas de Piratas de faz-de-conta

Subimos a bordo de uma dessas relíquias flutuantes. Jeff, o dono trintão da embarcação e timoneiro da pequena expedição inaugura um discurso bacoco-sentimental que quase leva alguns dos embarcados mais sensíveis à lágrima: “tenho que vos agradecer do fundo do coração por nos terem escolhido.

A vida bafejou-me com este barco. Graças a ele – e a vocês, claro – tenho o melhor trabalho do Planeta. Faço isto todos os fins de tarde como se fosse a primeira vez.” Em simultâneo, à boa-maneira americana, os tripulantes por ele contratados destacam do briefing, o lugar em que os passageiros já sensibilizados devem depositar as gorjetas.

O vento intensifica-se. Num ápice, afastamo-nos. Partilhamos o oceano ao largo de Key West com uma frota de naves concorrentes. Duas delas içam bandeiras piratas e levam tão a  sério quanto possível a missão de recrear o passado da região.

Veleiros de recreio, Key West, Flórida, Estados Unidos

Barcos de recreio repletos de passageiros forasteiros sulcam o mar ao largo de Key West

Piratas de Faz de Conta e Conquistadores a Sério

Fazem-se cruzar uma, duas, três vezes. A cada uma das razias alvejam-se com tiros de canhão de pólvora seca que, mais que não seja, atingem os tímpanos dos passageiros surpresos.

Desde 1521 – quando o mesmo explorador e conquistador espanhol Juan Ponce de Leon que se diz ter almejado a Fonte da Juventude inspirou nestas paragens a colónia de Cayo Hueso – muitos combates reais e naufrágios por ali tiveram lugar.

De 1761, a região alternou entre a Coroa Hispânica e a Britânica até que, em 1821, toda a Florida, incluindo as Keys foi oferecida pelo governador espanhol de Cuba a um oficial da Marinha Real Espanhola.

Juan Pablo Salas entrou numa tal ansiedade para lucrar com ela que a vendeu por verdadeiras pechinchas a dois compradores norte-americanos. Desfeito o imbróglio, um deles assumiu-se como real dono. Daí em diante, Key West preservou-se como uma posse inquestionada dos E.U.A.

Adoração do pôr-do-sol na Mallory Square, Key West, Flórida Keys, Estados Unidos

Multidão adora o pôr-do-sol a oeste da Mallory Square, junto a um dos cruzeiros que largam turistas em Key West

O Ocaso Concorrido da Mallory Square

Regressamos à Marina. Mudamo-nos para a frente oceânica da tão ou mais atarefada Mallory Square. Cruzeiros recém-atracados inundam de forasteiros frescos a zona histórica da cidade.

Uma multidão curiosa lá se  distrai com os espectáculos saltimbancos: sobressaem, pelo seu espalhafato, o do equilibrista Reidiculous e um outro, de um engolidor de espadas anónimo, que anuncia cada uma das proezas com voz de bagaço.

Saltimbanco engolidor de espadas, Key West, Flórida, Estados Unidos

Saltimbanco leva a cabo o seu número no limiar da Mallory Square e pouco antes do pôr-do-sol

O iminente mergulho do grande astro dita o término das exibições. Centenas de espectadores deixam as estrelas de rua entregues à contagem das doações. Por fim, o sol desfaz-se sobre o Golfo do México.

Suscita uma adoração fotográfica contagiosa e inaugura nova noite de boémia alcoólico-tropical nos confins caribenhos dos E.U.A.

Veleiros ao largo de Key West, Flórida Keys, Estados Unidos

Dois grandes veleiros entre o limiar das Florida Keys e o Golfo do México.

A TAP tem voos diários de Lisboa para Miami, com partida às 10:35 e chegada a Miami às 14:30.

Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Sitka, Alasca

Sitka: Viagem por um Alasca que Já foi Russo

Em 1867, o czar Alexandre II teve que vender o Alasca russo aos Estados Unidos. Na pequena cidade de Sitka, encontramos o legado russo mas também os nativos Tlingit que os combateram.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Pearl Harbor, Havai

O Dia em que o Japão foi Longe Demais

Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Luderitz, Namibia
Arquitectura & Design
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Cansaço em tons de verde
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Casamentos em Jaffa, Israel,
Cidades
Jaffa, Israel

Onde Assenta a Telavive Sempre em Festa

Telavive é famosa pela noite mais intensa do Médio Oriente. Mas, se os seus jovens se divertem até à exaustão nas discotecas à beira Mediterrâneo, é cada vez mais na vizinha Old Jaffa que dão o nó.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Efate, Vanuatu, transbordo para o "Congoola/Lady of the Seas"
Cultura
Efate, Vanuatu

A Ilha que Sobreviveu a “Survivor”

Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Em Viagem
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Danças
Étnico
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Capacete capilar
História
Viti Levu, Fiji

Canibalismo e Cabelo, Velhos Passatempos de Viti Levu, ilhas Fiji

Durante 2500 anos, a antropofagia fez parte do quotidiano de Fiji. Nos séculos mais recentes, a prática foi adornada por um fascinante culto capilar. Por sorte, só subsistem vestígios da última moda.
Montserrat ilha, Plymouth, vulcão Soufriere, caminho para o vulcão
Ilhas
Montserrat, Pequenas Antilhas

A Ilha do Vulcão que se Recusa a Adormecer

Abundam, nas Antilhas, os vulcões denominados Soufrière.  O de Montserrat, voltou a despertar, em 1995, e mantém-se um dos mais activos. À descoberta da ilha, reentramos na área de exclusão e exploramos as áreas ainda intocadas pelas erupções.  
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Cena de rua, Guadalupe, Caribe, Efeito Borboleta, Antilhas Francesas
Natureza
Guadalupe, Antilhas Francesas

Guadalupe: Um Caribe Delicioso, em Contra-Efeito Borboleta

Guadalupe tem a forma de uma mariposa. Basta uma volta por esta Antilha para perceber porque a população se rege pelo mote Pas Ni Problem e levanta o mínimo de ondas, apesar das muitas contrariedades.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Caminhada sobre a orla, vulcão villarrica, Pucon, Chile
Parques Naturais
Vulcão Villarrica, Chile

Ascensão à Cratera do Vulcão Villarrica, Sempre em Actividade

Pucón abusa da confiança da natureza e prospera no sopé da montanha Villarrica.Seguimos este mau exemplo por trilhos gelados e conquistamos a cratera de um dos vulcões mais activos da América do Sul.
Uxmal, Iucatão, capital Maia, a Pirâmide do Adivinho
Património Mundial UNESCO
Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso

O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Personagens
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Sesimbra, Vila, Portugal, Vista do alto
Praias
Sesimbra, Portugal

Uma Vila Tocada por Midas

Não são só a Praia da Califórnia e a do Ouro que a encerram a sul. Abrigada das fúrias do ocidente atlântico, prendada com outras enseadas imaculadas e dotada de fortificações seculares, Sesimbra é, hoje, um porto de abrigo piscatório e balnear precioso.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Graffiti deusa creepy, Haight Ashbury, Sao Francisco, EUA, Estados Unidos America
Sociedade
The Haight, São Francisco, E.U.A.

Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Ovelhas e caminhantes em Mykines, ilhas Faroé
Vida Selvagem
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.